Malia
POV’s
- Então, o que estava rolando lá fora?
_Encostei-me desleixadamente na mesa de meu escritório, derrubando alguns
papeis que Niall havia deixado para mim alguns minutos antes de todo aquele
circo.
Justin não parecia estar muito ligado no que estava acontecendo ao seu
redor. Passou as mãos pelo cabelo, agora totalmente desgrenhado, pela vigésima
vez desde que o tinha arrastado até o escritório, e suspirou pesadamente,
permanecendo em silencio. Como se não tivesse ouvido minha pergunta. Seus olhar
se arrastava lentamente de minha janela para suas próprias mãos e as fechava em
punhos ligeiramente antes de praguejar em voz baixa. Fez isso inúmeras vezes,
absorto em seu próprio mundo, sem ao menos notar minha presença. Eu nunca tinha
o visto tão abalado antes. A não ser é claro na época das drogas pesadas,
mas... Naquela época era bem pior.
- Justin, quando eu pergunto espero que
me respondam. Imediatamente. _ É claro que eu estava sentida por ele, Justin
vinha sendo mais que meu braço direito durante todos aqueles anos. Mas eu
precisava abrir a boate em 4 horas, e nada estava pronto. Sem contar com a puta
dor de cabeça que eu estava sentindo.
- Vai se foder... _A resposta mal
passou de um sussurro e ele sequer se incomodou em me olhar enquanto falava.
Franzi o cenho o encarando da forma mais mortífera possível. Algo no fundo de
minha cabeça gritava me alertando o quanto ele deveria estar abalado com o que
quer que fosse, mas eu obviamente sou mais de dar atenção a meu instinto
assassino.
- É isso que acontece quando se da
moral a vagabundo. _ O agarrei pela gola da camisa e fiz questão de olhá-lo nos
olhos enquanto falava. – Eu não sei o que esta acontecendo, e pouco me importa,
você ainda não tem autoridade o suficiente para falar comigo desse jeito. Aqui
dentro bonitão, você não é meu amigo, é meu empregado e eu sou sua patroa. Eu
mando, você obedece. E agora eu estou mandando você me explicar o que
aconteceu. _ Soltei sua camisa o empurrando levemente, o que mal o fez
cambalear. Ele bufou me lançando um olhar irritado antes de começar a falar.
- Nem eu sei o que esta acontecendo. Há
cinco minutos eu poderia jurar que meu primo estava morto. Mas ele não esta.
Tem noção de como isso é perturbador? _ Engoli e seco e desviei o rosto
tentando não encarar aqueles olhos perdidos. Justin geralmente era o otimista
da relação. Nada nunca estava mal o suficiente para ele. Sempre poderíamos dar
um jeito. Ve-lo daquela forma era doloroso, mesmo que eu não fosse admitir isso
em voz alta. - Eu vi minha família ser despedaçada depois do desaparecimento
dele. Procuramos por toda parte, por tanto tempo... Ele não voltou para casa.
Nós estávamos esgotados, perdemos a esperança. Foi devastador. Eu amava esse
moleque, ele era meu amigo, meu parceiro, crescemos juntos... E depois de nove
anos ele esta aqui me falando essas coisas malucas.
- Justin... _ Eu não sabia o que falar.
Esse lance de lidar com o sentimento alheio não é o meu forte. Eu mal sou capaz
de lidar com os meus próprios sentimentos... Mas eu precisava fazer algo por
ele.Encurtei o espaço entre nós dois e o abracei. Justin se entregou ao abraço
rapidamente, como se precisasse daquilo mais que tudo. Acariciei suas costas
enquanto pensava em algo interessante para dizer. – Eu vou falar com ele. Nós
resolveremos essa situação maluca.
- Faria isso? _ Ele se afastou me
lançando um olhar descrente.
- Claro! Vocês conseguiram chamar minha
atenção. É com uma novela mexicana, eu gosto! _Sorri torto e ele retribuiu o sorriso
parecendo um pouco mais aliviado.
- Sobre aquele assunto que eu vim
tratar com você...
- Justin, vai pra casa, coloca alguma
coisa nessa boca, esse corte esta horrivel. Nós teremos tempo suficiente para
resolver esse pequeno probleminha. _indiquei as fotos que Niall havia me
trazido com a cabeça. As imagens mostravam alguns homens remexendo em algumas
coisas em nossa boate filial, do outro lado da cidade, que era responsabilidade
de Justin. Agentes do FBI, eu reconhecia aqueles ternos horríveis de longe.
- Malia, nós estamos lidando com o FBI,
não faça pouco caso disso ou vai acabar...
