17 de julho de 2015

La$ Vegas - XII Capítulo

 Welcome to Hell




Justin POV’s

  Suspirei aliviado ao ver a bela casa vitoriana se estendendo a minha frente. Estávamos naquele carro à noite inteiro, atravessando quilômetros e quilômetros de terra batida sem nenhum ser vivo a vista, a visão daquele enorme casa de aparecia abandonada chegava a ser confortante. A fazenda era uma antiga propriedade de família, herdade por meu pai, mas que há anos não era usada para nada. 

Josh saltou do carro no instante em que estacionei a alguns metros de distância das grandes portas de madeira pesada e passou a caminhar pela propriedade em busca de sinal para seu celular, provavelmente para avisar a Rebeka que já havíamos chegado.
 
  O serviço de retirar o corpo mole da agente ainda adormecida do carro ficou todo para mim. A cutuquei algumas vezes na esperança de que acordasse e me poupasse o esforço físico. Mas Rebeka a havia pego de jeito. Bufei irritado e segurei firmemente nas coxas levemente torneadas da moça deita ali e a puxei para mais perto. Depois de passar meu braço ao redor de sua cintura fina, a joguei por sobre o ombro sem muita cerimônia e caminhei até a casa. Josh abriu a porta para que entrássemos, mas nós não passamos do batente, ficamos ali por alguns bons minutos, apenas observando a escuridão se estender a nossa frente e sentindo o terrível cheiro de mofo nos sufocar. Suspirei pesadamente e dei o primeiro passo para dentro da escuridão.

- Bom, bem vindo ao inferno...

Malia POV’s

  Massageei minha nuca tentando desfazer os nós de tensão ali presentes. Rebeka já anda de um lado para o outro jogando algumas coisas em uma mala grande enquanto falava ao celular. Ao que tudo indicava, Josh e Justin estavam em uma casa de fazenda distante da cidade, e é para lá que tínhamos que ir imediatamente segundo a agitada Devine a minha frente.

- Sua energia nunca tem fim? _ Ela parou por alguns segundos parecendo analisar a pergunta antes de abrir um pequeno sorriso e dar de ombros.


– Fala sério, não é possível que você não esteja sentindo nenhum pouco de ressaca.

- Eu até estou... _ Ela me entregou uma xícara de café e desabou em uma cadeira a minha frente. – Mas se eu admitir isso em voz alta mais uma vez vai estragar minha fama de durona.

- Ah é claro, sua fama... _ Esbocei um sorriso cansado sentindo o café me esquentar enquanto fazia seu percurso garganta abaixo. – E então? Como estão as coisas?

 - Tudo sobre controle. Segundo um dos nossos caras no FBI, Barbara esta oficialmente de folga hoje. Parece que o chefe acha que ela esta sobrecarregada com o caso. Enfim... Temos o dia todo para decidir o que faremos antes que isso chame atenção dos cachorros grandes.


Barbara POV’s

  Pisquei diversas vezes antes de conseguir finalmente abrir meus olhos, a luz alaranjada do local machucando minhas íris. Levantei levemente minha cabeça, mas não fui muito longe com aquele movimento, minha cabeça pesava uma tonelada. Fiz um esforço para olhar ao redor, minha cabeça enviando pontadas de dor a cada movimento.
 
Ao que tudo indicava eu estava em algum tipo de quarto com um fedor horrível de mofo, que queimava em meus pulmões. Já que não conseguia movimentar, mas que minha cabeça supus que estava acorrentada aquela cama ou maca seja lá o que fosse. Dei um forte puxão em meu pulso sentindo as correntes e confirmando minhas suspeitas.

  Uma porta foi aberta logo a minha frente, uma velha e enferrujada porta de metal que fez um barulho horrível ao se abrir, e então toda a corja apareceu, um por um, como se estivessem em filhinha indiana.

- Olá! _ Justin sorriu grandiosamente demonstrado uma animação invejável. 


- Olá. _ Respondi da forma mais dura que consegui ainda sentindo aquelas pontadas em meu cérebro e passei a analisar o grupo ali na minha frente. Malia Hale estava encostada despreocupadamente perto da porta, seu rosto coberto por uma máscara de tranquilidade.



Ou seria desprezo? Eu nunca saberia, e era o que odiava nela. Rebeka, eu supus, estava parada ao lado do irmão e pude notar que a única coisa que tinham em comum era a baixa estatura que a morena compensava com grandes saltos.

