Give Me Love Capitulo 4 – Hey, are you okay?

Seunome On:

As lembranças começaram a me invadir assim que deitei, por mais que eu tentasse as manter longe parece que a cada minuto elas vinham com mais intensidade, meus sonhos, a morte dos meus pais, a despedida do Brasil, cada uma foi voltando de maneira exageradamente intensa e impossível de entender. Por mais que eu estivesse feliz por ter reencontrado minha avó, e de poder estar em outro país, mesmo assim isso não era suficiente. E junto com todas as piores lembranças vieram as lágrimas.

Depois de um tempo indo ao banheiro e tentando conter as gotas de agua salgada que escorriam pelo meu rosto fui, na incessante tentativa de evitar que elas saíssem de onde não deveriam, fui até a “biblioteca” da minha avó, pra tentar distrair minha mente em uma das maneira que mais gostava, os livros... 

Procurei por um tempo no meio daquelas enormes estantes cheias de livros em todas as prateleiras e sem dúvidas aquela cena me deixava confortável. Tudo aquilo naquela sala a deixava confortável e relaxante. “Acho que encontrei o lugar certo” pensei, e então vi um livro de capa dura marrom com as letras douradas que indicavam “Da Terra á Lua por Júlio Verne” sem dúvidas ele é um autor incrível embora bem antigo, foi o cara que fez as pessoas realmente acreditarem em suas ficções científicas, pelo jeito como ele escrevia e pela exatidão em que ele escrevia sobre esses locais.

Peguei esse livro e achei um lugar perfeito pra ler, estava perto da janela onde podia ver a plantação de flores da minha tia avó do lado de fora, sentei num banco que parecia ser específico pra aquilo naquele lugar, e com aquele cheiro de madeira antiga e com um ventinho gelado batendo no meu rosto eu comecei a ler.

(...)

Eram mais ou menos 3:30 da manha quando eu acordei, pra variar acordei assustada de novo, quando será que esse sonho vai parar? Não sei nem porque ele foi começar! Que coisa estúpida! Eu nem se quer conseguia pensar em algum significado pra ele, nada! Simplesmente. Suada e desorientada eu me vi na biblioteca da minha avó demorei um pouco para lembrar onde estava e o que estava fazendo ali antes de dormir, de tentar entender como eu caí do banco pra um chão de madeira e sem acordar, mas ok. 

Como eu tinha certeza de que não conseguiria dormir de novo mesmo se tentasse então tomei um banho da madrugada (isso pode ser estranho mas até que tava se tornando bem comum pra mim nos últimos dias...) depois peguei o livro que estava lendo me troquei e sai pela porta dos fundos deixando um bilhete pra minha avó dizendo que não demoraria, pois eu sabia que ela sabia desses meus “sumiços” que duravam o dia todo.

Perigoso sair á essa hora na rua? Na verdade não fiquei na rua e sim na frente do lago, que ficava praticamente na frente da casa. Acha que piorou andar na floresta as quase 5 da manha? Na verdade não estava escuro, sim, mas a escuridão não me incomoda e sim me conforta, porque? Não tenho ideia, mas é isso, fiquei na frente do lago só olhando até o sol nascer, depois de me encantar com aquele sol meio tímido, nascer na minha frente e de tirar uma foto pra fazer uma invejinha em Noah, pois ele adorava aquele lugar também. Tentei ler mas os raios do sol me incomodavam então andei pela beira do lago até ficar de lado pro sol, acabei ficando na frente de uma casa, com um barco ancorado. E fiquei lendo.

Narradora On:

Tristeza ou alegria? O que Seunome sentia naquele momento?
Sua mente tentava se manter longe das lembranças, mas seu coração a forçava a se lembrar, ela sentia vontade de seguir em frente mas algo a impedia, algo dentro de si, mas que ela não conseguia identificar. O que seria? Será que um dia ela poderia simplesmente seguir em frente? Será que um dia essa culpa poderia ser diminuída? E esses sonhos? Até quando iriam continuar? A saudade de seus pais iria embora? E as lembranças boas deles continuariam com ela? A sua vontade de viver se desgastaria com o passar do tempo? Será que ela ainda é a mesma pessoa? O que mudou no seu jeito de viver? Será que ela conseguirá se encontrar novamente? Será que ela conseguirá amar alguém novamente?

Era assim que Seunome estava completamente confusa. E por causa dessa confusão ela não conseguiu continuar lendo seu livro, por mais que ela tentasse sua mente a encaminhava ao passado de novo e de novo, e de novo...

Liam On:

Acordei cedo hoje, assustado novamente, não entendia o porquê disto. Não havia sonhos, não havia nada apenas a escuridão e um barulho estrondoso uns momentos depois. Porque eu não conseguia ver? Será que se eu visse algo seria pior? 

