31 de março de 2014

MTT - 2° Temporada - Cap. 10 - You're The Only One.

             
 
        "feel that moment"

                                                                Anteriormente

  Falou com olhar ainda triste, mas se levantou e entrou no banheiro carregando as roupas que a (Seu 
Nome) tinha trazido pra ela.

                                                                       Agora

  Enquanto isso (Seu Nome) caminhou até mim e segurou minha mão com expressão amorosa, demonstrando toda sua compaixão naquele momento de tensão.

(Seu Nome): Vai dar tudo certo Liam. -falou de forma acolhedora-
Liam: Eu sei que vai. -assenti-
(Seu Nome): Ainda não entendo porque os pais dela não estão aqui. -sussurrou-

                             

Liam: Não tente entender.

     Depois de alguns minutos Kristen saiu do banheiro e então encerramos a nossa conversa.



                                           Seu Nome ON

                                                        

Saí do hospital acompanhando o Liam e a Kristen. Deixei eles na casa dele e fui pra minha.

Harry: E então amor? Ela teve alta ?  - Harry perguntou enquanto eu me sentava no sofá.
Eu: Sim e ela me parecia ótima.
Harry: Ai que bom, espero que ela e o Liam se resolvam
Eu: Eu também. - Meu celular começou a tocar olhei no visor e marcava o nome do Justin.

Ligação on

Eu: Oi?
Justin: Oi princesa quer sair pra jantar comigo e com a Selena hoje?

Eu: Não sei não, acho que não estou em um clima muito bom pra sair.

Justin: Por favor, é só um jantar pra esquecer dos problemas.
Eu: -suspirei- Tudo bem então. Posso levar o Harry?
Justin: Claro. Passo ai as 8, levo vocês porque é surpresa. Beijos ate mais tarde gata.
Eu: Tchau beijos cachorro - rimos.

Ligação OFF.

Harry: Quem era?
Eu: O Justin convidando a gente pra jantar.
Harry: A gente, ou você?
Eu: -sorri- Eu, mas ele falou que a Sel vai e é pra você ir também.

                       

Harry: Hum.

Eu: Isso é um sim?

Harry: Hum.
Eu: Crise de ciúmes agora não, por favor.
Harry: Não estou com ciúmes,  quero almoçar vamos pedir pizza?
Eu: Pede pra você,  eu vou deitar mais um pouco.
Harry: Tudo bem então.

   Harry levanta do sofá e sai pela porta da frente após bater com força, ah que saco! Ás vezes ele é tão infantil! Vou é dormir.




                                              Zayn ONN

                                               

  Estava uma tarde tao linda que resolvi sair pra passear sozinho. Precisava pensar e decidir o que fazer. "pedir ou não pedir a Emma em noivado?" É um grande passo a ser dado na minha vida, algo que mudará a minha história para sempre. Mas isso foi o que eu sempre sonhei, não é? Ficar com a mulher que eu amo de verdade, eu sempre quis isso, só que... E se ela não aceitar? E assim fiquei uma tarde inteira viajando no mundo dos meus pensamentos.



  Por que tem que ser tão difícil assim fazer escolhas na vida? Ou melhor, porque a vida precisa em si ser tão complicada, pensa Zayn. Eu quero mesmo perder minha liberdade pra sempre? Dedicar-me somente a uma mulher e a uma vida inteira de um homem de família? As perguntas são tantas, elas percorrem minha mente e parecem não se importar com a hora de se calar, turbilhões de emoções e indecisões insistem em me sufocar ainda mais conforme as horas passam. Mais de uma coisa eu tenho toda certeza: eu amo Emma!


                                                 Justin ONN

                                                     

 Buzino pela quarta vez em frente a casa da (Seu Nome), já estávamos todos no carro menos ela, ahh que demora.

Eu: Ela sempre demora assim? - me viro para o Harry.
Harry: Sempre. -sorri de lado-
Selena: Ah como homens são chatos e não entendem o quanto é difícil ficar bonita - Eu e o Harry rimos.

  E então (Seu Nome) sai da sua casa e meu queixo cai disfarçadamente. Ela estava linda.

