Gardênia - Cap - 12

                                   Primeiro Beijo ♥

  

Niall P.O.Vs

            Fazia uns dez minutos desde que cheguei no hospital com (seu Nome), ela já está bem melhor, deram um remédio pra ela que diminuiu a febre e agora nós estamos em um quarto normal, enquanto ela fica de observação para ver se a febre volta. Ela vira os olhos pra mim como se pudesse me ver assim, e então fala:

- Brigada Niall, por tudo mesmo. -uma lágrima escorre- Por me trazer até aqui e por ficar do meu lado, se não fosse por você eu estaria muito assustada aqui sozinha.

           Aquilo definitivamente cortou meu coração em mil pedaços, suas palavras eram doces e cheias de agradecimento, é possível não amar uma pessoa dessas?

- Você nunca vai estar sozinha, aposto que sempre um dos meninos vai estar por perto pra te perturbar, eu principalmente. -sorrio pra ela-

- Isso me deixa muito feliz. -ela sorri de volta-

            Seguro sua mão na minha e vejo o quanto está gelada, será medo? Frio? Não sei dizer, e na verdade nem tive mais tempo pra pensar já que Harry chegou feito um louco entrando no quarto. Ele parou na beira da porta e fitou (seu Nome) de longe com os olhos encharcados. Balançou a cabeça negativamente e correu até ela. Ele beijou sua bochecha com ternura e logo após colou a testa na dela suspirando tristemente.

- Me desculpa, me desculpa por ter gritado com você. -ele falou com a voz falha-

- Harry? -ela disse-

- Sim sou eu. -ele sorriu tristemente- 

- O que está fazendo aqui? -ela perguntou- Devia estar jantando com Celeste.

- Acontece que Celeste não significa tanto quanto você significa pra mim.

       (seu Nome) sorriu docemente e só então percebi que ainda segurava sua mão, retirei disfarçadamente até que ela estivesse pousada sobre minhas pernas. Harry olhou (seu Nome) mais uma vez com ternura, ele pegou na mão que há algum tempo eu segurava e disse:

- Por favor? Você me perdoa? -ele perguntou implorando-

- Está tudo bem Harry. -ela sorriu- Eu também te devo desculpas, falei muitas coisas sem motivos, e depois acabei me sentindo tão culpada.

- Não não. -ele implorou segurando sua cabeça com as duas mãos- Não quero que se sinta assim jamais, foi tudo culpa minha. Eu sinto muito (seu apelido).

              Uma enfermeira entrou pela porta e falou:

- Tudo bem, preciso dar uma olhadinha nela agora garotos.

              Eu e Harry saímos pra fora do quarto e esperamos do outro lado da porta, me aproximei dele e sussurrei:

- Como conseguiu que a moça da recepção te deixasse entrar?

- Subornei ela. -ele sorriu vitorioso, mais ainda podia perceber preocupação em seu olhar-

- Ah moleque, foi assim que te ensinei! -tirei uma da cara dele-

- Há há há! -ele riu ironicamente-

              A enfermeira saiu do quarto e antes que pudéssemos lhe perguntar algo ela já foi logo falando:

- Tudo bem, ela está liberada.

- Mesmo? -perguntei-

- Sim, só tem alguns remédios pra febre que terão de comprar e então não haverá problemas de novo.

- Sem problemas. -Harry disse-

(Seu Nome) P.O.Vs

             Eu estava com Harry no carro dele, ele dirigia devagar até mais que o normal, uma música calma tocava ao fundo mais estava bem baixinha mesmo. Niall foi pra casa já que havia passado a noite toda comigo. Se Nana soubesse o que acont.... Ah Meu Deus! Nana! E se Nana já chegou? Não faço ideia de que horas sejam agora.

- Harry? -chamei apavorada-

- Que foi? Está se sentindo bem?

- Sim, quer dizer, não. Quer dizer, que horas são? E se Nana já tiver chegado?

- Nossa. -ele soltou um suspiro pesado- Você me assustou. E sobre a Nana, pode ficar tranquila porque ainda é 22:40. Nana só chega de madrugada então não haverá problemas.

