22 de junho de 2015

♥Unknown - Cap - 2♥


Antes

Sabe quando você não sabe o que está acontecendo e tem medo de abrir os olhos e se arrepender disso eternamente mas sabe que não pode evitar esse momento? Estou passando por essa luta interna exatamente agora. Ouço vozes abafadas ao meu redor e devagar, sem pressa, começo a abrir meus olhos.

Agora

(Seu Nome) P.O.Vs

         Deparei-me com milhares de pares de olhos me encarando, uns preocupados e outros curiosos. E eu, assustada. Tudo bem, não eram milhares de pares de olhos, mas havia mais que uma dúzia com certeza! Eles tinham roupas estranhas, nunca havia visto nada nem que parecido e o pior era que eu também estava vestida daquele jeito, minhas canelas estavam de fora! Que absurdo! E ainda por cima eu estava usando uma espécie de calça, o que as pessoas vão pensar? Uma dama de calça! E o barulho que vinha de todos os lados era quase insuportável. Onde eu estava?

- Ei você está bem?

         Um rapaz me pergunta, ele parece estar repleto de nervoso. Encaro ele, vendo o quanto é diferente dos rapazes que já vi. Apesar de nervoso, sua feição é suave e possui traços doces, não é nada rústico como estou acostumada, e as roupas que ele veste também são super estranhas. Ele arregala os olhos castanhos quando eu não respondo e se vira um pouco para conversar com o amigo.

- Será que isso pode ser sequela da batida?
- Só se ela engoliu a língua. -falou um de olhos verdes-
- Ouvi dizer que quando se bate a cabeça muito forte, a língua começa a enrolar fechando a garganta e a pessoa... Morre!

             O de olhos castanhos que havia falado comigo, engoliu em seco e eu finalmente consigo falar algo:

- Quem são vocês?

              Ele se vira pra mim e dá um "graças a Deus" ligeiramente e então começa a falar desesperado:

- Moça me desculpe ter te atropelado, eu vou te recompensar por isso pode ficar tranquila, você vai ter os melhores médicos de Londres e...
- Atropelada? -interrompo-o.

            Ele sacode a cabeça afirmativamente com olhos suplicantes e um outro rapaz mais cheinho de olhos castanhos também, sussurra:

- Tadinha, não se lembra do que aconteceu...

              Eu olho para os lados à procura de um cavalo, uma carruagem ou até mesmo uma carroça, mas tudo o que vejo são grandes coisas estranhas com quatro rodas.

- Mas eu não estou vendo o seu cavalo. -falo fitando-o.
- É, além de perder a memória, a coitada ainda ficou lezada. Triste! -falou um outro.
- Louis! -o garoto preocupado repreendeu-o.
- Que é? Só falei verdades! -ele diz erguendo as mãos em rendimento.
- Olha, eu sou o Zayn e por uma falta de atenção eu te atropelei. A ambulância já está à caminho então acho melhor ligar para os seus pais. Você lembra o número deles?
- Número de quê? -pergunto confusa no chão gelado.
- Do telefone.
- Telefone? -pergunto ainda mais confusa.
- Sim, sabe, aquele negócio que cabe na mão, você coloca no ouvido e fala com uma pessoa.

            Eu o olho com desintendimento e ele suspira:

- Ta bom esquece, depois vemos isso.

Zayn P.O.Vs

      Isso realmente não estava nos meus planos, atropelar uma garota no meio de uma rua que nem é movimentada? É quase inacreditável! Ela apareceu do nada, literalmente do nada, e quando eu vi ela já tinha rolado por cima do capo do carro, pareceu até mágica! Tudo bem que eu tomei uns dois copos de cerveja mas isso nunca me tirou do meu normal.

       Assim que a ambulância chegou eu pedi para que um dos meninos levasse meu carro pra minha casa porque eu a acompanharia até o hospital de dentro da ambulância. Quando já estávamos em movimento, percebi a garota olhando para os lados em pânico. Segurei a mão dela me sentindo na obrigação de acalmá-la.

- Não precisa ter medo. -falo- Eles vão cuidar bem de você.

         Ela desce os olhos para a mão que eu seguro e então diz com a voz falha:

- Onde eu estou? Isso é uma espécie de super carruagem?
- Super carruagem? -pergunto confuso.

         A batida deve ter afetado mesmo alguma parte do cérebro dela, tenho certeza! Agora ela acha que estamos o quê? Em 1900? 1800? Sei lá em que tempo usavam carruagens.

- Sim. -ela responde- Algum tipo novo de carruagem.
- Ham.... É, é sim. -sorrio.

          Eu confirmo para não correr o risco de deixá-la ainda mais confusa do que já está. Ela abre um largo sorriso e fala maravilhada:

- Uau! Esse lugar é incrível!

           Incrível? Estar dentro de uma ambulância é incrível? Sério mesmo? Eu sorrio de volta, certo de que os médicos darão um jeito de por a cabeça dela no lugar.

Uma hora depois...

           Se eu pensava que os médicos dariam um jeito naquilo eu estava totalmente enganado! Não se fazem mais médicos como antigamente! Fizeram exames na cabeça dela e estava tudo normal, como pode estar tudo normal se ela não sabe o que é um celular?

