31 de julho de 2013

Moments - 2º Capítulo: Childhood


 É até um pouco engraçado, mas, em um tempo realmente muito curto, Andy e eu nos tornamos melhores amigos. Gostávamos das mesmas coisas, do mesmo programa de televisão até o chocolate preferido. Viramos aquele clichê “unha e carne” e “melhores amigos inseparáveis”. É, isso nos descrevia, embora eu prefira Whoody e Andy, no qual eu desejava com todas as forças que meu nome fosse Whoody...



- Mas Julie – Andy parecia irritado. Muito irritado. Bem, eu não tiraria sua razão. – Mamãe deixou Liam ir em casa brincar comigo – ela bufou, pisando forte no chão. Deixa eu explicar: fazia o quê, uns três meses que Andy e eu nos conhecíamos, mas Julie ainda olhava com aquela expressão de raiva e desconfiança para mim. Então, adivinha? Quando Andy me chamou para brincar com ele em sua casa, a garota simplesmente surtou! Começou a bater o pé, dizendo que eu não iria e fim.


- Eu não gosto dele – ela finalmente gritou, a plenos pulmões, o que me assustou bastante, eu diria, e saiu correndo, me fazendo uma careta horrenda enquanto mostrava a língua antes de disparar pela pracinha próxima a escola.
- Desculpa – disse Andy, constrangido pela cena da irmã caçula. Dei-lhe um sorriso triste de tudo bem e então fiquei observando-o sumir correndo atrás de Julie. Depois só segui de cabeça baixa para minha casa, que ficava uns quatro quarteirões dali.



Mais alguns meses se passaram. Andy e eu nos encontrávamos no portão do colégio e então entrávamos, rindo e conversando. Mas então o maior tormento da minha vida começou.

- Vem cá, gordinho – eles diziam coisas desse tipo e riam. Garotos tremendamente enormes, tanto de altura quanto dos músculos. Sem contar que eram dois ou três anos mais velhos. Alguns eram até um pouco mais velhos. Pobres garotos que preferiam uma academia ou coisas do tipo a estudar, o que resultava em reprovamentos seguidos. Mesmo assim, eram mais velhos. Eram populares e gostavam de atormentar garotos “pequenos” e indefesos como eu. Eles riam de mim. Riam de mim por eu ser consideravelmente baixo. E também por ser um tanto gordinho. Não obeso. Nunca fui obeso. Eu só não estava nos “padrões” deles. – Deixa a gente jogar bola com você – diziam frases ofensivas e nada criativas, já que eles sempre falavam as mesmas coisas. As frases eram seguidas por toques de mão estranhos e, na minha opinião, desnecessários. Mas, o que posso dizer? Eram todos um bando de idiotas, como Andy sempre dizia. Ele sempre estivera ao meu lado.


- Não liga para eles – Andy falava, sempre olhando feio para os valentões e me “empurrando” para longe dali. Sempre me perguntei se ele também não sofria bulliyng, ou se tinha medo de acontecer com ele. Mas Andy simplesmente não ligava. – São todos grandes idiotas – dito isso, entramos na sala, dando as costas para aqueles brutamontes sem cérebro, como eu os chamava.


Passos leves e delicados na escada, como de alguém subindo, me fizeram despertar das lembranças que passaram a se amontoar em minha mente desde a entrevista. A cada momento eu via flashes de minha infância ao lado de Andy e Julie. Bem, como se eu pudesse, de alguma forma, esquecer de tudo aquilo.
Assim que Danielle parou na porta do quarto e me olhou docemente enquanto eu estava sentado na cama foi que notei que ela falava comigo. Estava tão preso em minhas lembranças que não tinha a escutado falar antes.


- Já está pronto? – perguntou ela, sorrindo docemente. Me virei lentamente para ela, sorrindo de volta. Me levantei e caminhei a passos lentos até um grande espelho no meio do quarto, ao lado de nosso gigante guarda-roupas e comecei a ajeitar a gola da camisa. Danielle andou até mim, me ajudando enquanto sorria. A olhei e selei nossos lábios, consentindo. – Os meninos já estão no restaurante. Vamos? – lhe dei outro sorriso, pegando-a pela mão e entrelaçando nossos dedos, levando-a até a garagem e abrindo-lhe a porta do carro. Ela riu com o feito e entrou, me fazendo sentir como um verdadeiro cavalheiro.


Estávamos todos conversando animadamente, rindo e nos repreendendo pelas altas risadas que dávamos. Com toda a certeza estávamos nos divertindo ao extremo. Até porque era extremamente raro reunir os cinco garotos com suas respectivas namoradas – e os que não tinham namorada, bem, levavam a si mesmos e seu ótimo humor, o que já era uma companhia incrível.


