14 de setembro de 2014

Moments - 43º Capítulo: The only one



Nosso vôo para Londres pareceu demorar uma eternidade. Estávamos saindo da Itália, por onde passamos depois da França e seu escândalo sobre Diana. Os rumores haviam cessado, mas os meninos e eu ainda nos divertíamos com isso.
Depois de longas horas voando, chegamos a Londres. Paramos primeiro para comer algo, pois estávamos faminto devido à demora. Depois de “abastecidos”, cada um ligou para sua namorada. Arrisquei ligar para a minha também, mas sem sucesso. Fiquei esperando os meninos desligarem para me despedir. Precisava descansar um pouco e planejar o que faria para falar com Julie.

-       Se cuida, dude – disse Louis, sorrindo enquanto dava tapinhas em minhas costas.
-       E vê se não some – brincou Harry.
-       Claro – respondi, sorrindo de volta. – Logo marcamos de nos ver de novo – completei, sorrindo mais uma vez pra eles antes de entrar no táxi que já estava com minhas malas.


Quando o táxi parou em frente ao meu prédio, esperei por um momento. Tinha esperança de que Julie estivesse ali dentro, me esperando. Eu ansiava por isso. Enquanto o elevador subia devagar, meu peito palpitava, a boca estava seca, minhas mãos suavam como nunca. O elevador parou num solavanco, era hora de andar, mas eu não sentia minhas pernas. A expectativa de ela estar atrás daquela porta me consumia.


Andei lentamente até o apartamento, ainda tremendo por inteiro. Busquei a chave em meus bolsos, demorando a encontrá-la. Coloquei a chave certa na fechadura e a girei. A sala estava vazia, sem sinais de que alguém saíra apenas para dar uma volta. Procurei por ela em todos os cômodos, vasculhando qualquer resquício de sua presença. Nada. Suas roupas sequer estavam no guarda-roupa.
Onde ela poderia estar? Fiquei me questionando. Ela não conhece nada em Londres. Aonde teria ido? Num estalo, me dei conta. Ela voltou para a casa de seus pais. Mas eu não tinha o telefone de lá! Como eu falaria com ela, pelo menos para ter certeza de que estava lá, de que estava bem? Só uma pessoa poderia me responder isso. Andy.
Procurei meu celular na mochila, discando rapidamente o número de Andy.

-       Até que enfim! – berrou ele assim que atendeu. – Viaja e esquece o resto dos amigos, é?
-       Estava esperando eu te ligar? – perguntei, confuso. – Por quê?


-       Não é óbvio? – ele riu. – Minha irmã! Sei que ela não tá te atendendo.
-       Sabe o porquê?
-     Sei. E eu acredito em você, não naquelas revistas idiotas. Ela também não acredita, mas está confusa. Precisa de um tempo.
-       Mas eu não consigo mais ficar sem falar com ela, dude – respondi, angustiado – Já faz quase um mês! Eu preciso falar com ela. Por favor, não me pede para não tentar.
-       Eu disse que ela precisa de um tempo, mas não que necessariamente precisa ser longe de você. O que está fazendo em Londres ainda? Te busco no aeroporto, aqui em Glasgow – e com isso, ele desligou. Essa é a maior vantagem de ter seu melhor amigo como cunhado.


Chamei outro táxi, carregando as malas que eu acabara de levar para o apartamento de volta ao carro. A mochila nas costas e, dessa vez, um sorriso no rosto. A esperança no coração. Assim que chegamos ao aeroporto, comprei a passagem para o próximo vôo até Glasgow, que sairia em menos de 10 minutos. Corri para despachar as malas, correndo ainda mais para chegar a tempo no avião.
A viagem foi tranquila, mas pareceu demorar mais do que de costume. Posso culpar a ansiedade por isso. Eu apenas olhava a janela, imaginando como seria quando a visse novamente. Passem, horas, passem...



Andy estava esperando por mim no aeroporto, como prometido. Durante o vôo, mandei uma mensagem lhe dizendo que horas chegaria, e ali estava ele. Me abraçou e me ajudou com as malas. Daisi estava com ele.

-       Como ela tá? – perguntei, esperançoso.
-       Ela não sabe que você está aqui, então será uma surpresa.
-       Acho que é melhor assim. Espero que ela acredite em mim.
-       Ela acredita – disse Daisi, que até então estava calada – Ela só tem medo. Não sabe como agir. Mas eu conversei com ela pouco antes de virmos. Ela sente muito a sua falta.
-       Não tanto quanto eu sinto falta dela...


