26 de fevereiro de 2016

♥Unknown - Cap - 19♥


Anteriormente

Por um momento deixei de lado todos os problemas da minha vida pessoal e qualquer pensamento que pudesse me ocorrer e me concentrei apenas em sentir o seu gosto. E como é bom! Como eu não havia pensado em fazer isso antes? Eu me afasto por um momento, mas como se fosse conduzida por um imã, minha boca encontra o caminho de volta até (Seu Nome) e então aquela sensação de estar finalmente completo, me invade outra vez.

Agora

(Seu Nome) P.O.Vs

           Quando os lábios de Zayn entraram em contato com os meus, senti como se estivesse fora de órbita, como se o meu mundo inteiro se resumisse àquele momento e eu não queria que essa sensação me deixasse jamais. Foi então que percebi que estava sentindo aquela tão descrita sensação de borboletas no estômago. Aquela sensação que as pessoas descrevem de ser o sinal da paixão. Droga! Estaria eu me apaixonando por Zayn? Eu não sei dizer, mas por mim, este momento seria eterno. Mas é claro que não duraria pra sempre, e quando acabou, senti que havia sido cedo demais. Foi Zayn quem se afastou, ele ainda mantinha os olhos fechados por um momento, e quando finalmente os abriu, fui capaz de ver milhares de emoções fluindo deles. Foi aí que percebi que eu não estava me apaixonando por Zayn, eu já estava completamente louca por ele. Confusão preencheu-me e eu não sabia o que dizer. Então a expressão de Zayn se mudou para algo que eu diria estar entre paixão e arrependimento. Ele ficou me encarando por um minuto até que conseguiu pronunciar as palavras, ou quase.

- E-Eu... -gaguejou- (Seu Nome)... -ele estava atordoado- Me desculpe eu... Não sei o que deu em mim... -coçou a nuca desconfortável.

               Fiquei um pouco decepcionada por suas palavras, eu não conseguia mais olhar em seus olhos então desviei o olhar para os meus pés enterrados na areia. Mas o que eu esperava que ele dissesse? Que queria ter me beijado há muito tempo? Que o beijo tinha mostrado o quanto ele gostava de mim não só como amiga? Apesar de saber que isso é ridículo, era exatamente o que eu queria ouvir.

- Me desculpe. -ele repetiu- Eu sou um idiota, não deveria ter feito isso. Quer dizer, nós somos amigos e eu não quero estragar isso, muito menos magoar você. Eu apenas... Me deixei levar pelo momento.

                 Assenti. Eu ainda não conseguia olhar pra ele. Será que ele não percebeu que já conseguiu me magoar com essas palavras? Acho que a única idiota por aqui sou eu. Como eu posso ter gostado desse beijo? Como ele pode ter significado tanto pra mim, quando pra ele não significou nada? Eu não deveria ter assistido tanto romance em filmes, acho que esse fato me levou a ser uma romântica incorrigível e a sonhar com o momento que chegaria o meu dia. Sim, eu definitivamente sou uma idiota porque essas coisas definitivamente só acontecem em filmes! Eu queria chorar, eu queria muito chorar, mas eu não o faria. Não na frente de Zayn.

- Ei? -sua voz era suave e preocupada- Nós... Estamos bem, certo? Ainda somos amigos?

                Dei o máximo de mim para me recompor e respondi.

- É claro que sim Zayn.

                 Permiti-me um leve sorriso e olhei pra ele.


- Graças à Deus! Eu sinto muito mesmo, me perdoe. -então ele me abraçou- Eu amo você (Seu Nome), nossa amizade é uma das coisas mais preciosas que eu tenho.

               Eu apertei ele com força enquanto sentia o seu cheiro e relembrava seus lábios sobre os meus. O meu primeiro beijo. A minha primeira paixão...

[...]

                 Mais tarde naquele dia, Zayn e eu voltamos pra casa. Eu subi pra tomar um banho, pois já íamos servir o jantar. Assim que encontrei-me na segurança do quarto, preveni-me de trancar a porta, senti como se todo o esforço que fiz pra tentar parecer não ter me importado com as palavras de Zayn, tivessem se transformado em um fardo maior do que eu era capaz de carregar e as lágrimas que eu havia segurado com tanta força, finalmente ameaçaram cair. Então ali estava eu, pela primeira vez em dez anos, desde que meu irmão foi levado, permiti-me chorar de verdade.


             Porém, minhas lágrimas não duraram muito. Sempre me considerei uma garota forte e sempre soube que eu era capaz de aguentar qualquer situação sozinha, afinal, eu estou sozinha desde muito tempo. Então sequei minhas lágrimas e coloquei um sorriso em meu rosto. Era ridículo chorar por causa de um beijo depois de todas as situações horríveis e humilhantes das quais fui sujeitada a passar. Coloquei o ultimo par de roupa que eu havia levado e desci para me juntar aos outros na mesa de jantar. 

- Ei! Olha só ela aí! -exclamou a avó de Zayn assim que eu dei as caras.
- Oi. -sorri.
- Estávamos agora mesmo perguntando se você não ia descer. -ela disse com um sorriso.
- Eu não perderia por nada! -digo- E o cheiro está maravilhoso!
- Então sente-se que já vamos nos servir!

              Eu me sentei evitando olhar para o lado da mesa que eu sabia que Zayn estava e permaneci ignorando-o durante todo o jantar, o que não foi difícil levando em consideração que ele também não parecia estar confortável em falar comigo. O avô de Zayn foi o primeiro a terminar a refeição e não se importou em continuar na mesa, de modo que foi para a varanda se sentar, seguido dos tios de Zayn. Desta maneira, sobramos apenas Zayn, eu e sua avó. Dei uma olhadela para o prato da avó de Zayn e ela já estava quase no fim. Eu não queria, de maneira alguma, ficar a sós com Zayn na mesa, então não terminei minha refeição, levantei-me e fui recolhendo os outros pratos da mesa para lavá-los.

- Ora não se preocupe com isso querida! -a avó de Zayn logo se manifestou- Deixe aí que vou lavar.
- O que é isso, eu até gosto de lavar louça. -retruco. 
- Tem certeza? -ela pergunta.
- Absoluta, pode ficar tranquila! -asseguro-lhe.
- Como é um doce essa menina! -ela fala de forma afetada- Zayn!
- Sim? -ouço Zayn responder.
- Se encarregue de guardar a louça, não vamos deixar tudo pra mocinha, afinal, ela é convidada.
- Ham... Sim senhora. -Zayn aceita hesitante.

