The Hunger Games ♡ 2º Temporada - Capítulo 4

( se quiserem escutar alguma música, escutem everybody wants to rule the world - lorde)

FIRE IS CATHING

- nunca mais me abandone pai, por favor
- nunca abandonei - me abraçou mais forte

Minhas mãos estavam trêmulas e eu não sabia mais o que dizer, tinha tantas perguntas, tantas coisas para lhe falar que eu não sabia por onde começar, me desprendi do abraço e encarei seus olhos.
Meu pai sorriu e acariciou meu rosto.

- você soube o que aconteceu com a Violet? - perguntei
- infelizmente, eu sei - desviou o olhar
- por que sumiu? eu... precisei muito de você - suspirei
- eu tenho muita coisa pra te explicar ainda, mas agora você tem que conhecer seu novo distrito - sorriu
- por que todos dizem isso?
- o que?
- meu novo distrito, não é meu novo distrito, eu pertenço ao distrito 12, nada vai mudar isso
- tinha que ser minha filha - riu baixo - eu sei...

- eu não quero conhecer nada agora, quero você você me conte o que aconteceu, com você, com minha mãe, quero saber tudo
- okay, parece que você não aceita um "espere um pouco"
- não mesmo - sorri de canto
- senta aí - apontou a cadeira - vou te contar

Me sentei, e ele se sentou de frente pra mim.
Por um momento ficou em silêncio, apenas olhando para os papéis em sua mesa, ele parecia pensar por onde começar.

- bem, naquele dia, o tiro que você viu eu e sua mãe levando, era só um tranquilizante, levaram nós dois para uma sala de tortura, queriam saber onde estavam todos. Porém, fomos resgatados pelo distrito 13, perseguidos, sua mãe... - suspirou - ela levou um tiro, eu tive que deixá-la, então vim para o distrito 13
- você ficou sabendo quando minha tia morreu?
- claro, eu sabia de tudo, me informavam sempre, mas se eu saísse daqui, para voltar pro distrito 12, seria morto, não duraria nem um dia, então, decidi virar o chefe de segurança do distrito 13
- imagino que deve ter sido horrível quando descobriu sobre a Violet...
- foi, não queria perder nenhuma de vocês
- muito menos eu - abaixei o olhar
- Seu nome, posso te fazer uma pergunta?
- pode - respondi desconfiada
- esse garoto aí, Harry, é um dos Styles?

Antes de responder, me lembrei do pai do Harry, minha família se separou por culpa dele.

- sim - respondi
- aquilo dos jogos, era real?
- na época dos jogos não, mas agora...
- seu nome, não se lembra do que o pai dele fez?
- mas... ele é totalmente diferente

- você conhece esse garoto à alguns meses, eu conhecia o pai dele à anos,e ele fez aquilo, quem te garante algo
- pai, você caiu de paraquedas na minha vida, não é como o senhor quer, é como eu quero
- tudo bem, só estou tentando dizer que... um Styles não é confiável
- me levantei - licença
- Seu nome!
- o que foi? - o encarei
- não fica brava, só estou comentando, eu te amo - se aproximou
- tente ser legal com ele - o abracei
- vou tentar - beijou meu rosto
- agora eu vou conhecer o distrito, tchau
- tchau, filha

Saí de sua sala, procurei por Harry, perguntei para James, depois de me dizer que ele estava na sala de treinamento.
Fui até a sala de treinamento, onde Harry batia em um saco de pancadas, me sentei em um banco, fiquei o olhando, até que ele notou minha presença, ele parou o que estava fazendo e veio até mim.
Harry estava ofegante. O encarei e sorri de canto.

- demorou, algum problema? - perguntou
- não...
- então... o que foi?
- nem parece real o que acabou de acontecer - sorri de canto - o chefe de segurança é o meu pai
- como assim? - perguntou surpreso - seu pai? mas...
- é, eu pensava que ele tinha morrido mas não - o encarei - ele está ali
- e sua mãe?
- ela não teve a mesma sorte
- tirou a camiseta - fico feliz, você deve estar bem feliz
- claro - sorri - só... estou ainda perplexa
- imagino... te abraçaria se não estivesse suado

Sorri pra ele, me levantei e o abracei forte.

- até parece que eu vou ter frescura por causa de suor - ri

Apenas ouvi sua risada e ele correspondeu ao abraço.