Quando paramos em frente à casa dos Samuels, tive novamente aquele momento de ansiedade. Minhas pernas voltaram a bambear, minhas mãos a suar, meu coração a palpitar e a boca voltou a ficar seca.
Daisi foi na frente, abrindo a porta para nós, uma vez que Andy me ajudava com as malas. A casa era pequena, mas muito deliciosa. Entramos com cuidado, subindo as escadas e colocando as malas no quarto que deduzi ser de Andy. O andar de cima tinha três quartos e um banheiro. Fiquei admirando a casa, era aconchegante. Lembrava muito a casa que eles tinham em Wolverhampton...

-       O que você faz aqui? – questionou uma vez que não demorei muito para perceber ser de Julie. Me virei para o lado, vendo-a saindo de um quarto em frente ao de Andy.


-       Você não atende minhas ligações, não responde minhas mensagens... Vim atrás de você.
-       Talvez eu não tenha feito nada disso porque não quero falar com você. E se eu não quero falar com você, por que eu gostaria de ver? – respondeu ela, a voz fria. Meu coração parecia se quebrar em mil pedaços.
-       Você não pode estar falando sério – disse, quase gaguejando.
-       O que te faz pensar que não?


-       Ju... Estávamos tão bem – comecei, chegando perto dela, que não se mexeu. – O que aconteceu? O que mudou?
-       E-eu não sei – admitiu ela, abaixando a cabeça. Cheguei ainda mais perto e a abracei. Senti seus braços rodearem minha cintura enquanto ela afundava sua cabeça em meu peito. – Eu não consigo ficar brava com você.
-       Mas não tem por que ficar, pequena – disse, acariciando seus cabelos. – Confia em mim, ok? Eu te falei que coisas desse tipo surgiriam.
-       Eu sei – respondeu ela. – Mas só a ideia de te imaginar com outra pessoa que não fosse eu...
-       Ei – disse, afastando seu rosto e forçando-a a olhar pra mim. – Eu esperei por você todo esse tempo, mesmo sem saber. Sei que você também me esperou. Por que trocaríamos um ao outro depois de tudo?
-       Senti sua falta – resmungou ela, afundando novamente a cabeça em meu peito.


-       Também senti, pequena. Mais do que você imagina.


Não pensei que seria assim. Não pensei que seria fácil fazer com que ela acreditasse e confiasse em mim novamente. Mas foi. Passamos a tarde conversando e rindo, como antes, mas dessa vez com Andy e Daisi. Contei a ela exatamente o que aconteceu com Diana e me deliciei com as gargalhadas que ela dava. Quando a noite enfim baixou, os Srs. Samuels chegaram, me abraçando e sorrindo.
Resolvemos sair para jantar fora – ok, eu os convidei para isso. Foi uma noite mágica, maravilhosa! Me senti em casa, de um jeito que eu só me sentia com minha própria família, com os meninos e com Julie.

-    Vou provar que você é a única na minha vida – sussurrei nos ouvidos de Julie, que estava deitada em meu colo no sofá depois que chegamos do restaurante. – Você não vai se arrepender por me escolher como o único na sua.


Após lhe dar um selinho, a peguei no colo e levei devagarinho pela escada, deitando-a em sua cama. A cobri, dando um beijo no topo de sua cabeça, desejando-lhe boa noite, e segui para o quarto que eu iria dividir com Andy por alguns dias.


-       Tudo vai bem quando termina bem – disse ele, sorrindo. – Estou feliz que tudo tenha passado.
-       Eu também – ri. – Quero fazer uma surpresa pra ela amanhã.
-       O que você tem em mente?
-       Você confia em mim? – perguntei, fazendo-o rir e consentir. – Então amanhã eu te conto.


Saí cedo na manhã seguinte, passando o dia todo fora. Primeiro passei numa joalheria, pegando um caixa que eu havia encomendado em Londres, antes de viajar para a turnê. Sorte que tinham uma filial em Glasgow! Era o presente de aniversário de Julie, que seria em um mês, mas resolvi adiantar.
Organizei uma mesa reservada no terraço de um dos melhores restaurantes da cidade, e pedi para o decorarem adequadamente com velas e tudo o que Julie tinha direito. Durante a tarde, continuei a fazer preparativos. Estava escolhendo um buquê de rosas coloridas quando meu celular tocou. Já sabia que era Julie.