               Droga! Porque parece que o destino nunca está ao meu lado? Zayn se colocou de pé em alguns minutos e começou a secar e guardar as louças, estávamos sozinhos neste momento e eu não tinha ideia do que falar então permaneci quieta. Dizem que em boca fechada não entra mosca, então digamos que sou uma moça prevenida. Zayn, porém, não parecia estar tão ciente disso.

- Você está quieta. -ela fala baixo. 
- Em boca fechada não entra mosca. -falo o que estava nos meus pensamentos.
- Não estou vendo nenhuma mosca por aqui. -ele rebate.
- Então talvez elas estejam ocupadas neste momento. -rebato de volta.
- Você... Está brava comigo? -ele questiona receoso.
- É claro que não Zayn. -respondo- Porque eu estaria?

             Eu realmente não estava brava com ele, eu estava chateada, são duas palavras com significados bem diferentes. Zayn me olha com a cabeça levemente caída para o lado direito como se me analisasse e depois volta a secar as louças antes de responder.

- Eu não sei. -ele dá de ombros- Talvez por causa de mais cedo...
- Esse assunto está acabado Zayn. -interrompo ele- Eu já disse que não estou brava.
- Mas você está diferente comigo...
- Eu só estou cansada. -falo exasperada- Cansada e dolorida. Foi um dia longo Zayn, é só isso. -minto.
- Tudo bem. -ele sorri de lado parecendo ter acreditado nas minhas palavras.

                   E esta foi nossa ultima conversa antes do boa noite pra dormirmos...

1 dia depois...

                Era manhã de segunda-feira, faltava uma semana e meia para a noite de natal e estávamos no aeroporto, eu, Lisa, Lena e os meninos. Era o dia da tão esperada -e nem tão esperada assim- viagem dos meninos. Eu esperava que não durasse muito, já estava sentindo saudades de Zayn antes mesmo que ele partisse. Dei um abraço em cada um dos meninos e vi Lisa arrastar Harry para um canto mais afastado, creio que havia coisas que ela queria dizer apenas pra ele. Me aproximei de Zayn e o abracei, pela primeira vez depois do nosso fatídico beijo.

                Os braços de Zayn apertaram a minha cintura colando nossos corpos com uma tal precisão que parecia que ele precisava desse contato. Meus braços estavam ao redor de seu pescoço, o que me levou a ficar na ponta dos pés. Eu me afastei e Zayn segurou minha cabeça dando-me um beijo na testa. Então ele me soltou por completo e me encarou profundamente.

- Vou sentir saudades. -falou.
- Eu também. Muitas! -falo sentindo uma lágrima escorrer.

               Zayn ergue o polegar e limpa minha bochecha em um gesto tão suave e tão doce que sinto ainda mais vontade de chorar.

- Eu prometo chegar antes da noite de natal. -ele afirma.
- Tudo bem. -concordo- Eu confio em você.

                 Somos interrompidos com a primeira chamada para o voo de Zayn.

- Acho que eu tenho que ir. -ele diz com um suspiro.

                  Eu fito o chão um tanto envergonhada e falo:

- Eu tenho... Algo pra você. Algo que eu quero que você leve junto.
- O que é? -ele questiona.

                  Eu tiro do bolso e pego a mão de Zayn que estava caída ao lado de seu corpo. Eu coloco o pequeno objeto dentro da mão de Zayn e a fecho.

- É uma moeda de 1800. -respondo- Pode parecer uma bobagem mas ela esteve comigo durante anos. Todas as vezes em que eu pensei que minha vida não podia ficar pior e eu só tinha forças pra pedir que a morte me levasse, eu olhava pra essa moeda e sentia que um dia as coisas iriam mudar.

                 Eu sinto minha garganta fechar com todas as lembranças ruins percorrendo minha mente como um filme. Zayn parece um pouco confuso por eu dar tanta importância assim a uma moeda, mas então eu lhe explico.

- Minha mãe segurava esta moeda antes de morrer. Alguns minutos antes do fim, ela me chamou e deu à mim. Ela disse que conseguiu essa moeda em uma fonte daquelas que as pessoas fazem desejos. -eu sorrio um pouco- Não sei como ela conseguiu pegar sem que ninguém percebesse, mas ela acreditava que pelo fato da moeda ter saído do lugar onde milhares de desejos podiam se tornar realidade, então os dela também poderiam sempre que estivesse com a moeda.
- E alguma vez deu certo? -ele pergunta curioso.
- Bem, não sei pra ela, mas pra mim as coisas realmente acabaram mudando. Eu estou aqui, com você e um monte de pessoas que eu gosto. E apesar de saber que não vai durar por muito tempo, de alguma maneira eu mesma me tornei uma nova pessoa, e essa mudança ninguém poderá tirar de mim.
- Como assim não vai durar por muito tempo? O que você quer dizer? -ele questiona.
- Não quero dizer nada Zayn. -minto- Só quero que fique com a moeda e nunca se esqueça de mim.
- Eu não me esqueceria jamais de você, até porque não vou permitir que nos separemos.



                 Se essa separação ao menos dependesse de Zayn... Mas não. Isto está muito além do que Zayn pode ou não permitir. Isto, essa separação, é algo que nem mesmo o dinheiro de Zayn pode ser capaz de evitar. Eu sinto mais lágrimas se acumularem em meus olhos e pisco algumas vezes para evitar que caiam.

- (Seu Nome)? -ele segura meu queixo pra que eu o olhe nos olhos- Eu não vou deixar que nada nos separe ok?
- Ta bom. -eu sacudo a cabeça enquanto as lágrimas finalmente escorrem.
- Obrigada pela moeda. -ele diz- É o gesto mais bonito e o presente mais gracioso que alguém já me deu. E eu vou guardá-lo para sempre.

(Tão novinho Meu Deus)

                Eu sinto mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto e sinto vontade de me bater. Quando foi que eu me tornei essa torneira d'água? Zayn limpa as minhas lágrimas e para no momento em que seu voo é chamado mais uma vez.

- Eu tenho que ir. -ele diz.
- Tudo bem.

                 É o máximo que consigo responder. Então Zayn se inclina e me dá um leve e carinhoso beijo na bochecha. Eu sinto sua respiração quente sob a minha pele e fecho os meus olhos por uns instantes até que ele se afasta.

