|| HAUNTED 20 - Don't ||

– Está dizendo isso pra me agradar 

– Acha mesmo que eu me preocupo em agradar alguém? – Riu baixo 

A abracei e lhe beijei, em meio de tantos problemas ainda tinha um espaço em mim que insistia em me relembrar o quanto eu gosto dela, as vezes me sinto aqueles garotos de filme totalmente apaixonados, nunca me pensei numa situação dessas e o pior de tudo, estar gostando de me sentir assim. 

DIA SEGUINTE – 

Franky P.O.V. 

Acordei me virando para o lado, vendo Louis ainda dormir profundamente, provavelmente cansado. 
Me levantei e fiz minhas higienes, andei até a cozinha, ainda um pouco sonolenta e comecei a fazer um café da manhã, já que eu estava morrendo de fome, fiz ovos mexidos, café, coloquei algumas frutas sob a mesa, sentindo que poderia estar de bom humor hoje. 
Escutei a campainha e fui até a porta desconfiada, normalmente o porteiro avisa quem está subindo, peguei a arma na gaveta do Louis porém quando fui até o olho mágico avistei a mãe de Louis, então fiquei entre dúvida se preferiria alguém da facção ou será que posso dizer assim, sogra?
Abri a porta e a mesma me olhou com seus olhos claros e sorriu, veio até mim beijando meu rosto e eu abri passagem para que ela pudesse entrar. 

– Bom dia – eu disse 
– Bom dia, Franky, certo? Tudo bem? 
– Tudo ótimo – Sorri 
– E o Louis? 
– Ainda dormindo, se quiser que eu o acorde 
– Ah, não – negou com a cabeça – Louis odeia ser acordado e deve estar cansado 
– É, ontem o dia foi bem cheio... quer esperar? Fiz café da manhã 
– Vou aceitar, não dispenso um café 

Fomos até a cozinha e ela sentou-se, enquanto eu coloquei o café na xícara e deixei em sua frente, me sentei um pouco apreensiva, afinal ela poderia apenas odiar tudo. 

– Parece sério entre você e Louis, ele não gosta muito de pessoas no apartamento 
– Não é bem um relacionamento, só estou procurando um lugar pra ficar e ele me deixou ficar aqui por enquanto 
– Mas você gosta dele? Aliás o café está ótimo – Sorriu simpática 

Johannah me olhava com curiosidade assim como Louis faz, decidi relaxar um pouco na cadeira e ficar mais flexível, ela aparenta apenas querer saber o que está acontecendo e não travar uma batalha comigo. 

– Gosto, claro que gosto – Sorri de canto 

– Parece querer falar mais – Riu baixo 
– Louis é muito especial pra mim – Dei de ombros – ainda estou confusa com o que pode acontecer 
– Admito que fiquei assustada quando ele apareceu com outra garota, parecia seguro com a Amber mas, com você é diferente, se torna protetor... por mais dos defeitos, tenho orgulho do coração enorme que ele tem 
– Isso é verdade 
– Trabalha naquele lugar com ele não é? Quase matei meu ex marido quando descobri que estava o apoiando pra entrar no projeto da FBI 
– Quando se gosta de trabalhar nisso, não adianta, nem tem como sair 
– Pode ser difícil pra você 
– Eu administro, gosto do que faço 
– Mãe? – escutei a voz do Louis logo atrás de mim 
– Bom dia, querido 

Louis foi até ela depositando um beijo no seu rosto e veio até mim com um olhar de dúvida, apenas sorri e ele me deu um beijo rápido. 

– Algum problema? 
– Só queria avisar que vamos ter que adiar o jantar, vou voltar pra Londres ainda hoje a noite, parece que as garotas não conseguem ficar sozinhas sem arrumar encrenca 
– Isso pode ser de família – Olhei para Louis 
– Com certeza é, Franky 
– As duas contra mim fica impossível – Ele reclamou enquanto comia 
– Mas o senhor deveria me visitar 
– Quando eu tiver férias prometo que vou até lá 
– Escuto isso à muito tempo 
– Mas dessa vez vou cumprir – Sorriu pra ela 
– E você também – Olhou pra mim – muito bem vinda na minha casa 
– Obrigada, claro que vou 

A conversa se desenvolveu e eu me sentia bem mas, ela precisava ir e logo começou a se despedir. Quando foi embora, Louis fechou a porta e desviou o olhar debochado pra mim. 