-       Pode me dizer por que raios Daisi me apareceu em casa com uma caixa com um vestido dentro dizendo que é pra eu usar hoje à noite? – disse ela, assim que atendi.
-       O quê? Ela não levou os sapatos? – perguntei, tentando não rir. Eu pedira a ajuda de Daisi para comprar um vestido e um par de sapatos para o jantar com Julie e ao Andy para me dar algumas dicas. Embora ele tenha me dado dicas de tudo o que eu já sabia, agradeci mesmo assim, e contei o que eu pretendia.
-       Payne! – berrou ela do outro lado. – O que você está aprontando? O que tem hoje à noite?
-       Eu disse que ia te provar que você é a única em minha vida – disse, sério. – Te levar pra jantar hoje à noite é o começo. Passo te buscar às 20h.
-       Não! – gritou ela de volta, mas eu a interrompi.
-       Até lá – respondi. – Eu te amo, pequena – completei, desligando em seguida.


Andy levou uma calça jeans, uma camisa social e sapatênis até o hotel aonde eu iria me arrumar. Era a melhor ajuda que ele me dera. Ficou comigo até eu estar pronto, pois eu estava um tanto nervoso.

-       Vai dar tudo certo – disse ele, sorrindo. Não sabia quem estava mais nervoso, se era eu ou ele.
-       Vai sim – respondi, tentando acalmar a mim mesmo. – Vamos?

Eu havia alugado um carro, de modo que levei Andy até sua casa e buzinei para Julie. Demorou alguns minutos até ela aparecer na porta, com o vestido deslumbrante que Daisi havia escolhido especialmente para ela.


-       Você está incrivelmente linda! – disse, depois de lhe dar um selinho.
-       Obrigada – respondeu ela, sorrindo timidamente. – Daisi tem bom gosto, não é?
-       Eu tenho mais. Prefiro quem está no vestido, independente de como ele é – respondi, fazendo-a rir. – Vamos jantar.


O restaurante não era tão longe da casa de Julie, então chegamos em poucos minutos. Desci primeiro, rodeando o carro para abrir a porta para ela. Entramos rapidamente e um garçom nos acompanhou até o terraço. Pedi uma garrafa de champagne e ele logo nos trouxe. Escolhemos o jantar e aproveitamos a noite.

-       Tenho algo pra você – disse, sorrindo. Fui até ela, levantando-a da cadeira e me ajoelhando à sua frente. – Quer ser pra sempre minha?





Just us...





“Quando duas pessoas estão destinadas a ficarem juntas, eventualmente elas encontrarão seu caminho no final.”
É nisso que passei a acreditar ao ver o sorriso de Julie se abrindo enquanto eu me ajoelhava à sua frente, abrindo uma caixinha vermelha de veludo, revelando um delicado, mas bonito, anel de noivado. E fiz aquele pedido que toda garota sonha em ouvir – e até alguns garotos sonham em fazer, como no meu caso.


O mundo girou quando ela gritou sim, me levantando e pulando em meus braços em seguida. Senti minha camisa ficar molhada, devido às lágrimas que escorriam de seus olhos, e notei que tudo valeu à pena.
Seis, quase sete anos. Todo esse tempo sem estar ao seu lado só me fez perceber o quanto eu sonhei com esse momento. Até encontrá-la naquela cama de hospital em Glasgow, eu só pensava que aquilo era um sonho impossível. Mas a vida é uma bela caixinha de surpresas e, como tal, me mostrou que nem tudo o que pensamos é impossível.
Passei todos esses anos pensando que eu poderia ter feito mais por ela, por minha baixinha. Desejando poder ser feliz com outra pessoa e acreditando nisso por cerca de cinco anos. Mas aquela chama nunca se apagou. Aquele amor juvenil nunca me abandonou. E, mais do que nunca, hoje eu agradeço por isso.


Passamos o mês seguinte planejando o casamento. Eu queria casar logo, e Julie não sabia ao certo quando. Acabamos optando por ser o dia de seu aniversário. Mandamos fazer e entregar todos os convites. Organizamos todos os detalhes, tais como salão, buffet, foto e filmagem, DJ e todas essas coisas que eu sequer sabiam que davam tanto trabalho. Sorte a minha ter Julie para ajudar.
A imprensa logo ficou sabendo e não demorou a aparecer comentários, especulações e boatos sobre nosso casamento. Alguns arriscaram falar que Julie estava grávida e então eu entrei em cena, postando em meu twitter que a decisão do casamento rápido foi minha, devido ao tempo que ficamos longe, e que nada tinha a ver com um filho – embora, é claro, que eu adoraria ter um. Mas não agora. Tranquilizei minhas fãs e isso era tudo o que eu precisava e me importava.
Os meninos também me apoiaram muito na decisão e organização. Eles vieram para Glasgow, trazendo suas namoradas e noivas com eles. Hospedaram-se em um hotel próximo a casa dos Samuels e passavam o dia inteiro conosco. Seriam nossos padrinhos e madrinhas.


