Sweet Dance – Oitavo Capítulo: Our eyes

         

            SeuNome on~

Tinha colocado a música para tocar, primeiramente fiz uns passos da coreografia para que Zayn copiasse logo após. Ele era horrivelmente ruim nessa espécie de dança, poderia ser bom em outras coisas mas em dança ‘pouco’ clássica era péssimo.

SeuNome: Não Zayn, você tem que levantar a perna dessa forma – mostrei à ele a maneira correta pela 5ª vez em menos de 3 minutos –

O mesmo tentou mais uma vez e não conseguiu, olhava-o risonha mas sem que o mesmo não percebesse mas foi inútil pois o mesmo olhou-me e perguntou do que eu estava ‘rindo’.

SeuNome: Ah não é nada sabe, só que você é extremamente ruim – disse gargalhando do mesmo em seguida –

Zayn: Eu ? Está louca ? Sou o melhor dançarino da cidade, saca só – terminou fazendo uma dancinha sem sentido –

SeuNome: Nossa, como você é bom – ironizei –

Zayn: Ah, mas é que essa dança toda é tão chato – disse com uma cara ‘cansada’ –

SeuNome: Chata ? – perguntei “surpresa” – E porque é tão chata ?

Zayn: É tudo tão... parado, eu gosto de dançar outras coisas como... isso – disse e foi direto ao chão fazendo um passo de dança que deveria ser de rua –

SeuNome: É isso foi legal – falei assim que se levantou –

Zayn: Ao invés de nós levantarmos a perna para o passo todo, poderíamos fazer ao contrário, você levanta a perna para finalizar enquanto eu – rodopiou pelo chão (gif) – faço por baixo. Oque achou ? – perguntou-me –

SeuNome: Podemos tentar para ver como fica – assentiu – Então tá, e um, dois, três vai – terminei fazendo a sequencia toda terminando a parte da coreografia como o mesmo dissera a pouco – É, acho que ficou bom – sorri –

Zayn: Eu também achei – falou suavemente –

SeuNome: Então vamos de novo ? – perguntei e o mesmo assentiu novamente –

Ficamos ensaiando durante a tarde inteira, melhorando alguns passos fazendo com que os dois ficassem satisfeitos. Passava das 05:30 p.m. e pegamos nossas coisas para irmos para casa, saímos em silencio apenas olhando à todos atentamente que passavam por nós.

SeuNome: Então até amanhã, não se atrase – falei quando chegamos à frente do prédio –

Zayn: Não vou – falou e logo me virei indo em direção à minha casa –

Andei lentamente pela calçada suja por conta da poluição e pouco grande em largura, vire-me para ver se o mesmo já tinha ido e por uma grande coincidência o mesmo virou-se para olhar-me enquanto caminhava para sua residência. Dei um leve sorriso no canto da boa e virei-me novamente caminhando um pouco mais rápido. Em poucos minutos, cheguei à frente de minha casa, o gramado já estava posto e bem arrumado, a casa estava com a iluminação fraca  constando que mamãe estaria em casa. Entrei e fui para a grande falação que vinha de dentro da sala de jantar, cheguei ao cômodo e havia homens, uns cinco, junto à mamãe todos estavam bem vestidos e formais como Senhora Danna também estava.

SeuNome: Me desculpe, eu pensei que estaria sozinha. Vou deixa-los à sós – disse após perceberem minha presença –

Andei pouco de pressa ao andar superior me colocando em meu quarto, coloquei a bolsa em cima da cama e virei-me para ir ao banheiro. Tirei a roupa colocando-a no cesto e entrei cautelosamente no box, liguei a torneira e a água quente começou a cair leve e quente sobre meu corpo gélido. Havia alguns dias em que eu não pensava mais sobre o Torneio e isso me preocupava pois eu esperava mais, mas talvez o problema estava nos incidentes que vinham à acontecer, o maior deles era o de Julian. Eu não o visitava à dias, ele deveria estar pensando que eu tenho um coração negro pois eu causara o acidente e não fui vê-lo outra vez como prometido. Talvez eu iria hoje mesmo, a última vez que vi o relógio era apenas 05:45 p.m., agora deveria ser umas 06:00 p.m. se não enrolasse chegaria lá ainda antes das 07:00 p.m. oque daria um tempinho para falar com ele já que o horário de visitas acaba exatamente às sete.