Meio conversas e risadas, Louis me olhou furtivamente, com grande atenção e discrição. Em seguida olhou rapidamente para a porta de canto de olho antes de cravar seus olhos novamente nos meus. Ele sorriu e cochichou algo com Eleanor. Ela apenas sorriu e ele lhe deu um selinho antes de se levantar. Mas, antes que pudesse de fato sair de vista, me deu uma última olhada urgente. Eu já sabia o que tudo aquilo significava. Sabia bem até demais.

- Vou ao banheiro, amor – sussurrei para Danielle alguns segundos após Louis sair, que sorriu de volta. Lhe dei um beijo na testa e me levantei, pedindo licença. – Volto logo! – anunciei, sorrindo, vendo todos assentirem.


Sendo assim, saí, indo ao encontro de Louis, que já estava do lado de fora do restaurante, de costas para mim. Caminhei a passos lentos até ele, lhe tocando o braço ao chegar ao seu lado, fazendo-o se virar para mim com um rosto um pouco tenso, como se estivesse pensando longe.

- Tudo bem? – perguntei, calmo, analisando sua expressão, que agora parecia mais calma, mais relaxada.


- Estou ótimo! – respondeu ele, sorrindo como uma criança. Só pude deduzir que Eleanor e ele estava bem. Fiquei me perguntando, então, qual o motivo de me chamar para aqui, senão conversar sobre ele? – Quem não me parece nem um pouco bem é você – ah, entendi. – E então? O que houve? – sua expressão voltou a ser novamente a de antes, de tensão. Seus olhos transbordavam uma preocupação inimaginável, que me fez pensar no quanto meus amigos se importavam comigo. – Conversei com os meninos e chegamos à conclusão de que você está assim por conta das notícias que estão aparecendo nos jornais – abaixei a cabeça. – Acertamos, não foi? É por isso que você está assim, não é? – soltei um longo suspiro antes de voltar a encará-lo. E então consenti.
- As especulações sobre isso só fazem com que as lembranças voltem, mas não de um jeito bom. Voltam todas, de uma vez, como se para me atormentar – desabafei, cansado de guardar aquilo só para mim. Eu gostava de conversar com Louis, assim como com todos os outros meninos. Eles sempre me entendiam, como agora. Sempre me apoiavam, assim como estavam ao meu lado nesse momento.


- Isso não é ruim – argumentou ele, os olhos cheios de paciência e compreensão. O olhei confuso, pois realmente não estava entendendo. – Com toda a certeza pode você pode lembrar de Julie. Só não pode esquecer de que não é mais ela que está com você – explicou ele, fazendo com que eu fizesse uma careta involuntariamente.
- Disso eu sei, Louis – disse-lhe sério, franzindo as sobrancelhas. E então olhei ao redor e soltei outro longo suspiro antes de voltar a olhá-lo. – Só tenho medo disso tudo afetar a Dani...
- Ela é forte – lembrou-me ele – E ela vai entender, assim como entendeu e está entendendo agora. Você só precisa ficar ao lado dela, pra tudo, ok?


O olhei, apreciando seu olhar de compreensão e cumplicidade. Um sorriso triste abriu em seus lábios enquanto ele se aproximava ainda mais de mim. Como um verdadeiro amigo, deu alguns tapinhas de leve em minhas costas e sussurrou um sincero “fique bem” seguido por “estarei ao seu lado para o que for preciso”. E então caminhou até a entrada do restaurante. Através das vidraças ao longe pude vê-lo juntar-se novamente a mesa e a conversa. Pode ter sido apenas impressão, mas eu podia jurar que vi Danielle me olhando de longe e fazendo uma cara ainda mais triste que a de Louis antes de voltar a conversar animadamente com Niall e Perrie.
Fiquei admirando um pouco as estrelas e me perguntando o porque de tudo isso. Por que tudo aquilo aconteceu, daquela forma? Por que perdi Julie? E por que tudo isso estava voltando à tona, sendo que poderia simplesmente ter ficado escondido, soterrado, sete palmos abaixo da terra? Tudo o que me faltava agora era perder Danielle também! Não, Danielle não! Eu não podia perdê-la também. Eu morreria se isso acontecesse. Soltei um último suspiro e então caminhei até o restaurante, dando o mais sincero sorriso para minha morena, minha namorada, minha Danielle.




Acordei especialmente cedo naquela manhã. Tinha dormido bem, sim, mas, não sei porquê, acordei cedo. Estava passando pela porta do quarto e seguindo pelo corredor quando ouvi uma voz doce me chamar. Era Danielle. Voltei para o quarto, vendo-a sentada na cama, sonolenta, e me sentando ao seu lado.

- Bom dia, meu amor – disse ela, sorrindo.


- Bom dia, minha princesa – respondi, também sorrindo, e lhe dando um selinho demorado em seguida. – Vou fazer o café, ok? Quer ago de especial? – perguntei, vendo-a negar sonolentamente e voltando a se deitar. Levantei-me e desci.


