Não comentei com Andy sobre o xingamento de Julie, pois achei isso
sem necessidade. Para falar a verdade, tentei esquecer o ocorrido.
Mas acredito que ela deve ter contado, já que ele veio falar comigo
no dia seguinte.
- Desculpa
pela Julie – pediu ele, com olhos tristes e um tanto constrangido.
– Ela vem agindo meio estranho ultimamente.
- Tudo
bem – respondi, dando um sorriso meio triste. Pensei em acabar com
a conversa por ali, mas senti que ele queria desabafar sobre a irmã
e não sabia como. – Por que ela tá assim?
- Ainda
estamos tentando descobrir – respondeu, soltando um suspiro
demorado e encerrando o assunto.
Depois do nosso “café da tarde”, nos arrumamos para sair
novamente. Deu para perceber que não paramos quietos um minuto,
certo? Tentamos, dessa vez, ir a um shopping comprar algumas coisas.
Como eu disse, tentamos.
Foi só entrarmos no shopping para ouvir o primeiro grito. Quando nos
demos conta, estávamos rodeados de garotas gritando e chorando por
toda a parte. Vinte minutos depois, com muito esforço, conseguimos
voltar para a van.
- Que
loucura! – comentou Zayn, rindo.
- Se
acostumem – disse Paul, sorrindo para nós pelo retrovisor. –
Por aqui é assim.
- Demais!
– se empolgou Niall.
Estávamos todos realmente muito animados – e até um pouco
assustados – com o que estava acontecendo, mas, com certeza, era
empolgante e fiquei completamente feliz com o amor que nossas fãs
demonstraram e sempre demonstram por nós. Elas são totalmente
incríveis. Eu não as trocaria por nada nesse mundo!
- Oi
amor – escutei Zayn falando baixinho ao celular, no fundo da van.
Olhei para Louis, que tentava segurar a risada. Niall também
observava o moreno atentamente, tentando não rir. E Harry... Harry
estava digitando no celular. Com quem? Nathalie.
- Amor
– gritou Niall, fazendo voz de mulher. – Volta pra cama. Para de
falar com essa daí – Zayn o olhou feio, e então ficou vermelho.
Acho que estava ouvindo umas boas.
- Nã-não,
amor – tentou dizer ele. – Não é nada disso. É só o Niall –
ele continuava a se explicar, dando um tapa em Niall.
- Não
bate, amor. Senão eu gamo – retrucou o irlandês, ainda com a voz
fina.
- Cala
a boca, Niall – berrou Zayn, e então arregalou os olhos. –
Amor, não é você. É o Niall – por sua expressão, Perrie não
estava gostando muito da conversa. E então Niall roubou seu celular
e colocou no viva voz. Ao mesmo tempo, Harry levantou seu celular,
como quem não queria nada. Os celulares estavam de frente um para o
outro. O que esses dois iam aprontar? Sim, aprontar, já que
trocavam olhares levados que eu não havia percebido antes.
- Zayn,
meu amor – uma voz doce e feminina saiu do celular de Harry, no
viva voz. Meus olhos se arregalaram para Niall, e ambos seguramos as
risadas. Louis mordia os lábios para não rir. – Pare de falar com ela e volta aqui pra cama – era
Nathalie. E ela fazia uma voz manhosa. E eu que achava que ela era
uma garota quieta...
- Amor?
AMOR? – ouvimos Perrie gritar. – Que merda é essa de amor, hein
Zayn? Me colocou no viva voz? Ah, é bom que tenha feito, porque eu
vou dizer umas poucas e boas para... – e ela pausou. Todos
chegamos perto, esperando o barraco. E então olhei para Zayn, que
reprimia um sorriso. Opa, ai vem! – Tudo bom, Niall querido? –
perguntou Perrie, com toda a calma do mundo. Como ninguém
respondeu, ela começou a gargalhar. – Ok, de quem é a voz de
mulher? É a sua namorada, Harry? – Harry arregalou os olhos,
ficando vermelho. – É a Nathalie, Harry? A garota que...
- Oi
Perrie – respondeu Niall, salvando o garoto. – Tudo
certinho e ai, loira? Bom, acertou na parte de que a voz é da
Nathalie – ele piscou para Harry antes de continuar falando. –
Mas ela não é namorada do Harry. Acredita que o bobão nem marcou
um encontro?
- Esse
Harry tá virando um lerdo mesmo – retrucou Perrie, rindo
novamente.
- Gente
– a voz suave do telefone de Harry voltara. E parecia
envergonhada. – Eu to ouvindo tudo, sabiam?
