Enquanto eu olhava-a entrelaçar nossas mãos, eu pensava no que
Louis me dissera. Enquanto eu fazia carinha em sua mão eu só
pensava no quanto valeria a pena lutar por Julie, no quanto ela valia
a pena. E quando ela virou meu rosto para si, eu soube. Eu sempre a
amei, e sempre vou amar. Eu sempre lutaria por ela. E ela sempre
voltaria pra mim.
- Você
não tem nada que gostaria de me dizer? – perguntou ela, e eu
sorri, vendo-a sorrir comigo. Eu sabia o que precisava fazer. A
frase de Louis fez todo o sentido. Nós esquecemos que sempre
teremos o não, mas podemos conseguir o tão esperado sim se,
apenas, perguntarmos. A vida é fácil. Nós é que a complicamos.
- Tenho
– respondi. – Você quer namorar comigo?
- Hm –
resmungou ela, parecendo pensar. – Finalmente? – concluiu, me
abraçando apertado enquanto ríamos.
- Isso
é um sim? – perguntei, enquanto ela me olhava fixamente, com os
braços ainda rodeando meu pescoço.
- Isso
é um sempre! – sussurrou ela.
- Sempre
o namorado? – arrisquei, rindo.
- Sempre
a sua princesa.
Ao ouvir aquilo meu coração se encheu de alegria e eu só soube
ficar sorrindo como um bobo. Um belo bobo apaixonado. Ela estava
aqui, na minha frente, abraçada a mim, dizendo que sempre seria a
minha princesa. Tudo o que eu sonhei durante anos estava, finalmente,
acontecendo. Algo que eu achava impossível. Mas não, agora era
real. Julie é real.
- Não
tá esquecendo de nada? – perguntou ela, reprimindo um sorriso.
- O
quê? – perguntei, confuso.
- Não
sei – respondeu ela, rindo. – O beijo, talvez? – completou, em
sussurros.
E então, sem perceber, a puxei ainda mais para mim, acabando com
qualquer milímetro de distância que poderia existir entre nós, e a
beijei. Um beijo tão desejoso e apaixonado quanto o último.
- Devo
cantar “até que enfim, até que enfim” de novo? – perguntou
Andy, rindo e batendo palmas, entrando no quarto. Notei que os
meninos e suas namoradas, assim como a sra. Samuels, estavam atrás
dele, todos rindo e o acompanhando a bater palmas. Julie começou a
rir, escondendo o rosto entre meu ombro e meu pescoço.
- Acho
que sim – respondi, rindo, ainda abraçado à cintura de Julie.
- Você
chegou na hora errada, Andy – resmungou Julie, a voz abafada por
ainda estar escondendo o rosto.
- Sou
seu irmão – respondeu ele, rindo. – Mais velho, ainda. É meu
dever estragar seus momentos fofos.
- Duas
vezes? – peguntou ela, finalmente levantando o rosto, mas
encostando a cabeça em meu ombro. Seu sorriso estava radiante, e
seus olhos brilhavam como eu não via a tempos.
- Quantas
vezes forem necessárias – respondeu ele, por fim. – Mas, pra
ser sincero, espero que essa tenha sido a última.
- Sabe
que eu também prefiro? – desabafei, fazendo Julie rir e me dar um
beijo discreto no ombro.
Passamos a tarde conversando e rindo. Dessa vez, não resolvi me
afastar e encostar na parede do quarto. O que eu queria mesmo era
ficar ali, sentado ao lado de Julie, segurando sua mão, deixando
nossos dedos entrelaçados e vendo-a sorrir bem de perto. E foi o que
eu fiz. Quando a noite enfim chegou, todos foram embora, até a sra.
Samuels. Decidi ficar com Julie aquela noite, cuidando dela.
- Pode
ir pra casa, se quiser. Sei me cuidar sozinha – disse Julie, logo
depois de todos irem embora.
- Eu
quero ficar – respondi. – Você não quer minha companhia? –
brinquei, mas Julie estava séria.
- Claro
que quero – respondeu ela. – Fiquei quase sete anos longe de
você. Uma noite é pouco tempo pra recompensar, mas é que você
não tem obrigação de ficar aqui comigo só porque somos... –
ela pausou, e então soltou uma risadinha. – É tão estranho
falar que somos namorados.
- Ah,
eu gosto – respondi, dando de ombros. – Prefere outro termo? Que
tal noivos? E que tal...
- Liam,
para – respondeu ela, rindo. – Namorados está bom por enquanto.
- Por
enquanto? – perguntei, fazendo-a rir. Era tão bom ouvi-la
gargalhar. – Quanto tempo dura esse “por enquanto”?
- Sério,
Li – respondeu ela, aproveitando que eu estava sentado ao seu lado
e se aninhando em meu peito. – Namorados.
- Ok –
respondi, beijando sua mão. – Namorados.
No dia seguinte todos chegaram bem cedo, menos Harry e Nathalie.
Cerca de meia hora depois, eles chegaram. Nathalie estava com cara de
cansada. Disse que sentiu que deveria doar medula para Julie e foi
isso que fez. Mais uma vez minha esperança se reacendeu como um
furacão. Elas eram primas idênticas, podiam muito bem serem irmãs
separadas na maternidade. Tinha que dar certo!