– Fez uma nova amiga, Franky? 

– Não começa, Louis Tomlinson, nem imagina como fiquei, sorte que ela foi um doce 
– Sinal que minha mãe gostou de você – se sentou do meu lado – Ela não consegue mentir 
– Pensava que eram outras pessoas 
– Não vamos pensar no trabalho pelo menos esse fim de semana – Me beijou 
– Preciso procurar um lugar pra ficar 
– Está bem aqui, por que quer sair? 
– Parece que temos um relacionamento sério 
– E o que temos então? 

Fiquei sem resposta, na realidade foi como uma consequência do tempo, temos um relacionamento sério e não há como negar ou escapar disso, só eu estou bem, me sinto confortável por ter isso com ele. 

– Acho que temos que ir com calma 
– Estamos indo com calma, apenas aconteceu e agora você está aqui 
– Por acaso me quer aqui te enchendo a paciência 
– Quero – sorriu – me enchendo todos os dias de preferência 

Odeio e ao mesmo tempo amo como ele consegue fazer com que todas as suas ideias pareçam viáveis. O beijei até ele estar deitado e eu sob seu corpo, rompi o beijo e o encarei sorrindo. 

– Você tem problemas de falar isso 
– Por que eu não iria querer algo que me faz bem? 
– E se entrarmos na rotina como um casal chato? 
– Trabalhamos na FBI, que tipo de rotina, espera? – Disse sarcástico 
– Por enquanto, podemos ficar assim 
– Eu ganhei? Não acredito, acho que mereço um Oscar

Acabei rindo e ele me puxou para voltarmos a nos beijar. 

SEGUNDA FEIRA 

Liam me chamou pra falar em particular, mesmo sonolenta, tomei um café e o segui até a sala, o mesmo trancou a porta e olhou pra mim parecendo apreensivo 

– Algum problema no relatório? – Perguntei tentando cortar o silêncio 
– Não, Benjamin até elogiou – Suspirou – Temos um problema  
– O que é? Está me assustando 
– Acusaram o Louis, mais precisamente o Mark, falou que está do lado da facção e é infiltrado 
– Sabe que isso é mentira, Liam 
– Claro que sei, mas temos um problema, achamos isso no porta luvas dele, com as digitais confirmadas do Louis 

Liam deixou sob a mesa protegido, um anel que eu sabia exatamente o que significava, me lembro exatamente falando disso com Louis logo depois que fomos descobertos 

– Anel – eu disse 

– O quê? – parou o que fazia e me encarou 

– Todo mundo que trabalha com o Mark usa o mesmo anel... meu irmão usava, Mike vivia brincando com esse anel, Mark também, a mulher dele... mas o pai dele não, então automaticamente, não é suspeito 

– Como notou isso? 

– Acha que eu ganhei esse machucado de graça? – ironizei

– Bem, mais alguma coisa pro relatório, agora deixa eu terminar isso 

– Liam – suspirei – e agora? Temos que provar a inocência dele 
– Quero sua ajuda, tenta interrogar o Mark, quero limpar a barra dele antes que seja acusado, Louis não suporta que desconfiem dele 
– Eu sei bem disso... tudo bem, vamos até onde ele está, vou tentar provar que está mentindo. 

{...} 

Estava frente a frente com Mark, a sala de interrogatório como sempre escura, apenas com uma luz iluminando o local, me possibilitando ver sua face com aquele sorriso cínico, como se estivesse satisfeito com a situação. 

– Veio tirar dúvidas sobre seu marido? – Riu baixo 
– Eu sei que mente, por que faz isso? Não vai te livrar desse lugar mentir mais 
– Confia nele? 
– Claro que confio 
– Tenho pena de você, garota... bonita demais na mão de um cara que quer apenas informações pra mim 

Não deixaria me levar pelas suas palavras manipuladoras, já passei por isso, sei o que é ser acusada injustamente. 

– Já tentaram me acusar e foi provado que era tudo mentira, com Louis não vai ser diferente 
– Misturar o amor com confiança nunca é bom, pode se decepcionar 

Minha cabeça já estava rodando, parecia que mesmo contra minha vontade ele me manipulava, respirei fundo e o encarei me aproximando jogando meu corpo sob a mesa, segurei na gola de sua camisa e olhei nos seus olhos. 