  Rebeka era a personificação de uma grande comandante militar, boa postura, olhar de superioridade, mandíbula travada e emanava a sensação de que a qualquer momento poderia começar a ditar inúmeras ordens para os outros. Josh já era o típico canalha com sorriso bonito demais para resistir e uma boa lábia, não se parecia nada com uma pessoa capaz de comandar uma cidade como Las Vegas, e tinha sido exatamente por isso que seu pai havia escolhido a garota ao invés do filho primogênito.

  Justin já estava sentado despojadamente em uma cadeira a minha frente. Os braços escorados no encosto da cadeira, as pernas abertas enfiadas em uma bermuda extremamente larga, o boné com a aba para trás, não se parecia nada com o homem elegante da noite anterior.

- Deixe-me apresentá-la formalmente a chefia. Rebeka Devine, esta é a tão famosa Bárbara Collins. _ Rebeka acenou levemente com a cabeça e Josh pigarreou, fazendo Justin revirar os olhos.

- E tem também o Josh, ele acha que é da chefia, mas cá entre nós, olhe para ele, ele se parece com um chefe? _ Josh grunhiu parecendo um cachorro irritado e dessa vez Rebeka foi quem revirou os olhos. A falta de educação de Justin para com seu suposto chefe me fez franzir o cenho em surpresa.

- Certo, e o que pretendem fazer comigo? Espancar até a morte?

- Não, o que acha que somos? Selvagens? _ Justin riu em descrença. - Não, não... Só queremos conversar com você.

- Conversar? E vocês sempre acorrentam alguém quando querem conversar?_ Justin lançou um olhar duvidoso para Rebeka que sorriu divertida e deu de ombros.

- É... Confesso que temos hábitos estranhos. Mas se você cooperar, logo poderá voltar a sua vida normal, perseguir alguns caras maus, essas coisas. _ Ele voltou a sorrir. - E então, o que a fez cair na balada ontem?

- O que você acha que alguém faz na balada? _ Ele suspirou.

- Vamos lá doce, facilite as coisas. _ Não gostei do novo sorriso que surgiu nos lábios rosados de Justin, parecia meio sádico.

- Estava só confirmando minhas suspeitas.

- Hmm... Fale mais sobre isso.

- Você sabe... Estava só confirmando que aquela boate esta cheia de prostitutas, drogas e muito mais sujeira.

- Ah é? Estou tão impressionado...

- Zombe o quanto quiser, eu tenho provas. _ Ele balançou a cabeça negativamente.

- Ah sim, o FBI e suas provas. Conte-nos anjo, como conseguiu suas tão preciosas provas?

- Sou uma profissional, uma das melhores em minha área se quer saber. É isso que eu faço Justin. E não é assim tão difícil.

- Você é uma graça, mesmo. Eu adoraria acreditar em você, mas... Sei que você não tem nada.

- Como tem tanta certeza disso?

 - Sou um profissional anjo, e sou o melhor no que faço. _ Meu rosto se contorceu em uma careta raivosa ao ouvir Justin repetir minhas palavras.


Então ele negou com a cabeça e levantou-se de sua cadeira, pronto para sair da sala.

- Sabe o que eu acho que você é? _ Justin voltou a suspirar parecendo entediado e virou-se para me encarar novamente. - Acho que não passa de um pau mandado. Não da um passo sem que lhe permitam, é um lixo descartável, ninguém se importa com você... _ Antes que pudesse terminar a frase a mão pesada de Justin atingiu meu rosto em um tapa estalado que abriu um pequeno corte em meu lábio inferior. 

- Você ta maluco? Quem disse que você podia fazer isso? _ Josh empurrou Justin na intenção de afastá-lo da cama, mas Justin apenas deu alguns passos cambaleantes para trás.

- Fica na sua mauricinho, eu trabalho para sua irmã e não para você.



- Olha aqui seu marginal petulante... _ Josh estava prestes a empurrar Justin novamente quando o mesmo o agarrou pela gola da camisa social.

- Encoste em mim de novo e eu juro por deus que esqueço qualquer dever que eu tenho para com a sua família. _ Malia bufou irritada e arrastou um Justin relutante para fora da sala...


enquanto Josh gritava a plenos pulmões o quanto era irritante aquela mania de Malia de defender Justin. A briga entre os dois era muito mais antiga do que só aquela pequena demostração de testosterona pude notar, e eu poderia usar aquilo a meu favor. 