  
(Tão perfeitos ♥Blair e Chuck♥)

              Ele sorri pra mim e põe uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. E em questão de segundos, eu o assisto se afastar com os meninos em direção a sala de embarque. Lisa e Lena se colocam ao meu lado e vejo que Lisa também tem lágrimas nos olhos embora poucas. Ela me olha e me lança um sorriso caloroso.

- Essas horas sempre são difíceis. -ela diz- Eu pensava que me acostumaria depois de algum tempo, mas parece que fica pior.
- Isso porque cada dia que se passa vocês estão há mais tempo juntos, o que torna a separação ainda mais difícil. -eu falo de maneira sábia e nem acredito que sou eu mesma.
- Você tem razão -ela sorri- A cada dia que passa eu amo mais o Harry.
- Acho que vou vomitar. -Lena interrompe nosso momento choroso.
- Você só diz isso porque ainda não encontrou o amor.
- Se eu tiver que pagar de chorona igual você, prefiro nem encontrar.
- Eu não to pagando de chorona! -Lisa reclama- É um momento difícil saber que vai ficar longe do seu amor.
- Pelo amor de Deus! Ele não morreu, é só uma viagem!
- Eu desisto! Simplesmente não dá pra conversar com você Lena! -Lisa exclama.

                 E pela primeira vez em dois dias eu começo a rir. Rir de verdade. Acho que essa semana na companhia de Lisa e Lena será muito divertida! E talvez algumas coisas interessantes também aconteçam.

Motivo de tanta demora: Sem inspiração. Peço que me perdoem se estiver tão bosta quanto eu acho que está rsrs, eu só não podia esperar mais pra postar porque já tem quase um mês! Ou já fez um mês? Não sei. Espero que não me odeiem, e nem a história. Beijoss -Deh♥ 

22 de fevereiro de 2016

Revenge - 4



Me aproximei dela tirando os cabelos do seu rosto e soltei um suspiro. 

- Me desculpa por tudo, Mary. 

DIA SEGUINTE 

Acordei e olhei para o lado da cama, Mary já não estava mais ali, nem sua mochila mostrando que já tinha ido embora. Me levantei e olhei para o lado, na comoda havia um papel, me aproximei e notei ser um bilhete. 

Obrigada por ontem a noite, tive que sair pra trabalhar e não sei se volto pra casa, se precisar de notícias salvei meu número no seu celular. - Mary 

Respirei fundo e sentia como se precisasse dela agora, saber como ela estava, se ainda se sentia muito mal pelo que aconteceu... ah que merda, estou tão culpado que me sinto até sufocado. 
Meus pensamentos foram cortados por batidas na minha porta, caminhei até a mesma e a abri vendo Marlon com olheiras, parecia destruído, assim como eu queria antes de vir pra cá mas... não me sinto bem, cadê a satisfação de fazê-lo se sentir mal assim como eu me senti? 

- Tudo bem, senhor? 
- Não -Suspirou - só vim perguntar se você não viu a Mary? 
- Ahn... ela passou aqui mais cedo, disse que iria sozinha trabalhar e não sabia se voltava hoje 
- Okay, então vou pro trabalho, obrigado. 
- Não precisa agradecer.

Ele deu de costas e saiu. Agora é certeza que tenho que sair dessa casa, não quero me afundar nos problemas e na culpa que estou criando, eu sentia ódio e agora nem sei mais o que se passa aqui dentro. 
Arrumei minha mala e estava ensaiando mentalmente uma desculpa qualquer pra minha demissão. 
Já estava quase anoitecendo quando escutei um barulho na porta, ao abrir a mesma, Mary estava me olhando com a blusa um pouco rasgada e um olhar vazio, que nunca vi nela antes. 

- Tudo bem com você? - Perguntei 
- Tudo ótimo - disse entrando 
- Parece que não - Me virei pra encará-la - onde você se meteu? 
- Eu sai com um pessoal - Se jogou na cama - foi tão mágico, eles me levaram pro M.B.C. - Riu 

M.B.C. é o bar mais barra pesada que havia por aqui, segundo Liam só tinha drogados e bêbados frustrados, olhei novamente em seus olhos e notei o porque do olhar vazio, ela estava completamente chapada. 

- Não me diga que se drogou, Mary 
- Foi divertido, Louis - Riu 

Revirei os olhos e a puxei, enquanto ela resmungava a coloquei no meu ombro e a levei até o banheiro. A coloquei na banheira e liguei a água no modo frio, a mesma tentou se levantar mas nem me esforcei em fazê-la ficar, já estava mais que óbvio que ela não conseguiria levantar. 
- Me tira daqui - Ela disse manhosa 
- Mary, só fica parada, um banho gelado vai te ajudar.

Quando menos notei ela estava abraçada aos joelhos chorando baixo, me sentia mal, cada segundo ao vê-la assim. Finalmente notei que a vingança nunca trará minha mãe de volta e que na verdade só está me destruindo.

- Ei - Segurei em seu rosto - vai passar, seu pai te ama, não precisa fazer essas coisas.
- Eu...Eu estava com raiva, Louis, queria que ele tivesse um motivo de verdade pra sentir raiva de mim, quis me vingar e piorei tudo. - Soluçou 
- Eu te entendo.


Logo ela se sentou na borda da banheira e me abraçou, correspondi ao abraço rapidamente e depois peguei a toalha a cobrindo. Passei a mão pelo seu rosto tirando um pouco da maquiagem borrada e ela olhou em meus olhos.

- Tenho muita sorte de ter você aqui.
- Você está só bêbada, não sou tudo isso.
- É sim e eu gosto muito de você.

Eu logo notei aonde isso estava chegando e eu não gostava do rumo da conversa, não pela breve declaração que ela fez, mas por me sentir exatamente igual em relação a ela.

- Vai trocar de roupa - Me levantei - sua mochila está ali.

Sai do banheiro encostando a porta e me sentei na poltrona, minha cabeça parecia querer explodir, é coisa demais pra mim.

- Está pensando? 

Olhei pra ela que saia do banheiro vestida em uma camiseta branca larga e um shorts, sentou-se na cama e olhou pra mim, esperando que eu dissesse alguma coisa.

