30 de abril de 2015

FIRE ☣ 2º TEMPORADA - P&S

☣ SINOPSE ☣


Depois de cinco anos após o término do colegial, todos mudaram muito, mas no fim vão acabar se reencontrando. 
Zayn após terminar a faculdade arriscou tudo em uma empresa própria de publicidade, conheceu uma garota da faculdade, e nas consequências que foi crescendo na empresa, acabou se casando com ela, mesmo não tendo muita certeza, e acabando em menos de um ano em um casamento infeliz e monótomo. 
Lindsey explodiu na carreira como modelo, estampando inúmeras capas de revistas, abriu sua própria revista, com sucesso, por mostrar um novo padrão de todos os tipos de beleza. Depois de Zayn nunca mais se arriscou de fato em um relacionamento, apenas pequenas tentativas, uma delas Chuck, que no final se tornou apenas seu grande amigo. 
Lindsey decidiu deixar a revista por conta dos gerentes entre outros, então decidiram fazer uma capa com a própria dona, Lindsey, e uma matéria com o empresário do momento Zayn Malik, sem querer acabam se reencontrando, e notam tudo acontecer novamente, como menos esperavam. 

☣ TRAILER 





☣ PERSONAGENS ANTIGOS E NOVOS 


LINDSEY O' SULLIVAN 
Com a carreira de modelo no auge, acabou se tornando uma garota de sucesso e bem respeitada, com apenas 23 anos. Faz de tudo um pouco, e é sempre cotada pela seu bom humor, por mais de acabar causando alguns pequenos problemas. 


ZAYN MALIK 

Com apenas dois anos de empresa, bombou, sendo muito concorrido para fazer publicidade de inúmeras marcas enormes. Se casou quase um ano, mas já não aguenta mais a vida de casado, e vive se perguntando o que deveria fazer? 

CHLOE MONTEZ 

Uma garota de 24 anos focada no seu trabalho, talvez seu defeito seja planejar tudo nos minímos detalhes, o que de vez em quando tira seu marido do sério. Mas, ainda o ama, sem nem ao menos saber o porque, talvez seja seu poder, ela não deixa de ser uma boa pessoa, apenas não sabe direito o que quer. 

CHUCK BASS 

Um ator cobiçado por hollywood e pelas mulheres com seus 26 anos. Como muitos outros se apaixonou pela Lindsey por ser uma garota bonita, mas ao conhecê-la melhor, gostou ainda mais, porém ambos acharam melhor manter a amizade que deu muito certo. 

JAMES COOK 
Depois de uma pequena ajuda de Lindsey, virou ator, participou de seriados e grandes filmes, até atingir o auge da carreira que é agora. Mas pelo contrário do esperado, ele e Lindsey nunca se separaram na realidade, ainda continuam melhores amigos. Claro, ele nunca perdeu o jeito sem noção que apenas ele tem.

LOUIS TOMLINSON 

Depois de tanto tentar, finalmente conseguiu a carreira de futebol, nunca abandonou seus amigos, já que são os únicos que ele sempre confiou, e ainda confia. Depois de ingressar na carreira ficou difícil manter o contato mas ainda tenta. Se mudou para Barcelona e joga em um dos maiores clubes do mundo.

LIAM PAYNE 

Depois de terminar a faculdade de medicina, se casou com sua namorada que ainda era do colégio, teve um filho, que no momento ainda é um bêbe, e claro, que com muitos padrinhos, já que não perdeu o contato com nenhum dos garotos. Se mudou para Londres e continuou na carreira como médico. 


LAUREN EDWARDS 

Depois de se casar com Liam, acabou se tornando um pouco dona de casa, o que não gosta muito, mas tenta manter, pra deixar a família em harmonia. Mas ainda ama muito Liam e claro seu filho, porém de vez em quando escapa para dançar balé em sua antiga academia, já que é o que mais adora. 

NIALL HORAN 

Virar cantor não foi uma escolha, apenas aconteceu, e deu muito certo. Hoje, prefere apenas escrever músicas pra inúmeros artistas. Depois de se decepcionar com uma garota desistiu completamente de tentar algo novo. 

JESSY PETERSON 

Uma fotografa que com apenas 22 anos, faz um bom sucesso por captar muito bem lindas fotos. Acabou se tornando melhor amiga de Niall, sem nem ao menos notar se vê apaixonada por ele, mas prefere guardar isso pra si mesma, para não estragar sua amizade. 

LANA JACKSON 

Tem 26 anos, focada no trabalho, faz muitos anos que não sabe o que é se divertir por mais de ser nova, uma ótima advogada, porém, ainda não viveu nem um pouco, e não sabe ainda como a vida é boa e simples. 

HARRY STYLES 

Harry nunca tem um trabalho fixo, se mudou para Londres e tornou-se escritor, já escreveu livros de sucesso, mas o que de fato adora é se divertir. Acabou virando diretor de alguns livros que escreveu, o que rendeu um bom dinheiro mas dinheiro é tudo o que ele não se preocupa. 

MARY CLARKSON 

Braço direito de Lindsey, a ajuda em completamente tudo, principalmente nos problemas novos que sempre arrumam, por mais que no começo não serem grandes amigas pela personalidade diferente, com o tempo, se tornaram as melhores amigas e inseparáveis. 

KAIA STONEM


Uma atriz ainda com 23 anos, vive sempre livre e desimpedida, a única que leva a sério é seu trabalho, porque a diversão sempre está acima de tudo. Amar é uma coisa para fracos, e com ela não adianta nem tentar, ninguém quebra seu coração.












------------------------------------------------------------------------------------------

OI OI BRASIL COMO É QUE TÁ?! 
Então, eu fiz isso pra segunda temporada porque eu achei muito bonitinho quando vi as gurias novas que estão postando, (as fics novas que por um acaso são muito boas, vale a pena conferir), bem achei legal, e fiz também pra não rolar confusão dos personagens e tals. 
TO ANIMADA PRA SEGUNDA TEMPORADA! ESPERO QUE VOCÊS TAMBÉM BEIJÃO <3 - MI 
FB ESSE AQUI Ó ADD LÁ - https://www.facebook.com/michele.maia27

FAKING IT - 5


 V
LOS ANGELES 




DIA DA VIAJEM

NARRADOR P.O.V.

Natasha viu os últimos detalhes de sua mala, e foi até o aeroporto, ainda não acreditava que Louis havia feito ela ir junto com ele, mas por um momento agradeceu pela gripe ter passado.
Quando chegou até o aeroporto e passou pelo check-in, depois sentado em um dos bancos tomando chá e mexendo no celular estava Louis.

- Tomlinson - ela disse
- a encarou - Natasha... quer chá?
- não, obrigada
- então senta aqui

A garota ainda estava com receio, queria evitar qualquer conflito com a família de Louis, mas ele não colabora muito, e não queria mesmo colaborar, colocava a atração pela Natasha acima de seus pensamentos.
Natasha se sentou e ficou em silêncio.

- Ai Natasha, para com isso
- é melhor assim
- pra quem? não tem ninguém aqui, relaxa
- por mim, Tomlinson

Ele esticou a mão, e colocou sob a dela.

- nada disso vai afetar seu trabalho
- qual garantia eu tenho?
- eu sei separar as coisas, e você trabalha pra mim, ninguém mais pode te demitir
- você disse que...
- fingir está acabando comigo, e eu cansei
- tirei minha mão - veremos, Louis, mas vamos manter o foco, okay?
- sempre mantemos o foco Natasha - piscou

Escutaram a chamada, ele se levantou e logo depois ela também, passaram pelo corredor, entregaram suas passagens e finalmente puderam entrar no avião. Suas cadeiras eram lado a lado, Natasha ainda se perguntava se isso seria algo bom ou ruim.
Guardaram a mala na parte de cima, e se sentaram, Natasha ficou do lado da janela, já fazia 4 anos que não viajava de avião, tinha até se esquecido que fica tremula na decolagem. Ela olhou pés Louis que prestava atenção em seus celular, achava um pecado alguém com um rosto tão adorável.

Natasha P.O.V. 

Louis não notou que eu o olhava, parecia em focado no celular. 
Ele não é muito alto, poderia simplesmente não chamar a atenção de ninguém, mas fala sempre tão alto que chama a atenção de qualquer um. Seu par de olhos azuis, que bem no centro tem um pouco de verde são incríveis, e agora só me pergunto por que eu seria capaz se apenas admira-lo um dia inteiro? 
Desviei o olhar dele, e prestei atenção na janela. Quando foi anunciado que estávamos perto de decolar, cruzei meus braços e respirei fundo, não posso ficar em pânico agora. 

- Natasha, está viva ai dentro? - riu 
- ahn, oi - o encarei - estava dizendo algo? 
- sim, está com medinho do avião cair 
- não te interessa - sorri cínica 
- acho que não precisa responder já que você está segurando minha mão desse jeito 

Olhei para minha mão que estava sob a dele, eu iria tirar, mas ele segurou minha mão novamente.

- se o avião cair, vai morrer do lado da pessoa que você mais adora - brincou 
- ri - por que faz uma piadinha de tudo? 
- porque rir é bem melhor que chorar 
- eu... Só tenho medo da decolagem, sinto uma agonia, não sei explicar - fiz uma careta 

Louis sorriu de canto, soltei sua mão e cruzei meus braços, olhei pra janela, e então finalmente voamos, quando mais altitude o avião tinha, melhor a visão ficava, até quando pude ver Londres inteira.