Harry: Opa gente, essa é a minha namorada.
(Seu Nome): Oi amor. -falou sentando-se no banco de trás ao lado dele depositando um beijo em sua bochecha - Oi Jus, oi Sel . - Sorrimos em sinal de cumprimento a ela.
Harry: E então onde nos vamos?
Eu: Preparem -se, nós vamos para a minha casa beibis. - Sorri de canto.

(Seu Nome): Pensei que fossemos jantar. -falou confusa-

                           


Justin: E vamos. -sorri-


                                                   Liam ONN

                                                       


    Eu e Kristen estávamos deitados no sofá abraçadinhos, parecíamos até um só. Seu corpo encostado ao meu me transmitia seu calor, mas apesar disso, suas mãos estavam gélidas e suas bochechas não tinham mais a cor de antes. Ela está morrendo aos poucos, o pensamento traz arrepios à espinha e sinto meu mundo desequilibrado. Levo seus delicados dedos até meu lábio e deposito um beijo da maneira mais doce que sou capaz. Ela me encara com olhos preocupados, cheios de dor e medo.

Kristen: Oh Liam! -lágrimas escorrem pelo seu rosto-
Liam: Estou aqui meu amor, porque está chorando?
Kristen: Não é nada. -falou limpando as lágrimas-
Liam: Você sabe que pode me contar tudo, porque você está chorando?
Kristen: É por você Liam!
Liam: Por mim? -pergunto alarmado-
Kristen: Sim, não percebe o que eu fiz com você?
Liam: Você trouxe alegria pra minha vida, fez de mim um novo homem!
Kristen: Não Liam! Eu acabei com a sua vida. -chorou- Isso porque sou muito egoísta e só pensei em mim mesma.

                        

Liam: Não fala assim, você foi a melhor coisa que pôde acontecer na minha vida!
Kristen: Oh Liam! Eu sinto muito por não poder ser aquela pessoa que você esperava, aquela com quem você vai passar o resto da sua vida chamando de "sua".
Liam: Kristen, você é essa pessoa! Não só é, como sempre será, você é única na minha vida e nada jamais mudará o sentimento que temos um com o outro. Nem a vida e nem a morte, por que o amor está muito além disso, e de tudo o que o ser humano é capaz de imaginar.
Kristen: Meu Deus, você sempre sabe o que dizer não é? -sorriu tristonha- Eu te amo tanto Liam!
Liam: Eu sei meu amor. -acariciei sua face- E eu também te amo muito, incondicionalmente.

      Beijei-lhe a testa de maneira super protetora e por fim acabamos dormindo ali mesmo abraçadinhos, apenas sentindo a presença um do outro e a paz que podia ser transmitida pelo toque de meu corpo ao dela, oh Kristen, eu a amo tanto, por favor não me deixe, por favor!

  Continua ...

Bom gente agora quem cuida dessa fic é eu e minha amiga Deh, espero que tenham gostado.... Não queremos apressar e atropelar esta fanfic mas espero que entendam que os novos personagens (tirando o Justin) devem ser esquecidos pois não vão aparecer. E mais uma coisa postaremos com frequência, muitas surpresas estão por vir, preparem-se. Bom é isso... o que acharam ?

Sweet Dance - Décimo Segundo Capítulo: Nothing Better Than a Kiss



             SeuNome on~

Talvez, como Julian falou, aquela garota seja maluca. Do que será que ela estava falando ? Nunca havia visto ela em nenhum lugar, bom era oque minha memória me afirmava.
SeuNome: Mamãe ? - disse completamente confusa -



Dox: Sim, mamãe. Ela me dissera que seu pai, ou melhor, o nosso pai, teve um caso com ela um pouco antes de conhecer a sua mãe - disse mudando a feição -
SeuNome: Que ? Você deve estar maluca só pode! - falei cruzando os braços -
Dox: Olha, pergunte à sua mãe tenho certeza que se você insistir, ela te contará tudinho - finalizou arrumando a bolsa em seu braço esquerdo - E só para que você saiba, eu não tenho raiva de você! Você não tem culpa nenhuma disso tudo - sorriu falsa e andou para fora do prédio -
Podia ver em seus olhos o tom sínico em me dizer tudo aquilo. Será que ela estava realmente falando com a pessoa certa ? Oque ela queria dizer com “ela te contará tudinho” ? Isso era estupidez, minha mãe não iria esconder algo sobre meu pai para mim! Ou ia ? 
             