- Ai graças a Deus! -finalmente soltei o ar que segurava-

- Vamos parar no shopping pra ir na farmácia comprar alguns remédios ta bom?

- Um... Shopping de verdade? -perguntei-

- Sim. Nunca foi em um? -ele parecia surpreso-

- Não. -respondi sem rodeios-

- Vou te trazer aqui algum dia com mais tempo, vamos fazer compras e você vai ver como é divertido.

- Fazer compras? Isso soou muito gay. -falei sorrindo-

- Está dizendo que pareço gay? -sua voz era de "não me contrarie"

- Não, você está dizendo isso. -sorri-

               Senti Harry muito próximo de mim e por um momento senti meu coração parar de bater, senti o quanto sua respiração estava quente e se confundia com a minha. Fiquei imóvel e então finalmente ele se afastou, senti o ar voltar a me dar oxigênio e meu sangue voltar a circular normalmente. Harry soltou um pequeno riso e disse:

- Não sou gay. -ele fez uma pausa- Mais os meninos são. -falou seriamente-

- São? -perguntei-

- Não sua boba! Quer dizer, não se sabe né?! -soltou um riso-

- Você é um idiota! 

- Tudo bem, vamos lá donzela eu te ajudo a descer, me espera que vou abrir a porta pra você.

                Em 5 segundos Harry abriu a porta e segurou minha mão. Ele ligou o alarme do carro e começou a caminhar comigo, nossos braços entrelaçados. O vento da noite era frio e eu já estava começando a tremer.

- Está com frio? -ele perguntou-

                  Sacudi a cabeça afirmativamente e ele parou de andar, logo senti ele colocando seu casaco em mim, ele voltou a segurar em meu braço e perguntou:

- Assim está melhor?

- Uhum. -afirmei-

                  Harry comprava os remédios enquanto eu o esperava na porta do estabelecimento para não respirar o famoso ar-condicionado. Ele voltou em menos de 2 minutos, segurou em minha mão e foi me puxando pra fora como se estivesse fugindo de algo.

- Harry? Está fugindo da polícia?

- Ah... Claro que não. Só não quero que fique tomando sereno da noite.

- Oh sim. -sorri-

Harry P.O.Vs

              Acho que nunca me senti tão feliz na vida apenas por estar ao lado de alguém de novo, apenas por ter sido perdoado. Dessa vez parei o carro um pouco mais perto da casa de (seu Nome) para não ser preciso andar muito. Já em frente a porta de entrada eu parei e olhei para o céu, ele estava lindo, as estrelas estavam lindas e pareciam brilhar mais do que o normal, sorri e falei:

- O céu está lindo, você tinha que ver isso. -falei-

- É. -ela sorriu tristemente- O céu é meu maior sonho. Harry?

- Sim?

- Como é o céu?

- O céu?

- Sim. Me diz como ele é.

              Seus olhos brilhavam em contraste com a lua. O mundo é tão injusto, não posso acreditar que (seu Nome) não consegue enxergar, ela é tão doce e meiga, tem que ter algo que eu possa fazer para lhe mostrar o céu, para realizar seu sonho.

- O céu é... Grande, na verdade é uma imensidão sem fim. E suas cores também são infinitas, ele pode ficar azul celeste, e também azul marinho. Pode ficar vermelho, e também amarelo. E quando você olha pra ele, ele te faz sonhar alto, te faz ver o mundo de uma forma diferente, te faz... Acreditar mais em mundo melhor. Assim é o céu.

- Harry, Você... Você acha que algum dia vou poder ver o céu? -sua voz era falha-

           Ela me fitou com aqueles grandes olhos verdes que suplicavam por um sim. Era como se um sim meu significasse tudo pra ela, era como se eu fosse a única pessoa no mundo capaz de lhe garantir isso sinceramente. Foi então que parei para pensar em tudo que já havíamos passado juntos, todos os momentos e sorrisos trocados, todas as vezes em que ela me fez feliz e me ajudou. Sua bondade comigo, lembro-me do dia em que nos conhecemos alguns meses atrás, o quanto ela foi boa sem ao menos me conhecer. A única que me fez ter certeza de que gosta de mim pelo o que eu sou e não pelo que eu tenho. A maneira como larguei tudo o que estava fazendo para ir ao seu encontro, a maneira como não ligo pra nada e nem pra ninguém quando estou ao seu lado. Acariciei seu rosto carinhosamente e na mesma hora soube o que sentia.