- Alguns problemas pessoais.
- Quer me falar? 
- Não gosto de falar sobre isso.
- Tudo bem - Deu de ombros - por que mudou de assunto depois do que eu te disse? 
- Porque... Você não pode gostar de mim. 
- Qual o problema? 
- Você tem uma imagem errada de mim, de um cara sem defeitos e super legal, mas não é bem assim.


- Então me fala.
- Não posso e nem quero.
- Já que não quer conversar em vou dormir - Se aconchegou na cama - Louis?
- O que foi? 
- De qualquer forma, gosto de você e não importa o que você está escondendo.
- E por que gosta de mim? 
- Porque você se importa sem esperar nada em troca. - Sorriu de canto 

Continuei olhando pra ela, até a mesma fechar os olhos e dormir,
Me levantei, tomei um pouco de água e me deitei na cama ao seu lado.

- Eu também gosto de você, mesmo sabendo que um dia você vai me odiar. - Sussurrei pra ela 

DIA SEGUINTE 

Acordei e me levantei, senti um cheiro de café, e como a casa é praticamente em um cômodo só, olhei pela bancada e Mary fazia café.
Fui até o banheiro, fiz minhas higienes e depois andei ainda sonolento até a cozinha.

- Bom dia - Ela disse 
- Bom dia... melhor? 
- Sim... - Sorriu - tirei hoje o dia de folga.
- Ahn, isso é bom.


- Vai viajar? - perguntou - Vi algumas malas no chão.
- Acho que vou embora, procurar outro emprego.
- Não gostaria que você fosse. - Disse enquanto colocava o café em uma xícara 
- As vezes preciso fazer umas coisas que eu não quero.

Tomei um pouco do café enquanto ela fazia o mesmo, depois largou a xícara na pia e veio até mim.

- Na verdade pode ficar pelo menos mais um pouco 
- Pode me ligar quando quiser - Sorri - vai me deixar feliz também 
- Parece que se decidiu mesmo, hein?
- Pois é.

Em uma surpresa ela me beijou, correspondi ao beijo, que logo foi rompido por ela que não tirou a proximidade.


- Mary...
- Eu preciso de você.
- Não faz isso comigo - Eu disse baixo 
- Tarde demais, já fiz.

Ela sorriu maliciosa e voltou a me beijar, agora colando seu corpo ao meu, a impulsionei para o meu colo e a levei até a cama.


- Eu... - Tentei relatar 
- Não fala nada - Me beijou

continua...

CONTINUO COM 9 COMENTÁRIOS 

OIIIII DESCULPA DEMORA, CONTINUO SEM NET MAS DEI UM JEITO ❤️

7 de fevereiro de 2016

HAUNTED 25 - Dangerzone



- Foi atingido? - Perguntei 
- O colete protegeu mas provavelmente vai ficar um roxo enorme - Suspirou 
- E agora? - Louis perguntou 
- Perdemos ele de vista - Respondi - mas tenho certeza que ainda vai tentar viajar pra Miami, ele é amador, está desesperado. 
- Vou ligar pra equipe vir averiguar a casa - Louis disse enquanto pegava o celular 
- Precisamos encontrar a Naomi - Liam se ajeitou no banco - antes que Chris faça alguma besteira. 


***


LIAM PAYNE P.O.V. 

Cheguei no escritório tentando meu máximo não parecer que estava completamente desesperado por uma notícia qualquer sobre ela. 

- E aí, cara? Tudo bem? - Louis se aproximou de mim 
- Ah, sim... só esperando alguma notícia. 
- Não precisa parecer fortão pra mim - Riu 
- Você notou? 
- Claro que eu notei. 
- Notamos - Franky sentou-se na mesa - eu tinha colocado um na mala dele, segundo o computador está se movendo, quando parar vamos imediatamente atrás, já mandei duas viaturas. 
- Valeu... 
- Não fica assim - Ela pousou a mão em meu ombro - vamos achá-la e bem.
- Estou bem, só não quero perder ninguém na missão. - Cruzei os braços. 
- Cala a boca, Liam - Louis revirou os olhos
- Está preocupado porque você gosta dela - Franky disse em tom óbvio 
- Vai tomar um café, se tiver alguma novidade te avisamos 

Me levantei depois de hesitar, peguei um pouco de café na sala do refeitório e me sentei na cadeira. 
Por um momento me sentia culpado, deveria ter desconfiado dele assim que vi sua ficha entre os suspeitos, deveria protegê-la mais, só isso. 
Depois de ficar quase meia hora sem terminar minha xícara de café a porta foi aberta e Louis veio até mim. 

- Achamos, estão em um endereço que dá em trilhos abandonados. 
- Então vamos - Me levantei. 

Eu e Louis caminhamos até o elevador, mas fomos parados por Franky e Thomas. 

- O que foi? - Perguntei sem paciência. 
- Será que vocês podem lembrar que estão na FBI por favor? - Thomas disse irônico - Trilhos abandonados? 
- Claro que é uma armadilha, tem mais movimentação que o normal naquele lugar.  - Franky complementou 
- Vamos deixá-la com aquele idiota então? 
- Óbvio que não - Thomas sorriu - temos um plano 

***

Me aproximei junto com Louis dos trilhos abandonados, vimos o carro que Chris usou mas nenhum sinal deles. 
Ouvi um grito abafado, passamos pelos trilhos e nos aprofundamos pelo lugar escuro, liguei uma lanterna e continuamos andando olhando para todos os lados até achar ela amarrada sentada no chão. 

- Naomi! 

Corri até ela e a desamarrei e tirei a mordaça que a impedia de falar. 

- VAI EMBORA! OS DOIS! Isso é uma armadilha! 
- Tarde demais. 

Olhamos pra trás e Chris estava acompanhado de três outros caras e logo dois carros pretos apareceram provavelmente também cheio de homens tão grandes quanto aqueles.
Chris estava com olheiras fundas como se não dormisse à dias, provavelmente estava usando algum tipo de droga, era triste de vê-lo daquela forma, ao mesmo tempo que estava me segurando pra não partir pra cima dele naquele mesmo momento. 

- Deixa a gente levar sua irmã em segurança - Louis se aproximou 
- Fique bem aí onde está - Chris disse e logo os dois caras ao seu lado apontaram as armas pra nós
- O que você está querendo? - Perguntei 
- Meu avô precisa do Mark, a FBI não vai ter escapatória com dois homens reféns e ainda a principal vítima da sua história. 
- E seu avô onde está? - Louis questionou 
- Bem aqui. 