- nossa... Olha que lindo, Louis 
- a criança que algodão doce também? 
- haha - ri falso 
- mas não é nada mal mesmo- se aproximou da janela 

Voltei a me sentar novamente, e ele desviou da janela para olhar em meus olhos.

- é... talvez seja lindo - ele disse
- mal saímos de Londres e você já vai jogar suas cantadas mais ou menos?
- por que é tão dura comigo? no começo você concordou
- eu mudo de opinião quando eu quero 
- ah sim - ele ironizou - hoje vamos ficar com o dia livre quando chegarmos, dia seguinte, vamos falar com alguns dos sócios 
- entendi
- então preste atenção no que eles falam, quero tudo na lei 
- está falando com a pessoa certa - sorri

Tirei meus sapatos, e me aconcheguei na cadeira, olhei para Louis que já me observava.

- me desculpa - ele disse
- por...
- te pressionar pra falar sobre você e depois te encher de trabalho, as vezes me confundo na hora da raiva
- viu, na hora da raiva você pode muito bem me demitir
- não faria isso
- por quê?
- porque não gostaria de deixar de te ver todos os dias

Fiquei em silêncio, talvez um pouco surpresa ele notou, mas não ficou envergonhado, apenas sorriu vitorioso.

- dessa vez te surpreendi - ele disse e logo riu

Peguei um lençol na minha bolsa e me cobri.

- talvez um pouco Louis - coloquei um fone

Escutei um pouco a música, olhei pra ele que parecia entendiado, ofereci o outro lado do fone, ele pegou e colocou. Ficamos em silêncio, e demorou para que eu notasse que Louis caiu no sono, assim também me cansei e acabei dormindo.

(...)

- senhorita, senhor

Abri meus olhos e notei uma aeromoça nos chamando, eu e Louis estávamos juntos dividindo meus lençol, nos afastamos e agradecemos a aeromoça. Guardei meu lençol e celular, peguei minha bolsa e minha mala,então saí do avião.
Havia um táxi nos esperando, entramos no mesmo e não demorou muito para que chegássemos no hotel.
Entrei no meu quarto, simplesmente lindo, a cama tinha a aparência de ser totalmente confortável, abri a janela tendo uma linda visão da cidade iluminada, coloquei minha mala no canto, peguei uma roupa, e tomei banho. Depois do banho, vesti a roupa e me deitei na cama. Mas como já havia dormido quase a viajem toda, não estava com tanto sono assim. Calcei um tênis e saí do meu quarto, cumprimentei aqueles que me cumprimentavam, e fui até o restaurante, que estava um pouco vazio, fiz um prato simples e me sentei. Logo notei alguém se sentando na minha frente.

- esperava que você ficasse enfurnada dentro do quarto
- até pensei nisso mas perdi o sono - eu disse enquanto comia
- quer sair?
- pra onde? - ergui uma sobrancelha
- só andar um pouco, tenho certeza que nunca veio pra cá
- é, tem razão... quer saber? aceito, deixa só eu acabar de comer

Ele sorriu e como eu disse, fiz. Quando terminei nos levantamos e fomos andando um pouco pela cidade.

- as vezes sinto saudades do Brasil, europeus e americanos andam sempre com a cara fechada - comentei
- nosso jeito - riu - a calçada da fama é aqui perto se não me engano
- vamos lá por favor - eu pedi - deve ser super legal

Ele assentiu, perguntou pra duas pessoas a localização e finalmente achamos.
Havia alguns cantores amadores tocando instrumentos e cantando. As estrelas eram lindas.

- queria tocar com eles - eu disse
- sabe tocar alguma coisa?
- violão
- pede pra eles
- vou mesmo
- eu duvido
- não duvide - riu
- se você fizer isso juro que eu gravo pra você nunca esquecer essa vergonha

Acabei rindo e me aproximei de um dos cantores.

- posso tocar com você? - perguntei
- hum... pode, o que sabe tocar?
- violão
- então toma - entregou - sabe tocar viva la vida?
- sei!
- então vamos lá - ele riu

Provavelmente me achou louca, mas se acostumou, olhei para Louis que me gravava ainda rindo, fiz uma careta pra ele, e comecei a tocar junto com... esqueci de perguntar o nome dele.

- I used to rule the world - ele cantou - seas would rise when I gave the word
- now in the morning I sleep alone sweep the streets a use to own - cantei

Chamei Louis com um sinal, ele parou de gravar e se sentou do meu lado, quando menos notei, havia mais pessoas em volta.

- one minute I held the key! next the walls were closed on me!

O tempo passou e a música acabou.

- obrigada...
- Tyler - ele riu - eu que agradeço...
- Natasha e Louis - eu disse

Ele sorriu e nós saímos.

- você tem probleminhas - ele disse
- ah sério? - ironizei
- o que quer fazer agora?
- não sei

Comecei a cantar a música que outro cantor estava cantando, Louis me girou e eu ri. Então ficamos próximos.

- sabe que agora eu até esqueci que sou um empresário?
- sabe que eu até esqueci disso também - eu ri - sua seriedade não me convém
- mas sua boca me convém bastante - piscou
- se segure, Tomlinson - me afastei
- você não deixa
- peguei meu celular - essa visão é linda - tirei uma foto
- gosta de fotografar também?
- sim, gosto de guardar os momentos

Ele clicou na camera frontal, fez uma careta, eu também e tiramos uma foto. Acabei rindo e bloqueei meu celular.

LOUIS TOMLINSON P.O.V.

Depois da foto olhei pra ela, que mantinha o olhar na paisagem, e eu não conseguia tirar meus olhos dela. Não sei se é sua personalidade forte, ou o mistério que ela sempre faz sobre si mesma, eu tento ser duro com a maioria das pessoas, se não acabo sendo doce demais, mas com ela não há como evitar, Admito que é muito estranho o fato que eu simplesmente me entregaria pra ela, e é uma agonia ter certeza que ela nunca se entregaria pra mim.

- algum problema? - ela perguntou
- ri - nenhum... vamos subir no terraço do hotel?
- pode fazer isso?
- Louis Tomlinson pode quase tudo, querida

Ela riu e me seguiu, voltamos para o hotel, e subimos até o terraço. Olhei junto com ela para a grande vista de Los Angeles. O celular dela tocou, na tela piscava "mãe", ela desligou o celular e respirou fundo.

- esse é o problema?
- oi? - me encarou
- sua mãe, esse é o problema
- sabe - desviou o olhar - as vezes tenho vontade de me abrir com você, então lembro que você é meu chefe, um pervertido e que não se importa
- por que não me importaria?
- porque é o normal
- sorte minha que não sou normal

Ela sorriu e abaixou um pouco a cabeça, andou um ponto um pouco mais alto e se sentou, apontou para o seu lado e eu me sentei.

- sabe o que fode minha mente sempre? é que quem mais me machucou foi minha mãe, começou com a depressão dela, depois descontou tudo em mim, ela me machucava, já chegou a queimar um cigarro encima de uma cicatriz que ela mesma fez
- a do ombro?
- sim - assentiu - e tem meu pai, um bêbado, que traiu minha mãe... minha adolescência foi um inferno literal - me encarou - e por isso muitas vezes fico simplesmente triste... as vezes eu queria ser como você, queria... que minha mãe fosse como a sua, mas não é - desviou o olhar - queria só que as coisas tivessem sido fáceis

Fiquei pasmo ainda olhando pra ela. Por um momento queria ser capaz de ter evitado tudo isso. Depositei um beijo em seu rosto e ela me encarou.

- sabia que eu nunca conheci meu pai? ele só voltou quando eu estava rico junto com a minha mãe - fiz um sinal negativo com a cabeça - eu sei, sua vida já foi bem pior, mas esquecer e seguir em frente, torna tudo mas fácil
- então me ensina como faz isso porque eu não tenho ideia
- sorri - primeiro sorria mais, fique calma, e segundo beije seu chefe
- começou a rir - você é o maior aproveitador que eu conheço
- isso não é nenhuma novidade

Então de fato ela me beijou, acho que foi a primeira vez que por espontânea vontade ela simplesmente me beijou, correspondi ao seu beijo, e depois rompemos.

- é, me sinto melhor - brincou - estou renovada Louis - riu
- sem ironia, senhorita 
- acho que devemos voltar pro quarto... Cada um pro seu
- ah - eu disse desapontado 
- riu - obrigada 
- pelo que exatamente
- por me fazer rir tanto - sorriu - vou voltar pro meu quarto, já vai? 
- já que vou ter que voltar pro meu, vou ficar mais aqui 

Ela piscou e saiu. 
Me deitei ali mesmo e olhei para o céu. 
Qual é, Louis? Você conheceu a garota um dia desses não pode simplesmente gostar dela! 
Na realidade posso porque sou bem trouxa nesse assunto. Me levantei, tirei minha blusa de frio e voltei para o meu quarto.

DIA SEGUINTE 

NARRADOR P.O.V.


Terminei de colocar os saltos e sai do meu quarto, Louis estava esperando na frente da porta.

