15 de março de 2014

Moments - 35º Capítulo: Half a Heart

(Imagem feita pela leitora Nathalia Gabriele. Obrigada Nath, eu amei :3)

 Passei os dois dias do final da semana com os meninos. O Niall acabou pedindo Mariane em namoro na frente de todos nós, mas de uma forma bem estranha. Quem mais compra um cupcake e, todo envergonhado, pergunta se ela quer dividir com ele?
Como assim? Vou explicar.
Foi no dia seguinte de sua chegada. Estávamos no quarto e Niall, sem mais nem menos, ligou no restaurante pedindo um cupcake. Simples assim. Parou a conversa animada em seu quarto para pedir um cupcake. “Ele tá com fome”, pensei. “Ou com vontade”. Nada disso.

- Mari – chamou ele assim que pegou o cupcake, fazendo todos nós os olharem. – Você quer dividir esse cupcake e os outros que virão comigo?
- Outros que virão? – perguntou ela, rindo, visivelmente confusa. – Você pediu mais? Eu pego um pra mim quando chegar.
- Você não tá entendendo a minha pergunta – ele se queixou, e então ela começou a gargalhar. – Não ria de meus fracassos. É frustrante!
- Espera! Por um acaso isso foi um pedido de...
- Namoro? Foi sim – respondeu Louis, já que Niall estava sem fala para isso.


- Jura, Niall? – perguntou ela, rindo.
- Tudo bem, já entendi – resmungou ele novamente. – Eu sou um idiota, meu pedido de namoro foi o pior do mundo e você...
- E eu quero dividir os cupcakes, os lanches, as fritas e até as latinhas de refrigerante com você – respondeu ela, segurando as bochechas do rapaz.
Esse foi o pior pedido de namoro do mundo – disse Zayn.
- E o seu foi muito melhor, né, Zayn? – retrucou Perrie. – Aliás, nem pedido teve.
- Joga na roda, loira! – gritei, rindo.
- Zayn simplesmente chegou “nós vamos assumir hoje, né?”. Fim de papo – contou Perrie, fazendo Zayn corar. – Mas eu te amo mesmo assim, babe.


- O meu foi o melhor – se gabou Harry.
- “Ah, a gente tá se gostando, né, Nath? O que acha de, sei lá, mostrarmos pro mundo?”. Aham, foi sim – retrucou Nathalie.
- Antes que o Louis comece, já vou falando – começou Eleanor, se esquivando de Louis, que tentava calar a namorada. – “Hey, babe, to curtindo você demais. E se a gente namorasse?”
- Sua vez, Liam – disse Mariane, sorrindo. Ela já sabia de Julie e de todo o resto. Era parte da “turma” agora.
- Julie não está aqui para me contestar – brinquei, e então meus olhos se encheram d'água.


- A primeira vez – começou Andy, que estava quieto até então. – Ela tinha arrumado briga com uma patricinha mimada do colégio que gostava de Liam. Pra ajudar Julie, ele disse que eles estavam namorando. Mas aí minha irmã começou a chorar e tal, ele pediu desculpas pra ele e disse que queria que fosse de verdade, então pediu ela em namoro. O típico “você quer namorar comigo?” – completou ele, enquanto ouvíamos alguns “awn” por parte das meninas, o que me fez rir. – Já dessa última vez – ele pausou, me olhando por um segundo e então sorriu antes de continuar. – Ele seguiu o conselho do Louis de “nós é que complicamos a vida”. Julie ouviu a conversa, pediu para Liam parar de pensar tanto e perguntou se ele tinha algo que queria dizer pra ela, e então de novo o “você quer namorar comigo?”.
- Sério, Liam? – perguntou Louis, sorrindo. Consenti, rindo. – É bom saber que te ajudei.
- Me deu coragem, só isso – retruquei, a fim de não deixá-lo sequer começar a se gabar. – Mas é sério, sim. E eu perguntaria outras mil vezes se ela quer namorar comigo, mas espero que essa seja a última – concluí, rindo.

Contados os pedidos de namoro e a comparação de qual seria o pior – o de Zayn, que, por acaso, também foi o mais indelicado – nos divertimos muito. Cada menino pediu um cupcake e deu para sua namorada/noiva. Louis aproveitou a brincadeira e pediu Eleanor em casamento, com a frase “aceita dividir esse cupcake comigo pelo resto da sua vida, mas só daqui três anos?”. Não to brincando. Mas ele falou sério e ela aceitou. Ele comprou um anel extremamente lindo para ela, não posso negar. E pensar que, um dia, será minha vez de dar um à Julie...


- Vamos – chamou Andy. – O dr. Paolo tá esperando a gente.

Depois de três dias, mais ou menos, com os meninos, o dr. Paolo me ligou, pedindo para que eu e Andy fossemos até o hospital essa tarde. O sr. e a sra. Samuels já estavam aguardando quando chegamos, e entramos todos juntos na sala do dr.

