Memories
Maratona de capítulos 3/4
Zayn POV’s
Justin
dedilhava uma musica no violão e cantava aos sussurros, como se temesse acordar
uma criança ou coisa parecida, mantinha a cabeça baixa completamente
concentrado no que fazia enquanto eu terminava de borrifar os últimos detalhes
de um desenho que havíamos feito juntos algumas horas mais cedo. As garrafas de
cerveja já se acumulavam pelo quarto, e o cheiro de tinta spray estava mais
forte que nunca.
A janela
aberta fazia voar as cortinas e trazia uma brisa gostosa que parecia o
acompanhamento perfeito para a canção de Justin. A sensação de nostálgica era
mais forte que nunca naquele momento. As lembranças das tardes que gastávamos
em um canto qualquer com um violão e brincadeiras idiotas se espalhavam com
facilidade por minha mente, e eu não podia evitá-las, sendo assim carregado até
elas de forma lenta e passiva.
Flashback on:
Pulei os
degraus de dois em dois ao ouvir a voz de Justin ecoando na enorme sala de
estar. Justin estava jogado de forma confortável sobre o sofá de mamãe e ela
estava tentando reprimir a vontade louca de mandá-lo sentar se de forma
correta. Eu sabia que ela estava a ponto de explodir. Sorri ladino, pois sabia
que Justin estava fazendo aquilo de propósito. Pulei o ultimo degrau causando
um leve baque que chamou a atenção de meus tios recém chegados e de meus pais
que me lançaram olhares de repreensão. Cumprimentei meus tios com um sorriso
amarelo e me joguei ao lado de Justin no sofá quase causando um mine infarto em
mamãe.
A melhor
coisa sobre Justin era que ele não se importava sobre minha idade. Não havia nada
que ele não achasse que eu podia fazer e isso era incrível. Passamos o resto da
tarde infernizando nossos familiares porque aquilo era simplesmente legal de se
fazer e recebemos olhares feios e caras espantadas todas as vezes que falamos
alguns palavrões ao perder uma partida no vídeo game.
- Ei, preciso que experimente algo. Você vai viajar.
_ Justin acenou em direção ao jardim e para lá fomos sem que ninguém notasse.
- Espero que não seja ruim, ou juro que vou chutar o
seu trazeiro branquelo.
- Certo, mas fácil eu chutar o seu. _ Justin fechou
os punhos e fingiu acertar um oponente invisível como se fosse o melhor lutador
de boxer de toda Nevada e eu ri.
- Ande logo com isso antes que nossos pais percebam
que não estamos lá dentro.
- Relaxa. _ Ele se jogou debaixo de um pé de arvore
distante o suficiente da casa e tirou do bolso da calça folgada demais um tipo
de cigarro que parecia feito a mão.
- Já fumamos um desse Justin, não é novidade. _ Sente-me
ao seu lado vendo-o acender a coisa.
- Isso não é um cigarro qualquer. É maconha. E das
boas, te garanto. _ Meus olhos brilharam de curiosidade e Justin sorriu maroto
tragando rapidamente e me oferecendo o cigarro em seguida. - Experimenta você
vai se amarrar.
- Se você diz... _ Eu não queria demonstrar o quanto
estava curioso, então apenas dei de ombros e traguei a coisa cuidadosamente
sentindo os efeitos surtirem rapidamente. A sensação de bem estar, a “viagem”
sobre a qual Justin havia falado, estava tudo ali. E era incrível.
Flashback off.
O fim daquele
encontro em família é um mistério até hoje. Às vezes acho que fomos pegos e
estávamos tão chapados que nem ligamos para os gritos de horror e descrença de
nossos pais. E outras vezes simplesmente acho que ficamos sentados em baixo daquela
arvore a tarde inteira nos perdendo em nossas próprias fantasias. Nunca saberei
ao certo o que aconteceu, apenas sei que qualquer uma das versões são boas o
suficiente para me fazer lembrar do bom primo e amigo que Justin costumava ser.
Justin POV’s
- E então, o que acha? _ Larguei o violão de lado e
me levantei para observar o desenho de Zayn mais de perto. Ocupando um pedaço
significativo da parede antes sem graça do quarto, o desenho de uma mulher
pintado quase desleixadamente de forma proposital nos encarava. Não qualquer
mulher, Malia estava ali. E a parte mais marcante de todo o desenho sem sombra
de duvida eram os olhos, aquele olhar com a sobrancelha arqueada...
- Não sei se te dou os parabéns ou se dou entrada em uma reabilitação agora mesmo para um caso de paixão platônica em estagio avançado. _ Ainda encarava o desenho boquiaberto, Malia havia realmente chamado a atenção do moreno.
- Vai se foder! _ Zayn sorriu e acertou o punho
levemente em meu ombro enquanto dava alguns goles em sua cerveja.
- Você não andou por ai seguindo ela o dia inteiro
para conseguir desenhar isso não é? _ Peguei os esboço jogado no chão vendo
Zayn revirar os olhos e se jogar em uma cadeira de rodinhas ali perto, girando
duas vezes antes de voltar a me encarar.
- Ela posou para mim. Em uma das vezes que... Enfim, ela não achou que eu realmente estivesse desenhando então só fez uma cara engraçada e eu tentei ser o mais fiel possível.
- Okay, talvez você ainda não seja um caso perdido. Ao menos não é um stalker.
- Larga de ser babaca! _ Ele me acertou com uma bolinha de papel e eu rapidamente devolvi o ataque o acabou em gargalhadas. - Como a conheceu?