- Eu não sou nenhuma iniciante. Sei com
o que estamos lidando, e ainda sim quero que vá para casa descansar.
- Tem certeza? _ Revirei os olhos e
coloquei minhas mãos nos ombros de Justin o guiando até a porta.
- Vá descansar... É uma ordem!
- Sim senhora, patroa. _Ele sorriu
levemente e deixou um beijo em meu rosto antes de se afastar.
Perambulei pela boate por alguns minutos tentando achar Zayn. A história
toda era realmente intrigante, daqueles que dão um nó em nossos cérebros. Mas
eu precisava saber o outro lado da história se pretendia ajudar de alguma
forma. Quando finalmente encontrei o moreno, ele estava sentado desleixadamente
em uma calçada nos fundos da boate, com uma garrafa de alguma bebida na mão já
pela metade, afogando as magoas.
- Tequila? Você poderia ter pego algo
mais forte se pretende beber até cair. _Ele deu de ombros ao me ouvir, sem
desviar os olhos de seus próprios sapatos para me olhar. Me sentei ao seu lado
e esperei em silencio.
- Você quer saber o que aconteceu não
é?
- E prefiro que me conte isso sóbrio. _
Puxei a garrafa de suas mãos, dando um gole.
- Ah, qual é, você sabe que eu não vou
ficar bêbado com isso. _ Lancei-lhe um olhar duro, mostrando que não mudaria
minha opinião e ele suspirou irritado.
– Tanto faz... Eu e Justin éramos como
carne e unha sabe? Vivíamos um atrás do outro quando mais novos. Ele sempre foi
um pilantrinha, tinha o rei na barriga, se achava o patrão... uma prova disso é
que ele sempre comprava as porcarias dele e só pagava se estivesse afim. Eu
sempre disse que ele iria se ferrar um dia por causa disso, mas no fim das
contas que se ferrou fui eu.
- Como?
- Um cara apareceu na saída da escola,
meus pais já não sabiam mais quando eu estaria na escola ou não já que eu vivia
gaseando as aulas com o Justin. Ele colocou uma faca no meu pescoço e disse que
me mataria se eu gritasse. Então eu não gritei. Ele me levou para um buraco
fedido fora da cidade e disse que faria contato com minha família, ele queria o
dinheiro, o dinheiro que era dele por direito como ele não cansava de repetir.
Eu estava confiante sabe? Achei que sairia daquele lugar mais rápido do que
havia entrado, dinheiro nunca foi um problema na minha família... Mas eles se
recusaram a pagar.
- Como assim se recusaram?
- Se recusando ué. Eu não sei o que
estavam pensando, se achavam que conseguiriam me encontrar primeiro sem
precisar gastar dinheiro, não sei... Pouco importa também. Acontece que eles
colocaram minha vida em risco. E eu me recusei a servir de brinquedinho para
aquele maluco, então eu fugi. Fui embora da cidade e achei que nunca mais
precisaria colocar os pés aqui de novo. Fiquei um tempo trabalhando na fazendo
de uma cara só até conseguir dinheiro pra me mandar. Eu não faço muito o tipo
caipira...
- E o que o trouxe de volta? _ O
encarei firmemente tentando entender qual era a daquele sorrisinho que se
formou em seus lábios.
Minha cabeça fervia mais do que nunca, as histórias eram completamente
diferentes uma da outra e o nó em meu cérebro só estava ficando mais impossível
de desatar. Mas eu tinha uma pista, se a história envolvia drogas eu já sabia
co quem tinha que falar.
- Aquele cara... Aquele filho da puta
me machucou. De muitas formas, abriu um buraco negro no meu psicológico, e
todas as vezes que eu fechei meus olhos durante esses nove anos tudo o que eu
via era esse cara. Eu ainda vejo... Se alguém te machucasse dessa forma, porque
você voltaria?
- Vingança... – sussurrei. Zayn
assistiu levemente e tirou a garrafa de minhas mãos, depois de um longo gole se
levantou e caminhou a passos lentos até a boate me deixando com meus
pensamentos.
Continua...
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Oi meu povo, como vocês estão? O que acharam do capitulo de hoje? Quem sera que está falando a verdade? Zayn meio que já admitiu que é meio maluco e Justin com essa historia ta bem estranho. Bem comentem, é muito importante.
Lembrem-se de, que se quiserem ver os capítulos anteriores apertem no marcador abaixo da postagem com o nome da fanfic, e não vão no " Fanfics em andamento".
Desculpem qualquer erro ortográfico, beijos, Andressa Reznick!
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