- ei - me encarou - será que ele vai gostar de mim?

- não vou mentir pra você... ele não gostou nada de saber que estou com um Styles
- imaginei - suspirou

Harry parecia um tanto desapontado, no começo não me colocava em seu lugar, mas agora pensando bem, deve ser horrível ser culpado por ter apenas um sobrenome, ele não fez nada, mas seu pai fez.

- ei, não fica assim - sorri - tenho certeza que uma hora ele vai gostar de você sim
- sorriu de canto - eu espero
- agora, precisamos trabalhar
- o que tem em mente?
- trazer os garotos pra cá, eles podem correr algum risco

- faz tempo que não falo com eles
- vou tomar um banho, depois penso em alguma coisa
- tudo bem

Harry selou nossos lábios,e  eu me retirei da sala de treinamento.

HARRY STYLES P.O.V.

Depois que Seu Nome saiu, fiquei pensando sobre meu pai, porque algo que ele fez tem que me atormentar até hoje? Eu não tenho culpa de ser filho dele, será que é tão difícil de entender?
Continuei treinando, até estar acabado pelo cansaço, me sentei no chão e respirei fundo.
Por um momento pensei na minha mãe, será que ela está bem? Por algum motivo estranho, sentia um aperto no peito ao me lembrar dela e da Gemma.
Me levantei, e quando estava saindo da sala, Joseph e James me pararam.

- algum problema? - perguntei
- sim - Joseph respondeu
- vem com a gente - chamou

Olhei desconfiado mas os segui até uma sala que estava de telas.
Então, logo entendi que cada tela era um distrito.

- Harry, é uma cena meio forte... não sei se vai querer ver - James disse
- eu quero ver, mas o que houve
emm
Joseph arrumou a tela do distrito 12, e logo cortou para uma casa pegando fogo, que me parecia extremamente familiar.

- essa casa... - tentei pensar
- era... sua antiga casa, Harry - Joseph
- como assim? mas... minha mãe, minha irmã, diz pra mim que elas conseguiram sair - encarei James - DIZ! POR FAVOR!
- não sabemos, mas... a maioria do distrito, acha que não - James falou baixo
- eu lamento... muito - Joseph tentou confortar
- eu também lamento
- não! para! elas não... não podem ter morrido, isso não pode ser real

Meus olhos estavam marejados, enquanto eu olhava para tela.
Por um momento venho uma lembrança, dessa casa, eu e Gemma sentados na mesa, comendo, enquanto minha mãe, terminava de colocar as coisas na mesa, ambas sorriam e falavam algumas coisas engraçadas.
Agora acabou? minha casa pegou fogo? Minha família, tudo acabou?
Era como se algo ardesse dentro de mim, doía demais, e não haveria nenhum analgésico que pudesse parar essa dor.

- Harry - James tentou falar algo
- obrigado por avisar - eu disse baixo

Saí da sala, precisava ficar sozinho, eu acho.
Andei pelo distrito, até achar um jardim, completamente vazio, me sentei numa cadeira e olhei para o horizonte, o Sol estava se pondo, e eu ainda não queria acreditar no que eu acabei de ver.
Logo veio a noite, e eu ainda estava ali, parado no puro silêncio. Já deveria fazer mais de horas que eu estava ali, mas agora eu não sabia o que fazer, talvez eu saiba nesse momento exatamente a dor que Seu Nome sentiu quando perdeu as pessoas da sua família.
Finalmente me dei por vencido, e deixei que as lágrimas caíssem, não era um choro fraco, era um choro de verdade, eu soluçava, enquanto as lágrimas caíam sem parar.

- Harry - ouvi meu nome ser chamado

Não me virei, apenas continuei encarando a lua, deixando que as lágrimas ainda deslizassem sob meu rosto.
Eu sabia que era Seu Nome, mas não sabia o que dizer, e nem se eu queria dizer alguma coisa.

Senti sua mão pousar delicadamente em meu ombro, e seus lábios encostarem no meu rosto.

- lamento - ela disse

Olhei em seus olhos, e provavelmente esse era o "lamento" mais sincero que alguém pudera me dizer, ela sabe exatamente o que estou sentindo.
Me levantei e a abracei forte, então chorei ainda mais.
Seu Nome ficou na ponta dos pés, e acariciou meus cabelos.