- você é diferente vestida assim
- você me vê vestida assim quase todos os dias - eu fechei a porta
- mas ontem parecia ainda melhor
- ri - vamos logo, Louis

Saímos do hotel e pegamos um táxi até outra empresa que Louis queria fechar negócios.
Chegamos em ponto, Louis se sentou e eu me sentei ao seu lado. Começaram a comentar sobre a proposta do Louis tinha um valor baixo para uma empresa desse tipo.

- algo a dizer sobre isso, senhorita Bertolazzo? - Louis me encarou
- claro - coloquei minha pasta sobre a mesa - à dois meses a empresa se envolveu em um escândalo
- isso faz muito tempo, senhorita - um deles disse
- peço que não me interrompa enquanto falo, porque me mantive em silêncio enquanto seu advogado dizia mentiras ao meu cliente

Ele arrumou a gravata mostrando estar desconfortável, o emrpresário e dono da empresa Senhor Levine, se colocou as mãos sobre a mesa demonstrando interesse, então continuei.

- o encândalo foi à dois meses, mas até chegar na Inglaterra, demorou um pouco, tornando-se recente, entre essas circunstâncias, o valor diminui

Louis me encarou e sorriu, então continuou.

- espero que me compreenda, não é uma desvalorização, só uma realidade de acordo com ingleses
- tudo bem - Senhor Levine disse
- isso quer dizer... - eu disse
- fechado, o contrato por favor

Lhei entreguei o contrato, depois de mais alguns minutos, entre conversas, fui dispensada antes de Louis. Quando estava perto do elevador, fui chamada, me virei e vi senhor Levine.

- sim? - me aproximei
- foi... uma boa improvisação
- ri baixo - eu não improviso, eu tenho certeza
- já pensou em trabalhar em Los Angeles
- desculpa, não entendi
- trabalhar em Los Angeles, sou sócio da WT aqui, poderia trabalhar em LA, estou precisando de você...
- Natasha - sorri - eu fico muito agradecida mas...
- mas ela tem um ótimo chefe, que não vai deixar tão cedo - Louis apareceu ao meu lado
- Louis, não pressione a garota - Levine disse bem humorado
- bem, senhor Levine, não me sinto pressionada, só é questão que eu gosto de Londres, mas posso ajudá-lo quando tiver algum processo sério
- vou cobrar sua ajuda - beijou minha mão - bom dia.. e pra você também Louis, ótima reunião espero não me arrepender
- não vai - Louis disse convencido - vamos, Natasha?

Assenti e entramos no elevador, quando a porta se fechou, soltei um suspiro e logo senti o olhar fixo de Louis sobre mim.

- o que foi agora, Louis?
- você cogitou em vir trabalhar aqui?
- por que não? parece um lugar ótimo
- porque não aceitou
- em respeito à sua mãe e um pouco à você
- as vezes você é tão dura comigo
- as vezes? - ri
- sempre

Saímos do elevador, pegamos outro táxi e voltamos ao hotel. Quando chegamos, fui direto para o meu quarto, tomei um banho, e coloquei uma roupa simples. Me joguei na cama. depois de um tempo deitada, escutei meu celular tocar, estiquei minha mão e atendi.

- Alô?
- Natasha? é a Hanna
- Senhora Hanna, tudo bem?
- não - suspirou - olha...

Ela deu uma breve pausa.

- algum problema? - me sentei
- sim... minha mãe... a avó do Louis morreu
- ah, eu... sinto muito de verdade
- sei que sente... mas eu não sei como dar essa notícia, Natasha, por favor, faz isso por mim
- mas...
- Natasha... ele ama demais minha mãe, eu não tenho como dar essa notícia - notei que ela chorava - não é sua obrigação, tem razão, eu só... estou muito mal ainda, foi ontem a noite, e eu ainda não tive coragem, meu menino não merece se aborrecer

Por um momento, queria que minha mãe fosse assim, falasse assim, e eu não posso deixar na mão uma pessoa tão maravilhosa como a Hanna.

- me escuta bem - eu disse - fica de folga essa semana, fique com sua família apenas relembrando coisas boas, e tentando amenizar a situação, eu falo com Louis e... tento fazer o possível
- obrigada, querida... vai me ajudar muito
- eu sei, e lamento de novo, espero que a senhora melhore
- obrigada de novo, vou desligar e seguir seu conselho
- tudo bem, boa sorte
- vou precisar - desligou

Por mais de ser uma mulher tão feliz, nota-se que não tem com quem desabafar, já que recorreu à mim.
Agora, minha missão difícil, não sei se devo ser sutil ou direta.
Levantei da minha cama, sai do meu quarto e fui até a porta do seu. Parei um pouco, tentando tomar coragem, querendo ou não, sei que vou odiar vê-lo mal. Finalmente bati em sua porta, e não demorou para que ele abrisse.

- quer sair de novo? - ele perguntou
- não... eu... eu preciso falar com você
- pelo tom parece sério
- muito sério, será que eu posso entrar?
- pode - deu passagem

Entrei no seu quarto, olhei em volta, cruzei meus braços, então finalmente olhei em seus olhos que transmitiam dúvida.

- está me deixando com medo
- é, eu não sei dar a notícia pra você
- que notícia, Natasha?

Fechei meus olhos e disse rápido.

- sua avó morreu, Louis, lamento

Lentamente abri meus olhos e vi Louis paralisado, ele olhou pra baixo.

- é... obrigado por... dar a notícia - sorriu falso - preciso ficar sozinho
- tudo bem

Caminhei até a porta, mas antes de abri-la, me virei e o encarei que estava andando lentamente pelo quarto de cabeça baixa. Fui até ele e o abracei, encostei minha cabeça em suas costas.

- estou aqui se precisar

Ele se virou, olhou em meus olhos, então o abracei forte, não demorou para que eu sentisse ele corresponder ao abraço.

- Louis eu lamento tanto... você não merece passar por isso - eu disse
- deve estar falando isso por bondade
- não - o encarei - você não merece, porque ama todo mundo da sua família, a dor não passa... mas eu acho que diminui - dei de ombros
- obrigado, você faz toda diferença aqui - me abraçou novamente

você faz toda a diferença aqui
me sentia tão bem em ouvir isso, como se uma vez eu estivesse fazendo o bem pra alguém, voltei a abraçá-lo e beijei seu rosto.

- já jantou?
- perdi a fome
- vou pedir pra trazerem um hamburguer maravilhoso - o encarei - não pode ficar sem comer, já perdemos o almoço
- eu...
- não adianta recusar

Liguei para a recepção e pedi dois lanches, não demorou para que chegasse, e quando chegou o obriguei a comer, e depois de um tempo, ele acabou comendo pelo menos metade, dexei as bandejas de lado e me sentei em sua cama.
Louis se deitou e me puxou pra perto, me sentei novamente, e o puxei o abraçando. Então ele finalmente pareceu chorar, não aguentou mais segurar, me mantive em silêncio, apenas acariciando seus cabelos, e mentalmente pedindo para que ele ficasse bem.
Não sei porque ou como, mas me preocupo tanto que me dói vê-lo assim, por que estou me preocupando? nunca liguei pra ninguém...
Quando cessou o choro, ele se sentou do meu lado.

- não pensava que você tinha esse lado...
- bom? - sorri de canto - só estou tentando te fazer se sentir melhor - acariciei seu rosto
- está conseguindo - segurou minha mão - minha mãe pediu pra fazer isso?
- só pediu para que eu desse a notícia
- vou sentir falta dela, todas as piadas dela - riu baixo - ela simplesmente era a melhor
- tenho certeza disso

Louis sorriu e beijou minha mão.

- quando você der uma de durona, vou lembrar disso - sorriu de canto
- ri - está um pouco melhor?
- sim, acho que só preciso dormir
- então vou voltar pro meu quarto
- vai ser abuso se eu te pedir pra ficar?
- vai
- por favor, Natasha

O encarei por um tempo e assenti, desliguei a luz e me ajeitei na sua cama.
Pude notar que ele apenas se ajeitou também e soltou um longo suspiro olhando para o teto, passei meu braço pela cintura e sussurrei "vai melhorar".

continua...

------------------------------------------------------------------------------------------------------

ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO GENTE! 

FIRE ☣ 15 O FIM



MARATONA DE CAPÍTULOS 

I know you said
That you don’t like it complicated
That we should try to keep it simple
But love is never ever simple, no

Someday, you’re gonna see the things that I see
You’re gonna want the air that I breathe
You’re gonna wish you never left me


- então vamos aproveitar antes que tudo acabe - me beijou 

1 MÊS DEPOIS 


Estava terminando de responder a última pergunta da prova, e por um momento, antes de levantar e entregar a mesma, passou pela minha cabeça como foi esse ano em Bradford, e agora, como está acabando, e cada um vai seguir seus lados.
Me levantei, entreguei a prova e caminhei pra fora da sala, logo senti alguém me puxando e me abraçando de lado, claro, Cook.