- Tenho uma ótima notícia para vocês – disse ele, sem rodeios. – Julie está curada. Dessa vez, de verdade. Nada de retardamento da doença. Fiz todos os exames na última semana. O organismo dela aceitou extremamente bem a medula recebida, o que fez a leucemia dissipar. Mas ela está frágil. Precisará de um bom repouso em um lugar calmo quando sair do coma para se recompor de anos de tratamento. O que implica esse fato é, realmente, o coma, já que não temos datas previstas para ela acordar.
- Só o fato de ela estar curada é a melhor notícia! – antecipou-se a sra. Samuels, com os olhos cheios d'água devido a felicidade. Julie passara os últimos seis anos lutando contra a leucemia e hoje, enfim, ela havia vencido. Agora ela só precisava acordar para comemorarmos realmente.


A partir desse dia, decidimos que, cada noite, um diferente ficaria ao lado de Julie – todos esperando ela acordar. Escolhi ser o “último da fila”, a fim de tentar compensar por não sair do lado dela nos últimos dias, de modo que quase ninguém conseguia chegar perto de Julie.
Enquanto não chegava meu dia de cuidar de Julie, passei um bom tempo com os meninos. Tínhamos mais cerca de dois ou três meses de férias, mas eles queriam permanecer aqui, em Glasgow, ao meu lado, me apoiando nesse momento da Julie. Lhes contei a notícia e então saímos para jantar em comemoração.
Essa era a primeira noite em que Niall saia com Mariane. Resultado? Muitos flashes que deixaram a morena maluquinha. Nathalie também não havia se acostumado a tudo aquilo, de modo que as duas se olhavam assustadas e se encolhiam nos namorados.

- Liam, é verdade que sua namorada está internada? – perguntou de repente um jornalista. Meus olhos se arregalaram instantaneamente. Como sabiam? Olhei rapidamente para os meninos, que apenas sorriram e consentiram, me passando força.
- Sim, é verdade – respondi, sorrindo.
- É verdade, também, que sua namorada é a tal Julie? A que foi sua namorada de infância? – perguntou ele. Me fazendo consentir. – Você não acha que seu namoro começou muito rápido em relação ao término com a dançarina Danielle Peazer? – e então eu congelei. Lembrei-me da carta de Danielle. Abaixei a cabeça por um momento, sentindo meu celular vibrar no mesmo instante. Olhei para o aparelho discretamente: Danielle.

“Você está ao vivo, sabia? Eu ouvi a pergunta sobre mim. Diga que nosso namoro havia acabado antes de começar a tour. Não é de toda mentira, certo? Só não era oficial ainda. Te quero bem, Lya.”

- Na verdade – comecei, dando um leve sorriso. – Meu namoro com Danielle já havia terminado antes mesmo da tour. Ela mesma me ajudou a encontrar Julie novamente. Somos muito amigos, mas, agora, apenas isso. Ela é uma ótima amiga e não tivemos problemas por causa do namoro duradouro.


Depois disso, simplesmente seguimos para fora do restaurante, uma vez que tínhamos conseguido jantar rapidamente. Entramos em nossos carros e voltamos para o hotel, parando no salão de jogos.

- A Dani que pediu pra você falar aquilo, não foi? – perguntou Eleanor, de repente. Eu havia me esquecido do quanto elas eram amigas.
- Foi sim – respondi, sorrindo. – Ela me ajudou muito, Els. Tudo o que eu falei é verdade. Ela é uma grande amiga, muito especial.
- Eu sei – respondeu ela, sorrindo de volta. – E ela também sabe disso.

“Obrigado. Você é um anjo na minha vida. Liam xX”

Minutos depois, Danielle respondeu a mensagem.

“Não me arrependo de nada. Faria tudo de novo se fosse preciso. Fico feliz em saber que você realmente encontrou a Julie. Ah, e pode me ligar quando quiser. Dani xX haha”

Seguindo o que Danielle havia me mandado, realmente liguei para ela, subindo para o meu quarto no hotel. Além de agradecê-la por tudo, tinha várias perguntas para fazer. Como de costume, no segundo toque ela atendeu.

- Imaginei que você ia ligar, só não imaginei que seria logo depois que eu falasse – brincou ela. – Como está, Lya?
- Bem – respondi, rindo. – E você? Estou sabendo que está em Paris novamente.
- To sim. Imagino que tenha perguntas, certo? – arriscou ela.
- Certo – ri, ouvindo seu “então pergunte”. – Como descobriu sobre Julie?
- Sabia que essa seria sua primeira pergunta.
- Não foi – retruquei, rindo enquanto me sentava na cama. – Minha primeira pergunta foi perguntar se você também estava bem!


