Run Or Die - Capítulo 7. 2ª temp.

~Você on~

Minha cabeça doía, o meu corpo mais ainda, meu short estava sujo de sangue, na parte debaixo. Abri os olhos lentamente e pude ver onde estava, um quarto, pequeno, fechado, apenas com uma báscula, que dava um pouco de luz ao escuro que eu me encontrava. Eu estava sem blusa, apenas de sutiã e short, descalça, quando me dei por conta, vi que minhas mãos estavam amarradas para trás, e meus pés também, um pano tampava a minha boca. Eu que estava deitada, sentei e encostei em um canto da parede, e ali encolhi minhas pernas e repousei minha cabeça nas mesmas, ali chorei. Minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto quente, e machucado, o contato da minha pele com as lágrimas fazia um atrito, se chocavam. Senti uma sombra atrás grade do pequeno quarto, que tinha apenas um colchão sujo e um cheiro de mofo terrível. 

xx: O Sr. Tomlinson e o Sr. Schuluz querem ver a senhorita. - disse uma voz feminina, aparentemente com medo. Levantei minha cabeça lentamente, e repousei meu olhar sobre a dona da voz feminina, ela era bonita, alta, do tamanho de uma modelo, vestia uma saia curta, e um toper, que decotava e valorizava os seus seios, um salto bem alto, e no rosto tinha uma maquiagem exagerada, e seus olhos borrados, seus cabelos eram grandes e castanhos, enrolados nas pontas, e a sua franga era lisa. Não tinha como eu dizer nada, por conta do pano em minha boca, eu apenas levantei, sentindo mais dor ainda, olhei para baixo e minha barriga não estava tão grande mais. A mulher abriu a 'cela' pra mim, segurou docemente em meu braço e me olhou com olhar de piedade. Passamos por um corredor, com várias outras 'celas' e dentro deles, tinham meninas, parecidas com a mulher que me guiava, elas eram todas magras, e bonitas, mas tinha o olhar de medo, e pânico. Algumas estavam machucadas, tinham arranhões e hematomas por todo o corpo. 

Adentramos um uma grande sala, e lá tinham vários homens, sentados e conversando, com charutos e champanhes nas mãos, todos olharam para a mulher ao meu lado com olhar de desejo, e ela pareceu incomodada com isso. No fundo da sala, havia uma mesa, com vários papéis em cima, e um notebook, estavam sentados a mesa, um velho, fumando seu charuto, e rindo alto, e ao seu lado, uma pessoa que me espantou ver ali, e meu coração se partiu, senti uma dor que não havia sentido antes em toda a minha vida, nem quando eu fui embora de Londres. Estava ali, Louis, com uma mulher, linda, e bem cuidada, sentada no colo dele, enquanto ela deixava os homens ao seu redor passar a mão por todo o seu corpo, inclusive Louis, que tinha uma cara de excitação. Mas não era o semblante que ele fazia quando nós transávamos, era um semblante.. maldoso? 

xx: Cadê o resto das meninas? - disse o velho assim que ficamos em frente a mesa em que Louis e o velhos estavam sentados.

Mulher: Não sei, o Senhor só me pediu pra buscar esta. - disse e eu percebi medo em sua voz. 

Louis: Sophie, tragam as outras vadias. - disse e a mulher sentada em seu colo saiu, rebolando sua bunda e sua mini saia subindo. Me deu nojo de escutar Louis falar aquelas palavras, tão sujamente, tão porco.
xx: Prazer, Seunome. - o velho sorriu, e minha vontade foi de vomitar em cima dele. - eu sou Mark Schuluz, e esse é Louis Tomlinson, meu sócio. - apenas fiquei fitando Louis, ele parecia não se importar com a minha situação, parecia estar gostando de me ver naquele estado, ele parecia ser.. outra pessoa?
Louis Ari, sua idiota, tire o pano da boca dela. - cuspiu as palavras, se referindo a mulher que estava ao meu lado.
Ari: Sim, senhor. - disse e tirou o pano de minha boca, pude ver e seus olhos estavam lacrimejados e vermelhos.
Mark: Quer dizer alguma coisa, Seunome? - o olhei com ódio no olhar. Fiquei o fitando por um tempo, procurando palavras, o que eu diria pra ele? Que eu só queria matá-lo ali mesmo, ou melhor deixar isso só na vontade mesmo? É, segunda opção.
Você: Eu..eu.. n..não to entendendo.. na..nada. - gaguejei, conseguindo finalmente formar uma frase desde minha trajetória pra cá.
Mark: Ah, claro, Louis, quer começar?
Louis: Ficaria honrado, Mark. - ele sorriu sujamente. - então, Seunome.. - ele disse se levantando, e ficando escorado na mesa, de frente para mim. - se você não percebeu, agora você é uma puta, que faz sexo e cobra. - o olhei incrédula, e meus olhos começaram a chorar, meu sangue ferveu, e minha veia pulsou. Como ele tinha coragem de fazer isso comigo? Depois de tudo o que passamos? Nesse momento eu esqueci de tudo o que havia aprendido, esqueci quem eu era, esqueci que eu era uma Toretto, eu estava frágil, nem minhas pernas estavam aguentando me sustentar em pé. O medo tomou conta de mim. - agora deve vir a sua dúvida, porque eu? Nós somos uma empresa, e passamos por várias cidades e países da Europa, procurando meninas lindas como você, e gostamos de provocar pessoas sujas, de mexer com gente perigosa, nós gostamos de perigo. Mark?
Mark: E você vem da família Toretto, o que significa perigo. Mas porque você e não suas irmãs? - ele se levantou e ficou ao lado de Louis. - anos atrás, antes mesmo de você nascer, eu tinha acabado de ganhar uma filha, a minha primeira filha, eu era um trabalhador, minha mulher também, batalhamos muito para dar tudo a ela, e quando ela completou um ano de idade, seu pai a matou, até hoje eu não entendi o porque dele ter feito isso. A minha mulher me culpou pela morte dela, e me largou, se hoje ela estivesse viva, teria a sua idade. Só vou dar o troco ao seu pai, por tudo o que ele me fez, e você foi a melhor isca, principalmente porque.. - disse se aproximando de mim e sussurrando em meu ouvido. - Louis foi a minha melhor arma pra isso, eu sei que se ele aparecesse, você iria igual uma cachorrinha atrás dele, e eu estava certo. - ele voltou ao seu lugar.
Louis: Ari, leve ela pra sua transformação, mas primeiro leve-a para o consultório do doutor, ela tem direito de saber de tudo. - disse e Ari obedeceu, me pegou novamente pelo braço e me levou até um lugar que aparentemente parecia um consultório médico.
Ari: Doutor Félix, Seunome Toretto.
Médico: Ah, claro, senhorita Ortiz. - ele fez sinal para que eu entrasse e assim eu o fiz, me sentando em uma cadeira.
Você: Do que eu preciso saber? - eu apenas disse, enquanto Ari sentava ao meu lado.
Médico: Seunome, você.. - ele fez uma pausa, e Ari me olhou com uma cara de dó. - sofreu um acidente, mas.. - eu estava ansiosa pelo que ele falaria, eu não queria pensar na possibilidade de ter perdido minha filha.