Ele saiu do carro vestindo um terno impecável como da última vez, sorriu pra nós e se aproximou. 

- Acharam que iriam escapar fácil assim? Pra me destruir esse país vai precisar de muito mais que um bando de garotos que acham que sabem segurar uma arma. 
- Deixa a Naomi ir embora pelo menos. - Eu pedi 
- Ah, o amor, ele complica nossa vida, não é mesmo? Se não gostasse tanto da minha neta talvez não tivesse que passar por isso. 
- Esse é seu plano? Fugir com Mark? - Louis disse e riu debochado - isso não vai durar nem duas semanas 
- Se ficaram anos sem me pegar, não é bem agora que essa hora vai chegar, agora os dois, dentro do carro e se tentarem algo, temos mais dois carros vindo pra cá. 
- Eu acho que não - Respondi 
- Como disse? 
- A essa altura a FBI já parou esses dois carros... 
- Se você tem um plano, nós também temos. - Louis complementou 

Antes que atirassem em nós ficamos na frente de Naomi e atiramos atingindo Chris, os dois capangas enquanto o chefe escapava dentro do carro. 
Logo um carro da FBI apareceu e Franky atirava nos dois carros ali, eu e Louis entramos no carro, deixando que Thomas que vinha logo atrás cuidasse da Naomi. 
Atiramos em uma das rodas, mas o carro principal ainda corria, Franky acelerava mas estava quase impossível de alcançá-lo e fomos frustrados por um pneu que foi atingido por uma bala. 

- MERDA! - Franky gritou frustrada.
- Atenção - Louis pegou o rádio - precisamos de mais um carro, o chefe está seguindo na pista em alta velocidade 
- Entendido - Alguém respondeu. 

Carro do Thomas parou logo atrás de nós, sai entrando nele no mesmo momento junto com os outros dois enquanto ele acelerou. 
Olhei para o lado vendo Naomi encolhida no banco, olhou pra mim, se aproximou de mim e me abraçou, estava com tanta adrenalina que não tinha feito o que eu até então mais queria, abraçá-la. 

- Christopher morreu - Ela sussurrou 
- Lamento... 
- Obrigada - Me encarou 
- Só me promete que vai ficar abaixada no carro. 
- Só se me prometer que vai pegá-lo. 
- Eu prometo. 
- Então eu também. 

Segurei em seu rosto e a beijei, mas rompi imediatamente, fazendo um sinal para que ela se abaixasse, Thomas acelerava e eu olhei pro lado vendo Franky com a expressão completamente séria olhando pra estrada, provavelmente nem notou a cena. 

- Tem um atalho segundo o Benjamin, eles estão mandando um helicóptero e mais viaturas, só que precisamos barrá-los - Thomas disse enquanto dirigia
- Então segue esse atalho, nós damos um jeito de atrasá-los - Louis disse 
- E como fazemos isso? - Perguntei 
- Já ouviu falar numa M1014? Ótima pra atrasar pessoas feito eles - Franky disse enquanto mexia no porta malas 

Ela pegou algumas armas melhores que as nossas e nos entregou. 

FRANKY P.O.V. 

Depois de distribuir as armas para os garotos, peguei uma pistola M9 e entreguei nas mãos da Naomi, Liam no mesmo momento me olhou com repreensão, mas ignorei e segurei no queixo dela fazendo com que ela tivesse que me encarar, ainda parecendo assustada de segurar uma arma nas mãos. 

- Vai usar isso só pra emergências, se alguém que não estiver com um colete escrito FBI se aproximar de você atire, me escutou? 
- S... Sim - Suspirou 
- Só destravar e segurar firme na arma, então mira e aperta o gatilho, só por precaução, não vamos deixar que ninguém chegue perto de você. 
- Toma - Louis lhe entregou uma garrafa d' água. 
- Obrigada - Agradeceu. 

No final do atalho, podíamos escutar os carros se aproximando. Thomas deixou o carro no meio da estrada e eu saí imediatamente, M1014 é quase maior que eu, mas era o suficiente pra destruir uma roda daquele carro. Quando o mesmo se aproximava mirei diretamente no pneu direito e então atirei,

 o carro derrapou na pista, Liam acertou o outro carro fazendo que o mesmo parasse. 
Abaixei um pouco a arma e não demorou para que vários homens saíssem atirando, usei a porta do carro pra me proteger e peguei uma arma menor, uma pistola Eagle Power, apontei para um deles e consegui acertá-lo. Eles eram mais do que eu pensava, mesmo assim todos atiravam, até que todos estavam caídos ou machucados depois que o helicóptero chegou, conseguimos algemar todos que estavam ali enquanto dois fugiram, Louis correu até eles e conseguir atingir o braço de um e as costas do outro. 
Fui até o carro e meu alvo principal estava ali, apontou uma arma pra mim imediatamente e eu apenas sorri, era satisfatório vê-lo daquela forma, tentando se proteger do inevitável. 

- Vai atirar em mim? - Perguntei - Isso só vai aumentar sua pena na cadeira, não tem mais escapatória. 
- Isso é impossível - Ele disse 
- Na realidade é bem possível, tanto que está acontecendo. 

Tirei a arma de suas mãos, já era mais que óbvio que ele não atiraria. O algemei e o empurrei até a viatura que havia chegado com Benjamin. 
Em um momento de falta de atenção, afinal eu pensava da forma mais amadora que o jogo estava ganho, levei um chute no joelho, ao cair no chão, desviei e então escutei um tiro. 
Ele caiu gritando de dor, havia o acertado de raspão na perna, mas foi quase certeiro, com certeza doeria muito, olhei para o lado e Naomi segurava a arma com as mãos trêmulas, recuperei o fôlego e andei até ela, tirei a arma de suas mãos e a abracei. 

- Obrigada - Agradeci - pode ficar calma - a encarei - acabou. 
- Ele ia te machucar e a culpa é minha. 
- A culpa é completamente dele, agora vai ficar tudo bem. 
- Pode ter certeza que vai - Liam apareceu. 
- Cuida dela? - O olhei 
- Sim, pode ir, temos muito que resolver. 

Caminhei pra longe dela, tendo certeza que ela ficaria melhor com ele. 
Me aproximei do Louis e ouvimos um tiro e um grito, corri até o carro da polícia, Thomas havia sido baleado no peito. 