Voltei a torneira para a esquerda vendo logo a água parar de desabar, torci os cabelos e peguei a toalha branca igual à neve que repousava na mesma parede da pia e à enrolei e meu corpo. Abri a porta dando de cara com o meu quarto pouco bagunçado e fui até o closet pegando uma roupa pondo-a rapidamente em seguida.

(sem o óculos, pois está a noite rç)

Ouvi o bipe de meu celular avisando-me que havia uma mensagem não lida, peguei o mesmo que se encontrara no bolso exposto da minha bolsa clicando para que a mensagem fosse aberta. A mensagem era de um número totalmente desconhecido que vinha apenas com um “Quer sair hoje a noite ?”, olhei confusa para aquelas letras que formavam a frase tão inesperada por mim naquele momento, logo digito uma resposta simples para uma pessoa que não fazia ideia de quem fosse – “e primeiro, posso saber quem é você ?” – logo cliquei no botão enviar e logo veio me a frase de que a mensagem chegara ao seu destinatário.

Sentei-me na cama esperando a resposta da tal pessoa e coloquei o sapato em meus pés. Levantei-me pondo um casaco que estava jogado no ‘ponta pé da cama’ e pegando o celular que não continha nenhuma mensagem nova e colocando-o no bolso de trás da calça, peguei alguns trocados que estavam em um bolsinho de minha bolsa colocando-os no bolso da frente do jeans. Saí de casa sem que mamãe percebe e fui em direção ao hospital, estava um dia cinzento e bastante frio, as ruas pareciam estarem molhadas e as casas pareciam todas sombrias, me xinguei mentalmente por não ter pego um casaco mais grosso por preguiça. O hospital já estava à poucos metros de mim e haviam pessoas à frente dele, umas estavam tristes e outras estavam agindo naturalmente. O celular bipou e peguei-o rapidamente vendo que continha uma nova mensagem do mesmo número desconhecido e nela dizia as seguintes palavras “oras, quem além do seu melhor parceiro de dança te chama para sair em plena quinta-feira ? haha”, Zayn! A final, como ele conseguiu meu número ? E pensando nisso, essa foi exatamente a pergunta em que fia à ele. Voltei com o celular ao meu bolso e voltei a andar para o hospital logo à frente, em questão de poucos minutos estava encarando uma mulher que procurava o quarto em que Julian estava, ela era nova aparentava ter uns 15 anos, era loira, olhos cor de mel e um corpo de se invejar mas que não se destacava tanto pelo uniforme hospitalar. A moça logo me deixou ir ver Julian, ela me disse o caminho até seu quarto, ele havia mudado pois do andar térreo foi para o segundo, quarto 13. Parei em frente ao elevador apertando o botão para que o mesmo viesse me buscar, por sorte não demorou para ele chegar e entrei indo ao segundo andar. O corredor era exatamente igual ao de baixo mas com mais salas. Passei pelas outras portas de números indiferentes e parei na frente da de número treze, empurrei a porta cautelosamente e vi Julian acordado olhando atentamente para o teto, encostei a mesma atrás de mim e fiquei observando-o de longe, ele parecia estar bem melhor e disposto, seus machucados estavam cicatrizados e seu rosto estava bem angelical. Quando Julian pareceu sair de seu ‘transe’, percebeu minha presença e logo sorrio pedindo para que chegasse mais perto dele.

SeuNome: Oi, e então como está ? – falei pegando sua mão e sentando na beirada de sua cama incrivelmente macia –

Julian: Estou bem melhor, tive que fazer uma cirurgia no pé esquerdo ontem e não poderei andar por alguns dias, me perdoa não poder estar ensaiando por alguns dias com você, sei que daria a vida por esta apresentação... – parou e encarou-me com cara piedosa –

SeuNome: Tudo bem Julian, eu me viro – falei forçando um sorriso – flores bonitas, quem deu ? – perguntei apontando para as rosas brancas exuberantes –

Julian: Ah, eu fico assistindo coisas aleatórias que passam na televisão, tomo muitos remédios, um a cada hora vai entender, e nos resto do tempo fico aqui pensando em diversas coisas – disse – e você ensaiando bastante ? – perguntou-me voltando a este assunto que não queria comentar com o mesmo –

SeuNome: Até que estou – sorri pouco –

Julian: Sozinha ?