Essa sensação era pior do que um sonho, eu me sentia um cego, e isso era horrível. O barulho se assimilava a uma baita de carro, mas porque? Eu nem se quer conseguia pensar em algum significado pra isso, nada! Simplesmente. Depois de alguns segundos tentando intender o que eu estava fazendo dormindo na sala, pois eu tinha ido dormir no meu quarto, e o pior era que eu estava dormindo no chão, isso não acontecia pela primeira vez, eu quase todos os dias acordava no mesmo lugar, no chão da sala com a apenas a minha cabeça no travesseiro, e sinceramente eu já estava ficando com medo disso. Só o que falta é acordar no meio da floresta, ou quem sabe até na plantação de flores da Sra Harrison. Isso sem dúvidas não seria nem um pouco legal, pois meu pai e a “Dona Frô” como meu ele a chama já tem uma rixa de muitos anos que nem mesmo eu entendo. Tento ficar fora do caminho deles dois, mas já teve até caso de polícia desses dois, olha não é muito agradável de se ver não. Bom, meu pai se chama Geoff ele é pescador, e assim como ele eu também, só que com outras metas, digamos assim. Minha vida é calma, as vezes até calma demais, cidade pequena, bairro menor ainda né, porque aqui realmente perto só a casa da Sra Harrison, que mora sozinha pois seu marido morreu há um tempo, como eu fiquei sabendo? Como seu disse cidade pequena e cidade pequena é assim. Mas como todo adolescente eu e meus amigos Zayn, Harry e Louis sempre achamos uma maneira de se divertir, nem sempre eu concordo com essas maneiras, e quando a gente ta junto somos meio que um íman pra encrencas. Hahaha

Levantei e eram 6:00 da manha, abri a janela pra ver o sol ainda nascendo e consegui, além do sol quando olhei pra floresta que ficava bem na frente e vi uma pessoa sentada na frente de uma arvore e com alguma coisa nas mãos, a distancia é meio longa mas parecia uma garota lendo um livro, mesmo assim fiquei intrigado porque sabia que haviam duas famílias novas na cidade mas não que elas iam morar perto, e outra não tinham casas por aqui, além da casa da Sra. Harrison tinha apenas uma casa abandonada e caindo aos pedaços ali perto mas certeza que ninguém ia morar ali, então quem é essa garota?

(...)

Confesso que no banho achei que poderia ser um fantasma. E fiquei com uma ponta de medo. Quando saí do banho vi que ela ainda estava lá, como se nem tivesse se movido. Então decidi me trocar e dar uma volta com o barco menor do meu pai.

Eu adoro andar de barco, pilotar um é muito melhor, depois que aprendi nunca parei, uma das encrencas minha e dos garotos, foi no barco do meu pai, bebidas, mar, garotas, direção , ainda bem que não ficamos perto de algum lago ou praia, estávamos no meio do nada, o que por um lado foi bom, porque ficamos loucos, loucos mesmo, melhor contar o que não aconteceu porque é mais rápido, só que isso pode ficar pra depois, é melhor ficar pra depois. O importante agora é que eu fui até onde aquela garota estava, só que agora ela estava de cabeça baixa, parecia que estava chorando.

-Hey, ta tudo bem com você? – ela levantou a cabeça assustada e limpou as lagrimas do seu rosto rapidamente com as mangas de sua blusa, os olhos dela estavam meio inchados e um pouco vermelhos. Tirando isso ela era linda, deu pra ver um pouco de suas feições.

- Ta tudo sim, isso não é nada! – ela disse com um sorriso fraco no rosto que não me convenceu mesmo.

- Você se mudou pra cá faz pouco tempo? – perguntei, tentando mudar de assunto.

- É meio que isso, eu estou na casa da minha avó. Você pode me dizer que horas são? – olhei nomeu relógio e disse.

- Agora são 7:35, meu no... – logo depois que eu disse ela se levantou rapidamente, me interrompendo de falar.

- Ai droga! Acabei ficando tempo demais aqui! Eu tenho que voltar, xau! – e saiu correndo me deixando lá falando sozinho.

-Prazer te conhecer! – gritei em ironia mais acho que ela não ouviu.

Depois andei mais um tempo de barco apreciando tudo aquilo mais uma vez, aquele lugar era lindo mas me trazia lembranças horríveis.

Seunome On:

Sai correndo pela floresta, fiquei tempo demais lá naquele lago, o tempo passou muito rápido e eu nem percebi, meu celular ainda tava com o horário brasileiro então não me adiantava de nada e foi a primeira vez que lamentei de não ter prestado atenção nas aulas de geografia e de não saber os malditos fuso-horários. E aquele garoto que me pegou chorando, o que ele deve ter pensado de mim? o que apenas consegui fazer naquele momento foi sair o mais rápido dali. Quando finalmente cheguei eu estava ofegante, entrei depressa e minha vó ainda estava tomando café, o que era bom porque eu tava cheia de fome.

- Ai que bom que você ainda ta aqui tomando café – disse me sentando na mesa junto a ela.

- Ta com fome?

- To cheia de fome. – disse já pegando um pedaço de bolo, aaaah aquele bolo, ele sem duvida nenhuma é o melhor bolo de laranja que o ser humano já viu.

- Querida, daqui a pouco vou ir pra loja, você quer vir junto?

- Claro, aposto que sua floricultura deve estar perfeita.