Enquanto fazia o café animadamente, mais algumas lembranças atropelaram minha mente. E estava sendo assim: as memórias vinham de repente, sem pedir permissão, e me tomavam somente para si, não se importando se eu iria gostar.
Dessa vez, lembrei-me de minha primeira volta ao parque com Andy. Ah, sim. Com certeza eramos crianças muito felizes.


- Qual é, cara? – ele ria, já subindo em sua bicicleta. – Vamos lá! Vamos apostar uma corrida. Só até o começo do bosque. Prometo que te deixo ganhar na próxima – brincou ele, me fazendo gargalhar.


Era extremamente bom estar com Andy. Hesitei um pouco, fingindo estar pensando, e então ri novamente, consentindo.

- Ok, e... Já! – gritou ele. Pena que sequer saímos do lugar.
- Mamãe tá te chamando – resmungou Julie, aparecendo em nossa frente, do nada, com a cara fechada para mim, como sempre. “Qual o problema dessa garota?”, eu me perguntava. “O que eu lhe tinha feito?”
- Vamos lá, Liam? – propôs Andy, animado. Olhei para a garota loira emburrada à minha frente, que fazia uma careta pior do que posso imaginar. Pensei em dizer não, mas então ele continuou. – Quero que você, enfim, conheça minha mãe. Você vai adorá-la! – pensei por um momento, mas então aceitei. O que teria de mal? Consenti, sorrindo, e vendo Julie sair correndo em disparada à sua casa, com certeza irritada pela minha escolha de contrariá-la.


- Por que sua irmã não gosta de mim? – perguntei inocentemente enquanto pedalávamos calmamente até sua casa, observando Julie ao longe, ainda correndo. Andy apenas deu de ombros.
- Sei lá – respondeu ele sinceramente. – Essa garota é meio doida – ele fez uma careta que não pude evitar de rir. Ele começou a rir junto. – Mas é minha irmã. Vou fazer o quê? – e então rimos novamente, como dois garotos bobos que tinham uma amizade extremamente sincera.



Heeeey girls :3
Muito obrigada pelos mais de 30 comentários no primeiro capítulo, isso me deixou muuuuito feliz! Bom, era para eu ter postado mais cedo, mas tive visitas .-. Maaaaaas estou aqui, certo? *-*
Sei que exagerei um pouquinho - ou talvez muito - nos gifs, mas é que, ai, gente. É o Liam, poxa. Não tem como não se apaixonar por todos os gifs, fotos, sorrisos, olhares, caretas, aaaaaaaaaaawn :3
Voltando ao capítulo, porque me empolguei aqui haha.
Quantos comentários eu mereço? Uns 30, pelo menos? Ou mais? Vocês é que decidem! Ah, e, por favor, não esqueçam de dizer se estão gostando da fic, o que estão achando sobre esse segredo meio doido que deixa até a autora nervosa! hahaha
Antes de dizer tchau, tiveram meninas que pediram meu face. Eu não tenho costume de adc ninguém no face, e é mais fácil me encontrar no twitter, então me sigam lá @IrresistibleWis. É só pedir que sigo de volta :3
Bom, beijinhos ;*


20 comentários:

  1. Amei a Fic!!! Está Per-Fect
    Fui a primeira a comentar Uhullll
    Tá demais
    Beijos Beca XX

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  2. Primeiro comentario lalala... entao eu amei sua escrita ate agora, ta mandando muito bem Gabii, uma duvida? Eu vou entrar na fic ou vai ser apenas uma historia narrada pelo Liam, tipo como se fosse um livro que eu pudesse apenas ler sem fazer parte da hostoria?? *-----------* ~Camii ~~

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  3. Ta PER-FECT hahaha continua !! Eu quero saber logo pq ela odiava o liam ?! Pq eles se separaram ?! Conta logo menina antes q eu morra do coração !!!

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  4. To adorando!! E ja to mgo curiosa pra saber o q aconteceu entre eles!!! Bjs e to adorando msm!!

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  5. A personagem principal será Julie ou SeuNome?

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  6. Continua por que estou achando perfeito!

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  7. To amando demais sua fic. Esse mistério é divo e faz com que a gente não pare um segundo de ler. Mas, meu Deus, ela morreu? Diz que não, porque senão eu vou ficar depresiva por uns 40 mil anos! Haha'
    Kisses (:

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  8. Continua!!! Eu quero que ele reencontre logo a Julie :33
    XxxRapha

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  9. Ta mt diva essa fic amr, é tipo, diferente de todas as fics q eu ja li... num bom sentido é claro... ta muuuito perfect, continuaa...

    P.S.: Vc ta no blog certo: uma diva num blog divo haha
    Bjs da Leh xx

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  10. Aaaaa que curiosidade kkkk

    Quero o prox capitulo logo, to adorando :))

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Cara ,to amando , continuaaa

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  13. Nossa eu realmente estou gostando continua :3E não tive a oportunidade de dizer no outro mas “Seja bem-vinda !! :)“ ¤Amando a fic¤

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  14. Continua por favor esta per-fect

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  15. muito bommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

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