Notei que os olhos de Julie ganharam uma nova vida com a notícia, e
então estremeci. E se não desse certo? E se eu nunca conseguisse
achar um doador para Julie? E se... Eu a perdesse novamente? Eu não
suportaria perdê-la outra vez. Eram tantos “e se”, tantos medos,
tantas dores antecipadas que mal senti alguém tocar em meu ombro.
Era Julie.
- Vai
dar tudo certo – sussurrou ela meio a conversa alta e animada que
se seguia à nossa volta. – Dizem que tudo tem um porquê. E eu
tenho certeza que Deus não te colocaria na minha vida novamente se
fosse pra você sofrer. Ou para eu sofrer. Só tenha fé, está bem?
Por você, por mim e por nós.
Dois dias se passaram, e eu ao lado de Julie a todo momento. Os
meninos e suas namoradas também iam para lá todos os dias, mas acho
que as meninas já estavam cansando de tudo aquilo. Cansando, óbvio,
já que Nathalie sugeriu fazermos “o fim de semana separados”.
Como assim? As meninas ficariam no hospital com Julie durante todo o
final de semana e os meninos... Faziam o que quisessem (ou quase).
Era tipo um “foda-se vocês, vão ver se sabem se virar sem nós”.
Ok, né? Elas que mandam mesmo...
- Certo
– começou Niall. – Já que é a noite dos garotos e eu sou o
único solteiro da banda, sugiro um pub.
- Solteiro
por opção – retruquei, rindo.
- Opção
da Mariane – concluiu Louis, correndo pelo quarto até pular em
mim.
- Não
gostei dessa ideia – resmungou Harry, sentado no sofá. – Não
acho certo as meninas quererem um tempo só para elas. Elas já
ficam meses sem nos ver!
- Harry,
querido – começou Zayn. – Você é o mais novo no ramo
“namoro”, então, por favor, sossegue. E se acostume. Sua
namorada vai ficar tão acostumada de não te ver que, um final de
semana a mais ou a menos, não fará diferença. E ela já está se
acostumando.
- Mesmo
assim – insistiu ele.
- Que
é? Tá achando que elas vão contratar strippers para animar a
noite? – provocou Louis. – Bem, talvez. Imagina? Você ainda nem
teve a sua namorada e ela já tá vendo outro cara pelado? Hilário!
- Filho
da puta! – gritou Harry, se levantando do sofazinho que tínhamos
no quarto. – Cala essa boca, seu maldito! – e então começou o
fuzuê. Harry correndo atrás de Louis, que trombava no resto de nós
e nas coisas.
Como Niall foi o único a dar um destino à nossa noite, seguimos seu
conselho. Já fazia quase uma hora que estávamos todos lá, nos
divertindo. Andy, Louis, Niall e, vejam só, até Harry, dançavam como
loucos na pista. Zayn e eu estávamos apenas tomando alguns drinques,
até que escutei o celular de Harry tocar. Tínhamos feito uma
aposta: todos os celulares na mesa, quem tocasse neles ia pagar a
conta geral. Mas fiquei curioso. As meninas não nos ligariam em
pleno “final de semana separados”. Olhei para Zayn, apontando o
celular e ele me incentivou a atender.
- Fala
Miss Boston – atendi, usando o apelido que demos para Nathalie.
- Liam,
ah, graças a Deus! – disse ela. Sua voz parecia desesperada. –
Por que não atenderam antes?
- Fizemos
uma aposta de...
- Não
interessa – me interrompeu ela. – Pelo amor de Deus, corre pro
hospital. A Julie não tá nada bem – sua voz estava começando a
ficar chorosa. – Por favor Liam, corre.
- O
que ela tem? – perguntei, já com um aperto no peito, me
levantando da mesa. Olhei desesperado para Zayn, que correu até os
meninos.
- Só
corre – disse ela, deixando sua fala ser tomada pelos soluços.
Os meninos logo aparecendo, todos preocupados. Cada um pegou suas
coisas, deixando uma quantia de dinheiro no balcão do barman e
corremos até o carro. Dirigi com todas as minhas forças até o
hospital, correndo até o quarto de Julie ao chegar.
A cena com que me deparei foi uma das piores que já vi em toda a
minha vida. Todas as meninas choravam, cada uma sentada em um canto
próximo a porta no corredor ao lado de fora do quarto. A sra.
Samuels estava conversando com Perrie ao telefone, já que ela tinha
viajado com o sr. Samuels para um final de semana juntos.
Entrei relutante no quarto, vendo Julie pálida, estirada na cama e
notei que ela suava. Seus olhos pareciam fora de órbita e o braço
que o médico estava checando parecia mole, como se fosse feito de
gelatina.
- O
que aconteceu? – perguntei, em sussurros. O médico se virou por
um breve momento e então voltou-se novamente para Julie.
- O
organismo dela não está aceitando a medula de Nathalie.
