HAUNTED 26 - Saved

 Those clouds          hangin' 'round

No they ain't gonna stay

Keep your arms wide open

'Cause it's heading' your way

Look, come yonder there's a better day

Better day...better day

- Parece que conseguimos.

- Deve ter alguma coisa - Eu disse pensativa - ele é muito grande pra ser pego tão facilmente. 

- Facilmente?! Esse cara tem nos dado dor de cabeça à meses 

- Você me entendeu - O encarei - se machucou? - Perguntei analisando o machucado em seu maxilar 

- Besteira... um curativo resolve. 

- Certeza? 

- Um beijo e outras coisas também resolve - Sorriu malicioso 

- Continua dirigindo, Tomlinson - Ri 

— DIA SEGUINTE —
MADRUGADA 

Acordei com Louis se mexendo na cama sem parar, me sentei preparada pra brigar com ele mas ao ligar a luz o notei um pouco suado, coloquei a mão no seu rosto notando que ele estava com febre.

- Louis - O chamei - acorda!

Ele abriu os olhos e suspirou, puxou as cobertas pra se cobrir novamente resmungando algo.

- Fica acordado, você está com febre.

- Minha cabeça tá explodindo.

- Senta um pouco, vou pegar um remédio.

Me levantei e peguei um remédio que achei que iria servir.

Com um copo de água voltei até ele que tomou junto com o remédio.

- Tive um pesadelo tão estranho - Ele disse se embrulhando nas cobertas 

- Sobre o que? 

Ele ficou um pouco em silêncio e eu me deitei do seu lado, por um milagre ele abraçou minha cintura e deitou a cabeça na minha barriga.

- O que aconteceu? 

- Eu nem lembro direito - Suspirou

- Se tivesse esquecido não estaria assim.

- Okay - me encarou - lembrei do dia que conheci meu pai.

- Você disse que nunca conheceu - Ergui uma sobrancelha 

- É a mentira que eu gosto de acreditar 

- Por que lembrou disso do nada? 

- Minha mãe disse que ele ligou pra ela, mas não falou nada de importante.

- Deveria ter me dito.

- Não gosto de falar sobre isso.

- Fala pra mim.

- Bem - Se sentou - eu tinha dez anos e ele apareceu bêbado na minha casa, gritou com a minha mãe, gritou comigo, se não fosse meu padrasto nem sei o que ele faria, foi horrível ter que escutar minha mãe falando que ele é meu pai biológico. 

- Só você não ficar lembrando disso e quem te criou foi seu padrasto pra ser sincero, ele é dez mil vezes mais seu pai do que o biológico. 

- Você tem razão, mas é foda eu conseguir aceitar isso as vezes 

Era quase um milagre ver Louis Tomlinson inseguro, ele sempre quer transparecer seu melhor lado, dando todos a opção de amá-lo incondicionalmente ou odiá-lo, eu já transitei pelas duas opções incrivelmente, mas de qualquer forma é como se ele fosse alguém que não tivesse pontos fracos, que é feito de risadas altas, sarcasmo e amor ao trabalho, só que eu sei que não é bem assim, pelo menos agora, tenho certeza disso. 

- Que idiotice acordar no meio da noite com isso. - Suspirou decepcionado. 

- Não é idiotice, é só o que você sente, todo mundo tem uma história ruim. 

- A minha é bem idiota - Se levantou - pode dormir, acho que vou esfriar a cabeça. 

- Vou com você. - Me sentei 

- Você tá cansada, Franky, não precisa. 

- Somos namorados pras coisas boas - Me levantei - e pras ruins também, não é? 

Ele sorriu e assentiu, peguei uma calça e coloquei, calcei os chinelos, assim como ele que pegou uma jaqueta e saiu de meias mesmo. 

Saímos do seu apartamento e descemos, chegamos na rua que estava pouco movimentada, já estava de madrugada e apenas o que estava aberto era bancos e lanchonetes vinte quatro horas. 

- Melhorou da febre? - Eu disse colocando a mão na sua testa 

- Só um pouco - Riu baixo - você se preocupa demais sabia? 

- Eu sei, você sempre diz isso. 

- Nunca tive ninguém assim. 