                                      ***                                         

Fiquei com tudo aquilo em minha cabeça, não ensaiei direito, não comi direito, não prestei atenção em nada hoje e já iria esquecer-me de falar com Julian, a sorte, ou não, foi a dele aparecer para perguntar se estava me sentindo bem.
SeuNome: Eu estou bem - sorri - Julian, então eu preciso falar com você, não sei se vai gostar muito - disse com receio -
Julian: Oque é ? - perguntou sério -



SeuNome: Eu pensei muito e decidi que Zayn será meu par, não seria justo desistir dele, ele teve de aprender tudo para a coreografia, já sabe todos os passos de cor coisa que se for você, teria de aprender e isso demoraria muito - falei com um nó na garganta -
Julian: Você oque ? - (gif) - Não, pera ai, você ta querendo dizer que aquele bad boy de quinta irá me substituir ? Você deve estar louca! Foi oque aquela garota te disse ? Isso não pode ser verdade, ninguém é melhor do que eu! - falou extremamente exaltado - Você diz que não seria justo desistir dele, mas e eu ? Será justo desistir de mim depois de todos esses anos ? Será justo desistir de nós ? - metralhou-me com lágrimas nos olhos -

(não reparem a legenda a cima)

SeuNome: Nós ? Julian, nós somos apenas amigos e é claro que não irei desistir de nossa amizade e tamb… - fui interrompida -
Julian: NÃO, NÃO, NÃO SEUNOME - disse aos gritos voltando todos os olhos para nós - você não intende ? - disse agora quase em um sussurro - O destino nos fez para ficarmos juntos, temos de ficar para sempre juntos, eu à amo e você me ama, tente entender. - falou dobrando-se ao chão agarrando minhas mãos -  Você e eu, eu e você apenas! 
SeuNome: Julian, você precisa se tratar não fomos feitos um para o outro, pare com essas ladarinhas - disse desgrudando-o de minhas mãos -  
Julian: Por que você está dizendo isso SeuNome ? É aquele trombadinha é ? Ele só vai te fazer mal, é comigo que você tem de ficar, é comigo que você será feliz - disse aos prantos no chão -
Rapidamente, vi Zayn parada junto aos outros alunos da Escola vendo o mico em que Julian estava me fazendo passar. Não conseguia entender sua feição, estava séria mas com uma pitada de dó ? Talvez, mas seja o que for, realmente não queria saber disso agora.
SeuNome: Eu mesma decido a minha felicidade - limpei a lágrima em que caíra em minha bochecha indo para fora do local -
Saí as pressas do prédio um tanto grande indo para algum lugar longe o bastante dali.


Realmente não estava acreditando que aquilo havia acontecido. Novamente Julian fizera eu passar vergonha na frente de um monte de pessoa, mas dessa vez foi pior, todos os meus amigos estavam ali, inclusive alguns professores e ele, Zayn. Oque será que pensou de mim ? Talvez que eu fosse uma destruidora de corações ? Não queria olhar para Julian, não queria sentir o cheiro de Julian, não queria nem ao mesmo trocar uma palavra se quer. Oque será que há de errado comigo ? Sempre passando por essas ‘brocas’. Primeiro aquela garota dizendo ser minha irmã e que papai era aproveitador e agora isso, literalmente hoje não era meu dia de sorte. 
Sentei-me em um banco de uma praça em que havia chegado com algumas lágrimas bobas caindo de meus olhos, limpando-as rapidamente, e observava as crianças brincando no centro. Os pais estavam juntos, brincando, comendo algodão-doce e se divertindo. Era lindo como eles sorriam uns para os outros, com certeza, por mais dos problemas, deveria ser uma família perfeita e harmonizada. Senti algo, ou melhor, alguém sentando em meu lado, logo percebendo de que era Zayn. Fiquei sentada ainda olhando as famílias alegres quieta, sem fazer nenhum movimento brusco se quer. Talvez Zayn fosse daqueles garotos que sempre dizem a coisa certa para uma garota quando está triste ou poderia ser daqueles garotos que não arriscam para não decepciona-la ainda mais.
Zayn: Você está bem ? - perguntou-me -

SeuNome: Estou bem - olhei-o e sorri tristemente -


Ficamos longos momentos em silêncio, olhei novamente em direção as crianças ainda sorridentes com seus responsáveis e fiquei pensando oque seria delas quando crescessem, talvez seriam justas e honestas e não levariam a vida muito a sério ou talvez, iriam ser duras e "pé no chão" não deixando ninguém ficar à sua frente.