~Zayn on~

Ver a Seunome sendo atropelada foi a pior cena que eu já vi em toda a minha vida, eu estava preocupado com ela, e principalmente com Beyle, eu fiquei desesperado quando ouvi um barulho da rua, corri pra janela e quando vi era a Seunome jogada no chão, cheia de sangue. A ambulância a levou para um hospital, e nós fomos em seguida. Chegamos e ficamos na recepção, a recepcionista disse que o médico já estava vindo para nos informar sobre ela.

Amy: Porque isso foi acontecer justo hoje? Porque isso foi acontecer? - disse limpando lágrimas que desciam do seu rosto.

Um homem com jaleco veio até nós com uma prancheta, e eu deduzi que fosse o médico. 

Médico: Parentes de Seunome Toretto? - eu e todos ali nos levantamos. 

Zayn: O que houve com ela?

Médico: Você é o que dela?

Zayn: Namorado, e pai da filha dela. - disse imponente.

Yara: Pai? 

Médico: Yara? Você conhece a Seunome? - Yara assentiu. - então a notícia não é boa. - Yara abaixou a cabeça.

Dom: Eu sou o pai dela e essa é a mãe. - disse apontando para Letty, que estava ao seu lado com os olhos vermelhos.

Médico: Então, sua filha, ér.. - ele suspirou. - ela foi sequestrada.

Eu(Zayn): O QUE? - gritei indo pra cima do médico, já com raiva, com os olhos vermelhos, e as veias pulsando. Isso não podia estar acontecendo. 

~Você on~

Você: Doutor, fala logo. - essa demora já estava me deixando nervosa. O que será que ele falaria? Eu estava com medo. E meu maior medo era perder Beyle.
Médico: A boa notícia é que você não perdeu sua neném, apenas ocorreu um sangramento, e a má notícia é que ela pode vir com alguma doença, que pode vir quando ela nascer, ou se desenvolver ao longo da vida dela, fora isso, sua filha está ótima. - ele sorriu. Eu estava feliz também, mas como eu ia sorrir? Eu era uma puta agora, e isso era terrível.

Eu e Ari saímos do consultório, e ela me levou pra 'transformação', onde eles me deram banho, sim, eles, HOMENS me deram banho, e eu senti vontade de vomitar. Depois do banho, me depilaram TODA, e eles foram escolher minha roupa. Ari estava o tempo todo do meu lado. A minha sorte era, quem ia querer transar com uma grávida?

Enfim, eles me colocaram essa roupa. Eu estava me sentindo suja, novejnta, com vergonha de mim mesmo, eu era uma puta! Não, eu não era, eles que me transformaram em uma, e eu não me sentia nada bem com isso.

Ari me levou de volta ao meu quarto, e me trancou lá, novamente vi seu olhar de piedade e ela saiu. Alguns minutos se passaram, e Louis apareceu na grade. Ele abriu a cela e adentrou. Graças ao bom Deus ele veio me resgatar, eu sabia que ele só estava encenando.

Você: Louis eu.. - ele me interrompeu.
Louis: Deita de barriga pra baixo. - apenas ordenou.
Você: Mas eu to grávida.
Louis: Foda-se, se vira. - cuspiu as palavras. É, ele não veio me salvar. Deitei meio que de lado, e fiquei de bunda pra cima, percebendo o olhar malicioso de Louis sobre mim. Senti ele levantando minha saia, eu comecei a me debater, e ele se jogou em cima de mim, colocando um canivete ao lado do meu rosto, e deitou por cima de mim. - Cala a boca.

Senti novamente ele levantando minha saia, e tirando minha calcinha, logo eu senti seu pênis roçar minha bunda, e logo depois minha vagina. Eu comecei a chorar e a gritar.

Você: Louis, para, tá me machucando, ahhhh! - eu gritei. - LOUIS, AHHHH! - gritei mais ainda, e ele tampou minha boca, dessa vez me penetrando com força. O que doeu mais que tudo.

Ele saiu do quarto rindo, e eu sentei em um canto do quarto, abraçando minhas pernas e chorando.

Ari apareceu ali, e veio até mim, me abraçando.

Você: Porque ele tá fazendo isso comigo? - disse soluçando de tanto chorar.
Ari: Preciso te contar uma coisa.

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