- Thomas! 
- Essa doeu - Ele disse respirando com dificuldade 
- Me fala que está com o colete debaixo dessa blusa 
- Estou, mas... ainda dói - Disse tirando a blusa com dificuldade 
- Quem fez isso.
- Outro carro que apareceu, temos que sair logo antes que eles venham atrás dele. 
- Jean O' Kidman. - Benjamin apareceu para ajudar Thomas 
- Kidman não é o sobrenome do Mark? 
- Ele decidiu usar o sobrenome dele porque acha bonito - Revirou os olhos - esse cara tem muito o que confessar - Me encarou - bom trabalho, Franky
- Obrigada - Sorri 
- Bom trabalho também 

Olhei para Jean ser levado até o carro, ele não parecia nervoso, na realidade parecia que era a coisa mais normal do mundo. 

- Vamos ver por quanto tempo você vai sorrir. - Cruzei os braços 
- Sabe quando vou sorrir mais? Quando ver você chorando pelo idiota do seu irmão. 

Quando eu iria até ele, Benjamin me segurou e me fez encará-lo. 

- Theo está preso e sob nossa proteção, ele só está blefando com você.
- Quero que todos apodreçam na cadeia - Me desvencilhei dela 
- E vai ver isso, só precisa manter a calma, pode fazer isso? 
- Posso - Suspirei 
- Vão pro escritório no outro carro, vou levar o Thomas pro hospital. 

Me virei e fui até o carro onde estava Louis sentando de com as mãos no volante, entrei no mesmo e não demorou para que ele partisse. 

- Parece que conseguimos.
- Deve ter alguma coisa - Eu disse pensativa - ele é muito grande pra ser pego tão facilmente. 
- Facilmente?! Esse cara tem nos dado dor de cabeça à meses 
- Você me entendeu - O encarei - se machucou? - Perguntei analisando o machucado em seu maxilar 
- Besteira... um curativo resolve. 
- Certeza? 
- Um beijo e outras coisas também resolve - Sorriu malicioso 
- Continua dirigindo, Tomlinson - Ri 

continua... 
continuo com 10 comentários
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OOOI! 
Desculpa se eu demorei, não to conseguindo postar regularmente. 
Então acho que a fic vai até o capítulo 30 pessoal, espero que curtam essa reta final beijão <3 










4 de fevereiro de 2016

A criminal love - Aviso

Tenho um aviso um tanto triste para dar, ACL vai entrar em hiatos, desculpem por isso mas não estou  gostando do rumo que a fanfic está tomando, então para que ACL não fique uma fanfic chata e sem rumo eu vou dar uma revisada nos capítulos e no enredo, desculpem. Outra coisa, talvez eu pare de postar a fanfic aqui é só poste no wattpad, me sigam lá e fiquem por dentro das novidades sobre a fic (llfelix).

3 de fevereiro de 2016

♥Unknown - Cap - 18♥

Anteriormente

 Eu e Zayn passamos a manha inteira cavalgando e jogando conversa fora, e só voltamos pra casa grande quando estava na hora do almoço e nossos corpos totalmente exaustos. A avó de Zayn já havia arrumado um quarto pra mim e minhas coisas estavam em cima da cama, de forma que quando acabamos o almoço, tanto eu, quanto Zayn e sua família, fomos todos pra aquele cochilo da tarde. Eu me joguei na cama e senti minha bunda totalmente dolorida, o que era de se esperar, devido ao longo tempo que eu não andava à cavalo. Me esparramei na cama, sentindo o tao querido cheiro de natureza e ar livre, e com isso somado ao meu cansaço e sono perdido, eu adormeci rapidamente.

Agora

(Seu Nome) P.O.Vs
            Acordei com umas batidas insistentes na porta, eram quatro e quinze da tarde. Levantei-me um pouco tonta e ainda com a bunda doendo e fui abrir a porta. Zayn estava do outro lado, vestido em uma camisa branca e um short caqui que lhe caía muito bem. Ele sorriu pra mim, e levantou um capacete.

- Ainda não está pronta?
- Ham... Aonde vamos? -pergunto.
- Bom, você viu o nascer do sol, e agora veremos o pôr dele, na praia. E se eu bem me lembro -acrescenta- Estou te devendo um sorvete com tudo que você tem direito.
- Eu fico pronta em cinco minutos! -falo animada e fecho a porta antes que ele tenha a chance de falar qualquer coisa.

                  Eu corro pra minha mochila e pego a roupa mais adequada que eu acho. Tomo um banho de gato, como dizem, e me troco ficando pronta. (clica) Eu desço e por incrível que pareça não encontro ninguém da família de Zayn no caminho. Sinto que estou andando como se estivesse assada, não consigo nem mexer minhas pernas direito de tanto que meus músculos doem. Desço os degraus da varanda sentindo aquela leve brisa com cheiro de ar puro e minha perna meio que falha no ultimo degrau mas consigo me recompor antes que Zayn me perceba. Ele está encostado em uma grande moto, daquelas altas e que fazem barulho, como se chamam mesmo? Ah sim! Motocross. Sinto uma espécie de pânico vendo o quanto estou dolorida da cavalgada de cedo.

- Ham... Nós vamos... Nisso? -pergunto apontando a moto.
- Sim, algum problema? -ele pergunta.
- Não. -respondo rapidamente- Nenhum.
- Ótimo, vamos?
- Claro! -forço um sorriso e tento caminhar na direção dele o mais normal possível que minhas pernas conseguem ir.
- Você não parece muito... Confortável. -ele analisa.
- Ah... É que... -gaguejo- Eu bati meu dedinho. -falo- No pé da cama.
- Nossa! -ele exclama- Odeio quando isso acontece.
- Pois é, dói muito!

                Que é? Nem a pau que eu ia falar pra ele que a minha bunda e todos os músculos da minha perna doíam. Zayn colocou o capacete em mim e subiu na moto aguardando que eu fizesse o mesmo. Eu segurei seus ombros e levantei uma perna fazendo careta e sufocando um gemido. Por fim, consegui subir e Zayn saiu em disparada. Ele dirigia feito um louco, e se as ruas daqui não fossem tão vazias, eu teria vomitado meu almoço de tanto medo. Em dez minutos de estrada, eu pude avistar a imensidão do oceano logo à nossa frente, era incrível!

                 Zayn estacionou a moto em um pequeno estacionamento de beira de praia onde havia mais uma dezena de motos e carros. Eu desci antes dele com muito, muito cuidado, sentindo que minhas pernas fossem cair. Ele desceu logo depois e ficou me encarando sério.