- Oh,
meu Deus. Me desculpe! – pediu Perrie. – Já me contaram que
você é incrível! Adoraria tê-la como acompanhante nos shows e
entrevistas – seu tom de voz era de quem sorria, mesmo que não
pudéssemos vê-la. – E Liam – chamou ela, atraindo minha
atenção. – Danielle está pedindo que atenda o celular. Tchau
bobões! Adorei falar com você, Nathalie. E, Zayn – o moreno, que
até então ria feito louco, chegou perto de seu celular, que ainda
estava nas mãos de Niall. – Precisamos aprontar mais vezes com
eles – e então ela riu e desligou.
Ficamos rindo por um bom tempo, perguntando a Zayn como ele tinha
combinado tudo com Perrie, sendo que nós ouvimos tudo o que ele
falava.
- Simples
– Zayn começou a explicar. – Ela estava rindo no telefone quando
Niall me mandou “voltar para a cama”. E então eu comecei o
teatrinho – concluiu, sorrindo. Ficamos esperando Niall retrucar,
afinal, ele havia levado um tapão por nada. Mas não. Ele estava
pendurado na janela da van, rindo feito besta. Voltamos nossa
atenção para Harry, que ainda estava quieto. – Eu só não previa
que Harry ia colocar a Nathalie na brincadeira – comentou ele,
olhando para Harry, que não demonstrou nenhuma reação. – Qual é
cara, você tá gostando dela, admite... – e então Harry virou o
rosto, com uma expressão de quem estava realmente irritado,
revelando que estava com o celular na orelha. – Opa...
- Muito
obrigado pelos comentários desnecessários e fora de hora, Zayn.
São sempre úteis quando precisamos – retrucou Harry, bufando e
virando o rosto novamente para o outro lado. Nos olhamos e começamos
a rir, mas então Niall quase gritou.
O sorriso de Niall, que antes estava destacado, se desfez. Seus
lábios estavam retorcidos, como se estivesse intrigado. Seu olhar se
cravou em algo que, agora, parecia bem distante. Ele grudou as mãos
bem abertas no vidro da pequena e, neste momento, frágil janela,
como se quisesse empurrá-la para longe, somente para que ele pudesse
ver melhor.
- O
que foi? – perguntei, obviamente curioso devido ao estado bizarro
em que meu amigo se encontrava, me aproximando dele. Louis e Zayn
pararam atrás de nós, com olhos preocupados. Harry também parecia
preocupado, embora ainda estivesse no celular, nos olhando de longe.
- Aquela
garota – respondeu ele, quase num sussurro. Parecia procurar as
palavras. – Aquela ali, de olhos cor de avelã meio amendoados,
pele num tom moreno e cabelos negros encaracolados – explicou.
Olhei rapidamente para os meninos atrás de nós, notando que Harry
havia se juntado ao grupo e então me virei novamente para Niall, o
olhando confuso. Isso não fazia sentido para mim. Vemos milhares de
garotas diferentes a cada dia. O que diabos ele queria dizer. Ele se
virou para nós, com olhos arregalados, confusos e perdidos. – Eu
já a vi antes. Sei disso. Não estou ficando maluco.
Niall se sentou, frustrado, e eu fiz questão de me sentar ao seu
lado, vendo Zayn sentar-se ao seu outro lado e Louis e Harry se
ajoelharem à nossa frente. Enquanto ele suspirava longas e repetidas
vezes, lhe dei alguns tapinhas amigáveis nas costas, e todos nós
pedíamos para que se acalmasse.
Nosso menino irlandês demorou para dormir aquela noite, e saiu cedo
no outro dia de manhã. Estranhando não ser acordado com pulos e
gritos eufóricos em cima de mim, sai de fininho, indo procurá-lo no
restaurante.
Ele estava sentado em uma mesa calma e reservado ao fundo, sozinho e
com a mesma expressão que vi na van quando ele falou da tal garota
no dia anterior. Sentei-me à sua frente, percebendo que seu
cappuccino estava intacto e que ele não notara minha presença.
Chamei a garçonete e, gentilmente, pedi um frappuccino de chocolate
com chantilly extra. Em questão de minutos, lá estava meu pedido.
Levei lentamente a caneca à boca, pronto para dar um não tão
generoso gole na bebida quando Niall chamou minha atenção.
- Eu
não to maluco – disse ele, fazendo com que eu levantasse as
sobrancelhas e colocasse a caneca na mesa, também intocada. O fitei
por alguns segundos, até ele voltar a falar, ainda sem olhar para
mim. – Eu a conheço, Liam. É sério – seu tom de voz
demonstrava seu desespero.