  Rebeka apenas observava tudo ainda mantendo aquele olhar de superioridade levemente carregado de tédio agora. A morena sussurrou alguma coisa para Josh, alguma ordem que fui incapaz de ouvir, e saiu da sala pisando duro.


Justin POV’s

 Perambulei de um lado para o outro já fora da sala fedida tentando controlar meus nervosos. Eu não aguentaria dividir o mesmo ambiente que aquele projeto de agente sem me sentir imensamente impulsionado a matá-la

- Justin, relaxa, vem cá. _ Malia agarrou firmemente meu pulso me puxando para si. Já estava preparado para as reclamações que viriam a seguir, mas Malia apenas acariciou meu rosto e sorriu docemente. 

- Josh é... Difícil. Mas ele ainda é um Devine, não arranje problemas com Rebeka, por favor, tente se controlar.

- Odeio quando você o defende. _ Ela riu e encostou a testa na minha, me olhando nos olhos, me acalmando com sua compreensão.

- Olha só pra você, até parece ele falando assim.

- Não me compare com aquele babaca.

- Nem daria para comparar, você é mais alto, mais tatuado e mais desbocado é claro. _ Acabei rindo de seu comentário e ficamos ali por um tempo apenas nos olhando.


  Fomos interrompidos pelo barulho que Rebeka fez ao limpar sua garganta. Malia se afastou minimamente ainda mantendo seu braço ao redor de meus ombros.

- Aproveitando seu ataque de fúria para algo útil, quero que volte lá dentro e de uma lição em nossa pequena convidada.

- Rebeka... Se Justin fizer isso ela não poderá voltar para a base do FBI, começaram a procurá-la, você mesmo disse que só temos 24 horas. _ Malia disse se desvincilhando de nosso abraço e indo até Rebeka.

- Eu sei o que estou fazendo Malia, tenho tudo sobre controle.

- O que Josh acha disso? _ Rebeka apenas deu de ombros.

- Nisso seu amiguinho aí tem razão, Josh não manda em nada aqui. _ sorri ao ouvir o comentário e comecei meu caminho de volta a sala.

- Hey Justin?

- Sim? _ Parei ao ouvir Rebeka me chamar e a olhei, a garota exibia um pequeno sorriso.

- Você pode até ser um marginal petulante, mas acredite você não é um lixo descartável.


Ela piscou antes de partir rebolando e Malia me lançou um sorriso antes de seguir a amiga. Inspirei fortemente e entrei na sala. Josh deixou a sala no minuto que eu entrei, fazendo questão de esbarrar em meu ombro ao passar. Voltei a respirar fundo e apenas o ignorei. Rebeka havia me dado um voto de confiança e era nisso que eu tinha que focar. Sem contar é claro que Malia ficaria irritada se eu desse alguns bons socos naquele nanico.

  Barbara se mexia impacientemente em sua cama, tentando olhar ao redor, saber o que estava acontecendo.

- O pau mandado recebeu uma ordem Barbara, e algo me diz que você não vai gostar dela. _ Soltei as amarras que a mantinham deitada na cama e a garota rapidamente se sentou.

- O que? É agora que você trás o banco imobiliário e nós passos o resto do dia jogando joguinhos de tabuleiro? _ Ela massageou os pulsos ainda acorrentados enquanto falava. Mordi o lábio inferior tentando conter o sorriso enquanto me sentava em frente à agente.

- Ah nós vamos jogar sim. Mas não sei se você vai se divertir tanto quanto eu. _ Ela então passou a me olhar, um olhar que transbordava desconfiança e até um pouco de medo.


Suspirei. – Sabe, eu tenho tido dias terríveis ultimamente. Primeiro que esse babaca de um metro e meio resolveu dar as caras, e eu não gosto muito dele como você pode perceber. Depois aconteceu todo um drama de família e agora eu estou aqui com você, quando poderia estar apreciando um belo wisky 25 anos que eu vi na adega mais cedo. Isso... Tem me deixado uma pilha de nervos.

 - Se esta tentando me deixar comovida saiba que esta falhando miseravelmente. _ Agarrei seu pescoço apertando minha mão em volta da pele sensível, vendo a cor sumir de seu rosto segundos depois. As unhas curtas de Barbara arranhavam incessantemente minha mão em busca desesperada por ar. Puxei seu rosto para mais perto do meu e apenas observei o desespero da garota por um tempo.

- Que fique bem claro que você só fala quando eu permitir, okay? _ Ela continuou se debatendo ainda por alguns segundos ate que eu finalmente a soltei. Barbara se dobrou sobre a cama e inspirou fortemente tentando resgatar a todo o custo o ar de volta para seus pulmões. – Ainda tem algo a dizer?