- LIBERDADE! - ele gritou
- ri - finalmente! - entrei no clima - então, o que passa pela sua mente?
- um lugar pra fazermos a melhor festa de Bradford, porque formatura vai ser uma babaquice, que nem sei se vou vir
- verdade - revirei os olhos
- e aí, pessoal - Zayn apareceu do nosso lado
- e aí? - Liam veio junto
- como foram na prova? - perguntei
- acho que fui bem - Zayn comentou
- eu tenho certeza - Liam disse e sorriu - agora preciso esperar minha namorada
- acho que ela já saiu, talvez esteja te esperando lá fora
- valeu, Lindsey - beijou meu rosto - vejo vocês depois - disse saindo

Sorri pra ele, e então esperamos os outros garotos, quando eles terminaram, fomos até a lanchonete mais próxima, até mesmo Fred que parecia bem melhor.

- então gente, o que tem em mente? - perguntei
- não sei - Liam comentou e abraçou sua namorada de lado
- qual é, sou James Cook, vou ter uma ideia ótima, essa merda acabou, temos que ter uma festa foda

Acabei rindo com o convencimento do Cook, ele começou a falar animado sobre pegar a casa de um dos riquinhos do colégio, entre muitas conversas, acabei saindo um pouco com o Zayn.

- Cook é louco - ele comentou
- essa é a graça dele - sorri
- então - suspirou - nossas últimas férias
- primeiras e últimas - o encarei - que melancólico - ironizei
- não, tudo menos isso - me beijou - acho planejarmos a festa junto com o Cook, precisamos nos divertir
- você sabe que tem sido meio complicado
- eu sei - me abraçou - mas é nosso último ano, temos que aproveitar, certo?
- certo - sorri
- QUAL É CASAL MARAVILHA, VOLTA LOGO PRECISAMOS ARRUMAR ISSO PRA ONTEM - ouvi Cook gritar

Nos encaramos e rimos, voltamos para a mesa e voltamos a planejar junto com o Cook.


1 SEMANA DEPOIS

- Essa festa vai ficar pronta em tempo record - Niall comentou
- Okay, temos um dia pra arrumar tudo - Louis disse - você podia ter chamado algumas garotas, em? - ele reclamou
- Concordo com o Lou
- meninos, parem de reclamar e trabalho - eu disse

Decidimos fazer a festa em um terreno vazio e abandonado, então, tínhamos que fazer esse terreno em um dia parecer totalmente divertido e nada assustador.
Alguns ficaram pra limpar o banheiro, outros com a decoração, eu fiquei com a parte fora da organização, a chamada, já que os que falam mais alto e são mais conhecidos somos eu e Louis, ficamos com essa.

- alguma ideia? - perguntei pra ele
- tenho - mostrou uma caixa
- o que tem aí?
- panfletos - sorriu - vamos fazer várias placas pra chegar até a festa, já que ele fica perto do colégio, vamos colar indicando, então avisamos a todo mundo
- você é um gênio, Tomlinson
- pra isso pelo menos, eu sou, tem que admitir - sorriu - agora vamos trabalhar

Começamos a colar os cartazes em paredes e postes, até chegar no terreno, depois mandamos mensagem pra todos, e conversamos com quem achavámos na rua e no shopping, afinal, Bradford não é grande pra ser tão difícil de encontrar todos, quando notamos já estava perto de anoitecer.

- finalmente - suspirei - acho que terminamos - me sentei na calçada
- realmente - se sentou do meu lado

Estávamos na frente do terreno, mas ainda não entramos, porque simplesmente estamos mortos de cansaço.

- é bom essa festa dar certo - eu disse
- claro que vai dar certo
- já pensou o que vai fazer?
- acho que eu quero viajar um pouco, procurar um emprego legal por aí... talvez voltar pra minha cidade
- você não é daqui? - perguntei
- não - negou - Doncaster, queria tentar a carreira de futebol, por mais de ser impossível
- sorri - não é não, por mais que eu odeie admitir, você é muito bom
- gosto de como você é positiva - me encarou e sorriu -  você e o Zayn?
- vai acabar - dei de ombros
- positiva com os outros, com você não - riu - deixando o assunto relacionamento de lado, você está me devendo dois cds
- pensava que você ia esquecer - fiz uma careta
- quer saber? pode ficar com você - piscou - agora vamos ajudar na festa, antes que Cook e o Niall coloquem fogo antes que comece

Ri junto com ele e entramos no galpão, tinha ficado melhor que eu pensava.

- Nossa pessoal, ficou ótimo - eu disse olhando em volta
- eu sei, somos demais - Zayn apareceu do meu lado
- sem exageros, querido
- então gente, vou ficar cuidando um pouco com o Cook - Niall disse entrando no meio - vocês podem ir se arrumar, e depois a gente vai


(...)

Terminei de me arrumar, Zayn me mandou uma mensagem dizendo que está na porta.
Soltei meus cabelos me ajeitei na calça, calcei os saltos médios e desci as escadas.

- pai vou sair - beijei seu rosto
- isso eu notei - ironizou e sorriu - fico feliz que esteja melhor
- eu estou tentando - sorri
- se divirta, e cuidado!
- sim, senhor

Saí de casa e Zayn já estava dentro do carro, entrei no mesmo, ele logo me beijou e sorriu.

- vamos logo, antes que eles batam na gente, Harry falou que bombou
- sério? - ri
- sério - começou a dirigir

Começamos a conversar e quando chegamos, notei que Harry não estava errado, tinha pessoas até fora do galpão, entramos no mesmo e avistamos todos dançando,  DJ é um amigo do Louis que fez um favor, e claro aproveitamos.
Peguei uma bebida e brindei com todos, dancei tanto até cansar, e bebi mais até ficar bêbada. Tocava de tudo um pouco, mas quando começou a tocar It's my life do Bon Jovi, cantei junto com quase todos da minha sala.


Quando terminou, Zayn me puxou pra fora, decidimos ir andando até seu apartamento que estava perto, afinal não queremos nenhuma tragédia.

Quando chegamos, nos jogamos em sua cama, estava completamente cansada, ao mesmo tempo, que o energético fazia efeito e não me deixava dormir.

- Zayn - o chamei
- fala - olho pra mim
- vamos fazer aquela tatuagem que comentamos?
- enlouqueceu? - riu
- sim - sorri - vamos, por favor
- o tatuador fica aqui do lado, é 24 horas
- vamos - me levantei
- vamos nos arrepender
- quem liga?

Ele riu comigo, pegou sua jaqueta e saímos dali, na mesma rapidez que chegamos, fomos até o tatuador, que não estava ligando muito se estávamos bêbados ou não.

- sabem que a consequência é problema de vocês não é?
- Relaxa, Bill - Zayn sentou-se na cadeira - sabemos o que estamos fazendo
- eu duvido muito - riu - mas vamos lá crianças 

Combinamos de tatuar YOLO na costela, uma abreviação de You Only Live Once, tivemos essa ideia outra vez, eu pensei "que hora seria melhor pra isso?", estamos bêbados, ótima hora.
Não tenho como explicar, mas doeu muito, assim como valeu a pena, quando terminamos, pagamos e voltamos para casa do Zayn. Deitamos no sofá, e agora sim, eu estava cansada.

- notou que sempre dormimos no sofá? - ele perguntou
- ri - notei, acho melhor irmos pra cama, porque minhas costas não aguentam mais
- Então vamos - me pegou no colo
- Zayn você vai acabar me derrubando - reclamei
- relaxa, problema, pode confiar - sorriu

Acabei rindo, então finalmente chegamos na sua cama, ele me deitou na cama e ficou por cima de mim me beijando.

- acho melhor não tentar nada, porque vou dormir no primeiro minuto - comentei
- começou a rir - entendido, Lindsey - me beijou de novo e se deitou do meu lado - manda uma mensagem pro seu pai

Por mais de tudo, no fundo, Zayn se importa um pouco com o que meu pai acha.
Mandei uma mensagem, e me aconcheguei nos braços dele.

- boa noite - ele sussurrou e desligou a luz
- boa noite - sorri



DIA DA FORMATURA

Estavam todos chamando cada um pelo nome, até a hora do discurso, qual Liam faria, estava tão animada pra escutar o que ele iria falar.

- É uma grande felicidade estar aqui, representando toda a sala... eu tenho um sonho grande, e tenho certeza que cada um tem também... queremos apenas um futuro melhor, não só pra nós, mas para o mundo e não vamos desistir - sorriu - e... a sala concordou em homenagear uma pessoa bem especial pra gente, que passou por momentos complicados e já deu muitos problemas, mas nunca deixou de ser especial pra gente... Lindsey - sorriu pra mim

Pensei em fugir, mas decidi deixar acontecer, subi no palco com um pouco de vergonha e o abracei.

- não acredito que esteja fazendo isso comigo
- estou - riu - fala alguma coisa - me entregou o microfone

Olhei pra todos e respirei fundo, olhei para o meu pai e minha mãe, acho que nem os dois notaram que estavam de mãos juntas, mas sei que é mais forte que eles, afinal tenho certeza que ainda se amam.

- eu fico muito feliz de ter passado por algumas coisas e ainda estar aqui, sei que todo mundo tem uma época difícil na vida... só espero que ninguém aqui desista dos seus sonhos, porque... se tem uma coisa que todos nós merecemos e muito... é ser feliz - sorri

Todos bateram palmas e jogaram seus chapéus, Zayn subiu no palco e me beijou.

