Faking It - 8

VIII
STAY

- esquece isso - me sentei do seu lado - isso não vai dar em nada
- tem certeza?

 - não, mas vamos tentar - beijei seu rosto.

SEGUNDA - WT - 10:00 P.M. 

NATASHA P.O.V. 

Estava na minha sala lendo um pouco porque no momento não tinha nada de importante pra fazer, escutei um barulho e levantei meu olhar, então senhora Hanna entrava na minha sala e fechava a porta, depois olhou pra mim, lá vem problemas. 

- Natasha 

- senhora Hanna 

- acho que está óbvio o que vim falar - se sentou - e deve saber que seu trabalho está por um fio 

Nunca abaixei a cabeça pra ninguém desde meus 18 anos, isso foi o que prometi a mim mesma, por mais da culpa que sinto, não vou deixá-la me assustar. 

- não - eu disse convicta - não pensei nisso 

- ah não? Natasha você estava com o Louis, meu filho, dono da empresa, o que você quer que eu pense? 

- que acabou acontecendo algo - dei de ombros - Louis não é nenhum santo eu tenho uma pilha de processos que prova isso 

- eu sei mas você é funcionária dele e... 

- e daí? - perguntei - eu respeito muito a senhora - suspirei - mas se pensa que sou algum tipo de garota que quer algo com Louis pra crescer na empresa, esqueça metade desse respeito. Trate ele como um homem porque isso que ele é, e um ótimo chefe pra sua empresa por um acaso

Quando terminei de falar respirei fundo e me recompus. 

- Natasha... ele querendo ou não é meu menino, só quero livrá-lo de qualquer coisa que possa machucá-lo 

- já pensou em falar com ele? tenho certeza que se conversar com ele sem pensar que é um menininho, vai facilitar muito

- estou falando de vocês dois! sabe que não pode misturar as coisas 

- não estou misturando, trabalho é trabalho, mas o que acontece fora da empresa é outro assunto 

- você me entendeu 

- eu quis muito que isso não acontecesse - desviei o olhar - a senhora não tem ideia o quanto evitei qualquer coisa entre a gente mas - dei de ombros - não consegui - a encarei - lamento 

- Eu sei que fala a verdade, Natasha, é que Zayn falou comigo também e... 

- e com certeza você acreditou - resmunguei

- só me preocupo com meu filho, é tão difícil de entender? 

- não, senhora... entendo que... tem um filho e se preocupa com ele 

- se fosse sua mãe no meu lugar você entenderia 

- por favor, não fale da minha mãe - a encarei séria 

- foi um exemplo, Natasha, não queria ofendê-la 

- ri debochada - ofendê-la não me importa, só não fale bem dela como se fosse um anjo - me levantei - porque ela não é, quer a verdade? Eu não sei o que a senhora está passando! porque eu não tenho a droga de uma mãe que se importa! então por favor me deixa em paz e se resolve com o Louis, não deixe nossa relação pior do que já está 

Senhora Hanna se levantou e veio até mim, fiquei em silêncio esperando o que ela ia fazer. 

- não fique assim - ela finalmente disse - não sei o problema com sua mãe... só tenho a lamentar e tudo bem - pegou sua bolsa - vou falar com o Louis 

- obrigada - eu disse finalmente

Ela me olhou pela última vez e saiu da minha sala, me sentei na minha cadeira e fechei meus olhos.

- droga - foi a única coisa que consegui dizer

LOUIS P.O.V.

Estava terminando de assinar alguns papéis, quando minha porta foi aberta.

- mãe?
- acabei de sair da sala da Natasha - disse sentando-se na minha frente
- o que você falou pra ela?
- eu só... comecei a falar, tenho a impressão que ela ficou meio magoada...principalmente quando toquei na assunto "mãe"
- ah, dona Hanna - revirei os olhos
- o que você queria?
- queria que você esquecesse isso... é um drama desnecessário

- eu sei mas... só queria evitar problemas futuros
- como? está só ajudando em problemas futuros - me levantei - eu te amo, você é minha mãe, mas são assuntos meus  tudo bem? E...
- o que foi?
- eu... preciso da Natasha aqui, talvez eu até ame ela...

Ela apenas continuou me olhando, nunca admiti que amava a Anne, mas agora simplesmente saiu, nem eu esperava, foi a primeira coisa que me veio a mente.
Saí da sala, e fui até a da Natasha, que estava tirando as coisas dela da gaveta.

- o que está fazendo?
- vou embora, chega, já bastava o Zayn agora sua mãe também?
- não vai embora, Natasha
- não dá mais, Louis - me encarou
- claro que dá, Nat - me aproximei
- não consigo mais, eu posso continuar sendo sua advogada, mas não fixa, não posso mais ficar dentro dessa empresa
- porra, Natasha! eu estou pedindo pra você ficar! será que é tão difícil de sacar que faz tempo que não sou mais um cara querendo se divertir? que eu gosto de você de verdade?!

Na hora parou de mexer nas próprias coisas e olhou em meus olhos, o que estou fazendo? Parece que apenas estou falando e sem ao menos pensar, obrigado mesmo coração grande parceiro que você é!