- Incrível como caras idiotas feito você conseguem garotas como eu - Brinquei 

- Você é chata sabia? - Riu 

- É uma das minhas poucas qualidades - Sorri

- Mas eu tenho sorte de ter você - Me beijou 

- Temos sorte de ter um ao outro - Pisquei - E está frio aqui fora - Cruzei os braços 

- Você é teimosa deveria te deixar passando frio - Me abraçou 

- Não aguentaria me ver sofrendo - Me gabei 

- Não se iluda, Franky - Sorriu malicioso 

- Idiota - Ri 

- Vamos dormir, amanhã o dia vai ser mais que cheio. 

TARDE 

LOUIS TOMLINSON P.O.V. 

Estava de frente com o chefe da "gangue" "facção",chame como quiser, mas vem trazido problemas o suficiente pra atormentar o país inteiro. 

Ele me olhava com um olhar de superioridade, como se eu não fosse capaz de fazer algo. Apoiei os braços sob a mesa e o encarei. 

- A escolha é sua, pode dizer algo interessante e conseguir uma delação premiada ou do jeito mais difícil.

- Eu sou rico, não pode fazer nada comigo. 

Me aproximei lhe dando um soco no rosto e voltei a me sentar normalmente na cadeira. 

- O meu advogado... 

- O seu advogado não vai fazer nada - Sorri cínico - afinal ele vai ser do governo.

- Eu posso pagar o melhor do país. 

- Não pode, todos os seus bens e de qualquer pessoa ligada à você foi congelada... então Jean,como vai ser? 

Ele me encarava sério como se pudesse me fuzilar ali mesmo, naquele momento tinha certeza que estava ganhando aquilo.

- Eu... matei Junior, dono da Audazes quando dominava apenas Nova York, sem ninguém saber.

- Audazes.

Tirou o anel do próprio dedo e me mostrou, na parte interior estava escrito Audazes, nome da facção. 

- Eu expandi o negócio, sem que ninguém soubesse que ele estava morto, já que não tinha família nenhuma - Deu de ombros - ninguém deu falta e como eu era leal, não imaginavam...já que eu era novo me achavam inocente demais. 

- Então se expandiu pro Alabama, onde achou Mark? 

- Primeiro fui pra lá e encontrei Mike, o adotei como filho, depois encontrei Mark, minha filha se apaixonou por ele e eu acabei me apegando, como se fosse meu filho também. 

- Seu neto morreu, tem ideia que a culpa é sua? 

- Ele se propôs à entrar nisso diferente da traidora daquela garota. 

- Sua filha, Anne nos ajudou - Relaxei na cadeira 

- Quando eu sair desse lugar vocês vão se arrepender muito.

- A diferença é que você nunca vai sair daqui - Me levantei - tem crimes o suficiente pra ficar aqui até depois de morto. 

Saí da sala enquanto Harry e Zayn o tiravam dali o levando de volta pra cela, dali iria direto pra um presídio de segurança máxima, assim como os outros.

- Meus parabéns - Benjamin apareceu - quero você e a equipe na sala 3 de reuniões em cinco minutos. 

Assenti e fui até o pequeno refeitório onde Liam, Thomas e Franky tomavam café, discutindo o que desejam que aconteça com Jean daqui pra frente, melhor não comentar o que foi, com certeza isso é +21. 

- Então, Benjamin está nos chamando na sala de reunião. 

- Pra...? - Thomas perguntou 

- Não tenho ideia, mas ele parece de bom humor. 

- Espero que seja uma promoção, quero um aumento - Liam disse saindo da sala. 

Entramos no elevador e subimos até o demarcado, ao abrir a porta, ele estava sentado na cadeira observando algumas pastas. 

- Nunca pensei que vocês resolveriam o caso inteiro - Nos encarou 

- É a nossa missão, tínhamos que resolver - Franky disse 

- A missão de vocês só era prender o Mark na verdade, o chefe da Audazes foi só um palpite, uma aposta que eu fiz.

- Quase nos matou por uma aposta?! - Me alterei 

- O importante é que vocês conseguiram, só não vão ter maior reconhecimento porque era algo secreto, mas... acho que podem conseguir um promoção. 

- Espero que tenha certeza disso - Liam resmungou 

- Só preciso de mais uma coisa de vocês - Se levantou - quero que alguns de vocês vá até o cativeiro, fica quase no interior. 