Ah, é. No mesmo dia em que Nathalie doou medula, saiu o resultado:
era compatível com a de Julie. Finalmente. Minhas esperanças se
renovaram com uma força sobrenatural. Não tenho nem ideia do quanto
vibrei e do quanto acreditei nas palavras de Julie naquele momento.
Só precisávamos ter fé. Deus tinha um propósito para nosso
reencontro.
Mas agora tudo isso parecia insignificante. Como podia ser compatível
e o organismo de Julie rejeitar? Não era possível. Isso era cruel!
- Temos
que achar um método para o organismo aceitar a medula –
prosseguiu o dr.
- E se
não acharmos? – perguntei, receoso.
- Você
não vai gostar da resposta, meu rapaz – respondeu-me ele.
Não era possível. Simplesmente não era possível. Eu não queria
perder Julie novamente. Não podia. Não era justo! Corri até o
outro lado de sua cama, me ajoelhando ali. Peguei sua mão e chorei
como não chorava há anos. O medo de perdê-la era demais para mim.
Só a ideia de perdê-la novamente já doía meu peito, minha alma.
- Li –
sussurrou Julie e eu notei que ela fazia um esforço fora do comum
para falar. – Me perdoa. Caso aconteça alguma coisa, me perdoa
por te deixar de novo. Me perdoa por te fazer passar por tudo isso
mais uma vez. Só me perdoa – concluiu ela, diminuindo ainda mais
seus sussurros a cada palavra.
- Não,
não! – disse, quase gritando. – Me perdoa você! Eu te
abandonei aquela vez. Maldita fraqueza minha. Me perdoa por não
poder fazer mais por você. Mas eu te amo. Fica comigo – pedi,
desesperado, chorando agarrado à sua mão. – Não me deixa. Por
favor, não me deixe.
- Rapaz
– chamou o médico, mas eu não queria olhar. Eu mal o ouvia.
- Por
que ela não responde mais? – perguntei, ainda sem olhá-lo.
- Ela
entrou em coma, meu rapaz.
Se eu tive um ataque escrevendo esse capítulo, fico imaginando a reação de vocês.
Ok girsl, é o seguinte: eu sei que demorei até demais pra postar, mas, pra compensar, já to escrevendo o próximo capítulo e, assim que esse capítulo tiver 20 comentários eu posto o 34º, fechado? :3
Bom, não tenho muito o que falar hoje, só agradecer por vocês gostarem de Moments, de Jiam, de como eu escrevo e agradecer de montão pela paciência de vocês. Vocês são incríveis e eu amo cada uma de vocês ♥
(Só porque eles são duas das cinco coisas mais gostosas que existem ♥)
Continuaaaa!
ResponderExcluirContiinuuua pleaseeeeeee
ResponderExcluir"A vida é fácil. Nós é que a complicamos." Fato! Minha reação ao ler o capítulo é chorar que nem um baby :'( julie em coma? To acabada :// continuaa logo fofa!
ResponderExcluirIsa
Mddss morri aquii Julie em coma... q tristee
ResponderExcluirEspero q td de certo e q ela ce recupere q dó do Li :'(
Continuuaa pfv!!!!
Luana Almeida
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh ta querendo me matar né? pq sim ta funcionando, como pode deixar meu coração assim?
ResponderExcluirQ perfeitoooo to adorandoo a tua fic! E continuaa lpgo prff
ResponderExcluirJulie em coma? . que triste chorei quem nem um bebe :(..
ResponderExcluirMas continua liamda ta muito boom, ansiosa aqui . Parabens
- Larissa
Sabe eu to chorando aqui, mais uma vez? Jura? ce quer me matar menina? Posta logo please
ResponderExcluirPelo amor de Deus continua rapidoooooooo
ResponderExcluirEssa fic precisa virar um livro, sério. To amando de paixão <3
ResponderExcluircontinua. bjs
TRISTE DEMAIS!!!!!!!!!! pf posta logo!!!
ResponderExcluirAiii deuuss!!! o que é isto senhor?!? Ta perfeito, posta logo!!!!!
ResponderExcluirTomara que ese coma não dure um dia.
Beijos, Vanessa S.
Continua antes que eu entre em coma e morra igual a julie( não pf não faça ela morrer eu só to brincando) !!!!!! Fic perfeita <3
ResponderExcluirtadinho do Lee :´( tomara q ela se recupere logo, eles tem q ficar juntos. Continu <3 Eve :)*
ResponderExcluirSua louca! Vc demora decadas pra postar e quando posta e Julie entra em coma? Quer que eu va ai te matar? Ok foi mau mas continua logo. Beijos!
ResponderExcluirManoo que perfeitoooo! Esse cap ficou Divo d+,scrr, to jogada!
ResponderExcluirChorei no final, sério, ta mt bom sua diva :'3
Continuaaa
Bjs da Leh xx <3
Como vc pode fazer isso com a Julie????? Chorando pakas.
ResponderExcluir#Murrida...
Continuaaaaa!!!!!
-Deh <3 bjão xoxo
Coooooooooontinuaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirMeu o amorvire escritora v escrevendo é per-fe-ct *-* estou amando posta logo pelo amor :*
ResponderExcluirMeu Deus continua pelo amor !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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