- O que eu faço então? -pergunto para o doutor.
- Sugiro que a leve para casa até que se recupere.
- Que casa? -pergunto em um tom de voz cansado.
- Não importa a casa, essa confusão na cabeça dela deve passar em menos de uma semana e aí tudo estará de volta ao normal! Ela se lembrará dos pais e de onde mora.
- Tem certeza? -pergunto desconfiado, esse médico não parece bater muito bem das bolas.
- Absoluta! Já vi vários casos assim antes, depois de uma semana tudo se resolve! -ele garante.
- Então ta. -suspiro- Acho que não tenho outra alternativa.

[...]

       Adentro o quarto onde a garota está e escolho bem as palavras que vou usar, caso contrário ela pode achar que estou querendo sequestrá-la ou sei lá o quê. Ela continua com aquele olhar impressionado olhando ao redor do quarto até que eles pairam em mim, ela sorri ligeiramente e diz oi.

- Oi. -sorrio sentando ao seu lado- Ham... Conseguiu lembrar de alguma coisa? -pergunto.
- Só que eu não tenho o que lembrar. -ela diz como se estivesse perdida- O que você quer que eu lembre?
- Que tal começar pelos seus pais?
- Eu não tenho pais, eles morreram.
- Oh...! Sinto muito.
- Você... Sente? -ela pergunta surpresa.
- Sim, deve ser muito triste e difícil viver sem os pais.
- E é. -ela suspira- Mas onde eu moro é normal perder os pais cedo, isto é, quando você não faz parte da elite, principalmente de tuberculose ou febre amarela. Os meus morreram de febre tifóide.
- Então você lembra onde mora? -pergunto sentindo uma pontinha de esperança.
- Claro que me lembro!
- E onde é? -pergunto me sentindo mais animado.
- Eu moro no castelo. Não exatamente no castelo, mas na parte do castelo em que ficam os serventes.

         Minha alegria murchou novamente, ela ainda está com esse negócio de passado na cabeça.

- Olha, -seguro os seus braços- Não existe mais isso, estamos em 2015! 
- Não, estamos em 1800. -ela me diz como se eu fosse o burro da história.
- Não, estamos no ano de 2015, no século XXI. Olha! -pego um calendário em cima da mesinha.
- Meu Deus! -ela exclama horrorizada.


          A verdade dói mas precisa ser dita. Tudo bem que ela bateu a cabeça e está meio que delirando, mas alguém precisa ajudá-la a voltar para a vida real, e como fui eu quem a atropelou, me sinto na obrigação de jogar a verdade na cara dela.

- Não pode ser! -ela diz.
- Mas é. -eu falo, posso estar sendo um pouco duro mas é preciso- 
- Não, não pode! Eu... Estou sozinha aqui, não conheço ninguém, me ajuda. -ela começa a chorar.
- Mas eu vou te ajudar, estou aqui pra isso.
- Mas... O que está acontecendo comigo? Porque tenho essas lembranças na minha cabeça do passado? Quer dizer, eu vivo em 1800! Eu estou ficando louca?


- Não você não ta louca. -respondo- O doutor disse que depois de uma semana você vai voltar ao normal, a gente só precisa esperar.
- Voltar ao normal?
- Sim, sua cabeça vai voltar a ser como era antes e você vai se lembrar de tudo.
- E enquanto isso eu faço o que?
- Bem... Vamos pra minha casa, eu vou... Ajudar você na recuperação.
- Faria isso por mim? -ela pergunta surpresa.
- Eu te devo isso, afinal, fui eu quem a atropelei!
- Ta bom. -ela sorri com lágrimas nos olhos- Obrigada. -então me abraça.


- Não há de que. -sorrio saindo do abraço- Agora vamos, vou chamar um táxi pra gente.
- Táxi? -ela questiona.
- É, uma carruagem moderna que te leva pra qualquer lugar desde que você pague. -falo entrando no estilo 1800 que se passa na cabeça dela.
- Ah ta. -ela balança a cabeça como se compreendesse.

            Ela confiou mesmo em mim? Que tipo de pessoa confia assim do nada em um estranho? Tudo bem que ela bateu a cabeça e parece não estar bem das ideias, só que mesmo assim é muito estranho ir pra casa de alguém que não conhece sem ao menos... Sei lá! Isso é estranho de qualquer maneira, ela com certeza está perdida na própria sombra. E eu? Onde é que eu fui me meter?!

[...]

Meu Deus estou até com vergonha de vocês, não me matem! Acho que fiquei bem uns dois meses sem postar (vergonha define). ME PERDOEM gardeners e unknowzers, de verdade. Estou em divida com vocês e vou recompensar com uma maratona, talvez na semana que vem. Enfim, comentem, até o capítulo 5 a história vai ficar boa. Beijos amo vocês -Deh♥


8 comentários:

  1. Oii. Dehh, o capitulo ficou maravilhoso! Amei! Continua logo!
    XxDeborah

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  2. Deh já tava com sdd da fic
    Ameei o cap!
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    Malikisses
    XxBambi

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    1. Pode deixar bambi, vou continuar o mais rápido possível!! Bjssss ♡♡

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  3. Caso *-* kkk e claro que eu continuo!! Bjo^^

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  4. Cara tah perfeita. É a segunda fic mais perfeita q eu ja li aqui <3 <3 <3 <3

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  5. Meu Deus suas histórias são PERFEITAS! Continua!

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  6. kkkkkkkk Bem doidinha ela né? heuheu. E até que enfim tu postou :)
    beijoooo
    Continua Deh, to curiosa *--*

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