- Eu
sei – disse, calmo e baixinho. – Acredito em você – Niall
baixou o olhar antes fixo em algum ponto perdido no nada,
lentamente, para mim. Seus olhos brilhavam. – Mas por que tanto
desespero, tanto interesse nela? – perguntei com delicadeza.
- Eu
não sei – ele tremia. Estava sendo sincero.
Nas férias de fim de ano, mal vi ou falei com Andy. Dessa vez, ele e
Julie tinham ido para a casa de seus tios, em Dublin. Me senti um
pouco sozinho, afinal, me acostumara com ele sempre por perto,
principalmente nas férias. Duas semanas depois, eles voltaram.
Saímos para dar uma volta no parque na tarde seguinte.
- Julie
está estranha – disse ele, se sentando debaixo de uma árvore.
- Como
assim? – perguntei, curioso, me sentando ao seu lado. Aquela
garota é estranha por natureza, isso sim!
- Não
sei. Três vezes por semana ela saia com minha tia logo cedo, sempre
de cabeça baixa, e voltava mais triste ainda quando já estava
escurecendo – soltando isso, ele suspirou.
- Deve
ser coisas de mulher – disse, tentando confortá-lo.
- Ah,
cara. Não sei, não. Tenho medo de estar acontecendo algo e ninguém
quiser me contar.
- Relaxa.
Deve ser só isso mesmo. Fica tranquilo – passei o braço por trás
de seus ombros, apertando-o com força. Depois de pensar por um
tempo, ele soltou outro suspiro.
- É,
dever ser – ele deu um sorriso triste. – Valeu!
Preciso dizer que ela estava, realmente, estranha. Quase dois meses
depois, ela me chamou em um canto do parque enquanto eu andava de
bicicleta, esperando Andy. Pediu para eu me sentar, pois queria falar
comigo. Desconfiado e curioso, fiz o que ela pediu, e ela se sentou
bem ao meu lado.
Comecei a olhá-la confuso, vendo-a se aproximar cada vez mais de
mim. Chegou perto suficiente de meu rosto e fechou os olhos. Como por
instinto, fechei os olhos também, sentindo, instantes depois, seus
doces, aveludados e macios lábios tocarem os meus, num demorado
selinho. Mas logo ela se afastou e começou a rir de minha cara –
meus olhos estavam, agora, arregalados e eu ainda fazia biquinho.
- É o
seguinte – disse ela, parando de rir. – Se você contar para
alguém, eu te arrebento – sorriu ela, se levantando. O quê? A
garota me xinga e me fuzila com os olhos em um dia. No outro resolve
me beijar, do nada, e ainda diz que, se eu contar para alguém,
apanho? Sai de perto de mim, maluca!
Juuuuuuuuuuuuuuuuuuuulie maluca essa, hein? Coitado do nosso Lee =/
Girls, preciso dividir a felicidade que fiquei com os 29 comentários. Sério, eu amo vocês!
Vou comentar umas perguntinhas que me fizeram, ok?
Bom, me disseram pra ser mais engraçado, o Zayn aparecer mais (tentei nesse cap., gostaram? *-*), ter barracos e intrigas. Esses dois últimos, podem apostar que vai ter! hahaha
Não sei se vai ter segunda temporada, vou decidir isso mais pra frente. Um hot? OMG! Eu não sei fazer hots D: suhauhsauhsa' Mas vou tentar, por vocês. Enquanto não sai o da fic, fiquem com esse que eu fiz do
Zayn, que a Drica postou começo do ano :3
(P.S.: obrigada quem já leu e gostou. E quem não gostou, bem, foi meu primeiro e único hot. Não fiz com gif's porque mandei pra Drica por email, e eu não usava muito gif, então...)
Sobre a Dani e o Lee, e a primeira vez do Lee... Segredo! ushahusauhsauh'
Me perguntaram também sobre as outras fic's. Sim, foram 5 fic's selecionadas, mas como já tem 7 fic's começadas, as outras 3 estão preparando as delas, para postarem depois. Mas tenho certeza de que vão amar :33
Bom, acho que comentei tudo... Será que mereço uns 30 comentários dessa vez? Espero que sim :33
(Boatos que essa foi a reação do Harry ao saber do casamento de Zerrie que, na minha opinião, são muito novos, embora eu tenha ficado feliz)
(H: O quê? O que você disse? Parabéns Niall. Niall está grávido)
Love u, Narry ♥