Zayn: Aquilo foi bizarro - disse quebrando o silêncio e tirando-me de meus devaneios -
SeuNome: Se foi para você imagine para mim - disse olhando para o chão -




Zayn: Como ele não percebeu que você já está em outra ?! - falou simplesmente -
SeuNome: Eu não estou em outra - falei virando o rosto de encontro ao seu cavanhaque bem feito -
Zayn: Ah não ? - perguntou pouco sínico virando-se para mim  -
SeuNome: Acho que não - disse baixo e abaixando a cabeça -


(esqueçam a legenda à cima)

Zayn: Hm… Bom, eu estou - disse virando novamente -
SeuNome: Está ? 




Zayn: É, estou - falou virando seus belos e brilhantes olhos mais uma vez de encontro aos meus - Mas que pena que essa tal garota não está em nenhuma “outra”. 
Fiquei totalmente sem reação voltando a virar o rosto, será que ele estava realmente falando de mim ou era apenas impressão ? Isso era mesmo real ? Eu estava mesmo ali ? Quando consegui finalmente arranjar o que dizer, fui apaixonantemente surpreendida com um beijo dócil e quente em meus lábios.



Minhas pálpebras se fecharam imediatamente como, eu imagino, as de Zayn também. Ficamos naquilo por poucos segundos logo afastando dificilmente nossos rostos, continuei com os olhos fechados pois não estava acreditando no que acabara de acontecer, era tão bom e ao mesmo tempo tão duvidoso, não sabia oque aquele “pequeno beijo” tinha significado à ele, bom, não sabia direito nem oque tinha significado para mim. Decidi que estava na hora de abrir meus olhos e encarar a realidade, só não esperava, claro, que quando abrisse eles estaria sendo observada por outros belos par de olhos negros radiantes acompanhado de um belo sorriso bobo.
SeuNome: Por que… Por que você fez isso ? - ri desviando o olhar ao chão -
Zayn: Porque já estava querendo isso à um bom tempo - falou encantador -
SeuNome: E oque isso quis dizer ? - perguntei ainda com aquele maldito sorriso bobo estampado em meu rosto -
Zayn: Que eu não acredito que não está em outra - sorriu confiante -
SeuNome: É, talvez eu tenha mentido um pouquinho - mordi a língua -
Zayn: Tá então você está em outra, agora quero saber quem é a pessoa sortuda.
SeuNome: Só se você disser primeiro - sorri olhando discretamente para seus lábios molhados pela saliva -
Zayn: Se você quer saber, já te digo - disse e beijou-me novamente -




O beijo, agora, foi um pouco mais quente e demorado, dava à entender que não queríamos nos desgrudar jamais, mas infelizmente isso não era possível.
Zayn: Respondeu a sua pergunta ? - perguntou parando o beijo -
SeuNome: Não, acho que preciso de mais provas - rimos em conjunto colando nossos lábios mais uma vez -



Seria estranho dizer que ficamos até umas sete horas da noite pela praça, mas foi oque aconteceu. Não me lembrava das coisas que acontecera mais cedo, não queria pensar nisso nas horas em que estava com ele, o clima era tão bom, tão gostoso, parecia que nos conhecíamos à tempos. 
Depois de toda a maravilha ter dado uma pausa, Zayn me levou até em casa como um completo cavalheiro, ficamos algum tempo à mais nos “despedindo” ao lado de fora. Tudo estava escuro, de certo, mamãe ainda não havia chegado. Havia tomado um banho e me arrumado para dormir mas tudo de uma vez veio a tona, me lembrei de Julian e do que aquela garota, Dox, havia me dito. Atrasei minha hora de ir para a cama à espera de mamãe, se ela me escondera algo por todos esses anos ela teria de me dizer hoje mesmo.
Depois de exatamente uma hora inteira, ouvi o barulho da porta principal se batendo. Desci apressadamente até a sala encontrando-a pondo suas coisas em cima da poltrona. 
Danna: Olá - disse seca -
SeuNome: Mãe, preciso que me diga toda a verdade! - falei séria - o papai teve uma outra mulher e/ou uma outra filha antes de nós ?


