Wishlist - Capítulo 1: Torn

            Era assim que meu dia se resumia: Escutar as músicas das minhas bandas favoritas, comer as minhas comidas favoritas, assistir ao meu programa favorito... Aaah, é claro... e uma discussão com meus pais.

- Você tem que fazer, (SeuNome) - minha mãe falava preocupada.

- Não sei por que estamos dando escolha para ela Carla. Ela já é quase maior de idade, eu sei. Mas ainda é nossa filha. – meu pai falava quase gritando. – você vai fazer a quimioterapia e pronto!

- Ou o que? Vocês vão me arrastar até o hospital? Me amarrar na cama?!

- Eu NÃO vou simplesmente te deixar morrer, (SeuNome)! Deixe o médico fazer seu trabalho – minha mãe chorava.

- Vocês não entendem! Eu tenho 20% de chance de sobreviver. E duas opções: Morrer sofrendo, ou morrer... vivendo!

- Não vou lhe dar opções. Enquanto você morar aqui, vai fazer o que nós mandamos. Você VAI fazer a quimioterapia.

Quase sempre tinha o mesmo final: Eu ficava tonta, eles ficavam preocupados e me abraçavam. Mas eu estava certa do que eu queria... E a químio não estava em meus planos. Eu moro no Brasil, não tem nenhuma Estatua Da Liberdade, Golden Gate ou muito menos Big Ben para se visitar. Faz uma semana que eu descobri o câncer (uma semana em casa), e a única que eu fiz foi... Escrever. Sim, só que algo mais doentio. Estou fazendoSe havia uma pessoa que eu gostaria de que estivesse comigo agora era a Ana. Desde pequenas nós éramos inseparáveis, mas eu não contei para ela ainda. CALMA. Tenho meus motivos... não quero ver minha melhor amiga triste, mas... é necessário.

Peguei o celular e disquei seu número.

Não atenda...

biiiiiiiiip.

Por favor!

 biiiiiip...

~ telefonema on ~

- Oi sua vaca! Como você some durante uma semana? Tantos babados para te contar...– ela berrou.

- Oii Ana. – eu disse sem sal. – eu preciso falar algo sério com você ...

- OH MY JOSH! Você ta grávida?

- Lógico que não. É que...

- Você ficou com o João? AAAH! – Tenho certeza que ela estava pulando.

- Não garota! Pirou??? É urgente e... – de repente foi ficando tudo escuro e trêmulo... e acho que apaguei.

***

Era uma das conseqüências do câncer, tontura, enjôo, desmaios... Quando abri os olhos, meus pais e a Ana estavam olhando para mim.

- Ai, que susto (SeuNome)! – minha mãe colocou a mão no coração.

- Achava que você... aah, esquece. – meu pai falou passando a mão no cabelo. – Carla, vamos deixar ela e Aninha conversarem. – ele disse e saiu do quarto com minha mãe.

- A gente tava conversando e eu escutei um barulho. Vim correndo... – ela disse passando a mão nos meus cabelos.

- Obrigada, eu já ia te chamar. – tentei me levantar e sentir uma pontada na cabeça. – Aaaah. – Okay, melhor continuar deitada.

- Você precisa me contar algo? – ela disse.

- Sim... Senta por favor. – ela sentou do meu lado. – Hmm... Eu fui ao médico semana passada e... – meus olhos se encheram de lágrimas. – eu não sei como te contar isso. Eu não sei como lidar com isso... me ajudar Aninha! – abracei ela.

        
       - Estou ficando preocupada. Eu adivinhei não foi. Você esta grávida... – ela deu um pesado suspiro de alivio. – quando você desmaiou, achei que fosse algo pior...

           
          - É algo pior, Aninha... eu descobri que estou com câncer.

Ficamos chorando abraçadas durante um bom tempo. Até minha mãe trazer dois copos de suco de Maracujá.

- Ela te contou, Aninha? – minha mãe disse observando a situação.

- Sim, tia. – Ana disse fungando e pegando o copo do suco.

- Vê se convence sua amiga cabeça dura a fazer químio... – ela disse e foi saindo do quarto.

- Aah não. Lá vem isso de novo. – minha mãe tinha mesmo que dizer aquilo??

- Espera um pouco... você não vai fazer químio? – Ana arregalou os olhos.

- Aninha, tenta me entender... – eu disse quase começando a chorar de novo. – o meu câncer é muito sério. Não quero passar meu últimos dias em um hospital, sofrendo e...

- ... careca. – ela disse e nós duas rimos.

- só você mesmo para me fazer rir nessas horas. – eu disse e ela passou a mão em meus cabelos.

- Mesmo assim, gata. Eu não agüentaria... Te perder. – ela deixou uma lágrima cair. – mas mesmo assim... eu vou te apoiar. Me responde algo antes.. Tirou essa ideia do Marcos né? – ela havia acertado. Nós tínhamos um colega que descobriu que tinha câncer. Ele também se recusou a fazer o tratamento... e está firme e forte faz 2 anos.

- É... Eu vou ser feliz, Ana! Não vou deixar isso... Acabar comigo. – eu disse. – tem remédios que adiam um pouco... faz passar a dor... e essa é a minha escolha.

- Ok... você vai para aula amanhã? – ela dando o ultimo gole no suco.

- Vou sim... não quero ficar um minuto longe de você, do Leo e da Mari. – falei dando um gole no suco. – não sei se devo contar para eles.

- Não se preocupa com nada agora ta? Só... curte o momento.

***

Já era de manhã. E minha cabeça estava doendo... normal.

            
   Minha mãe ficou super estressada quando soube que a Ana apoiou minha decisão. Nós contamos a história do Marcos. Vi que minha mãe ficou um pouquinho feliz em saber dele.

           
    Coloquei uma calça jeans e a blusa da escola. Ana passou na minha casa e fomos andando até lá conversando.

           
 - O que vai aprontar hoje hein? – ela perguntou maliciosa.

           
 - Eu andei fazendo uma... lista. – ela fez uma careta – sei que é meio doido, mas pretendo cumprir cada item.

           
 - Diga.

          
  - Conhecer Londres. – eu disse e olhei para o rosto dela.

           
 - Deixa eu adivinhar os próximos... Agarrar os nossos 5 maridos, apertar a bunda do Louis... – começamos a rir.

           
 - É... você acertou. Eu vou conversar com meus pais sobre esse sonho. – nossos olhos brilharam – Continuando...  Da um tapa na cara da Duda ‘Eca’ Wolf.

            
- Vou te ajudar. Aquela gringa vadia dos infernos.

           
 - Dar um beijo no João Vitor.. – tampei meu rosto depois de dizer.

           
 - Hahaha. ADIMITIU!!! Finalmente... – começamos a rir. Estávamos quase no portão da escola.

            
- Tonight let’s get some...– cantarolei.

          
  - And liiive while wee’re yooooooooooung.- Cantamos juntas e as pessoas que estavam no portão olharam para a nossa cara.

           
 - Aaah! Vão se feeerraaaaar – cantarolei enquanto passávamos pelo portão.

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Oii pessoinhas ♥

Como a (SeuNome) ainda não encontrou ... vocês sabem quem, ainda não tem muitos gifs deles *--*

Oh well... e esse foi o primeiro capítulo :) Espero que gostem! Vou tentar postar outro no final dessa semana e um cap  beem maior!

por favor, façam suas criticas! sejam elas boas ou ruins. Assim vou poder deixar essa fic a cara de vocês (=

Obrigada pelos comentários suuper fofos no post da sinopse! Isso significa MUITO pra mim ♥