Rebeka POV’s
Sorri educadamente para o chofer antes de lhe entregar a chave de meu
porsh novo, presente de aniversário adiantado de Josh, não era nenhum avião
particular mais dava para o gasto.
Retirei os óculos escuros enquanto adentrava o
restaurante chique e olhei em volta tentando achar o governador em meio a todos
aqueles homens de terno. Liam estava bem ao lado, também de terno, algumas
manchas arroxeadas no pescoço, lembranças da noite passada.
Quando finalmente o avistei acenei com a cabeça em sua direção e caminhei
até a mesa determinadamente.
- Rebeka. _ O homem sorriu amigavelmente exibindo as pequenas curvas que
já se formavam em volta de seus olhos castanhos. Talvez já estivesse na casa
dos 40, o cabelo ficando grisalho era um forte indicio disso.
- Governador. _ Seguro sua mão por sobre a mesa em um comprimento breve
e sento na cadeira que Liam puxou para mim enquanto os dois se cumprimentam.
- Por favor, me chama de Philip.
- Como quiser. _ Devolvi o sorriso que Philip me oferecia e dei um
pequeno gole no champanhe que o garçom havia posto em minha taça.
- Então... Parece que o assunto é realmente sério já que trouxe seu
advogado.
- Oh sim. Adoraria dizer que estamos aqui apenas para bater papo, como o
senhor costumava fazer com meu pai, mas infelizmente não é possível.
- Seu tempo vale muito dinheiro, não é? _ O rosto de Philip já não
exibia mais o ar bom humorado de antes, ele estava nos analisando, me
analisando principalmente, sendo o ótimo profissional que é.
- Sim. E certamente o seu também. Por isso iremos direto ao assunto.
- Por favor, sou todo ouvidos. _ Inspirei fortemente me recostando na
cadeira e analisando Philip por mais alguns minutos antes de falar.
- Sabe, pagamos nossas contas, doamos para caridade, tiramos garotos das
ruas e mesmo assim o país insiste em ferrar com a gente.
- Sei exatamente como é querida, não esqueça dos muitos eleitores
ingratos que tenho que suportar.
- Pois é. _ Ri pelo nariz balançando a cabeça negativamente.
- Acontece que, mesmo estando pagando muito bem e em dia, as pessoas que
supostamente deveriam nos oferecer segurança agora estão ameaçando a minha
carreira, o meu dinheiro. E você sabe... Nunca se meche com o dinheiro de um
Devine.
- Oh sim, o ditado de seu bom e velho pai... _ Ele
riu exibindo seus dentes extremamente brancos e balançou a cabeça em
concordância.
Me curvei sobre a mesa chegando o mais perto possível.
- Esperamos governador, que pela lembrança de meu bom e velho pai e por
uma quantia adicional de alguns bocados de dólares você possa nos ajudar a resolver
esse mal entendido. _ Os olhos de Philip brilharam em interesse e ele também se
curvou, ficando mais próximo.
- Eu adoraria ajudá-la querida. Pelo seu velho e bom pai... O que posso
fazer por você? _ Sorri imediatamente ao notar a ambição em sua voz. Políticos
corruptos, pior corja.
- Andei pesquisando, sou uma menina curiosa desde muito nova... E acho
que ouvi alguma coisa sobre a sua pessoa ser muita amigo de John Collins, nosso
velho herói do FBI. Homem admirável.
- Oh sim, John... Somos amigos de longa data. Mas John é um careta minha
jovem, não vejo em que ele poderia lhe ajudar.
- Bom... acontece que nós temos algo que talvez seja do interesse dele.
Barbara. Já ouviu esse nome antes? _ O governador prendeu a respiração e
pareceu mais atento que nunca a conversa. – Ela é uma figura e tanto. Andei
ouvindo sobre seus feitos, realmente a família Collins está cheia de heróis. -
Talvez... _ Philip ainda mantia aquele olhar de curiosidade o que me fez exibir
um pequeno sorriso. - Acontece que, as vezes, até mesmo os heróis se machucam.
Até eles precisam de uma folga, até eles precisam ser salvos... _ Suspirei,
lembrando do estado da jovem agente quando sai da enorme casa do terror onde a
mantínhamos presa.
- Se importaria em parar com os jogos e ser direta? _ A voz de Philip
soou firme.
- Oh sim, claro. Eu e meus devaneios... Como estava dizendo, acho que você governador deveria usar de sua
proximidade com o bom John e fazê-lo convencer o chefe da narcóticos a dar uma
pequena folga a Barbara.
- E o que ganharia com isso?
- Não é obviou que me importo com a felicidade e bem estar das pessoas?
_ Sorri, mas Philip não estava achando nada engraçado. – Não, falando sério
agora. Tenho a filha de seu amigo em cativeiro. Eu não queria machucá-la, mas
meus empregados são tão explosivos... Sabe como essas coisas funcionam.
- Claro...
- Olhe, eu odeio isso tanto quanto você, mas foi ela quem mexeu no lugar
errado. Que culpa tenho eu? _ Levantei as mãos em forma de rendimento e o
governador acenou positivamente.
- Então Philip, você nos ajudará a ajudá-la?
- Tudo que preciso fazer é falar com John?
- Não, seria injusto dar tanto dinheiro para tão pouco trabalho. Você
precisa garantir que a mocinha não fale nada, ou infelizmente ela sofrerá um
acidente fatal, se é que me entende. Você me entende, não é?