Imediatamente, vi em sua feição o desespero e a surpresa a contendo. Talvez, aquilo já fosse a resposta de que precisava mas ainda sim, precisa ouvir tudo de sua boca, e não desistiria até saber do passado de papai e até talvez do nosso passado.

Continua...


Oi gente, então ai está mais um para vocês & sim... Teve Sayn rçr (tá não deu certo)
Bom, ta ai o Julian dando mais um vexame & a SeuNome fugindo dos problemas novamente.
Agora a história vai dar uma acelerada pois, irá acontecer muitas coisas vocês nem têm noção haha
Em fim, espero que gostem & comentem tá, adoro ver oque você postam ai em baixo,
mesmo sendo ruim, eu gosto aposte hehe
Nos vemos em breve,  xoxo '

 { mudei novamente.


30 de março de 2014

Moments - 36º Capítulo: Save


 Enquanto Julie despertava aos poucos, fiquei com vontade de gritar, pular, abraçá-la, tudo. Mas, por algum motivo, continuei segurando firmemente sua mão. Era como um pressentimento de que eu não deveria parar de cantar. E quando ela cantou o final da estrofe comigo, não consegui me conter. Parei de cantar, chorando sem parar. Ela acordou. Ela acordou e eu que estou ao seu lado.

- Por favor, Li – chamou ela, a voz um tanto rouca. – Para de chorar.
- Não dá – sussurrei meio soluços.
- Amor, por favor – pediu ela uma última vez, se esticando até me abraçar. – Eu to aqui, como você disse todos esses dias. Eu te ouvi. E agora eu to aqui de verdade.
- Você me ouvia – solucei. – Eu sabia que você me ouvia.


- Claro que eu ouvia – contou ela. – Você foi o único que conversou comigo esses dias. E quando você começou a cantar, não sei. Senti todo o sangue ferver e, não ria de mim, mas senti uma força sobrenatural me puxando, me guiando até o som de sua voz não ser tão distante como eu escutava. E então, bem, eu acordei – concluiu, rindo. Ouvir aquilo me fez sorrir, aquele sorriso de criança que ganha doce, e então, finalmente, me esquivei de seus braços rodeando em meu pescoço para poder abraçá-la de verdade. Sentindo seu aroma, que agora era diferente, parecia real.
- Tive tanto medo de te perder – sussurrei, mais por delicadeza do que por não conseguir falar.
- Tive medo de não acordar mais – sussurrou ela de volta. – De não poder ver seu rosto novamente, te abraçar, beijar, sentir seu calor.
- Tenho que avisar seus pais, o pessoal – disse, soltando-a por um instante. – Eles não vão acreditar.
- Não – pediu ela. – Liga depois. Pode até ser egoísmo, mas, eu realmente quero ficar um tempo só com você.
- Certo – concordei, olhando atentamente seus olhos. Eles brilhavam. Seus lindos olhos cinzentos brilhavam e eu estava feliz por vê-los novamente assim. – Sabe, o médico disse que você vai precisar de muito repouso depois que sair daqui, então eu pensei: que tal uma praia? Só nós dois. Dizem que o mar relaxa as pessoas e, bem, ainda tenho cerca de três meses de férias.


- Só nós dois? – perguntou ela, fazendo uma careta. Ameacei abrir a boca, com medo de ela não ter gostado, quando ela sorriu. – Parece ótimo pra mim.

E assim se seguiu. Saí da poltrona apenas para deitar-me ao seu lado na cama. Ficamos ali, abraçados, conversando. Eu sentia sua falta, assim como ela sentiu a minha. Instantes depois ela pegou no sono. Parece que ficar em coma não significa descansar. Enfim. Assim que ela dormiu, sai lentamente de seu lado, caminhando até o corredor. Decidi ligar para Andy e avisá-lo das boas novas.