- É claro que vai pequena. -respondi observando sua beleza-

     Era ela, era ela que eu queria. Eu não preciso me preocupar em estragar nossa amizade por causa de uma paixão passageira, porque é com ela que quero ficar por toda a eternidade, eu devo estar ficando maluco quando digo que, estou completamente apaixonado por (seu Nome), melhor que isso, eu a amo, a amo com todas as minhas forças. E isso pode parecer loucura, amar alguém dessa maneira, alguém que conheceu faz somente alguns meses. Mas quando se trata de sentimentos, acho que tudo é baseado em uma loucura, mas com certeza uma loucura boa, afinal, "as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam". Pus sua mão sobre meu peito.

                     

- Sente isso? -perguntei-

- É o seu coração. -ela disse docemente como sempre-

- Sim ele é. -falei sorrindo- Sabe, teve um tempo que ele andava meio confuso, nunca estava certo de nada e sempre carregava uma insegurança profunda. Você mudou tudo isso quando chegou na minha vida.

- Eu? -ela perguntou impressionada-

- É, você. -falei e já podia sentir lágrimas se formando em meus olhos por algum motivo-

- Mais eu não fiz nada Harry.

- Sim você fez, você mudou minha vida (seu Nome), ou melhor, você mudou o eu que existia em minha vida. Me transformou numa pessoa melhor do que eu sempre fui e poderia ser. E é por isso que... É por isso que eu amo você! Eu amo você (seu Nome)!

- Oh Harry, eu também te amo muito! -ela disse mais pude perceber que ainda não se dava conta do sentido em que eu havia falado-

- Não é desta maneira que estou dizendo que te amo. -falo- Estou dizendo que você é a princesa da minha vida, eu amo você mais do que uma simples melhor amiga.

              E sem ao menos esperar por sua resposta que poderia ter me rejeitado de tal maneira que eu choraria ali mesmo, eu a beijei intensamente. Eu precisava daquilo há tanto tempo e nem havia me dado conta disso.

                    

             Seus lábios estavam gélidos mais ainda assim esse era o melhor beijo de toda a minha vida. Eu podia sentir, eu sentia que aquilo não era apenas um toque carnal, mas antes de tudo, de coração.

Spoiler do capítulo 13

  Chego em casa e jogo as chaves do carro em cima da mesa, subo sem falar com ninguém e me jogo na cama, preciso de um banho[...]

   Embaixo do chuveiro, deixo a água cair na minha cabeça, só pra constar está no modo verão, preciso refrescar meus neurônios, esfriar os pensamentos. Aos poucos minha mente faz uma breve viagem ao passado: Estou em uma sala de aula, na verdade é a sala em que estudei no sétimo ano, era aula de ciências e a professora explicava algo sobre deficientes visuais, na época achei uma chatice pois eu tinha apenas 11 anos e fazia parte dos descolados. O que a professora ensinou naquele dia?

   Sei que tem algo haver com inversão, não, não era isso. Ah sim, era que em alguns cegos a cegueira poderia ser reversível, bizarro não? Espera aí, isso! 

OOOI minhas gatas, tudo bem com vocês? Eu estou bem. Então o nome que ganhou foi gardeners, então agora sou uma gardener tbm rsrs. O que acharam do capítulo? Eu amei, mais vocês taambém tem que gostar então preciso que me digam ta bom? Opiniões sinceras kk. Acho que é isso, não tenho muito o que falar. O que vocês acham que vai acontecer daqui pra frente na fic? Enfim, as meninas que estão dodói, estou orando por vocês pra que fiquem boas logo ta bem? Beijos, eu amo todas vocês #Gardeners ♥-Deh