_ Ele apenas
balançou a cabeça. - Então estamos combinados?
- Negocio fechado Devine. _ Ele voltou a estender a mão por sobre a mesa
e eu apertei exibindo um pequeno sorriso.
- Não fique tão tenso, mentir é uma tarefa fácil para você, foi assim
que se tornou governador não foi? _ Gargalhei.
- Metade de seu dinheiro será depositado ainda hoje, a outra metade...
Bom, você já sabe.
- Claro. Então estamos acertados. Entrarei em contato o mais breve
possível. Tentem não machucar mais a garota.
- Oh sim, claro. Não se preocupe, não somos animais sedentos por sangue.
Passar bem Philip! _ Acenei com a cabeça antes de me afastar da mesa com Liam
em meu encalço.
Philip Black POV’s
Suspirei pesadamente sentindo a tensão se dissipar como poeira no vento
ao checar minha conta bancaria e ver os zeros a mais que tinha ali. Rebeka era
muita mais intensa do que seu pai jamais foi. Com uma presença forte e uma
lábia incrível ela seria capaz de convencer alguém sem experiência a fazer
aquilo apenas por fazer, sem nada receber em troca. Mas ela havia procurado a
mim por motivos óbvios, eu sempre cumpria com minhas obrigações, principalmente
se elas envolviam tanto dinheiro e gratificação por parte de uma das famílias
mais ricas dos EUA.
Os Devine eram o principal
motivo para estar a onde estou, e sou grato por isso. O velho Devine realmente
havia escolhida a filha certa para dominar. Joguei alguns trocados sobre a mesa
sem nem mesmo encostar no prato e parti em disparada para o carro, quanto mais
rápido resolvesse aquilo mais rápido tiraria Barbara do perigo, eu sabia que
eles diminuiriam as torturas só porque estavam com as coisas resolvidas. Ao
contrario do que a bela garota havia me dito, eles eram sim animais
sanguinários.
Liguei para John a meio caminho
de sua enorme mansão em um condomínio quase fora da cidade e avisei que estava
a caminho, o homem pareceu verdadeiramente animado com a possibilidade de
dividir um charuto comigo, então acelerei. John e eu éramos amigos a anos, bem
antes da família do trafico surgir na minha vida vira-la de cabeça para baixo.
O homem fez seu próprio sucesso, subiu na vida por mérito próprio, e tendo o
sangue desse homem correndo nas veias obviamente era de se esperar que Barbara
se metesse algumas confusões. Deus sabe as coisas que tive que fazer nos velhos
tempos para livrar o traseiro branco de John de levar alguns tiros.
Ao cruzar os portões de ferros impotentes da
enorme casa adornada por uma piscina que ninguém usava, mas que Adelaine
Collins fazia questão em ter, passei a imaginar o que falaria para convencer
John sobre o improvável cansaço mental que sua filha sentia. Ele conhecia a
garota melhor que qualquer um sempre a supervisionando com seus grandes olhos
espertos, sabia de sua força e persistência, seria bastante difícil
convencê-lo. Mas dever dado é dever comprido, e eu faria aquilo.
- John meu velho amigo! _ Caminhei sorridente até o homem de cabelos
completamente grisalhos e riso fácil com os braços abertos.
- Sou velho mais ainda chutaria seu traseiro com facilidade Philip. _ Nos
abraçamos e gargalhamos.
- Não duvido disso. Como esta a saúde?
- Ótima, tudo nos conformes, Barbara sempre garante que eu aparece em
todas as consultas. Ela esta me saindo um belo pé no saco.
- O que seria de você sem aquela moça bonita seu velho rabugento? _ John
balançou a cabeça em concordância enquanto caminhava. - A encontrei um dia
desses em um evento.
- Está crescida não é?
- E bonita como a mãe. _ Pisquei para John que socou meu ombro levemente.
Engoli em seco pronto para abordar o assunto. - Ela me lembrou muito você
também, nos piores casos sabe? Quando toda a sua energia ia embora e você
parecia uma múmia andando por ai.
- Nem me lembre, tudo que eu queria naqueles dias era uma folga. _ Sentamos
em sua varanda e apenas observei o velho homem acender o charuto por alguns
minutos.
- Talvez ela também precise de umas férias John, ela é muito jovem para
já estar em uma pilha de nervos.
- Acredite quando digo, Barbara não aceitaria esse conselho nem se o
próprio papa o falasse.
- Nesse aspecto ela puxou a você. _ Ele voltou a concordar.
- Talvez deva falar com o chefe dela... Você e Billy ainda se falam?
- Constantemente.
- Então é isso, não quer que sua filha perca a lucidez por causa dessa
merda de família do trafico quer?
- Não mesmo, aqueles bastardos... Verei o que posso fazer. Obrigado pela
preocupação Philip, você vem sendo ótimo para nós durante todos esses anos._ Sorri
- Imagina John, estou sempre disposto a ajudar... _ Soltei a fumaça do
charuto vedo-a nublar minha visão e pensei sobre como gastaria minha grana.
Continua...
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Oi meu povo, tudo bem? Capítulo novo ai para vocês, é pequeno mas é importante.
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Desculpem qualquer erro ortográfico, beijos Andressa Reznick!
Perfeito continua pfv
ResponderExcluirAmor desculpa nao ter comentado pq eu vi este post ha 6 dias atras e nao me toquei que era um novo capitulo (nossa quw sonssa)...continua logo. .Bjss..
ResponderExcluirXxray