- vou sentir muito sua falta - ele disse
- e eu o dobro - o abracei

No final, fui fazer o mesmo que a maioria, falar com meus pais. Abracei os dois ao mesmo tempo.

- estou tão feliz - sorri
- que bom, meu amor - minha mãe disse arrumando meus cabelos
- estou orgulhoso de você - meu pai disse e beijou meu rosto

Olhei para os dois juntos, e lembrei como é bom ter o dois comigo, me deixa tão feliz, só escutar a voz calma dos dois.

- Lindsey?

Escutei alguém me chamar, antes de me virar, minha mãe me puxou pra longe dele, e entrou na minha frente.

- Steve! vai embora! o que eu te disse? como tem coragem de aparecer justo na formatura dela?! - ela falava já fora de si
- calma... só vim trazer um presente - se aproximou de mim
- Steve? - questionei
- acho que falaram de mim - me entregou uma caixa - será que pode nos deixar sozinhos apenas um minuto? por favor - olhou para os meus pais

Os dois se entreolharam, eu olhei para eles esperando que deixassem, então assentiram, se afastaram um pouco, e Steve voltou a me olhar.

- então... você é meu pai biológico
- sim - assentiu - olha... não vou tomar seu tempo - olhou pra mim - nossa você tem meus olhos - sorriu
- pois é - dei de ombros
- bem, fique com isso - disse se referindo ao presente - sei que não vai me desculpar, e nem é obrigada, mas eu mudei bastante, porém não quero magoar o Peter, porque ele foi o dobro do pai que eu seria
- é... meu pai é maravilhoso mesmo, mas quer saber? não guardo mágoas de você, Steve, está começando a dar tudo certo, não quero me magoar por isso
- quando sua mãe disse que você é maravilhosa tinha razão, será que eu posso...

Antes que ele terminasse, eu o abracei.
Se fosse alguns meses atrás provavelmente o chutaria pra fora, mas... agora quero parar de guardar rancor, parece que depois de perdoar minha mãe, me sinto bem melhor.
Voltando ao abraço, ele correspondeu e beijou meu rosto.

- eu tenho que ir - se desprendeu do abraço
- já?
- eu... não posso me apegar à você Lindsey, não sou um bom pai e nunca vou ser, mas - olhou em meus olhos - espero que como você disse no discurso, seja bem feliz - beijou meu rosto
- eu queria te perguntar algumas coisas mas você tem razão... melhor não me apegar, mas... será que um dia eu te vejo?
- eu sempre vou estar por perto - piscou - mas talvez demore pra você me ver... tome conta da sua mãe - sorriu - e... boa sorte... filha
- obrigada, Steve
- nunca vai falar pai pra mim não é? - riu
- não sei - ri baixo - mas acho que não
- bem, preciso ir - acariciou meu rosto - se você precisar mesmo vou estar aqui
- vai?
- sim - assentiu - não tanto quanto o Peter, é difícil de competir com ele... mas vou estar... tchau
- tchau, Steve e... boa sorte pra você também, valeu por... finalmente aparecer
- sorriu - eu que agradeço

Ele se virou e foi indo embora, até entrar no seu carro e partir de vez.
Tão confuso ter dois pais, mas pelo menos, Steve não parece ser péssimo como pensei.
Abri a caixa, e vi um lindo colar, junto tinha uma carta que eu leria depois. Fechei a caixa, e olhei para os meus pais, que pareciam receosos, fui até eles e abracei os dois novamente.


(...)

Lindsey,
Acho que não mereço te chamar de filha... apenas o Peter merece esse previlégio.
Eu te observei por uns tempos, mas nunca tive coragem de olhar pra você frente a frente e me assumir.
Não sei se lembra, mas quando tinha 6 anos, quase foi atropelada e um homem te salvou, te pegando no colo e te levando até a calçada. Essa foi a única vez que pude te pegar nos braços, depois disso tive que me afastar.
Eu sou um monstro por não te querer desde o ínicio, mas no mundo em que vivo, ser um monstro é algo normal, se não compreende direito bem... sou à margem da lei, nunca gostei de segui-la, faço a minha própria lei, e não podia ter uma filha no meio disso.
Fui rude demais com sua mãe, com todos na realidade, mas ao notar que um cara feito eu, foi capaz de ter algo feito você fico feliz.
Acho que agora sabe de quem puxou esse imã para problemas não é? bem, Lindsey... tenha uma boa vida, quem sabe nos encontramos novamente.
STEVE

Ele tinha uma assinatura bem feia pra falar a verdade, mas ao mesmo tempo, tenho que admitir que me emocionei... ele é... apenas meu pai biológico, mas fico feliz que no fundo, ele não tenha me abandonado completamente.
Estava na porta de casa lendo isso, depois de um grande jantar em família. Meus pais estavam tão feliz, e pela primeira vez, eu causei tanta felicidade.

- lendo?

Olhei para o Zayn e sorri.

- meu pai biológico apareceu na formatura
- como foi? - perguntou e se sentou do meu lado
- ele não é tão ruim assim
- posso ler a carta?
- não quero ser rude, mas acho que ele queria que só eu lesse
- riu - entendo - beijou meu rosto - eu tenho uma má notícia
- além de que você vai embora, qual seria pior?
- vou ter que ir daqui duas semanas
- DUAS SEMANAS?!
-  vou estudar nos Estados Unidos, NY, é uma proposta muito boa, a faculdade é ótima na verdade...bem... tenho que me estabelecer por lá.
- eu entendo, só tomei um susto - desviei o olhar
- ei - segurou meu rosto - esqueceu que não queremos um clima pesado?
- não dá - o encarei - porque dói pra porra saber que você vai embora, e eu também... então acaba tudo, como se não tivesse nada
- eu também vou sentir muito a sua falta!
- eu sei mas...
- quer acabar tudo agora?
- eu... acho melhor sim, não quero mais ficar com receio porque a qualquer momento você vai simplesmente embora
- se levantou - você quer tudo do seu jeito, incrível
- como se você também não fosse assim! chega, isso no fundo, nunca daria certo
- eu vou embora, então.. sem olhar pra trás já que isso que você quer

Me virei para não vê-lo partir, antes de abrir a porta, fui puxada e ele me beijou, o beijo durou até o folego acabar e mais um pouco.

- agora eu posso ir - ele disse - obrigado por tentar causar uma briga pra que eu me sentisse melhor
- como...
- eu te conheço, Lindsey - me beijou novamente - mas eu vou fazer como você quer porque... você tem razão como de costume
- o beijei - me desculpa só não quero piorar tudo
- eu te amo, tudo bem? não esquece isso porque... eu não vou esquecer tão cedo - beijou meu rosto
- eu também te amo - o abracei - adeus 
- até logo, eu prefiro... 

O abraço durou um bom tempo, quando nos desprendemos, os dois escolheram não dizer mais nada. Entrei em casa e subi as escadas direto para o meu quarto.
Talvez o futuro esteja me assustando um pouco mas... espero que comece a valer a pena, pra nós dois.



FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA! 


--------------------------------------------------------------------------------------------------

OI OI! GENTE ACABOU PRIMEIRA TEMPORADA! desculpa se os capítulos não estavam muito bons 
Daqui a pouco posto os personagens e a sinopse da segunda temporada, beijos - mi 

FAKING IT - 4



 IV
TELL ME 

NATASHA P.O.V.

Estava saindo do banho quando escutei meu celular tocar.

- Alô?
- Natasha? sou eu, Valery, sua mãe

Soltei um longo suspiro, tentando não desligar o celular na hora.

- o que você quer? - perguntei
- será que pode depositar mais dinheiro na minha conta? estou dura
- não, não posso

Antes que ela começasse a choramingar, desliguei o celular.
Muitas pessoas que apenas veem essa cena imaginam que eu sou rude e mal agradecida, afinal ela foi a mulher que me deu a vida, porém, me dar a vida foi o mínimo que ela podia fazer, porque o resto, fez questão de tornar um inferno, ela acha que eu esqueci tudo, e que okay, está tudo bem, mas bem longe disso.
Não esqueci da cicatriz que ela me deixou quando meu pai a traiu pela primeira vez, não esqueci quando ela queimou exatamente no lugar da cicatriz com o maldito cigarro dela, esse é o motivo que odeio cigarros, só de ver, me lembram da dor daquela noite. Resumindo, não esqueci de nada e não vou esquecer.

- passado - disse a mim mesma - que eu não preciso lembrar

Me olhei no espelho, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, passei a mão pelo rosto, tentando me convencer que minha mãe não havia me ligado. Finalmente vesti minha roupa, fiz uma maquiagem simples, calcei meus saltos, e saí.
Olhei para minha garagem sem meu carro, e lembrei que estava no concerto, DROGA! Não gosto de pegar táxis, então decidi simplesmente ir de metrô, já que ficava super próximo da WT, assim fiz, peguei o metrô, e me sentei no banco com meus fones escutando qualquer música, e no aleatório, acabou tocando Heartless do The Fray, me lembrei do Louis, acabei rindo comigo mesma, não deveria lembrar desse idiota, já que vou vê-lo daqui a pouco. Quando chegou na minha estação desci, e andei até a WT, quando cheguei, apenas subi pelo elevador, e fui direto pra minha sala.
Comecei a digitar o que eu precisa no computar, e ler um pouco alguns novos problemas do Louis, só pra variar.
Escutei algumas batidas na minha porta, e depois Louis entrou na minha sala.