- O que aconteceu? – atendeu ele logo no primeiro toque. Acho que por eu estar com Julie esta noite, ele imaginou que tinha acontecido algo com ela. – Aconteceu alguma coisa com a Ju? – bingo!
- Aconteceu – disse, tentando fazer drama. – Aconteceu que... Andy, como posso te dizer isso?
- Ah, cara, não! – choramingou ele. – De novo não.
- Sim, de novo – disse, e então me apressei. – Ela acordou, cara. Acordou!
- Seu filho de uma puta! Eu vou te matar seu desgraçado. Eu achando que tinha acontecido algo.
- E aconteceu, caramba – retruquei, rindo. – Ela acordou. Eu cantei pra ela e ela acordou.
- Vocês são mesmo o casal mais romântico. Como ela acordou só de ouvir você cantar? Você é um tremendo filho da puta mesmo! – xingou ele, rindo. – Cadê ela? Deixa eu falar com ela.
- Ela dormiu – disse. – Mas dessa vez, só dormiu – disse. Estava indeciso se dizia isso para ele ou pra mim mesmo.
- Me liga assim que ela acordar de novo – disse ele, e então riu. – Certo... – concluiu, parando de rir. – Não importa a hora que seja, me liga.

Dado o recado para Andy, liguei para Zayn. Estava com uma vontade gigante de falar com um dos meninos.

- Sabia que são quase três e meia da manhã? – resmungou Zayn ao atender. Sua voz estava sonolenta.
- E você estava dormindo uma hora dessas? – zombei
- As pessoas normais dormem esse horário.
- Mais um motivo para você estar acordado – retruquei, começando a rir.
- Me convenceu – disse ele, dando uma leve risada devido ao sono. – O que manda?


- Julie acordou.
- Ela o quê? – berrou ele, afastando qualquer sono ou preguiça insistente, além de acordar o resto do hotel. – Você tá tirando uma com a minha cara, não tá? Eu sei que tá.
- Não, não to – respondi, rindo.
- Cadê ela? Deixa eu falar com ela!
- Ela dormiu. Tava exausta – respondi. – Por isso to ligando agora.
- Então liga assim que ela acordar. Vamos todos correr praí!
- Pode deixar – ri.

Dados os recados, voltei para o quarto. Já tinha ganhado olhares feios de todas as enfermeiras que passavam pelo corredor. Uma até me mandou calar a boca! Quando voltei, sentei-me na poltrona, observando o quarto. Estava tão feliz em saber que, agora que ela acordara, ia voltar a viver. Quer dizer, ia voltar a ser minha Julie, sem precisar ficar mais seis anos enfurnada num quarto de hospital esperando uma doação de médula que fosse compatível.
Depois de olhar ao redor do quarto cerca de três vezes, meus olhos pousaram em um tipo de criado mudo que, vejam só, ficava ao lado da poltrona o tempo todo. Ali em cima estava o livro “A Culpa é das Estrelas”. Seu marcador – sim, aquele que ela atirou em mim dois dias depois de eu chegar em Glasgow – estava muito bem colocado entre as páginas 194 e 195. E então algo me chamou atenção. Era um trecho inteiro do livro marcado de caneta marca texto rosa. Em uma parte do trecho, onde ficava um nome, deduzi, estava borrado de corretivo e, escrito de caneta preta, meu nome no lugar.


“ - Eu vou lutar contra o câncer. Vou lutar contra o câncer por você. Não se preocupe comigo, Liam James. Estou bem. Vou achar um jeito de continuar por aqui e encher o seu saco por um bom tempo.”

Foi aí que fechei os olhos e deixei as lágrimas me consumirem. Eu não tinha a mínima noção de como Julie se sentia em relação à sua doença. Para ser franco, nunca tivemos uma conversa sobre isso. Eu só sabia como eu me sentia. Sabia que eu me sentia mal por vê-la nesse quarto, sempre deitada na cama. E agora eu sabia que havia sido um egoísta todo esse tempo. Me preocupava somente comigo enquanto dizia amá-la. Aliás, achava que a amava tanto ao ponto de nunca perguntar um “o que você pensa de tudo isso?”.
Também não tinha noção de como eu chorava alto. Sentia meus ombros tremerem, minha camisa ficando um pouco úmida e meu rosto completamente molhado. Mas não tinha a dimensão de sua altura. Parecia algo particular, algo só meu. Mas percebi que afetava os outros quando senti uma mão delicada em meus ombros. Olhei para cima, procurando o rosto de Julie. Não sei se eram meus olhos, inchados e encharcados demais, mas não era Julie.