- Cativeiro? - Ergui uma sobrancelha 

- Ele manteve uma mulher, filha do ex dono da Audazes em cativeiro. 

- Acho que eu posso ir - Franky se ofereceu 

- Eu também - Dei de ombros 

- Tudo bem... por favor tenham cuidado, provavelmente estão traumatizados, ainda não temos certeza de quanto tempo eles foram mantidos naquele lugar. 

- Benjamin - Zayn entrou na sala. 

- O que houve? - Direcionou o olhar pra ele 

- O caso da Audazes foi pros jornais - Disse mostrando o tablet - tem vários repórteres lá fora querendo saber o que aconteceu. 

- Como eles descobriram isso? - Perguntou irritado 

- Não tenho ideia, só que alguém tem que ir falar algo ou apenas dizer que é sigiloso - Ele deu de ombros - tenho que cuidar de outras coisas, boa sorte pessoal. 

- Valeu,cara... - Cruzei os braços 

- Okay, mais um trabalho pra vocês dois. - Benjamin disse impaciente - enquanto Thomas e Liam vão me ajudar com Jean e Mark. 

Depois de relutar um pouco, eu e Franky acabamos saindo do escritório e quando Zayn disse que estava cheio de repórteres, não mentiu. Logo fomos recebidos por flashs e inúmeras perguntas. 

- "Audazes" realmente teve um fim? 

- É verdade que eles contribuíram com o tráfico? 

- Quanto tempo durou a operação. 

Franky assim como eu estava colocando o colete a prova de balas tentando ignorar mas tínhamos que falar algo. 

- Tudo bem - Tentei acalmá-los - não temos certeza se a Audazes foi realmente extinta, mas provavelmente o fim está bem próximo. 

- Agora por favor - Franky veio ao meu lado - tentem entender que certas informações ainda são sigilosas e precisamos guardá-las pro bem da operação. 

Saímos até o carro ainda seguidos de flashs e perguntas. Apenas dirigi pra fora dali, alguns ainda seguiam nós dois, mas nada que de fato fomos nos importar. 

- Espero que eles tenham pegado meu melhor ângulo - Ela brincou 

- Sabe que a TV engorda cinco quilos não é? 

- Não tenho problemas em ser gorda, só não quero ser aquele tipo de pessoa que sai  piscando em todas as fotos, sabe? 

- Sei - Ri - como esses caras conseguem descobrir essas coisas. 

- Muitos informantes - Ela revirou os olhos 

FRANKY P.O.V. 

Depois de uma hora e meia chegamos até o local, entramos rendendo os poucos seguranças que havia no local, a ambulância chegou logo depois e não demorou para que ouvíssemos um barulho.

Fomos até o porão e achamos um uma mulher e um garoto, eles estavam encolhidos na cama abraços, na hora tive a suposição que era uma mãe e seu filho. 

- Tá tudo bem - me aproximei - somos da FBI, viemos ajudar vocês. 

- Isso é verdade? - Ela me encarou

- Sim - Mostrei o distintivo 

- Viemos te ajudar - Louis complementou - Acabou... pode ficar calma 

No momento ela começou a chorar e veio até mim me abraçando, não sabia o que dizer só sentir, era um choro de alívio. 

- Obrigada, obrigada, obrigada. 

- Vai dar tudo certo agora - A encarei - só preciso que você me acompanhe até a ambulância, Kate, certo? 

- Sim... sim está, obrigada...

- Não precisa me agradecer. 

- Steve - Ela chamou o garoto - vem, meu amor 

- Steve? - Perguntei 

- É em homenagem ao avô dele - Ela disse baixo - 

- É parecido com o nome do meu pai - Comentei 

- Vem - Louis disse - pode ir, deve estar cansada, eu levo seu filho - Pegou o garoto no colo 

***

Depois de algumas horas no hospital, fomos até a FBI, eu tive a missão de interrogá-la, enquanto Louis e Liam tentavam entreter seu filho. 

- Sei que é difícil relembrar os momentos que você viveu naquele lugar. 

- Tudo bem, só de saber que não vou ter que ficar no mesmo lugar que aquelas pessoas, sou capaz de te dizer tudo que quiser. 