- Ok, certo – ela se rendeu. – Depois que você começou a falar da Julie na tv, você mudou. Você sempre chamava o nome dela em sonhos.
- Por que não me contou? – perguntei, sentindo um aperto no peito. Imaginei que devia ter sido terrivelmente doloroso ouvir o namorado chamar o nome de outra garota em sonho. Deus, como sou horrível!
- Porque sabia que sua reação seria exatamente essa. Liam, primeiro, você sempre foi um ótimo namorado. Não tenho do que reclamar. Quando começamos a namorar, eu sabia que Julie havia, bem... Até então achamos que ela não estava mais entre nós. Enfim. Você começou a chamá-la em sonhos e eu, sei lá. Meio que me deu um surto e eu achei que, talvez, ela ainda estivesse viva. Não me pergunte porque. Só comecei a procurar. Pedi ajuda do pessoal que dança comigo. Não foi tão difícil, sabe? Quantas Julie Samuels você acha que existem no mundo?
- Mil? – arrisquei, rindo.
- Sete. Uma senhora de 82 anos. Três recém-nascidas entre dois dias e nove meses. Uma advogada de 29 anos. Uma moça no Afeganistão de 15 anos. E a nossa Julie. Internada há quase 6 anos no Glasgow Private Hospital, com apenas 19 anos. Bingo?
- Bingo – repeti, rindo. – Você não se sentiu, sei lá, com raiva? Chateada comigo por tudo?


- Liam, eu amo você. Sério. Com todo o meu coração. Mas é como eu disse na mensagem. Eu faria tudo de novo e de novo. Você merece ser feliz, e eu também. Fomos muito felizes um com o outro, mas não somos mais o certo um para o outro. Você tem a Julie e eu... Bem, logo terei alguém também.
- Está saindo com alguém? – perguntei, esperançoso.
- Quase isso – respondeu ela, rindo. – Me manda mensagem assim que ela acordar?
- Contanto que você me atualize sempre as novidades.
- Fechado – respondeu ela, desligando em seguida. Eu havia me esquecido de como era bom falar com Danielle.


Finalmente havia chego o meu dia de ficar com Julie. Sinceramente, eu não a via há quase quatro dias e isso estava me deixando louco! Andy estava com ela no dia anterior, e hoje aproveitaria para sair com os meninos. Também fiquei sabendo que sua namorada estava vindo para Glasgow, a fim de ficar com ele já que tinha conseguido pegar férias na empresa que trabalha.
Como de costume, dei um selinho demorado em Julie assim que entrei no quarto. Me sentei na poltrona ao lado da cama, peguei sua mão e comecei a conversar com ela, perguntando se estava bem e tantas outras coisas que ela não me respondia. Contei que havia falado com Danielle e como esta encontrara Julie. E então me calei por um segundo.

- Podem até me chamar de louco – sussurrei, por fim. – Mas eu sei que você está me ouvindo. Sabe pequena, esses dias eu ouvi Half a Heart no carro e, ironicamente, me lembrei de você. Então, hoje eu queria cantá-la especialmente pra você.


O mais magnífico de tudo é que, enquanto eu cantava “and that you can't stop missing me”, ela apertou minha mão. Parei de cantar na hora, surpreso e abobalhado pelo ocorrido, sentindo-a afrouxar o aperto.

- Eu sabia que você me escutava – disse, rindo. Ela estava ali, eu sabia! Acabei por continuar a cantar, olhando-a atento. Em mais algumas estrofes, vi o esboço de um sorriso se formando em seu rosto.


“And being here without you...”

Seu sorriso se formou por completo.

“... is like I'm waking up to”

Um tremor nos olhos.

“Only half a blue sky”

Seus olhos se abriram repentinamente, assustados, me procurando, seguindo minha voz. Logo seu olhar pousou em mim.


“Kinda there but not quite”

Outro aperto em minha mão.

“I'm walking around with just one shoe”

Sua cabeça se virou lentamente em minha direção, numa posição mais confortável.

“I'm half a heart...”

- Without you.




OMG! Girls, estou falando rapidinho porque tenho que sair, mas eu não ia conseguir sair sem postar pra vocês, então aqui está.
A Julie finalmente acordou \oõ/
E, bom, respondendo à pergunta da Lê Almeida no último capítulo, eu sou evangélica :3
Espero que gostem *ooooooo*

Beeeeeeeeijos!

11 comentários:

  1. 1° a comentar....
    OMG q perfeito <3 não acredito que ela acordou....Half a Heart uma das minhas músicas favorita do Midnight Memories <3 Continua....
    -Queen † xoxo

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  2. Morrendo de feels aqui. A Julie acordou,que perfeição. Continua logo,beijos!

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  3. Oi, sou leitora nova e amo sua fic, ela é muito linda, serio! continua por favor!!! bjsss

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  4. ELA ACORDOU!!! ELA ACORDOU!!!! ESTOU MUITO FELIZ, PULANDO, SÉRIO.. CONTINUA LOGO!!!

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  5. que fofo, a voz dele a fez despertar :3 e realmente, nunca vi tanta criatividade p um pedido de namoro :p e o daddy ganhou \0/\0/ haha q bom q tá td certo c a Dani :)

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  6. !!Ain q pftooooo! Ela acordooou! Amem!
    haha continua!

    XxFerAndrade

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  7. Aiii meu Deus fofura pura!!! Eu amei.
    Continua <3

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  8. q lindooooo ownnnt :´)

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  9. Muito lindo awnnnn, mas continua estou achando muito fofo ;)

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  10. Q lindoooooooooooo!!!!!!! Continua!!!!!

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