- Você está bem? – perguntou uma moça com vestido branco. Uma enfermeira, pensei. Ela me olhava com ternura e notei que era jovem. Devia ter minha idade, talvez.
- Estou – apressei-me em responder, limpando as lágrimas. Meu olhos, bem como o resto de meu rosto, deviam estar vermelhos. Mas eu consegui parar de chorar, e até de soluçar. – Eu só...
- Não precisa se explicar – respondeu ela. – Eu estava passando pelo corredor e ouvi. Deve ter acontecido algo realmente triste. Mas, se quer um conselho, tudo é preciso que aconteça, porque só assim conseguimos dar valor ao que não havíamos percebido antes – disse ela, e então riu. – Sei que não é um dos melhores conselhos, mas faz sentido.


- Faz – respondi, tentando sorrir. Tudo o que saiu foi um canto de boca levantado, um singelo esboço de sorriso. – Obrigado.
- Não há de que – respondeu ela, sorrindo e caminhando em direção à porta. Antes de sair, lançou-me um último sorriso e acrescentou. – Espero que fique bem.


Demorei para dormir depois do ocorrido. Mas, quando o sono veio enfim, dormi pesadamente, sem nenhum sonho. Acordei por volta das seis e meia da manhã, pelo que vi em meu relógio, com Julie se remexendo na cama. Isso era um ótimo sinal. Significava que não havia entrado em coma novamente.
Perdi o sono ao pensar nisso. De novo. Me levantei e fui até a lanchonete, a fim de pegar um copo de cappuccino para mim. Depois de fazer meu pedido, sentei em uma mesa qualquer, tomando aos poucos a bebida.

- Posso me sentar? – perguntou uma voz conhecida. Levantei os olhos. Era a enfermeira de algumas horas atrás. Assenti com a cabeça e ela se sentou na cadeira à minha frente. – Como se sente? Está melhor?
- Estou melhor, sim – respondi, sorrindo. – Obrigado pelo conselho.
- Parece que não dormiu direito, acertei?
- Só por umas duas horas, acho – respondi, dando de ombros. – Estou preocupado.
- É normal – respondeu ela, sorrindo de volta. – Você não foi o primeiro rapaz que chora num quarto de hospital esperando uma resposta ou algo assim. E com certeza não é o último.
- Você trabalha aqui? – perguntei, ignorando seu comentário.
- Na verdade, não – respondeu ela, remexendo no copo em suas mãos que, até então, eu não havia reparado. – Meu marido está internado aqui há um ano e meio. Eu fico aqui todos os dias e, quando preciso tomar um ar, saio andando pelos corredores. Foi assim que escutei você.
- Seu marido? É casada há quanto tempo? – perguntei, assustado. Se ela não tivesse minha idade, havia feito plástica para parecer mais nova!
- Sou casada há quatro anos. Mas estamos juntos há sete – respondeu ela, começando a rir. De minha expressão, creio eu. – Acha que sou nova para estar casada a tanto tempo, não é?


- Não quero ser inconveniente, mas, bem, sim. Acho – ela riu novamente.
- Eu sou nova, de certa forma. Tenho apenas vinte e um. Mas o amor não tem idade, sabia?
- Já ouvi isso – balbuciei. Claro que eu já ouvira! Eu comecei a namorar com Julie com treze anos! Eu mesmo falara isso para os outros quando diziam “vocês são muito novos para namorar”.
- Eu sei que já ouviu. E que também já falou. Sei que começou a namorar cedo – olhos arregalados novamente.
- Como sabe? – mais uma risada.
- Eu conheço a Julie, Liam. Então, bem, eu conheço você. Ela se mostrou uma grande amiga desde que estou por aqui. Na verdade, a única amiga, além da mãe dela, claro.
- Eu acho que nunca ouvi Julie falar de você – disse. Me sentia uma criança indefesa. Eu sequer sabia seu nome!
- Ah, que indelicadeza a minha. Sou Anna – disse ela, quase como se lesse meus pensamentos. Mas, ao ouvir seu nome, lembrei-me que, sim, eu já ouvira falar dela. Eu já a vira sair do quarto de Julie várias vezes, na verdade. Ela sempre saia quando eu entrava, de modo que eu nunca havia visto seu rosto. Julie sempre me falava sobre a Anna e seu marido, John, que também tinha leucemia.
- Seu marido, John – disse, fazendo Anna levantar o olhar. – Tem leucemia também, não é?
- Sim – respondeu ela. – Descobrimos há dois anos, quando fomos fazer exames para saber se estávamos bem para termos um filho.