– Pode fazer o que bem quiser, continue tentando – Sorri cínica – Você e todos que estão do seu lado vão cair, porque eu faço questão de prender um por um 

O soltei e o mesmo me me fuzilava com puro ódio, saí do interrogatório e fui até o terceiro andar, encontrei Louis que pela sua expressão parecia saber o que estava acontecendo. 

– Conseguiu alguma coisa do Mark? 
– Só escutar as imbecilidades dele 
– Filho da puta – Revirou os olhos – Não acredito que vai fazer minha equipe contra mim 

– Ei – segurei seu rosto – Ninguém vai ficar contra você, sabemos a verdade, vamos fazer essa prova idiota desaparecer, só precisamos de um plano 
– Pessoal – Escutamos a voz de Thomas – Venham aqui 

Fomos até ele que estava na frente do computador, apontou pra tela onde tinha alguém se aproximando do carro do Louis e deixando algo no mesmo. 

– Quem será que é esse cara? – Louis perguntou 
– Vamos aproximar – Thomas disse fazendo isso

Podia ver o rosto nitido do Theo, consegui que ele ficasse com um regime semi aberto e ele já faz isso, realmente estou cansada. 

– É o Theo – eu disse 
– Não está tão visível assim – Louis me encarou 
– Pra mim está, vocês sabem onde ele está? 
– Ele está com um GPS ainda – Thomas disse pensativo – podemos localizar 
– Vou conversar com ele e não adianta, vamos ter que trazê-lo de volta pra prisão 
– Lamento – Pousou a mão sob o meu ombro 
– Vai ficar tudo bem, só preciso resolver isso 
– O endereço dele é esse – Thomas escreveu em um papel e me entregou 
– Okay 
– Quer reforços?
– Não preciso de reforços, qualquer coisa ligo pra vocês 

Antes de ser contestada saí da sala e peguei minhas chaves indo até meu carro que por sorte estava no estacionamento dessa vez, liguei o GPS e comecei a dirigir até o endereço, depois de meia hora na estrada consegui chegar na pequena casa que ele estava. 
Coloquei a arma na cintura, cobrindo-a com a blusa, saí do carro o trancando e bati na porta, não demorou para ser aberta por ele. 

– Franky? Pensava que iria fingir que eu não existo por alguns tempos 
– Você torna isso impossível já que insiste em fazer merda mesmo quando arrumo uma chance pra você – Disse entrando na casa 
– O que quer dizer com isso? – Fechou a porta e me encarou 
– Não tente se fazer de desentendido... o anel no carro do Louis 

Theo permaneceu em silêncio e desviou o olhar, provando pra minha infelicidade que foi ele que fez aquilo. 

– Qual seu problema? – Me aproximei – Quer continuar um criminoso? Continue! Mas não se meta comigo ou com ele 
– Não pudia, tive que fazer isso 
– Por quê? 
– Franky... 
– Me conta, agora! 
– Eles disseram que se eu não fizesse isso com o Louis, iriam te incriminar, só que seu caso é mais complicado, porque você já foi acusada uma vez e é minha irmã, tentei fazer com que você não fosse presa injustamente 

Respirei fundo, mesmo tentando fazer a coisa certa ele faz o errado, parece até que é meu irmão mais novo e não o mais velho. Me aproximei dele, segurei em sua nuca o puxando pra um abraço, Theo recostou a cabeça em meu ombro e correspondeu. 

– Sabe que vai voltar pra cadeia, não é? 
– Eu sei... 
– Por que continua os obedecendo? – Me afastei pra olhá-lo 
– Franky eles tem não apenas minha vida, mas a dos nossos pais também e até mesmo a sua... só não foi morta porque faria que a facção se tornasse pública e talvez até um problema mundial 
– Eu posso cuidar de mim e dos nossos pais, se você deixasse cuidaria da sua situação também 
– Sei que pode mas olha pra mim – Suspirou – Eu roubo desde os dezessete anos, já tenho vinte e cinco, é o que eu sei fazer da minha vida infelizmente 

– Pelo contrário, ainda tem vinte e cinco, pode fazer muitas coisas
– Liga logo pra polícia – Me entregou um telefone – veio aqui pra isso não foi? 
– Também vim te lembrar que Louis já arriscou a vida pra salvar a sua, mesmo sendo pra salvar a pele de outras pessoas, não deveria ter feito isso com ele 
– Já disse que não tive nenhuma outra escolha – Ficou sério e cruzou os braços – Mais alguma coisa? 
– Sim... Tenta mudar, por favor, você quer me proteger mas prefiro correr risco de vida do que te ver se entregando pra essas pessoas 
– Sou um estorvo na vida de todo mundo, eu juro que se pudesse estaria morto, mas se eu morrer eles matam todos vocês 



Joguei o telefone no chão o quebrando e me aproximei dele, estava com raiva porque ele não quer sair disso, o que importa estar segura se ele continua nas mãos do Mark, a pessoa que mais sinto desprezo. 