- Que foi? -pergunto ficando sem graça sob seu olhar.
- Qual é o problema? -ele pergunta- E não me venha com essa de que bateu o dedinho porque não vai colar.
- Você tem mesmo que me perguntar isso? -questiona envergonhada.
- É claro que tenho, estou preocupado.
- Acontece que... -olho pro chão- Fazia muito tempo que eu não andava à cavalo e... Acho que fiquei um pouco dolorida.

                 Eu esperei que ele desse risada de mim, mas ao contrário disso ele permaneceu sério e falou:

- Você devia ter me contado, eu poderia ter te dado um remédio.

                  Ele tirou o capacete da minha mão e guardou junto com o dele em um armarinho daqueles de metal que ficam pra guardar pertences. 

- Eu fiquei com vergonha. -falo.
- Você não precisa ter vergonha de me contar nada. -ele diz.
- Eu sei, me desculpe. -peço sentindo minhas bochechas queimarem.
- Ei. -ele chama com a voz doce e suave e eu olho pra ele- Se quiser, podemos ir a uma farmácia e lhe comprar algum remédio.
- Não Zayn, está tudo bem. -afirmo.
- Então, -ele diz com um sorriso- que tal aquele sorvete? -ele tira uma mecha do meu cabelo do rosto.


- Isso sim me parece ótimo! -respondo sorrindo.
- Você é mesmo louca por sorvete, não é?
- Com certeza! -respondo animada- Sorvete e pizza são minha vida.
- Então imagina só um sorvete de pizza! -ele fala brincalhão.
- Ou uma pizza de sorvete! -acrescento no mesmo tom brincalhão.
- Acho que ambos seriam horríveis juntos! -ele diz rindo.
- Também acho. -concordo.
- Os dois são ótimos separados, mas juntos daria uma confusão total.
- Seria como... Melancia e catchup! -exclamo.
- Exatamente! -ele responde rindo mais ainda.

                 Nós caminhamos uns dois quarterões até chegar a tal sorveteria. Ela era toda em volta de árvores e havia várias mesinhas espalhadas por todos os lados, das quais vários casais de amigos e talvez namorados estavam sentados. Ainda sobravam alguns poucos lugares desocupados, de forma que Zayn me pediu pra guardar uma mesa que ele buscaria nossos sorvetes. Eu escolhi a que estava mais afastada e me sentei olhando tudo em volta e pensando no quanto a minha vida tinha mudado nesse um mês e... Algumas semanas, não sei ao certo quantos. Quero dizer, eu estou bem aqui. Mas, devo tirar esses pensamentos conflitantes da minha cabeça.

- Nossa! -exclamo assim que Zayn volta à mesa com um cascão em cada mão, duas coca lata embaixo do braço e um saquinho de castanha pendurado na boca.

                  Eu me levanto rapidamente e pego meu cascão cheio de cobertura de morango das mãos de Zayn, e claro, o saquinho com castanha da boca dele.

- Tudo isso é pra não dar duas viagens até lá dentro? -pergunto rindo.
- Na verdade, eu só estou querendo economizar tempo. -ele fala.

                   Zayn coloca as cocas em cima da mesa e se senta. Eu dou uma lambida no meu sorvete e está maravilhoso. Então abro o saquinho de castanha ignorando totalmente Zayn e jogo algumas por cima do meu sorvete, então dou outra lambida e percebo Zayn me encarando com um sorriso.

- Que foi? -pergunto.
- Não vai nem me oferecer um pouco das suas castanhas?
- Pra quê? Eu já sei que você não vai querer, você não gosta.
- Talvez hoje eu esteja com vontade. -ele dá de ombros.
- Você quer? -pergunto.
- Não, obrigada, não gosto.
- Nossa Zayn, nossa! Isso não foi engraçado.
- Sabe o que é engraçado? -ele pergunta
- O quê? -questiono.
- Aquele gordinho correndo pra tentar pegar o cachorrinho. -ele diz e começa a rir.
- Onde? -olho pra trás e vejo um gordinho correndo com suor escorrendo pela testa.

                   Zayn ainda ri e eu faço uma cara feia segurando meu riso e falo:

- Zayn para com isso! Não tem graça ficar rindo do coitado, ele ta sofrendo.
- Ah qual é? Eu sei que você quer rir!
- Não quero não! -nego sentindo meus lábios se curvarem.
- Você quer, quer sim! -ele teima.
- Para Zayn! -eu falo já rindo junto com ele.
- Eu não consigo parar, é hilário! -ele se curva sobre a mesa rindo.
- Você é um idiota. -eu falo sorrindo e fitando ele que já tem lágrimas nos olhos.

(EU SOU LOUCA POR ESSE FILME VCS NÃO TEM IDEIA!!!ADORO ESSES GIFS)

- Mas, um idiota bonito. Certo? -ele pergunta.
- Não me faça mentir Zayn, mentir é feio.
- Não quero que minta, quero a verdade. -diz.
- Porquê isso importa na verdade? -pergunto tentando fugir dessa pergunta irrelevante.
- Não importa. -ele dá de ombros- Só perguntei. E então? -ele me encara-
- Para com isso bobinho. -falo brincalhona e passo sorvete na cara dele.


Zayn P.O.Vs

                Terminamos o nosso sorvete e (Seu Nome) me pediu pra ir comendo um outro potinho de sorvete que estava em evidência na sorveteria. Eu comprei e nós começamos a caminhar na rua de volta em direção à praia. Percebi que (Seu Nome) ainda andava meio estranha, por conta das pernas doloridas então tive uma ideia.

- Quer uma carona? -pergunta sorrindo.
- Como assim? -ela questiona.
- Se você quer uma carona até a praia.
- No quê exatamente? -ela pergunta olhando pros lados.
- Em mim. -ofereço as minhas costas.
- Tá falando sério? -ela ri.
- Sim. -digo.

                 Ela encara minhas costas um pouco desconfiada e pergunta:

- Tem certeza?
- Tenho. -reviro os olhos- Vem logo. -fico de costas pra ela.
- Olha, eu só vou aceitar porque minhas pernas estão realmente doendo.

                 Ela fala e se aproxima de mim hesitante. Então ela dá um pulo e eu sinto seus braços ao meu redor. Eu seguro a parte de trás dos seus joelhos e ela começa a rir como se estivéssemos fazendo a coisa mais engraçada mundo, enquanto tenta continuar comendo seu sorvete.