- Natasha
- Tomlinson - sorri - algum problema?
- não, só vim dizer bom dia
- então, bom dia, acordou de bom humor?
- eu sempre estou de bom humor
- isso já é uma piada - ri
- e você está de mal humor, que novidade - ironizou
- odeio manhãs - cocei meus cabelos

Me levantei pra pegar um café, fiz um sinal oferecendo pra ele que recusou.

- não gosto de café
- você não gosta de nada também - me sentei na mesa
- ah, tem coisas que eu não só gosto como amo
- que são?

Ele se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido "suas pernas", soltei uma risada, e olhei pra ele, como pode ser tão descarado?

- bem, querido CHEFE, não posso fazer nada sobre isso
- você sabe que pode - piscou

Ouvi algumas batidas na porta, Louis se afastou e eu me sentei rápido na minha cadeira.

- pode entrar
- Bom dia, Natasha, Louis? o que está fazendo aqui? - Niall disse entrando
- conversando com minha advogada - disse em tom óbvio
- bom dia, Niall - sorri
- trabalho pra você - disse colocando uma pasta na minha mesa
- revirei os olhos - vocês vão me matar desse jeito
- Niall riu - estou precisando disso com urgência e sei que só você pra me ajudar - beijou meu rosto - faz esse favor né?
- o que ganho com isso? - ergui uma sobrancelha
- pago seu almoço
- dois dias seguidos, né?
- se você terminar logo, pago até três, preciso ir, tchau pessoal - saiu

Louis me encarou esperando que eu dissesse algo, mas o que ele queria que eu falasse?

- o que foi? - perguntei
- nada, só estranho você ficar prestando favores para o Niall, sendo que é minha advogada
- ri - Louis, estou ajudando pessoas da SUA empresa, deveria me agradecer, só estou tornando o trabalho mais rápido
- senhorita, eu quero o meu trabalho sendo resolvido mais rápido, os outros tem que ser competentes pra conseguir completar o seu
- me levantei - então reclame com o Niall, não comigo
- ele está um pouco acima de você, talvez fosse senhor
- veio pra cá pra implicar comigo? não estava de bom humor?
- ele acabou, Natasha
- que pena, Tomlinson - suspirei - isso é ridículo, bem está atrasando meu trabalho
- quero o processo da Secret pronto pra amanhã
- mas...
- amanhã, Senhorita - disse saindo

QUE RAIVA! Agora tenho que adiantar o processo, porém, vou fazer o que Niall me pediu, e entregar o processo pro Louis, tudo hoje, não sei como, mas vou.

(...)

Já estava tarde e havia passado do horário do meu expediente, mas eu havia acabado tudo, levei a pasta até a sala do Niall que já estava vazia, e depois fui até a sala do Louis, bati em sua porta duas vezes e entrei.

- ainda está aí? - ele me encarou
- pergunto o mesmo pra você - me aproximei de sua mesa
- o que você quer?
- terminei seu processo, está pronto, mandei pro seu e-mail
- e conseguiu fazer o que o Niall te pediu?
- isso não te interessa - me levantei

Não demorou para que eu o sentisse segurando minha cintura e me virando.

- sabia que deve me respeitar?
- sabia que você deve pelo menos tentar não me matar de trabalho desnecessário?
- revirou os olhos - fiquei nervoso
- Louis... eu ainda sou humana, você não sabe a dor de cabeça que me deixou
- não me desculpo, sua obrigação, Natasha
- não vou discutir com você, senhor Tomlinson
- já vai embora?
- claro
- quer uma carona? notei estar sem carro
- como sabe?
- quando estava vindo te vi andando até aqui e cantando feito uma louca
- revirei os olhos - dispenso sua carona
- mas eu faço questão - me puxou pra perto

Pousei minhas mãos sob seu peito e olhei para seus olhos azuis, ele desviou o olhar para os meus lábios, e antes que me aprofundasse nisso, me afastei.

- ahn... okay, aceito sua carona, só vou pegar minha bolsa

Saí rápido de sua sala e peguei minha bolsa, quando sai da minha sala ele estava fazendo o mesmo. Andamos até o elevador, quando ele chegou entramos no mesmo, ele apertou um botão errado, e depois outro, até apertar todos de uma vez.

- enlouqueceu?
- você sabe que sim - sorriu


Ele era insuportável, eu tinha vontade de matá-lo, mas quando ele se aproximava, parecia que meu QI ia embora, e deixava apenas meu corpo tomar conta da situação. Ele me encostou na parede gelada do elevador, fazendo-me arrepiar, já que minha blusa deixava um pouco das minhas costas nuas. Senti sua respiração já descompensada no meu pescoço e logo seus lábios encostaram depositando um beijo, segurei em sua nuca e o olhei em seus olhos.

- por que faz isso comigo? - perguntei - parece amar me deixar confusa
- não temos nada já faz mais de uma semana, Natasha, isso está me matando
- temos que fingir que nada acontece, esqueceu?
- talvez eu tenha esquecido

Antes que eu dissesse mais alguma coisa ele me beijou, segurou meu rosto e se aprofundou no beijo, eu não tinha reação além de corresponder, eu simplesmente ODEIO a forma como ele me faz sentir impotente, mas não tem como negar. Rompi o beijo, me virei e o encostei na parede.

- Louis, você tem que entender que você vai voltar pra Anne, e eu não vou ser a sua amante, então para com isso
- você quer que eu pare? - perguntou
- não me faça perguntas, só faça o que estou falando
- você é muito mandona, garota - segurou minha cintura - tem sorte que eu adoro isso quando estamos sozinhos
- não quero mais ficar sozinha com você
- para de querer agir com a cabeça - riu baixo
- eu preciso agir assim
- ninguém vai te demitir, ninguém vai ver nada, porque só tem nós dois aqui
- pra você é tudo simples
- se quiser eu faço ficar simples pra você - segurou minhas mãos - só me diga que quer
- Louis...
- você quer?

Continuei olhando em seus olhos e me sentia em um transe...

- que se foda - eu disse por fim

O beijei, ele soltou minhas mãos, e segurou em minha cintura, me impulsionou e eu entrelacei minhas pernas em sua cintura, fazendo minha saia subir, ele apertou minhas coxas e me encostou na parede, meus saltos caíram,  e eu beijei seu pescoço, senti sua mão subir e foi até meu ombro e tocou exatamente na minha cicatriz, rompi o beijo e me desprendi dele.

- elevador de fato não é... um lugar muito apropriado - ele disse recuperando o fôlego
- nenhum lugar é apropriado - coloquei os saltos e ajeitei o vestido - melhor irmos logo embora

Louis apertou normalmente o botão, fazendo que o elevador destravasse, e finalmente chegamos ao terreo, arrumei meus cabelos e fui até seu carro.
Quando entramos coloquei o cinto e ele começou a dirigir.
Maldita cicatriz, se eu pudesse simplesmente tira-la, mas é completamente profunda, e eu não tenho tempo pra me preocupar com ela.

- está tudo bem?
- sim
- ah... foi por que eu acabei encostando na sua cicatriz?
- você fez isso de propósito?
- você nunca deixa ninguém encostar nesse seu machucadinho... que besteira, Natasha
- para o carro
- o que foi?
- para o carro, agora

Assim ele fez, abri a porta e saí do mesmo, comecei a andar, mesmo escutando ele me chamar, não me importei, continuei andando o mais rápido que pude, até que ele segurou no meu braço e eu o encarei.

- me solta - eu disse
- o que está acontecendo? - ele perguntou
- não te interessa, me solta - tentei me soltar
- só te solto quando você me contar
- então vamos ficar aqui por um longo tempo
- me desculpa se foi porque eu falei dessa sua cicatriz, só fiquei nervoso
- me solta, Louis, por favor

Ai que merda, agora estava prestes a chorar, abaixei a cabeça para que ele não pudesse ver nenhuma lágrima caindo, ele soltou meu braço, porém segurou meu rosto, levantou minha cabeça fazendo-me encará-lo.

- quem é você, Natasha? - ele perguntou - você está me matando de duvidas
 - sofri e não quero lembrar - suspirei - me deixa ir embora
- sofreu pelo que? me conta
- olha, vamos deixar as coisas claras? - me afastei - você não se importa, ninguém se importa, porque só é a vida de uma advogada, só isso, nada além disso, não tenho ninguém pra se importar comigo, porque eu não preciso, então me deixa em paz!
- não, não vou te deixar em paz - se aproximou - sabe por que ninguém se importa? porque quando alguém começa a se importar, você afasta a pessoa de você, como está fazendo comigo agora, deve fazer com outras pessoas também
- porque eu preciso, se eu não posso confiar nem na minha própria mãe, quer dizer que eu não posso confiar em mais ninguém
- pode confiar em mim se quiser
- mas eu não quero
- então - segurou minha mão - deixa eu te dar a carona
- suspirou - tudo bem, não tem ônibus essa hora por aqui e eu odeio taxis

Andei até seu carro novamente, e ele dirigiu até minha casa, ficamos em completo silêncio. Quando chegamos, eu abri a porta e olhei para o Louis.

