Moments - 16º Capítulo: Finally

 Depois que subimos novamente para o quarto, enquanto Niall conversava e conhecia a brasileira, Louis e eu ficamos conversando entre nós, cada um deitado em sua cama. Foram assuntos de “Será que vai rolar algo com aqueles dois lá no restaurante?” e “Será que Niall, enfim, vai arrumar uma namorada?” até “E Harry e Nathalie? Quando vão assumir o romance à distância?”. Logo o próprio Harry acordou, provavelmente por ouvir seu nome, e se juntou a conversa, admitindo o óbvio: está apaixonado por Nathalie.

- Não brinca! – berrou Louis, irônico, que só não acordou Zayn porque este tem sono muito pesado. – Se você não contasse, não saberíamos – concluiu, me fazendo gargalhar alto enquanto Harry revirava os olhos e nos chamava de idiotas.

E então meu celular começou a tocar, assustando nós três – Zayn apenas se remexeu na cama, nada demais. Olhei para o visor e não acreditei. Olhei rapidamente para os meninos e corri para fora do quarto, pro corredor. Atendi.

- Dani? – perguntei, com o coração acelerado.

- Oi Lyu – respondeu ela, fazendo meu peito pular de felicidade e se acalmar ao ouvir o apelido que ela me dera quando ainda eramos apenas bons amigos. – Me desculpe pro não te atender esses dias. Está tudo muito corrido para mim.

- Tudo bem – respondi, rapidamente. – Você tá bem? Tá aonde?

- To bem, fique tranquilo. To em Londres, agora. Vou ficar por aqui uns dois dias, e depois volto para Paris novamente – disse ela, com a voz terna e calma. – Mas, e você? Volta para casa quando?

- Em duas semanas, acho. Ainda estamos em São Paulo, vamos para o Rio hoje.

- Fico feliz – respondeu. – Liam, eu to, realmente, muito ocupada esses dias. Então não vou conseguir te ligar ou te dar notícias por mais um tempo. Acho que, quando você voltar pra cá, vou ter uma surpresa te esperando em casa. Só... Se cuide, está bem? – sua voz, agora, era de tristeza.

- Dani, meu amor – chamei. – Você conheceu outra pessoa? – perguntei, mesmo que isso doesse meu peito e eu tivesse medo da resposta.

- Conheci inúmeras pessoas – respondeu ela. – Mas nada do que está pensando. Eu amo você, Liam.

- O que tá acontecendo? – perguntei, por fim, recebendo, como resposta, um silêncio enlouquecedor.

- Eu preciso desligar – respondeu ela, quebrando o silêncio constrangedor. – Tchau, Liam – disse, e sua voz foi trocada pelo “tu tu tu” de quem já desligou. Olhei para o lado e me deparei com Louis e Harry, ambos com expressões tristes, provavelmente porque a minha própria não estava das melhores. Eles me abraçaram, cada um de um lado, e me guiaram lentamente para o quarto.

- Finalmente, belo adormecido! – resmungou Harry assim que vimos Zayn se sentar na cama, se espreguiçando.

- Não enche, Styles! – retrucou Zayn, jogando um travesseiro em Harry, que abaixou a cabeço, fazendo o travesseiro acertar Louis, que deu um berro ao seu modo.

- E que droga eu tenho a ver com isso, hu? – Harry começou a gargalhar, juntamente com Zayn, deixando Louis com a cara ainda mais amarrada. Acabei rindo junto, pois sabia que, lá no fundo, era tudo disfarce.

Vi um celular vibrar ao meu lado e, ao ler “Nath” no visor, descobri ser de Harry. Peguei o celular e subi na cama de cima do beliche que dividia com Niall, e então atendi.

- Olha se não é nossa americana preferida! – brinquei, ouvindo o doce som de sua gargalhada.

No começo, ela mal falava com qualquer um além de Harry, mas depois de mais de dois meses conversando conosco diariamente via celular – ligações ou mensagens –, Nathalie acabara se acostumando, e agora sempre entrava nas brincadeiras.

Continuando... Assim que atendi o celular, Harry parou sua gargalhada escandalosa e se voltou para mim. Dei um sorriso malicioso e mexi os lábios apenas para ele, dizendo “é a sua garota”, e então voltei minha atenção para a garota, que agora me perguntava como estava o Brasil.

- Está ótimo! – respondi, mantendo contato visual com Harry, que estava do outro lado do quarto. – Harry é o que mais está aproveitando, principalmente as baladas brasileiras.

- Ah, é? – perguntou ela, rindo, pois sabia que eu estava provocando Harry. – Diga a ele que estou decepcionada.

- Ela disse que você é um safado, Styles – disse, forçando minha melhor cara de tristeza. Harry me fuzilava com o olhar e ameaçou dar passos para me bater.

- Qual foi a reação? – perguntou ela. Preciso dizer que ela adora um barraco falso? Pois é. Ela amava nossas confusões exageradas.

- Harry, por favor – disse, disfarçando a pergunta da loira. – Não me olhe assim. Ela precisa saber da verdade, cara. Me bater não vai mudar o fato de você ter pego seis só na noite passada – provoquei, ouvindo a gargalhada abafada de Nathalie.

- Eu te mato, Liam! – berrou Harry, que só não tinha avançado em mim com socos, tapas, pontapés e sabe o que mais porque Louis e Zayn, que, mesmo se matando de rir com a situação, conseguiam segurar o caçula. – Isso é uma promessa, Payne.

- Poha! – falei, fingindo surpresa. – Ele me chamou pelo nome. Mereço isso, garota de Boston?