- Louis, não faz isso comigo, você só vai me enlouquecer ainda mais
- é a verdade - ergui as mãos em rendição - mas não posso te obrigar infelizmente - sorri e desviei o olhar
- eu te odeio, consegue me deixar culpado sem esforço nenhum

Ela veio até mim e me abraçou, sorri e correspondi ao seu abraço.

- não poderia deixar de ver suas pernas todos os dias - brinquei
- cafajeste - riu e me encarou - mas não consigo ficar em um lugar que duas pessoas importantes me odeiam, não que eu me importe mas preciso de concentração
- se você consegue trabalhar comigo tirando sua concentração, Zayn e minha mãe são de menos

Natasha acabou rindo novamente e eu a beijei, tenho certeza que em algum momento vou me magoar bastante como quase aconteceu agora, e parecer um completo idiota, mas acho isso é normal e acontece.

- o que deu em você hoje? - sorriu
- só não me deixa, combinado?
- tem uma condição
- qual? olha seu salário já é ótimo
- não, Louis! - riu - fecha essa boquinha, e me dê menos processos, já me deixaria feliz
- ri - acho mais fácil dobrar seu salário
- Louis! é sério, sabia que seu último processo é impossível de ganhar?
- okay, okay - me dei por vencido - mas vai ficar não é?
- por que quer tanto que eu fique? - cruzou os braços
- você quer mesmo me humilhar né? - ironizei
- admitir que gosta de mim não é uma humilhação, aqui não tem cameras, se estivesse estávamos ainda mais complicados
- com certeza - ri - eu quero que você fique porque eu gosto de você, okay? preciso de você do lado da minha sala e...

Ela me beijou e acabou rindo depois que rompeu o beijo.

- eu só estava brincando - disse
- poderia ter falado isso antes
- não, valeu a pena escutar - sorriu - agora vai pra sua sala porque tem muita coisa pra assinar
- poxa, Natasha - fiz uma careta
- no final do expediente conversamos - piscou
- sério isso? - perguntei incrédulo
- sim - sorriu - volta pra sua sala - se sentou - depois conversamos, já te atrapalhei demais
- tudo bem - me dei por vencido

Ela manteve um sorriso no rosto enquanto eu saia da sua sala, quando voltei, minha mãe ainda estava ali.

- pensava que demoraria mais - ela comentou
- será que me entendeu agora? - perguntei
- entendo, ela me falou algumas verdades - deu de ombros - talvez tenha um pouco de razão
- um pouco?
- é não vou admitir fácil assim - sorriu de canto - okay, vou embora - se levantou - mas toma cuidado nessa vida - beijou meu rosto - me desculpa pelos problemas
- você só quer me proteger, eu sei me cuidar mãe - beijei seu rosto

Depois de um tempo, ela acabou saindo, quantos problemas e tudo isso em volta do que eu pensava que seria apenas algo rápido, essa é uma das vezes que estou errado.

(...)

Bem por ser chefe não tenho uma hora certa pra ir embora, e dessa vez parecia que ia demorar uma eternidade, mas quando estava perto de terminar escutei duas batidas na porta e ela logo ser aberta por Natasha, que fechou a porta e se encostou na mesma com um sorrisinho nos lábios.

- parece que decidiu trabalhar hoje, Tomlinson - ironizou
- nem brinca com isso - suspirei - estou morto - relaxei na cadeira
- imagino, ficou o dia todo aqui não foi?
- sim

- meu Deus, que horrível, não pode falar sem parar como ninguém - se aproximou da mesa e riu
- vai brincando, mais trabalhei de verdade
- eu sei, Lou

Mesmo que ela esteja brincando, só o jeito que ela fala é como se estivesse pisando em mim, e ela faz isso como ninguém, ela não faz questão de me colocar como superior, parece que só tem duas opções, estamos iguais, ou ela está superior, e mesmo assim consigo ficar perdido nela, tenho sérios problemas, essa é minha única conclusão de que tenho certeza.

- eu pelo contrário não tive muito trabalho - sorriu vitoriosa
- esfrega na minha cara mesmo - revirei os olhos - mas está melhor?
- bem melhor - assentiu - e você?
- só pensando mesmo... - me levantei
- algo interessante
- não - neguei e sorri fraco - e agora? esperou até agora pra vir aqui, isso mesmo? - cruzei os braços e recostei na mesa
- é, vou admitir que sim, já que você tem sido legal comigo, decidi fazer o mesmo
- pelo menos de agora em diante não tem mais o que fingir - a puxei pra perto
- mas não precisa também demonstrar demais - riu

- você gosta de tudo discreto, não é?
- de preferência

Ela pousou sua mão em meu ombro e deslizou até minha nuca, então aproximou-se e me beijou.

- eu jurava que você iria me mandar embora, não pedir pra mim ficar - disse por fim
- por que eu te mandaria embora?
- porque é o mais óbvio
- acho que já faz um bom tempo que te disse que não vou pelo lado fácil - sorri
- é, agora tenho certeza disso

continua... 

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OI OI! 

Desculpa a demora e o capítulo pequeno... 

Gente vou desabafar ultimamente tenho visto algumas criticas, e por mais que eu não me importe contribuiu um pouco pra acabar com minha criatividade, está bem difícil de escrever agora, e eu não quero ficar escrevendo pra vocês algo sem qualidade e que vocês não gostem... foi mal pessoal, mas vou tentar concluir as fics que eu tenho aqui, prometo - beijos mi