- valeu pela carona, eu acho
- ei
- o que foi?
- boa noite - sorriu
- boa noite, Tomlinson

Saí do seu carro e entrei em casa, me sentei no sofá, tirei os saltos e meu cinto, relaxei um pouco e passei a mão pelo rosto.
Acho que Louis foi a primeira pessoa que eu realmente senti vontade de simplesmente falar cada pedaço da minha vida, dos bons aos ruins, mas ele é apenas um homem, ainda por cima meu chefe, com certeza disse aquilo pra parecer uma boa pessoa, afinal ele foi educado assim, provavelmente. Só quero esquecer hoje, porque amanhã é outro dia.

DIA SEGUINTE

Novo dia, quando cheguei na WT, fui para a minha sala, hoje tinha menos trabalho já que adiantei a maioria ontem.
Soltei um espirro, bem provável que eu tenha começado a ficar gripada por ter saído sem blusa ontem, mas odeio remédios, então vou simplesmente esperar passar
Tomei uma água e fiquei sentada resolvendo coisas pequenas e depois relaxei.
Bem quando espirrei novamente, escutei a porta ser aberta.

- bate na porta - eu reclamei
- não preciso - Louis ironizou - está gripada?
- acho que sim
- bem, te quero na minha sala daqui cinco minutos - saiu

Respirei fundo e de fato espero que ele não queira me tirar do sério.
Depois de um tempo, me levantei e fui até sua sala, bati duas vezes na porta e entrei.

- algum problema, senhor Tomlinson - me aproximei
- a formalidade é por ontem?
- provavelmente
- sente-se - apontou a cadeira

Me sentei e  encarei esperando que dissesse algo, ele me olhou por segundos, fez um sinal negativo com a cabeça e olhou para os papéis em sua mesa.

- vamos viajar à negócios?
- oi?
- minha mãe te indicou - voltou a me encarar - e eu pensei nossa, que ótima ideia, já que minha funcionária é muito prestativa
- fala sério, tenho tanta coisa pra fazer e...
- como sou muito bom, três contratos mais recentes, e outros problemas pequenos, vou deixar pra minha secretária e outra advogada resolver
- essa viajem é sobre?
- a nova empresa da WT, vamos abrir uma em Los Angeles, já notei que você manipula bem as pessoas, então quero você ao meu lado
- Los Angeles?
- sim - assentiu - semana que vem
- já?!
- cade sua formalidade agora, senhorita? - ironizou
- só não mando você ir se foder porque é meu chefe
- riu
- por que sempre ri?
- porque não consigo levar certas coisas que você fala a sério - se levantou
- na maioria das vezes eu falo muito sério, bem só isso?
- só isso, alguma pergunta?
- quanto tempo de viajem?
- acho que cinco dias no máximo, talvez até menos
- tudo bem - me levantei
- vai me evitar mesmo?
- acho melhor fazer isso antes que tenhamos alguma confusão
- bem, continua na sua tentativa de fugir, Natasha
- se tiver algo sério pra falar comigo, me chame - saí de sua sala


CONTINUA...

FAKING IT - 3

MARATONA DE CAPÍTULOS



 III

I WANT YOU 



DIA SEGUINTE

Acordei com meu celular tocando, estiquei a mão procurando, e quando achei atendi.

- alo?
- senhorita, está atrasada
- Louis?
- sim
- eu pensava que você não estava falando sério
- você se enganou, agora vem que eu preciso de você
- mas...
- agora - desligou

Joguei meu celular no chão de pura raiva que eu fiquei, me levantei e fui tomar banho. Depois do banho, estava tão nervosa que coloquei uma calça jeans colada, uma blusa básica e calcei uma sapatilha, peguei minha bolsa e saí de casa. Fui até meu carro e dirigi até a WT. Quando cheguei, deixei o carro no estacionamento, e fui até a sala do Louis, entrei sem bater e o encarei.

- isso é tipo de roupa que se trabalha na WT?
- isso é tipo de dia QUE VOCÊ ME FAZ TRABALHAR?
- riu - muito descontrolada pra uma advogada
- suspirei - me diz logo o que você quer
- adiantar alguns contratos que precisam passar por você, estão na sua mesa
- só isso?
- só isso, Natasha, depois pode ir

Fui até minha sala, me sentei na minha cadeira e comecei a revisar os contratos. Li um por um, fiz as anotações que precisava e me levantei, tomei um café e fiquei resmungando.

- só um filho da puta feito Louis pra me irritar a semana toda e ainda me fazer trabalhar num sábado de ressaca
- que bela impressão você tem sobre mim

Tomei um susto e acabei derrubando café na minha roupa.

- AI QUE DROGA! - suspirei - obrigada mesmo, Louis, estragou meu dia, DE NOVO
- por que está tão estressada? - se aproximou - só por trabalhar em um sábado?
- sim e agora pela minha blusa toda suja!

Louis se aproximou até ficar bem de frente pra mim, colocou suas mãos por baixo da minha blusa, quando iria afastá-lo, ele segurou minha mão, e eu o encarei. Ele segurou na minha cintura, me colocou encima da minha mesa e se aproximou até ficar centímetros do meu rosto.

- Louis, você enlouqueceu?
- sim você me enlouqueceu - segurou meu rosto - esses contratos são pra terça, queria te ver e não tinha uma desculpa melhor
- suspirei - você é um idiota - eu disse pausadamente - o que custa simplesmente aparecer na minha casa?
- porque não quero que ninguém sonhe que a gente um dia teve algo a mais que a relação advogada e patrão
- revirei os olhos - então por que me quer aqui?
- porque eu te quero

Antes que eu brigasse com ele novamente, Louis me beijou, sentia ódio dele por ter um beijo tão viciante, não tinha como recusar, parece ser impossível recusar Louis Tomlinson! Rompi o beijo e olhei em seus olhos.

- não está fazendo sentido o que você está me falando, Tomlinson
- não posso dar esse motivo pra minha mãe ficar nervosa comigo, ela te adora, como minha advogada, ela já está muito estressada, também tem minha ex-namorada, quero voltar com ela, porque minha mãe a adora mas...
- mas quer se divertir com sua advogada antes? - o empurrei - você é ridículo!
- não, Natasha... só quero que todos fiquem felizes
 - e você? está feliz em me deixar confusa?
- me desculpa - se sentou na cadeira - esquece, pode ir
- preciso de uma blusa, não sei se notou

Ele me olhou, e não desviou o olhar.

- que merda - suspirou e se levantou - não quero abrir mão de você
- você age como se a gente tivesse alguma coisa - eu disse debochada
- e temos, você me atrai, e eu te atraio - segurou minha cintura - com certeza é uma atração fisíca, mas é forte, você não pode negar

Mordi meu lábio inferior pensando no que ele me dizia, e no perigo de sua proximidade. Ontem a noite era algo forte, e agora parece tudo novamente. Estranho, simplesmente do nada, sinto que também estou totalmente atraída por ele.

- não morda seu lábio, isso está acabando comigo.
- okay
- como assim?
- dentro de quatro paredes, fazemos o que quisermos, fora disso, somos apenas Natasha sua advogada, e Louis Tomlinson, meu patrão
- e...
- o interrompi - mas tem uma condição
- que é...
- não torne isso um clichê e se apaixone por mim, porque eu não posso perder meu emprego, me entendeu?
- riu baixo - me apaixonar por uma convencida feito você, está fora de cogitação
- e eu me apaixonar por um idiota feito você está totalmente fora de cogitação

Nos encaramos por segundos, então ele derrubou todos os contratos da minha mesa e me empurrou pra cima dela, ficou por cima de mim e me beijou. Correspondi ao seu beijo e coloquei minhas mãos entre seus cabelos. Depois Desabotooei sua camisa, então ele a tirou jogando-a no chão. Desabotoei minha calça, e Louis a puxou tirando-a, fiquei por cima dele e tirei sua calça, beijei seu peitoral, enquanto Louis me olhava e depois fechou os olhos suspirando baixo a cada beijo. Ele colocou a mão entre meus cabelos e me puxou feroz para um beijo, rasgou minha calcinha e ficou por cima de mim, puxou uma camisinha do bolso, fechei meus olhos e depois o senti dentro de mim, soltei um gemido alto,  ele segurou minhas mãos pra cima e continuou com os movimentos, beijou meu pescoço, e eu sussurrei seu nome, depois de um longo tempo ele chegou a ápice, e caiu por cima de mim.
Minha respiração estava completamente descompensada, agora eu não queria sentir culpa, Louis se levantou colocando a calça, peguei minha calcinha mesmo rasgada, coloquei e me sentei na mesa.
Enquanto abotoava a calça, Louis me olhou, por um momento olhou em meus olhos, depois para meus ombros, e foi descendo até meu corpo por completo, só seu olhar totalmente descarado por mim me arrepiava, ele se aproximou e segurou meu rosto fazendo-me olhá-lo. Por um momento não disse nada, continuou respirando pesado, também não disse nada, me encontrava perdida em seus olhos azuis, que agora estavam longe de ter uma aparência doce.