- É esta mesmo, e quero que conheça Allana também! Aposto que vai gostar dela. – Preferi nem comentar sobre aquele garoto que vi no lago, afinal Eu nem mesmo sabia o nome dele então pra que contar?

(...)

Narrador On:

Seunome nem comentou do garoto que acabara de conhecer pra sua vó, mas porque contar se ela nem sabia o nome do garoto de cabelos castanhos e olhos encantadores, com um toque de mistério e algo que Seunome não conseguira descobrir e que foi completamente simpático com ela.
A garota simplesmente tomou café e foi com sua tia avó até a cidade onde ficava a floricultura dela logo depois de ajuda-la a carregar o carro com flores, e com todo cuidado Seunome e sua vó colocaram as lindas flores que seriam vendidas pra muitas pessoas porque afinal a loja de flores da Sra. Harrison era a única em toda a cidade, vários tipos de pessoas iam comprar suas flores, apaixonados, homens casados, românticos, mulheres que apenas queriam decorar suas janelas e varandas com flores bonitas e perfumadas, pessoas que iam visitar parentes que não viam há muito tempo, fundações de caridade que iam visitar doentes no hospital central, enfim, casos diferentes pra pessoas diferentes, por isso haviam vários tipos de flores e recursos nesse meio na Floricultura Harrison.

E Liam? O que será que o garoto faria naquele dia, será que simplesmente ficaria em casa? Não afinal Liam tinha 17 anos e tinha um emprego numa Lanchonete também no centro daquela cidadezinha pequena, por mais que aquele lugar fosse no meio do nada, diferentes lugares de recursos básicos ficavam por perto, eram apenas alguns quilômetros da casa de Liam até seu local de trabalho. Geoff tinha o emprego de pescador porém o faturamento diminuía na época fria, então Liam decidiu aos 14 anos procurar um emprego de meio período para ajudar seu pai principalmente nessa época. A lanchonete foi a único lugar a aceita-lo tão jovem, e há 4 anos ele trabalhava no mesmo lugar.

Seunome On:

Quando chegamos a loja a porta da frente estava aberta apesar o aviso “closed” estar na posta ainda, a loja parecia estar vazia até uma garota de cabelos loiros cacheados sair de traz do balcão com uma pilha de caixas que cobriam seu rosto.

- Ah Sra. Harrison chegou na hora certa! Será que pode me ajudar a colocar isso lá atrás esta leve mais não consigo ver pra onde estou indo. – ela disse com um sotaque engraçado que me fez rir um pouco, então minha vó passou em minha frente e a ajudou tirando as caixas das mãos dela.

Quando finalmente consegui ve-la, ela tinha cabelos longos bem loiros, um rosto redondinho com a pele bem branca e olhos muito azuis que eu achei lindos, ela era um tipo de garota perfeita. Quando me viu ela sorriu e disse.

- Essa e a Seunome que a senhora comentou? –disse se referindo a minha tia.

- Sim e ela mesmo!

- Prazer! A sua avó me falou muito de você. – ela disse com um sorriso simpático e estendendo a mão pra me cumprimentar, eu fiz o mesmo.

- Minha vó também me falou sobre você!

- Que bom, então tem muitas flores no carro? – disse disposta.

- Tem sim, vamos! Eu te ajudo a pegar.

- Ótimo! – ela sorriu.

Nos arrumamos as flores nos locais, eu ficava perdida e toda hora perguntava pra Allana onde colocava, ela me dizia sempre com  um sorriso no rosto e ajeitando as flores nos enormes vasos que haviam por todos os lugares, ela era simpática, bem humorada e encantadora, gostei dela de cara. Allana já tinha organizado algumas coisas lá, como, colocar as, fitas, papéis de embrulho, tesouras, durex e tudo mais perto do balcão e a loja estava limpa as caixas lá nos fundos então abrimos a loja. O movimento tinha horas que era grande e ás vezes não mas, ficamos conversando sobre varias coisas ela me explicou como se fazia os embrulhos e como usar as cores dos papeis para destacar as flores, a rádio ficava tocando a todo tempo e trabalho com musica sempre fica melhor, enfim, eu acho que tinha feito a minha primeira amizade naquela cidade. 

CONTINUA...

Olaaaa
Olha mais um capitulo ai pra vocês suas lindas! 

A cada dia que eu vejo que aparece leitoras novas eu fico mega na emoção *-* 

Obbg por todos os comments que vcs deixaram no outro cap. :33

Desculpem deu ter demorado uma semana e 3 dias pra postar! É que minhas aulas tão voltando e ta ficando tenso o negocio, era pra mim ter postado ontem mas minha graciosa net caiu legal e me deixou no vácuo '-' 

"AMEUDEUSDOCÉU! CADÊ O NIALL?" gente eu não esqueci dele não pf! aquele Irlandês lindo vai entrar na história ainda! ;]]

Enfim, me sigam no tt: @DebOfLiam (mudei! ;p)

e me add no face: https://www.facebook.com/debora.ferreira.5661

Com 23 comments eu continuo! ;33