– Para! Qual o problema de se arriscar?! Eu dizendo que estou aqui! 

– Você não entende 
– Por que você sempre quis tanto dinheiro?! Olha onde você está agora, eu não aguento te ver morrendo aos poucos, porra! Theo sou sua irmã, eu te amo, quero seu bem 
– Sabe por que sempre precisei de tanto dinheiro? Pra comprar seu skate, seu tênis também, a sua cama confortável, o sofá novo da nossa mãe e um carro bom pro pai, só quis que você vivesse na família perfeita, porque a que eu vivi quando era criança e você só um bebe foi um inferno, passamos fome, não tínhamos uma casa... queria dar pra vocês a vida perfeita, mas como sempre eu faço tudo errado! 
– Theo, você ainda tem chances 
– Liga logo pra polícia

– Mas 
– Pega o telefone, liga pra polícia e quando me prenderem esquece que eu existo, eu sei muito bem o que estou fazendo... cada um sabe o caminho que segue 

Mesmo não querendo, peguei meu celular e liguei pedindo um reforço pra prendê-lo, que não demorou muito pra chegar. 

– Se eu puder te ajudar – Tentei dizer algo 
– Me ajuda fazendo o seu trabalho, porque o meu já faço à muitos anos e não tem como voltar agora 



Quando foi levado no carro policial, eu entrei no meu e voltei pro escritório, melhor me focar no trabalho antes que fique desestabilizada até demais. 

(...) 

Estava na sala de treinamento, atirando no alvo, acho que gastei mais de uma hora naquele lugar, mas me fazia pensar e é sempre bom treinar. 
Sentia minha mão um pouco dolorida, talvez meus dedos estivessem até um pouco machucados mas nem ligava, só queria esquecer das palavras do Theo que me fazem pensar o quanto certas coisas na vida são injustas. 
Escutei meu nome ser chamado, abaixei a arma e olhei pra trás vendo Louis se aproximando. 

– Algum problema? – Perguntei 
– Eu que te pergunto – Parou ao meu lado – A conversa com seu irmão deve ter sido bem ruim 
– Foi péssima – Continuei atirando 
– Está aqui à mais de uma hora, deveria parar um pouco 
– Não preciso 

Por um milagre ele ficou em silêncio, mas antes que eu atirasse novamente, ele parou em frente ao alvo, colocou as mãos no bolso e me olhou, como se estivesse esperando que eu atirasse, abaixei a arma e a deixei junto com as outras saindo dali. Senti sua mão em meu ombro, me virou e antes que eu dissesse algo, Louis me abraçou, deixando nossos corpos colados e rindo baixo. 

– Tão marrenta, nem sei como te aguento 
– Também não sei – Correspondi ao abraço 
– Uma hora ele vai notar que está fazendo tudo errado 
– Mas quando essa hora chega? 
– Lamento te dizer que demora – me encarou – Enquanto isso, temos que prender todos da facção e Benjamin tem um plano que vai nos mostrar amanhã 
– Por que não hoje? 
– Porque agora vamos pra casa e você vai descansar, esquecer esse dia vai te deixar melhor 

Olhei pra ele, por mais de muitas vezes me tirar do sério, provavelmente fiz algo muito bom pra tê-lo aqui comigo. 
Acabei sorrindo e voltei a abraçá-lo. 

– Você cuida tanto de mim, por que isso? 
– Não consigo te ver assim, talvez seja essas coisas idiotas de começar a gostar de alguém... Por favor esquece isso que eu falei, foi muito gay até pra mim 
– Foi mesmo, mas é bom escutar isso de você 
– Ganhei dessa vez? 
– Um ponto pelo menos – O beijei 

Continua... 

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OOOI! 

DESCULPA A DEMORA 

continuo nessa vida sem internet nenhuma (PUTA QUE PARIU NÃO AGUENTO MAIS) 

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, desculpa pela demora de novo. - BEIJOS - mi