- Claro que não! – retrucou ela, ainda sem parar de rir. – Certo, Li. Deixa eu acalmar a fera.

- Hmm... – soltei, agora na tentativa de provocá-la. – Qual é o lance que você e o Harry tem mesmo? – perguntei, vendo o rosto de Harry ficar ainda mais vermelho. Ainda não me decidi se era de raiva ou, dessa vez, de vergonha.

- Cala a boca! – berrou Harry. – Cale essa maldita boca, Liam!

- Liam, por favor – suspirou ela, com o tom de voz constrangido.

E, só para ajudar ainda mais a festa e acabar totalmente com nossa fama de bons moços – que já estava praticamente escassa –, me aparece um Niall de mãos dadas com uma morena linda e brasileira mais conhecida como Mariane.

- Mas que droga é essa? – indagou Niall, olhando as camas desarrumadas, com cobertas e travesseiros espalhados por todo o quarto. Eu ainda estava em cima da beliche, praticamente pendurado, com o celular de Harry na orelha, completamente descabelado. Louis e Zayn ainda seguravam um Harry furioso e todos estavam sem camisa e também descabelados.

- Espera que chegou mais um casal fantasia – brinquei com Nathalie, fazendo nossa visitante inesperada corar e puxar a mão de Niall, reação que deduzi que ela queria soltar sua mão, mas ele não deixou.

- Cale a boca, Liam! – resmungou Niall, revirando os olhos.

- Mais um me mandando calar a boca – resmunguei para Niall.

- Vou ser a terceira se não passar logo esse celular para o Harry – bufou Nathalie, me fazendo rir e, enfim, concordar.

Desci da beliche e andei a passos lentos até Harry, que voou seu braço para pegar seu celular. Assim que segurou o aparelho, correu para fora, acho que com medo de algum de nós pegá-lo novamente. Antes de sair, me deu um leve empurrão ao passar ao meu lado.

- De vez em quando, somos organizados – expliquei para Mariane, fazendo uma carinha de dó.

- Certo – retrucou ela, irônica, com um sorriso de canto de boca.

- Essa é das minhas! – berrou Louis, correndo direto para dar-lhe um beijo estalado na bochecha e carregando os dois para fora dali enquanto Zayn e eu jogávamos os travesseiros e as cobertas em cima das camas, numa tentativa mais do que falha de parecermos um pouco mais organizados. Como eu disse, falha...

Tínhamos quase três semanas de namoro quando chegou meu aniversário. Treze anos, enfim. Posso dizer com toda a certeza que meu melhor presente não foi a permissão do sr. Samuels para namorar minha Julie, muito menos a blusa de moletom incrivelmente perfeita do Batman que ganhei de minha namorada. Foi algo depois da festa. E, não, seus mentes maliciosas. Não aconteceu nada aquela noite.

Depois que todos foram embora, até Andy, que levou Daisie até sua casa. Ele sempre teve uma queda por ela, mas só agora conseguiram ficar juntos... Enfim, depois que todos foram embora, Julie e eu andamos até o parque próximo de nossas casas e nos deitados na grama, observando as estrelas. Torci para que passasse uma estrela cadente para eu pedir que ela fosse sempre minha, mas, infelizmente, não passou.

- Gosto de vir aqui - disse ela, baixinho, pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. Não estava aquele calor horrendo, estava um tempo gostoso, uma noite gostosa. Uma noite perfeita. – Ainda mais com você - completou ela, virando-se para mim e me olhando nos olhos. Sorri. – Sabe, Li... - seu rosto estava iluminado pelo brilho das estrelas, e ela parecia ainda mais linda do que de costume. – Eu amo você.

- Tá falando sério? – perguntei, assustado, surpreso e feliz, tudo ao mesmo tempo. Meu coração não mais batia. Ele já tinha virado uma escola de samba. As batidas só aumentaram quando ela riu, consentindo. – Eu também amo você, pequena - levei um tapa fraco por esse "pequena", já que eu tinha lhe dado esse apelido por ela ser mais baixinha que eu. Ainda assim, sorri.

A abracei com firmeza, juntando nossos corpos e aproximando nossos rostos. Nossa respiração era uma só, seguindo um único ritmo. Uma respiração descompassada. Sem pensar duas vezes, colei nossos lábios num beijo apaixonado e que eu não queria que tivesse fim. Mas como nada na vida é perfeito, ela se soltou, rindo. E então se levantou, batendo as mãos no vestido rosa para tirar as folhas de grama que estavam nele. Me levantei também, pois sabia que ela pediria para ir para casa.

Depois de bater as mãos em minha camisa e sentir mãos me dando tapas na bunda e na perna – suaves mãos de uma pequena garota chamada Julie, que adorava se aproveitar de mim –, peguei novamente a mão de Julie e seguimos para sua casa, conversando e rindo. Assim que chegamos no portão, lhe desejei boa noite e lhe dei um selinho. Ela entrou sorrindo e eu segui, de volta para casa, sorrindo, feito um bobo sonhador, achando que estava tudo tão perfeito que nada poderia estragar. Como eu disse, eu era. E achava.

Ooooooooooi! Bom, escrevi esse capítulo meio às pressas, mas espero que gostem haha

Só estou passando rapidinho pra postar, porque tenho prova (de recuperação =/) de Biologia amanhã, já que fui muuuuuuuuito mal nas provas! Enfim...

Obrigada pelos comentários das lindas que acompanham! Eu amo ler os comentários, que só me inspiram a escrever muito e muito mais!