- Vai pro inferno!



- Ok, justo. Mas confesso que esperava mais de você. _ Barbara travou a mandíbula fortemente antes de se aproximar e cuspir em meu rosto.



 Balancei a cabeça positivamente enquanto limpava meu rosto exibindo um pequeno sorriso antes de desferir outro tapa contra o rosto de Barbara.

- Justo... Mas eu confesso que esperava mais de você. _ Ela sussurrou enquanto cuspia um pouco de sangue no chão. Soltei as correntes dos pés e das mãos da agente e fechei minha mão em seus cabelos longos a arrastando para fora do quarto. - Vamos dar um passeio, quero que veja uma coisa. _ Barbara se debatia contra o aperto de minha mão em seu cabelo tentando escapar para longe, mas eu sabia que mesmo que conseguisse correr, não chegaria muito longe.

  Parei a caminhada em um corredor mal iluminado com um grande espelho de ponta a ponta. Parei em frente ao espelho e apenas deixei que Barbara contemplasse seu estado deplorável por um tempo.

- Eu sei que você se acha muito esperta, a maioral, a filha do melhor agente do FBI e blábláblá. Eu sei o quanto sua mãe deve te-la mimado, sei que eles a ensinaram que o mundo poderia ser seu. Mas tudo o que eu vejo quando olho para você Barbara, é um ratinho assustado em uma armadilha muito grande, correndo de um lado para outro em busca de aprovação. Você é patética. _ Aumentei a força do aperto de minha mão e bati o rosto de Barbara contra o grande espelho. O vidro facilmente se partiu sobre o impacto, o que rendeu um belo corte a Barbara. O sangue escorria em grande quantidade de seu corte, empapando seu cabelo, sujando seu belo vestido e deixando a agente levemente tonta.

  Joguei-a no chão e passei a chutá-la em todas as áreas possíveis, dando atenção privilegiada a sua barriga, o que fazia Barbara se dobrar de dor. Quando senti a adrenalina deixando meu corpo aos poucos, levantei a agente ensanguentada de volta para seu quartinho.

- Eu costumava vir aqui quando criança. Eu corria para cima e para baixo nesses corredores enormes, e era sempre tão solitário vazio... _ Soprei a fumaça do cigarro recém acendido contra o rosto machucado de Barbara. - É bom que você esteja aqui para me fazer companhia, sinto que vamos nos dar muito bem. _ Sorri sadicamente antes de apagar o cigarro entre os seios da agente e ver seu rosto se contorcer em uma careta de dor.


                                                                           Continua...

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Eu sei, eu sei, primeiro os meninos da banda ( com exceção do Josh ) não estão aparecendo muito, e segundo eu deveria ter postado ontem, MAS eu tenho explicações para as duas coisas. Os meninos vão aparecer mais, EU PROMETO, é que agora nessa fase da historia é quando as confusões estão começando a aparecendo e eles vão aparecer mais na fase que as coisas tiverem que começar a se resolver, o que não vai demorar muito eu prometo, só tenho um pouquinho de paciência. Ouve um problema ontem com horários e acabei que não tinha o capitulo ainda, coisas de desencontros, mas não se preocupem que isso não vai ser frequente, na verdade vou fazer de tudo para que não aconteça. 

Gente pelo amor de Deus comentem, nem que seja para reclamar!

Desculpem qualquer erro ortográfico, beijos Andressa Reznick!


















5 comentários:

  1. O capítulo ficou perfeito, está ótimo essa confusão deles espero que fique cada vez melhor, estou adorando essa fic, continui quando puder, bjos...
    Juh <3

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  2. VO COMENTA AQUI OOOOOH

    PODE CONTINUAR PQ EU SOU MUITO PACIENTE...
    MAS EM SUAVE NA NAVE ? TRANQUILO COMO UM GRILO DE BOA AI ?
    ... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ta parei
    Voltandoooo..
    Ta muito boa a fic continua depois de ANOS sem entra no blog aqui estou eu lendo uma fic maravilhosa de um blog maravilhoso e divonico ..

    Ameiiiii de mais
    Malikisses

    ResponderExcluir
  3. VO COMENTA AQUI OOOOOH

    PODE CONTINUAR PQ EU SOU MUITO PACIENTE...
    MAS EM SUAVE NA NAVE ? TRANQUILO COMO UM GRILO DE BOA AI ?
    ... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ta parei
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