- Sobre o seu pai? 

- Eu era nova quando ele morreu, na verdade, inventaram que ele tinha desaparecido, até que chegou um momento que ele nunca voltava, como antes, então eu notei que tinha acontecido. 

- Você ficou em cativeiro por quanto tempo? 

- Seis meses... eles estavam me usando contra o meu marido, eu pedi pra ele sair daquele lugar, iriamos fugir juntos - Suspirou - mas não deu certo, Mark descobriu tudo e me prendeu naquele lugar. 

- E quando o nome do seu marido? 

- Theo... Theo Edwards 

Naquele momento a lealdade do Theo aquelas pessoas fazia todo o sentido, tinha muito mais em jogo que eu e meus pais, ele tem uma família que eu nunca nem sonhava que existia, no momento meus olhos se encheram de lágrimas, o julguei tanto, sem saber que no fundo, ele queria apenas proteger todo mundo. 

- Tudo bem? 

- É que... Theo é... é o meu irmão mais velho. 

- Você é a Franky? 

- Ele já falou de mim? - A encarei com curiosidade 

- Meu Deus sempre que comentávamos algo sobre Steve ele lembrava de você - Riu baixo - dizia sempre que queria que você pudesse vê-lo, porque sempre foi mais corajosa que ele 

- Ahn... eu nem sonhava que ele tinha uma família, ele sumiu por muito tempo e quando o encontrei ele não me disse nada. 

- Ele não podia, depois que eu fui  presa naquele lugar, Theo teve que abrir mão de tudo. 

- Talvez a gente possa provar que ele foi chantageado isso pode ajudá-lo um pouco... mas eu ainda estou chocada... mulher, filho.... 

- Por favor, perdoa o Theo... ele errou demais mas merece uma segunda chance. 

- Eu sei - Suspirei - mas como você viveu tanto tempo naquele lugar? 

- Eu não tinha pra onde ir, não podia deixar minha mãe... quando ela morreu, eu conheci o Theo, então eu me apaixonei e eu não podia deixá-lo. 

- Vou te ajudar, prometo.

Depois de outras perguntas saímos da sala e Steve correu para os braços dela, olhei pra ele que tinha os olhos verdes assim como eu e meu irmão, é inacreditável como ele tem uma família e eu nem desconfiava. 

- Então? - Liam se aproximou - o que houve? Tá meio pálida - Ergueu uma sobrancelha 

- Ela... ela é mulher do meu irmão... o filho dela, é meu sobrinho - Passei a mão pelos meus cabelos 

- Isso é sério? - Louis perguntou desacreditado 

- Ela disse tudo, inclusive o nome completo do meu irmão... como não descobrimos isso antes? 

- Aquela casa nem tem no mapa, super bem escondida - Louis explicou 

- Como o mundo é pequeno - Liam comentou - mas já está de noite e meu horário de trabalho acabou, então, estou vazando. 

- Manda um beijo pra Naomi - Louis disse provocativo 

Liam mostrou o dedo do meio enquanto saía, fazendo Louis gargalhar, sempre adora provocar. 

Mas ele logo voltou ao assunto principal. 

- Ei... isso é ótimo, porque o pesadelo dela já acabou e podemos ajudar o Theo, agora ele não precisa mais ser leal à ninguém, porque a mulher dele está com a gente. 

- Preciso visitá-lo. 

- Tem certeza que quer fazer isso hoje? 

- Tudo bem - Me dei por vencida - amanhã bem cedo 

- Okay - Beijou meu rosto - pode ficar tranquila, Kate e o Steve vão ficar no programa de proteção a testemunha, é um bairro lindo e bem perto daqui. 

- Eles merecem - olhei para os dois que sorriam um para o outro - deve ter sido horrível. 

- Vai ficar tudo melhor, porque conseguimos 

- Sim - O encarei - incrivelmente, concluímos a missão - O abracei 

- Acho que eu mereço um prêmio - Riu  

- Ri - obrigada por me fazer rir no momento que quero desmaiar com tantas informações - O beijei 

- Essa é a minha missão que tenho que cumprir todos os dias. 

CONTINUA... 

***

DESCULPA A SUPER DEMORA, AMO VOCÊS <3 ESPERO QUE GOSTEM, BEIJÃO.