- Ainda não acharam doador de medula? – perguntei, baixinho. Quase num sussurro.
- Que seja compatível só um, mas ainda não colocaram. Hoje sai o resultado dos testes.
- Que ótimo! – disse, feliz. – Se der positivo, a medula vai ser colocada hoje, também?
- É o que espero – disse ela, sorrindo.
- Bom, me avise, ok? Julie também ficará contente de saber.
- Combinado – respondeu ela.

Terminamos nossas bebidas e voltamos cada um para seu respectivo quarto e seu respectivo “paciente”. Julie já estava acordada, sentada na cama com uma multidão em volta dela. (Lê-se os meninos com suas namoradas, Andy com Daisi, sua namorada, e seus pais). Fiquei encostado na parede ao lado da porta, sorrindo, com os braços cruzados. Ninguém notara minha presença. E por que notariam? O motivo era Julie. A felicidade era ela. Pelos menos a minha felicidade era.
Em poucos segundos, os olhos de Julie pousaram em mim, e seu sorriso se alargou. Mas estavam todos querendo conversar com ela, de modo que ela não conseguiria ficar prestando muita atenção em mim no momento. Não me importei, afinal, mais tarde ela seria só minha.
Todos estava ali por quase três horas. Já tinham me notado, mas estavam ocupados demais mimando minha namorada. Ah, como é bom falar isso. Minha namorada. A língua até explode para falar.

- Liam! – chamou uma voz feminina vinda da porta. Todos pararam o que estava fazendo e falando para olhar. Era Anna. Ela pareceu não se importar com qualquer um, apenas adentrou o quarto e me abraçou apertado. – Obrigada!
- Pelo o quê? – perguntei, assustado. Ela estava falando da conversa mais cedo? Eu não tinha dito nada demais, oras!


- Você salvou John. Muito obrigada mesmo. Você não sabe o quanto sou grata – dizia ela, com a voz chorosa, ainda me apertando em seus braços.
- Eu salvei John? Como?
- Sua medula, Liam. Ela é compatível com a de John. Você salvou meu marido – parecia que ela ia desabar com as lágrimas. E eu estava apenas pasmo, sem acreditar, retribuindo seu abraço. Quando ela enfim me soltou notei seus olhos vermelhos e seu sorriso contagiante. – É por isso que Deus te colocou no caminho dessa menina maravilhosa. Porque você é maravilhoso também. Sou eternamente agradecida a você.

Ela sorriu para todos, meio constrangida. Mandou um beijo para Julie, que tinha o mesmo sorriso nos lábios e os olhos encharcados pelas lágrimas que a atingiram devido ao ocorrido. Mas na minha cabeça soava apenas uma coisa: eu salvei uma vida.





Jiam ♥
Girls, me perdoem por não ter falado muito no último capítulo. É que eu tava terminando de postar e meu boy chegou e, bem, íamos sair pra comemorar dois anos juntos :3
Aí não consegui escrever direito D:
A Lêh Almeida tinha me perguntado se eu sou evangélica, porque parece (pelo tanto que falo de fé e tal asuhhusahu'). Sou, sim, flor. Mas acima de tudo eu realmente acredito nEle e tenho muita fé, por isso sahuuhsa'
Fiquei um pouco tristinha por só terem 11 comentários no último capítulo então eu, realmente, to esperando uns 15 nesse. Será que eu ganho? Sei que o capítulo não tá mil maravilhas, but ok...
P.S.: Só eu que amei o Liam cantando pra Julie? Tipo, sei que fui eu que escrevi, mas eu chorei escrevendo! Modéstia à parte, achei muito perfeito :3

Bom, é isso. Beijinhos minhas perfeitas ♥

(Sempre quis ser a Katy, mas hoje eu quis muito mais ♥)