O dia do casamento logo chegou. Eu estava nervoso. Julie passou o dia em um SPA e eu em outro, nos arrumando e acalmando para o grande fim de tarde em que diríamos “sim” perante todos. Sinceramente, não consegui me acalmar.
A tarde passou lenta, me deixando ainda mais ansioso. Comecei a me arrumar. Coloquei o terno escolhido, me arrumaram o cabelo. Passaram até um pouco de maquiagem, para “disfarçar as imperfeições” segundo eles. Chegou a hora...


Enquanto eu a esperava no altar, meu peito acelerou. Queria mais do que tudo tê-la em meus braços e fazê-la minha de uma vez por todas. Meu maior desejo, naquele momento, era fazê-la a mulher mais feliz do mundo, pois ela me tornou o homem mais feliz que existe. A marcha nupcial começou. Minhas mãos suavam. Ela enfim entrou. Estava deslumbrante! Achei até que iria desmaiar...



Quando a tomei nos braços depois da troca de alianças e a beijei, tive a certeza de que ela era tudo de que precisava, tudo aquilo que sempre sonhei pra mim. Ela era o meu anjo, enviado do céu para me proteger e cuidar de mim. Anjo esse que meu coração escolheu amar. No momento em que a beijei, eu tive a certeza de que não queria estar em outro lugar no mundo senão ao seu lado. Aliás, ela se tornara meu mundo. E agora, mais que nunca, éramos um só. Um só corpo, um só pensamento, um só coração. Um só sentimento.



-       Eu te amo – sussurrei, antes de voltar a lhe dar outro beijo. Sim, eu a amo. E esse é o melhor sentimento que existe no mundo.



O mundo pode nos dar as costas. As pessoas podem fechar as portas na nossa cara. Mas se temos amor, temos alguém ao lado. Vemos uma janela se abrir. O amor é o sentimento mais puro que existe. Agora eu sei disso. Agora eu sinto isso. Porque eu amo. Eu sei o que é amar. Eu tenho alguém para amar. Mas também tenho alguém que me ame. Alguém que me faz sentir amado.






Enfim Moments teve seu grande final! Gostei tanto de passar a semana inteira escrevendo ele. Queria dividi-lo em duas partes, mas achei melhor só dividir com a foto mesmo... Espero que tenham gostado tanto quanto eu de Jiam. E obrigada por todo o amor, apoio e carinho de vocês. Com toda a certeza, o Sonhos com One Direction tem as melhores leitoras do mundo! Amo vocês <3
Dúvidas, elogios, reclamações ou só bater papo, meu twitter: @IrresistibleWis

Obrigada mais uma vez, minhas perfeitas :3

10 comentários:

  1. Gabiii my diva queennn arrasou awnn que final digno de moments :') não vou esquecer essa fic ♡♡♡ bjss amoree
    Isa xx

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  2. Mas ja como assim a fic mais fofa q du ja li acabo cara ee serio essa fic e mt perfeitaaa. Sentirei mts saudades. Ameiii Onwwt

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  3. Divonica, são exatamente 22h57 e eu estou chorando! Moments é lindo, essa vida é tão perfeita e Jiam mostra isso claramente. Me lembro quando comecei a ler essa fic e me apaixonei incondicionalmente por ela, eu me apaixonei pela Ju e por tudo que ela é, mesmo não existindo.
    Obrigada por tudo, porque você me fez descobrir o que é um amor puro e verdadeiro. Eu desejo para todas nós um final feliz como esse!
    Malikisses, Anne

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  4. Pireii!
    Nem acredito que acabou...Foi tão perfeito!
    Obrigada por escrever essa fic maravilhosa! <3 <3

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  5. Não tenho nem palavras para dizer deste incrível final.... Além de perfeito o que mais posso dizer??
    malikisses
    Danielle e Victorio

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  6. Aiinn :') Gaby sua diva,eu simplesmente ameii a fic,A-M-E-I ficou PERFEITA, continue assim <3

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  7. MDS essa e a fic mais perfeita que li com o Lee ❤❤❤ amei MUITOOO msm, eu te amo queen Gabs, quero mais fics suas aq ❤❤❤❤

    Xoxo Lii Fangel ❤❤❤

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    Respostas
    1. Muito obrigada, amore! Faz tempo que não escrevo :/
      Beeeijos, lindinha ♡♡♡

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