- agora podemos seguir nossos caminhos normais, não é? - perguntei quebrando o silêncio
- se eu conseguir... apesar que já estou sentido que isso vai ser impossível
- por quê?
- porque eu já te quero aqui mesmo de novo
- sorri- não passe vontade, Senhor Tomlinson

Ele correspondeu ao meu sorriso e me beijou.

2 SEMANAS DEPOIS -

Terminei o que eu precisava e fui até a sala do Louis, bati duas vezes na porta e a abri, ele estava falando bem próximo de sua secretária, apenas ri ao notá-la envergonhada e sair.

- ainda acho que ela será um processo - eu disse me sentando
- não fique com ciúmes querida
- ciúmes de você está longe de mim, querido - eu disse no mesmo tom - terminei - eu disse colocando os papéis na mesa - algum problema novo? - perguntei
- por enquanto não, Natasha
- Filho! - sua mãe disse entrando
- por que não bate na porta mãe? - ele disse se levantando
- não sabia que estava ocupado - beijou seu rosto - Natasha, meu doce - ela sorriu - como está?
- bem e a senhora?
- ótima, vou fazer uma pequena festa elegante pra comemorar com meu marido, vim te chamar filho e claro que você também Natasha, vai ser amanhã
- ah... senhora Hanna, eu...
- nem sonhe em negar, uma presença linda feito você é perfeita - riu - Louis, aproveita que Anne vai estar lá e fique perto da Natasha pra fazer ciúmes - ela disse e riu
- oi? - ele peguntou - não mesmo mãe,  mas... obrigado por convidar - disse voltando a se sentar - estarei lá
- tudo bem, meu amor, e a senhorita trate de ir
- ri - vou sim, não se preocupe

Ela sorriu animada e saiu da sala e logo virei minha cadeira olhando para Louis.

- vai me usar pra fazer ciúmes é? - eu disse debochada
- não brinca com isso - disse sério - mas vai ser maravilhoso te ver em um vestido social, deve ficar ainda mais gostosa
- sua cantada barata me cansa - ri
- eu sei - sorriu e se levantou

Louis andou para perto da minha cadeira, me virou pra frente pra ele e me encarou, sorri e segurei em seu queixo, lhe dei um selinho rápido e me levantei.

- já vai?
- levo meu trabalho à sério, Tomlinson... por mais que você não deixe, eu tento bastante levar a sério - piscou e saiu


LOUIS TOMLINSON P.O.V.

Ela saiu pela porta, quando fechou a mesma eu soltei um longo e alto suspiro.
Sou totalmente focado no meu trabalho, mas parece que ela abre a porta e eu desfoco de tudo.

DIA SEGUINTE - NO JANTAR

Quando cheguei na casa da minha mãe ela logo me cumprimentou me enchendo de beijos e rindo, como ela sempre faz, não há estresse que a faça parar de ter esse jeito. Depois falei com minhas irmãs, e por último meu padrasto. No final, peguei um drink e olhei para Anne que logo sorriu pra mim.
Queria voltar no tempo que um sorriso dela me deixava bobo, mas parece que desde que comecei a me empenhar na empresa não consigo mais ficar apaixonado, só... sentir algo como uma atração, e essa atração tem nome russo e sobrenome italiano.
Desviei meu olhar pra porta e logo vi Natasha entrando, seus cabelos estavam soltos e bem arrumados, seu vestido ficava a quatro dedos do joelho, e era bem colado ao corpo, seus saltos eram discretos, na verdade, Natasha é bem discreta, talvez seja seu corpo e seu sorriso que não a deixa passar despercebida. Ela cumprimentou minha mãe e meu padrasto e depois veio até mim.

- Tomlinson - ela me cumprimentou
- Natasha

Ela pegou a bebida das minhas mãos e virou na hora, depois deixou o copo no balcão.

- não vai ficar bêbada aqui não é?
- não se preocupe - suspirou - só não gosto de festas elegantes
- sabia que você bebe demais?
- meu pai era alcolotra isso ajuda bastante - mexeu nos cabelos - aquela é a Anne?
- sim, como sabe?
- imaginei que a única garota da festa que me fuzilaria seria ela - riu baixo - deveria falar com ela
- por quê?
- você mesmo me disse que iria voltar com ela

Eu havia dito isso, mas nessas duas últimas semanas eu esqueci totalmente dela.

- eu disse, mas não sei se quero
- entendi - disse por fim - estou nervosa, vou ficar no máximo duas horas e ir embora
- por que está nervosa? - perguntei
- Louis é sua família, mas pra mim são todos meus chefes
- então, como você é minha advogada super conceituada, e eu um ótimo chefe, vamos no jardim conversar
- vamos parecer amigos - me encarou - e você não quer isso, assim como eu também não quero
- todos aqui estão falando de negócios, Natasha, nós não vamos fazer diferente - pisquei

Ela assentiu, pegou um copo de bebida e fomos até o jardim, nos sentamos em uma das cadeiras, ela aproveitou que estava tudo vazio e tirou os saltos. Virou outro copo de bebida e me encarou.

- sabia que você bebe rápido demais?
- sabia - suspirou - puxa algum assunto, talvez eu não beba mais
- de onde conhece minha mãe?
- hum - suspirou - eu ganhei um caso do advogado dela, segundo ela, foi incrível, disse que não queria ressentimentos, muito pelo contrário, disse que queria alguém feito eu pra ajudar ela com uma pessoa muito especial, no caso você
- você ganhou um caso do Daniel? - perguntei - impossível
- ganhei sim - riu - eu disse que sou  boa no que faço
- e eu não discordo... - bebi um pouco - mas de onde você veio?
- eu... nasci aqui em Londres, depois meus pais se mudaram para o Brasil, e no fim, voltei pra cá
- fez a sua faculdade aqui?
- sim - assentiu

Ela tinha respostas bem curtas quando o assunto é sua vida.

- não gosta de falar muito sobre você, não é?
- na realidade odeio, ainda mais sobre passo, família essas coisas... prefiro o presente, porque o meu está ótimo - riu baixo
- entendo
- então, me fala de você
- o que quer saber sobre mim? todos já sabem, minha mãe tem uma empresa, eu trabalho nela, e por aí vai
- você coloca sua mãe em tudo o que você faz
- porque ela é tudo pra mim - sorri e a encarei
- e Louis Tomlinson, será que tem algo sobre ele
- tipo...
- qual sua banda preferida?

Ela relaxou na cadeira, e me encarou, parecendo mesmo querer ter uma conversa simples.

- hum... The Fray
- ah, eu sei - riu - também gosto dessa banda, só conheci porque meu ex me deu um CD deles, mas não tinha nada haver com ele
- eu adoro essa banda, não sei exatamente porque
- e seu hobbie?
- jogar futebol e... esquece o outro
- me conta, eu sou boa em guardar segredos
- não vai usar contra mim no tribunal?
- haha, engraçado você em - ironizou - conta
- cantar - dei de ombros
- eu também gosto, já escrevi algumas música até
- eu também, acho que já escrevi várias na verdade

Então conversamos, conversamos, até que eu olhei no relógio, e notei que estavámos falando a duas horas.

- olha a hora - mostrei o relógio
- nossa - fez uma careta - como a gente fala - riu
- e essa cicatriz? - apontei
- melhor não falar sobre isso, na verdade, melhor eu ir embora, estou cansada
- por que você é cheia de mistérios? - ele perguntou
- porque é melhor assim - se levatou - bem senhor Tomlinson, de fato os contratos estãp complicados, mas vamos resolver

A encarei com dúvida olhei pra trás, e meu padrasto estava ali se aproximando.

- pensava que estava tendo outro tipo de conversa - ele brincou - desculpa em atrapalhá-los
- não tem problema - Natasha disse sorrindo - já estou de saída na verdade, amanhã tenho que acordar cedo
- claro, entendo
- bem, boa noite

Ela se despediu de uma forma extremamente formal de nós dois, e foi saindo, olhei pra ela que de virou, sussurrou um "de nada por te salvar" e piscou. Apenas sorri pra ela, que foi embora.

- então filho, do que falavam?

Agora eu me fodi, o que ia falar pra ele? Pensei rápido e inventei qualquer coisa.

- Aquele processo idiota da Secret, e outros dois contratos, mas não vou me preocupar com isso, Natasha pode resolver
- se ela continuar do jeito que sua mãe fala, ainda vai longe - riu - agora me diga a verdade, você também queria fazer um ciúmes para a Anne não é?

Anne é linda, mas as vezes parece que é a única qualidade que ela quer mostrar, reclama de tudo, sendo que sempre teve tudo, eu tive sorte como ela, mas nunca vou ousar reclamar da minha vida.

- na verdade não - me encarou - eu quero voltar com ela, como também não tenho certeza disso
- isso você que escolhe - sorriu

Olhei para Dan e sorri de volta, tenho sorte de ter tido dois padrastos bem legais, tudo bem que Mark era ótimo, mas não tão compreensivo.
Com o tempo decidi voltar pra casa, quando cheguei tomei um banho e me joguei na cama.
Odeio morar sozinho, sei que é um drama desnecessário, mas acho um saco não ter ninguém pra me fazer companhia. Com o tempo, deixei isso de lado e acabei adormecendo.




continua... 


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

OI OI! ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DESSA FIC! beijos - mi