- Do que você está rindo doida? -pergunto.
- Nada. -ela ri- É que você é tão confortável quanto o cavalo que a gente andou.

                E com isso ela cai na gargalhada mais uma vez e eu a acompanho como se fosse um idiota. Chegamos na praia em menos de cinco minutos no ritmo que eu estava. Ela salta das minhas costas e joga o potinho de sorvete vazio num lixo.

- Da próxima vez que você me comparar à um cavalo, vai vir andando com suas próprias pernas. -eu aviso em tom de brincadeira.
- Acho que entendi o recado. -ela diz sorrindo.

               Tiramos o sapato e começamos caminhar pela areia morna da praia, encontramos um lugar bem calmo e afastado perto de uma rocha e nos sentamos, o sol está quase pra se pôr e já consigo sentir a brisa mais fresca, quase gélida, soprando o meu rosto. 

- Esse lugar é lindo. -(Seu Nome) diz.
- É mesmo. -concordo.
- O que acha de me contar sobre você agora?
- Contar o que sobre mim? -pergunto.
- Não sei, que tal a história daquele lugar que você parou pra vermos o nascer do sol?
- Ham... Tudo bem. -concordo.

                  (Seu Nome) se vira pra me olhar e quando eu começa a contar, ela apoia a cabeça sobre os próprios joelhos.

- Eu tinha 10 anos quando meu avô me levou lá pela primeira vez. -começo- Ele disse que estava me transformando em um homenzinho corajoso e forte e por isso já era hora de eu conhecer o Vale dos Homens.
- É assim que chama aquele lugar? -pergunta ela interessada.
- Foi assim que ele e meus tios batizaram aquele lugar, e a aliança consistia em nunca levar sequer uma garota pra lá. Eu concordei, até que cheguei na sexta série e me apaixonei por uma menina chamada Cindy Dolson, e então, eu quebrei a aliança levando ela lá e tendo o meu primeiro beijo.
- O que o seu avô disse? Ele ficou bravo? -pergunta.
- Na verdade, ele nunca soube. Até hoje.
- E essa menina? A Cindy.
- Ela era um ano mais velha que eu e já tinha beijado metade dos garotos da escola. No mesmo dia ela chutou minha bunda. -solto um riso.
- Uau! É uma história e tanto! -ela ri.

                  Nós ficamos em silêncio assim que o sol começa a se pôr e (Seu Nome) solta um suspiro profundo que me deixa um tanto preocupado, mas mesmo assim, permaneço quieto. Ela se balança com a brisa e seu ombro bate no meu.




                    Eu fecho os olhos por um momento apenas ouvindo o barulho das ondas e as aves que começam a ir embora para seus ninhos. Então (Seu Nome) me chama.

- Zayn?
- Que foi? -pergunto abrindo os olhos.
- Eu... -ela hesita- Não quero estragar esse momento tão... Perfeito e especial, mas eu queria te perguntar uma coisa.
- Você pode me perguntar qualquer coisa, eu já disse.
- É que... Esse assunto te aborrece um pouco.
- Pergunte. -eu digo.
- Porque você não consegue acreditar em mim quando eu digo que... Vim do passado?
- Essa é a sua pergunta? -questiono e encaro, ela apenas olha pra mim sem responder.


- Eu... -suspiro- Acontece que... -suspiro novamente- Eu acredito em você. -falo por fim.
- Você... O quê? -ela me olha espantada.
- Acredito em você. -repito.
- Você...? Desde quando? Porque não me disse?
- Acho que... Desde algumas semanas atrás. -confesso- Eu tentei negar o máximo que eu pude mas acho que não consigo mais inventar desculpas. Antes era a sua cabeça, eu pensava que você estava confusa com a batida mas agora eu vejo que você está perfeitamente bem. Então tentei encontrar seus pais e sua família e não havia nada, e você nem sequer tem registro no cartório! É como se você não existisse.
- Eu já ouvi isso. -ela diz ressentida.
- Eu sei, eu já te falei isso, mas dessa vez é diferente. Eu quero dizer que... É como se você não existisse aqui, em 2015, não que você não seja real porque... Pra mim você é mais que real. Mas, agora eu sinto que você realmente veio de outra dimensão mas que de alguma maneira nós dois estamos ligados.
- Eu também sinto isso. -ela confessa fitando o chão.
- Acho que... Rompemos a última barreira da nossa amizade. -digo.
- Obrigada por acreditar em mim Zayn. -ela se vira e me abraça forte- Você... Não tem ideia do quanto isso significa pra mim.

                  Quando ela se afasta, vejo lágrimas nos seus olhos e uma vontade repentina de lhe consolar atravessa o meu peito. Eu me aproximo enxugando uma lágrima de seu rosto e a encaro no fundo daqueles olhos verdes e grandes. Ela me olha como se esperasse que eu fizesse ou dissesse alguma coisa. Meu dedo não deixa sua bochecha e como se eu fosse guiado por uma força mais forte que eu, mas que ainda assim pertence ao meu interior, eu a beijo.



                   Seus lábios estão gélidos e macios sobre os meus e eu sinto seu choque com a minha iniciativa, mas ela não se afasta de mim nem por um minuto. Meu corpo é invadido por um sentimento indescritível e sinto fagulhas me espetando por todos os meus membros. O beijo é doce e calmo, sua boca é tão convidativa à minha, que nem posso acreditar que este seja o seu primeiro beijo. Por um momento deixei de lado todos os problemas da minha vida pessoal e qualquer pensamento que pudesse me ocorrer e me concentrei apenas em sentir o seu gosto. E como é bom! Como eu não havia pensado em fazer isso antes? Eu me afasto por um momento, mas como se fosse conduzida por um imã, minha boca encontra o caminho de volta até (Seu Nome) e então aquela sensação de estar finalmente completo, me invade outra vez.

Continuaaaa. E, finalmente o beijo!! kkk Por mim eu teria esperado mais um pouco pra esse beijo, mas vocês estavam tão ansiosas que eu decidi agilizar. Eu sei que não ficou perfeito mas eu estou meio sem inspiração nessas ultimas semanas. Enfim, espero não ter decepcionado tanto vocês. E desculpem qualquer erro, não tive tempo de revisar. Continuo o mais rápido que eu puder. Amo vocês! Comentem. Beijosss -Deh♥