SeuNome: Com os mesmos – ri abafada – É, eu tenho que ir, pedira-me para ficar pouco pois você tem que descansar – falei levantando-me e logo dando um beijo em sua testa –

Venho novamente quando der ok – perguntei e o mesmo assentiu – Então tá, tchau – terminei e virei-me rapidamente saindo do quarto, o mesmo não respondeu à minha despedida –

Saí do prédio extremamente enorme e andei de volta pelo caminho que fizera à alguns minutos atrás. Peguei o celular para ver as horas e me deparei com uma mensagem nova de Zayn que ainda estava como número desconhecido, abri a mesma e estava a resposta de minha pergunta “Um amigo em comum apenas... Mas voltando, quero te levar à um lugar, será que podemos nos encontrar daqui quinze minutos à frente da escola ?”, não sei aonde o mesmo queria me levar, nas verdade, não fazia ideia, e nem sabia se era o certo mas a curiosidade era tanta que eu respondi um “sim claro” seguido de um “amigo em comum, sei...”, não sei oque estava fazendo era o certo pois Zayn ainda era um desconhecido para mim, não se podia confiar totalmente nele, não sei se aonde ele me levaria era seguro, na verdade não sabia de nada mas oque eu sabia era que eu estava ansiosa não só para ver aonde o mesmo me levaria mas para vê-lo também. Era estranho, por mais que tínhamos nos conhecido à tão pouco tempo, ele era uma pessoa que fazia da sua companhia uma parceria. Por mais das coisas sem noção que ele faça, ele era o tipo de garoto que faz todos rirem, quando quer claro, mas que ao mesmo tempo passa segurança à todos em sua volta.

Cheguei em frente à escola e Zayn estava encostado em uma das muretas ao lado da escada. Quando me viu, desencostou e parou em minha frente.

SeuNome: E então, aonde irá me levar ? – perguntei sem mais delongas com um pequeno sorriso nos lábios –

Zayn: Porque iria te contar ?! Tem de confiar em mim, pelo menos uma vez, mas acho que você vai gostar ou talvez não – falou com um sorriso debochado no rosto –

Não disse nada, apenas assenti com uma cara de pouco caso e saímos andando pelo lado contrario de qual eu viera e de qual, eu achava, que Zayn havia vindo. Estava um silêncio mortal entre nós, não trocávamos nenhuma palavra se quer fomos o caminho inteiro desta forma.

Estávamos em uma rua que não havia muito movimento, na verdade quase nenhuma. Paramos em frente à uma casa abandonada que estava totalmente detonada, paredes rachadas e com mofos por todas as partes, porta quebrada, janelas sem algumas partes sem completa-las...

SeuNome: Porque me trouxe aqui ? – perguntei confusa –

Zayn: É a minha antiga casa, morei aqui quando criança com os meus pais – falou olhando-a com um brilho intenso em seus olhos –

SeuNome: E porque se mudaram ? – disse olhando-o –

Zayn: Eles é quem foram, não eu – olhou-me e logo após adentrou à casa –

Havia entendido tudo, seus pais o deixaram era por isso que nunca falavam neles, nem ao menos sei se ele tem alguém, não sei se era uma garoto que vivia pelas ruas escuras e frias de Bradford, não sabia de nada. Me vi ali, no meio da calçada sozinha na escuridão do começo da noite, corri atrás de Zayn rapidamente fechando, assim que adentrei ao local, a porta pouco mole e suja. Olhei para um canto e o mesmo estava parado, olhando tudo em sua volta, andei em direção do mesmo cautelosamente observando-o sem dizer uma palavra se quer, sei que aquele momento era dele e respeitaria.

Poucos minutos depois, Zayn se virou e me chamou para segui-lo com a cabeça, fomos até o andar superior com muito cuidado para que nenhuma parte do chão desabasse. Entramos no segundo quarto à esquerda do corredor, era um quarto de criança, de um menino pensei, havia uma cama e nela continha uma colcha velha e acabada, por conta do tempo, cheia de desenho de carros de corrida; na janela tinha uma cortina rasgada e suja que depois de muito à perceber, vi que era dos power rangers. Não demorei muito Pa perceber que aquele quarto já fora do Zayn, que aquela colcha e aquela cortina arranhada foram de Zayn. Olhei-o e o mesmo estava de cabeça baixa, aproximei-me e passei minhas mãos suavemente por suas costas descendo-as e subindo-as confortando-o, fazendo com que ele me olhasse e me desse um pequeno sorriso triste.

Depois da cena bastante triste, estávamos sentados no chão poluído do quarto encostados na parede pouco rachada. Estávamos apenas quietos esperando pelo momento certo de soltarmos algo.