- Quem? _ O olhei desviando minha atenção do desenho a contra gosto.
- Malia. Como a conheceu?
- Bom... – suspirei.
Flashback on:
Assobiei
alegremente mantendo minhas mãos dentro dos bolsos de minha calça tentando me
livrar do frio que fazia naquela noite. Cumprimentei uma garota bonita que por
mim passou um aceno de cabeça vendo-a sorrir marota. Virei meu rosto na direção
da moça por meio segundo e foi o que bastou para que um corpo se chocasse
contra o meu subitamente e fosse parar no chão sem que eu nada pudesse fazer
para impedir.
- Ai! _ A voz marcada de dor era de uma garota de
cabelos morenos e olhos muito azuis que se encontrava no chão abaixo de mim
agora. Me ajoelhei rapidamente a ajudando a se levantar.
- Você esta bem? _ Apertei seus braços me certificando de que não havia quebrado nenhum um osso e a garota bufou irritada se afastando.
- Claro que não! Da próxima vez olha por onde anda! _ Tentei conter o pequeno sorriso ou ver a careta raivosa da garota mais não consegui.
- Desculpe, mas... Acho que foi você que bateu em mim.
- Até parece... _ Ela me olhou incrédula por meio segundo até notar o pequeno sorriso em meu rosto e franzir mais ainda o rosto em uma careta. - Tanto faz.
- Vem, você precisa de ajuda. Eu moro só a algumas quadras daqui e...
- Não precisa ta legal? Eu to atrasada. _ Ela olhou ao redor como se procurasse uma brecha para passar por mim e voltar a correr para seja lá onde estava indo.
- Eu acho... Acho que não vai querer ir a nenhum lugar com essa mancha de sangue na suas costas.
- Você ta falando sério? _ Balancei a cabeça positivamente. Ela ficou de costas para a vitrine de uma loja e virou a cabeça o máximo que pode constatando que eu não estava mentindo. - Mas que ótimo.
- Tem certeza que não vai precisar de ajuda? _ Ela me olhou insegura mordendo o interior da bochecha e deu de ombros.
- Vai na frente.
- Sim senhora. _ Levantei as mãos em forma de rendição e sai guiando o caminho até minha casa.
A senti vacilar quando paramos no quintal mal
cuidado, a visão de minha garagem do lado de fora não era realmente
reconfortante. Pigarreei.
- Esta um pouco sujo, mas eu prometo que é só uma
garagem inofensiva.
- Sério? _ Ela mantinha aquela sobrancelha arqueada mostrando o tamanho de sua desconfiança.
- Veja. _ Apertei o controle que trazia em meu bolso e a porta da garagem se abriu lentamente. E ao invés dos inúmeros carros que tínhamos ali antigamente o local estava ocupado por uma enorme televisão, aparelhos de som, vídeo game vários pufes, um frigobar e um grande sofá.
- Presente de aniversário.
- Ah... _ Ela concordou com um aceno de cabeça e finalmente entrou no lugar.
- Fique a vontade, eu tenho uma caixa de primeiro socorros em algum lugar por aqui. _ Parti rumo ao mine banheiro ali perto observando a garota de longe. Ela era no mínimo interessantíssima. - Não vai me dizer o seu nome?
- Malia. _ Ela suspirou e sentou-se no sofá vendo-me se aproximar com a gase e um spray que dizia cicatrizar mais rápido.
- Nome interessante, algum significado especial?
- Algo como ”águas pacificas e calmas”, alguma besteira desse tipo. E o seu? _ Ela suspendeu os cabelos pare que pudesse limpar o corte em sua nuca.
- Meu nome é Justin. Nunca pensei em pesquisar o significado. _ Prendi o curativo sobre o corte passando o dedo indicador para me certificar que estava realmente preso. - Pronto.
- Obrigada. _ Ela virou-se de frente para mim e sorriu levemente.
- Não foi nada. Pena que não posso fazer nada por sua blusa.
- Tudo bem, não esquenta.
- Então... _ Me recostei no sofá.
- Para onde estava indo com tanta pressa.
- Não importa, agora é tarde de mais.
- É uma pena. Mas se quiser pode ficar aqui e me fazer companhia Ver um filme, jogar alguma coisa, você que sabe... _ Ela sorriu
- Esta flertando comigo?
- Eu? Imagina. _ Balancei a cabeça negativamente, rindo. Okay, talvez eu estivesse.
- Bom, porque eu já tenho outro em vista.
- Garoto de sorte.
- O que? Você acha mesmo que uma pessoa que sai trombando nas outras por ai é uma pessoa legal. _ ela estava finalmente se soltando, fazendo suas próprias piadas. Sorri.
- Realmente, retiro o que disse você é uma pessoa horrível.
- E sou tão cruel que vou ficar e aceitar jogar uma partida de qualquer jogo com você só para vê-lo perder.
- Okay. Mas se eu ganhar vai ficar um mês sem trombar
em ninguém por ai. _ Ela fez um mine biquinho como se estivesse chateada e
então voltou a sorrir.
- Você não vai ganhar!
- Veremos.
Flashback off.
- Ela é uma presença avassaladora não é? _ Zayn
balançou a cabeça em concordância.
- Realmente. _ Suspiramos e demos um gole em nossas
cervejas voltando a olhar o desenho.
Continua...
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COMENTEM SEUS LINDOS!!!!!
Daqui a pouco estarei postando o último capítulo da
maratona, beijos!
Desculpem qualquer erro ortográfico!
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