- não vou deixar isso barato - ela disse - você não vai chorar por nada
- elas eram tudo, Seu Nome... elas não mereciam
- eu sei, tenho certeza disso - me abraçou mais forte
- eu... não vou poder nem... enterrar elas de forma descente - suspirei
- é horrível
- está doendo muito

- eu sei, mas você é forte, sei que é

Depois de ficarmos um longo tempo ali abraçados, ela me convenceu de ir para o quarto.
Tomei um banho rápido e voltei para o quarto.

- toma - me entregou um remédio e um copo d'água - pra você dormir
- obrigado - agradeci

Tomei o remédio com a água, deixei o copo encima da cômoda e me deitei, Seu nome me cobriu e beijou meu rosto.
Fechei meus olhos e logo o remédio fez efeito para que eu dormisse.

SEU NOME P.O.V.

Depois de notar que Harry dormiu, acariciei pela última vez seus cabelos, vê-lo daquela forma, com os olhos vermelhos de tanto chorar é horrível, já passei por isso e não desejo aquilo nem para o meu pior inimigo.
Mas agora chega, cansei da capital nos atacar enquanto cruzamos os braços esperando o próximo passo.
Coloquei meu coturno e uma jaqueta, desliguei a luz e fechei a porta.
Chamei James e Joseph.

- qual o problema? - Joseph perguntou
- ainda pergunta? a capital matou mais pessoas, esse é o problema
- o que quer fazer? - James perguntou
- sabe as cameras que gravaram o incêndio?
- sim - Joseph assentiu
- quero ver as imagens antes do incêndio, e alguém que sabe identificar quem foi
- não está pensando em... - James começou a falar
- ah, eu estou assim, façam esse favor pra mim - pisquei

Depois disso, fui até a sala de segurança (escondida, claro), peguei um arco e flecha, alcool e um isqueiro, coloquei em uma bolsa, apenas levando o arco na mão.

Voltei a sala, onde James e Joseph me entregaram algumas imagens. Então Joseph começou a explicar.

- o que indica é que esses dois - apontou para a foto - são chefes pacificadores, todos são conhecidos como números, esse é o número um - apontou para a foto - e esse é o número três
- estão em um quartel, no distrito 12 - James completou
- okay, me arrumem um helicoptero para o distrito 12, e que sobrevoe esse quartel
- okay, mas... pra quê?
- eu não queimo sozinha - saí da sala - estou esperando lá fora

Saí da sala, e fui para o pequeno aeroporto que havia ali, tive sorte que me deram boas coordenadas, e agora eu sabia onde quase tudo ficava.
Depois de esperar um longo tempo finalmente o helicoptero chegou, antes que meu pai aparecesse para me impedir, subi no mesmo, e pedi para que fosse rapido.
Ninguém iria querer que eu fosse afinal, talvez seja uma viajem só de ida, mas... eu preciso fazer isso.

Depois de um tempo sobrevoando os distritos, finalmente chegamos sob o distrito 12, pedi para que descessem um pouco, então ficamos sobre o quartel.
Peguei uma das minhas flechas, coloquei alcool na ponta, acendi o isqueiro, enquanto a flecha pegava fogo, apontei para o centro do quartel e atirei....
Logo o telhado havia começado a pegar fogo.

- vamos embora! - eu disse

Começaram a atirar em nós, um tiro pegou de raspão no meu braço, e outro também de raspão no meu ombro, por sorte eu sabia desviar bem, mas a dor era imensa, porém, eu havia cumprido com um desafio que eu fiz a mim mesma.

Enquanto eu me deitei tentando esquecer a dor, que estava forte, o piloto voou de volta para o distrito 13.
Agora sim, eles teriam certeza que isso é uma guerra, e que eu não irei mais sofrer calada.

CONTINUA... 

CONTINUO COM 6 COMENTÁRIOS <3 

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OI OI! 

agora sim, a história não tem nada haver com o livro, mas eu já disse que temos que fugir da realidade do livro, já que só o enredo é o mesmo haha e desculpa se tiver alguns erros ai, pq eu to sem tempo pra corrigir 

espero que tenham gostado, e entendido, qualquer dúvida, nos comentários <3 

vou tentar postar mais gente, juro, rs.... 

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beijos - mi