Zayn: Eles foram embora quando eu iria completar quatro anos – quebrou o silencio fazendo-me olha-lo – Não sei o porque até hoje. – pausou – Tentei me esconder aqui, sem que ninguém percebesse, indo arrumar comida nas latas de lixo a noite ou indo até o mercado e “roubando”. Ninguém iria pensar que uma criança indefesa iria roubar algo ali de dentro sem ser pega... Mas eu consegui! – terminou e me olhou –

SeuNome: Eu sinto muito – olhei para o mesmo com cara de ‘dó’ –

Zayn: Eu também – disse e pouco depois fitou o chão –

SeuNome: E alguém te achou ?

Zayn: Sim, a vigilância sanitária – riu – Perceberam que a casa estava em mal estado e vieram vê-la e assim, me encontraram. – falou olhando-me (gif) – Depois me levaram para à adoção infantil, nem procuram saber oque houve ou coisa do tipo, apenas me colocaram naquele lugar horrível e esqueceram do fato. – pausou novamente –

SeuNome: E alguém te ‘pegou’ ? – perguntei pouco curiosa –

Zayn: Sim, Rose. Ela cuida de mim até hoje, não tanto quanto antes pois trabalha o triplo, Jaxon não à ajuda em nada, nem sei porque a mesma se casou com aquele velho babaca – disse raivoso –

SeuNome: Quando se ama, não importa as indiferenças e os defeitos, apenas... Se ama! – falei ainda olhando-o –

O mesmo olhou-me rapidamente não disse nada, apenas assentiu e continuou a me encarar – é, o amor é estranho – em fim, disse.

***

Depois de poucas horas conversando na antiga casa de Zayn, voltamos pelo mesmo caminho de antes mas o mesmo insistiu em me trazer até em casa.

Zayn: Está entregue... De novo – riu –

SeuNome: É, obrigada – sorri – Você não deveria ter vindo até aqui, está tarde para andar sozinho tudo isso – disse –

Zayn: Minha casa não é tão longe, relaxa. – sorriu de volta – Leve isso como um agradecimento

SeuNome: Agradecimento ? Do que ? – perguntei arqueando as sobrancelhas –

Zayn: Por me ouvir – disse – Eu nunca me abri com alguém, nem com quem eu conheça à anos. Você foi a primeira, acho que é pelo fato deu confiar em você – deu um passo à frente –

SeuNome: Confiar em mim ? – disse desviando o olhar sem graça –

Zayn: É, por mais que eu te conheça à uns, dois dias ?! Eu sinto que posso confiar em você, apenas isso – sorriu –

SeuNome: An, obrigada, eu acho – ri nervosa – É... agora tenho que entrar, está tarde e com certeza minha mãe deve estar uma fera pelo meu desaparecimento precoce – menti –

Zayn: Tudo bem, também tenho de ir. – disse – Nos vemos amanhã ?!

SeuNome: Claro, é só não se atrasar – alertei –

Zayn: Não vou – sorriu –

O mesmo chegou mais perto e por mais que eu queria me afastar o desgrudar os meus olhos dos deles era impossível. Aqueles olhos eram incrivelmente lindos e continham um brilho a mais, eram extremamente perfeitos. Chegou mais perto e quando eu pensava que nossos lábios iriam se tocar, o mesmo se curva e deposita um beijo simples e suave em meu rosto.

Voltou para trás e sorrimos em conjunto, assentimos e o mesmo saiu pelo caminha em que passamos à poucos minutos atrás. Olhei-o andando até virar a esquina, ganhando alguns olhares rápidos dele, vire-me em meus calcanhares e voltei para dentro de casa, encarei o relógio e marcavam exatamente dez horas. As luzes estavam apagadas, com certeza mamãe já estava em seu décimo sono sem nem se preocupar com a minha segurança, ao contrário do que disse à Zayn.

Andei até meu quarto silenciosamente apenas iluminando o caminho com a luz do celular, entrei no local e tirei os sapatos, coloquei o casaco em uma cadeira ao lado da porta deixando o celular em cima, estava cansada, exausta o que fiz foi apenas deitar-me em minha cama e deixar o sono me consumir e em questão de minutos, minha consciência foi se perdendo dentro de minha mente, logo entrando em um mundo diferente de todos os outros em que já visitara.    

Continua...

Então gente, tá ai... espero que vocês gostem.

Demorei para portar porque estou lotada de trabalhos, tentarei

terminar o mais rápido possível para ficar aqui ok ?!

Bom,  enjoy  

                 xoxo'

Continuo com 20 comentários, consigo ?  :)

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